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CURSO DE DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO. Gelso D. de Albuquerque Mello Linwesdocente de Diveto bitranarianal Pablicw da Facatade de Disvto das Cutversidate Feteral to Riu de fancive: Professor da messes discipline a PUCHR. CER], UGE © CNIG CURSO DE DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO PREFACIO DE M. FRANCHINI NETTO A 1* EDIGAO Professor Catedvético de Dieito Internacional Pablico da Faculdade de Dieta da Universidade Federal do Rio de Jancivo ¢ da Faculdade Brasileina de Ciéncias Juvidicas 1" VOLUME 12 EDICAO, (revista © aumentada) ‘BENOVAR Alo de Janeiro + S80 Paulo 2000 4Oaris Tinton am cess wserinhs _ LIVRARLN EDITORS RENOVAR LIDS MATRIZ: Rw ds Assembla 12421 ~ Cone RY (CEP. 20011-000 Tes. (22) 831-220 7 SBI-NGIN J SBA Fan 210 LIVRABIA: Riu da Assembléia. ID» hoa E = Comins RD (CEP: 2001 1-000 - Tels (21) SB1-1316/ 58101838 - Fan. QU) S31-2138 LIAL RU: Rus Antunes Maciel. 177 « Si Criskivao "RJ 2B HIMDIG «Tela: (21) 349-1863 7 SHOSH6 / SOUL IND « Fags C1 S89-1962 FILIAL SAO PAKILO, Rua Sumy Amat. 257.A- Bele Vita - SP CEP: O1315.001 - Tels (11) 316-9951 / 31045849 htlpyiwinw.edtoras.com/renovar e-mail renovar@ibm.net © Conse Edviat “Amal Lopes Stsekind — Presidente : Castes tert Menezes Die Gtio Tact Lois Emygtho Fda Rosa Celso Bde albugocrguc Mello Ricardo Pere Lita 1184 Ricardo Lobo Foes Vicente de Peto Barreto Revisbo Tipwrifien Renato R. Carvalho Matis ds Ghoria Silve de Carvalho Ecdnoragbo Blerronica ‘TopTexios Eaigoes Graficss Lids, C1P-Brasil. Catlogagio-na ome Sindieato Nacional dos Ecitores de Livros, RU ‘Mello, Celso D, de Albuquerque (Celso Duvivier de Albuquerque), 1927- MS27e Curso de direito internacional piblica / Celso D. de Albuquerque ‘Mello: preficio de M. Franchini Neto a. e8,-— 1221 re) e smn ne Rio de Janeiro: Renova, 2000, ov: Bem ISBN 85.7147-150-9 Incluibiblografia etndive, 1. Dieito internacional pablico. 1, Tuto cpp-ai Proibida a reprodugio (Lei 5.98/73) Impresso no Brasil Primed in Brasil in” Revista Verbum”, .XXV, ‘TRABALHOS DO AUTOR Alguns aspectos da ratificacdo de atados, in "Revista Juridica”, vol. XIX, 1968, 1964, pags. 139-156. Plataforma Continental — 1965 — Livrasia Freitas Bastos, 160 pags. ‘Mar Temitriat — 1965 — Livraria Freitas Bastos, 295 pigs. Ratificagio de Tratados — 1966 — Livraria Freitas Bastos, 173 pigs. 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Livraria Freitas Bastos, 1979; 7° edicio (revista e att snentada), LITT pags. 1982, Livraria Freitas Bustos: 8 edigdo (revista ‘eaumentada), 1.229 pigs. 2 vols., 1986, Livraria Freitas Bastos; 9 ed. {revista © aumentads), 1992, 1.843 pays. (2 vols. 10" ed. (revista saumentadla), Editora RENOVAR, 1.425 pags. (2 vols), 1994: 11° ed. (evista © atualizada), Editora RENOVAR 1.556 pigs. (2 vols.), 1997, Ongenizagdes Intemacionois. Parte Geral. Centro de Ciéncias Sociais da Pontificia Universidade Catélica do Rio de Janeiro, 1970, 68 pags. (Giragem mimeografada). Caracteristcas do Pottica Externe do Brasil ¢ Os Divetose Devers do Homem na ONUe OFA, in Estudos de Problemas Brasileiros’ (obra coordenada pelo Pe. 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Representogio Diveto lnernacional Pubiio), in Repertdrio Enciclopédico do Dircito Brasileiro, 49. pas. 2931, Editor Bors6i Capitutos: “O Territério Maritimo” * Akwomas” € “Navios"; in Direito Internacional Paiblico (obra em co-attoria de Raphiiel Valentino So- brinho, Mario Peston de Oliveira, Vicemte Marotta Rangel © Celso Mello. 4 vols, 1974), vol. H. 236 pags. 1974. Tiragem da Escola de Guerra Naval, Ministxio da Marina O Dire Internacional Paco ¢ a Onde Internacional ¢ Guerra Intema ‘no Divito Internacional Palco, ix Themistocles Byandio Cavalcanti © outros — As Nagdes Unidas e 0s Problemas Intemacionais. Fundagio Getulio Vargas. 1974, respectivamente, pigs. 21-45 e 67-8 Princpios Acerca da Represdo das Delitos nas Relagies Iuternacionais, in “Revita da Faculdade de Direito de Caruaru’-n! 9, 1974, pays. 2960, Novas Tendéncos do Disc Inemacional Pablic, in "Revista da Ordem dios Advogados do Brasil”, Secio da Guanabara, setembro-dezeanbro de 1974, vol. 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Preficio de Alcew Amoroso Jima, DIFEL, 1978, 343 prigs ia.don-Estadossaicliees HE BSCOSSNU windy snulupolar a ser g9nstruido corresponderi...um “direito internacional de panicipacio’ - Todos os Fata ig na 1 ¢-aplicagio das femacionais": A *diplomacia das matévias-primas” subsitwira a ™ cia das canhoneiras", Este sendo um sistema d una .o-cristao} uma inspiracda econ (diveito mercantilista) € com fins politicos (direito imperialists). Assim seiid6, © DI For um frclo a descofonizacio «um obsticulo para que 0 3° @ 4¢ desenvolva, O interacionslista arylino acaba por cat Chat to injusto pelo que ele jusifica © ireal pelo que ignora”, Besant assinaton que era umn dirte ofgiequico. porque ers aplicado por ui clube fecha, ssn civeite plutocratieo que permitia 05 fortes Taisexone Ow ania, continnando » segair Bedjaowi, 0 DI reconhecen a ocupucio, conqiista ¢ os ttidos desiguais. “Foi instimcionalizado no Congresso cle Berlim de 1885." Era formalise a igualdade cra apenas 4 ‘apatéucis". Pela pritica da intervengxo © Ga proveqao diplomatica os sfacionais de grandes poténcis Gham grandes Vantagens. Negava a int tmetos Estados o dircito A independéncia, apesar de ser permissivo. Para Chauunont o Diteito Internacional Classico vgorou até o final da ial, Ede TeCOMGaY que em JOT 4 URSS refeivou os tuatados COnTTUTTOS pelos cares alegundo que nio dera o seu consent Pode-se acrescentar ainda que » Direito Internacional Clissico conse- sgrava os tratados desigtis que era leoninos, por meio dos quais os povos Coloniais entreyavam vs suas riquezas naturais, bem como era formalista (6 Direito era umn fim em si mesmo), nao levando em consideragio 0 ‘specto politico e econémico (R. Bermejo). © proprio DI deve ser alterado como bem silienta Robert Bose: o DI Cissico € um “diveito de cocxistencia que regula as rivaidades € os con- fos de poder” com uma sancio que éa guerra.” Qqencarre aualmente everia cooperacio™ que vise “conciliar 0: ingress, Exe seri “sbi uromesia” oon dexcnvoivimente mais Tipido no plano regional e pode camisihar até « formacio de uma lade mundial, “Entre Estados a coesio cresceré com o ntimero € 2 qualidade dos servicos prestados pela comunidade internacional. Mas as pressdes dos fortes sobre of fracos © as ameagas de coacio retardam mais, {Go que apressam a integracio.” Tal fato ni significa que o DI da coexis téncia venhia a desuparecer, vex que sempre existirio “conflitos de poder”, ‘mas significa que stta importancia tende a diminvir (0 grande conflito, como ussinalava George Bal a0 tempo da rivalidade EUA ¢ URSS, era 0 nortestl (ticos e pobres) © nio mais leste-oeste Maurice Flory silienta dentro de linha semelhante de raciocinio que 0 {grupo los 77, nit UNCTAD, erla unt bipolaridade lnlependente do as pecto icleologico. Este grupo surgiu nia T* UNCTAD. em Genebra, em 1964, econtava em 1983 com 125 paises. Ele € formado por paises ufricanos, asticose latino americanos, mas existem algumas excec6es, como a Africa do Sul e4 China, que nio o integram, © 40 mesmo tempo fazem parte dlele Malta © Chipre, que sio europeus, © a Roménia, que € européia ¢ socialist 197 Fos paises que tem uma renda per capita inferior a 200 d6lares possue 21,1% da populagio mundial e s6 representam 1,6% do PNB mundial. 59 Este tipo de bipolavidade mito era aceito pela URSS, que 36 aeeiuaa divisio entre paises capitalists paises socialists. Por outro lado, tem sido “tsinalado que a cartelaagio de matérianprimas € contra 0 Ocidente, porque a Europa Ocidental eo Japio sio importadores de matérias-primas E'sio as firmas ocidentais que estio ameagadas de nacionalizacio. Daf Gharles Zorgbibe dizer que 0 confito novtesul é na verdade Teste-oeste- sul Para 05 chineses havea a seyuinte divisio: 1¥ Mundo — hegemonia americano-sovigtica; 2” Mundo — paises da Europa Ocidental, Japio © China; 3" Mundo — paises em desenvolvimento. A expressio Norte-Sul & passivel de critica: a) existem também paises socialistas industrializados; 5) Australia e-Nova Zelandia estio no sul e sio indusralizados;«) © Sul € heterogéneo € sem paises semiindustrializados, como Brasil (Carrillo Salcedo) Qjpuistesenvol sinsiggdosatalientenma:Sigualdade vary eimesiais bewieBe Ei teriNONs iSIEles tém preferido para sitelorinado DIP 0s "instrumentos quase parlamentares da diplomacia multilateral”, bem como. tenkan: fazer con qUee-recomendagoes, as ‘a seniobugatstiag Atualmente 0 3* Mundo domnina as Comistoes que elaboram 0 Direito Internacional: Co- nnissio de Direito Internacional, Comissio de Direito Comercial Interna- ‘ional, Comité do Fundo dos Mares « UNCTAD. (0 estudo do DIP deve vir ser intensificado nos diferentes paises, 0 que esti conforme ao que a ONU solicitou aos seus membros em 1962, mus acima de do entre nés subdesenvolvidos que devemos lutar para ‘que ele se transforme em um DI do Desenvolvimento. Na verdade, deveria, ser intensificado no apenas o estudo do DIP, mas de todas as matérias ‘que lidam com o plano internacional: Relacdes Internacionais, Economia Internacional etc Regula ipadevsoncardatomeann cussed 5 fe (D. do Mar, D. do Espaco) deve ser « TECTURE He Terese cafes rovtotadontamipanyisuan onsite ara MeWhiney © mundo de noje se emmeerenPOT ne ‘yevolugio mundial” que se compde de uma série de "revolugées cont ‘Binalmente, para que se possa entender as selagbes internacionais & i és anlinomias existentes, apontadas por Charles Chae havia “estabilidade e previsibilidade” ameaga aos EUA € 0 poderio econémico japonés (Samuel P. Huntington — A Mudanca nos Intevesses Estratégicos Americanos, in Politica Externa, ‘ol. In I. jiho de 1992). Autores ewropens (Pierre Lellouche) afirmam fo que agora nae existe; ) a grande Fea nh np em oes a inesdependencn aniera eee Mare Du hagas cee « dencminsda Se uns sconamas mega por ates ds cng ae Wilde (Donita de Lacs Roononter opiate por Garg ere “eva 1907, care “globular ds economic dase inestnenn prodlieafern rosuracBnaneaneo SS comands na tee eters esa de encapment a ssn le aco eens componente de npr ilpossan sstnturlenem creme poten euch te mead mands | Iepadar n eto bensersioe prio fancees loa | tis tbo aura os evened wath, Ament igo dc snlodsracnrcpaten Nennpulspde tars da rede goats 'Em um oulfo sentido, podese dizer que a sociedude internacional ‘\ econdmici internacional sem, no minimo, temporariamente, oc dls na ussisténcin social para sie pars os outros paises (© que caracteriza a globalizagio € que 05 elementos encontram separados "de uma organizagao social particular”, vido uma dissociagio da economia e da cultura. A globalizacio destr6i as mediagSes politicas € sociais que uniam a cultura e a economia, assegu~ rando “a integragio todos os, elementos da vida social”, Continuando seguir Alain Touraine (Pourronsnous Vivre Ensemble? Egaux et différents, 1997) acentwa este socidlogo francés que ela que constr6 i uma sociedade sobre a "iberdade” do individyo "e nio mais sobre um bem comum ow ‘um interesse geral” globalizados se tendo ocor= 56 | Para Roland Robertson st globulizaginy aie € apenas pane estrunas redes. ete mas nus modos de pens a vida social. Ela (em descuvelvide, © “pensumento nico” em favor do neoliberalisine. -\ sociedade aor “ individtios diversos, que os torna gulturalpenie hawoyeneos tora possivel a sua conservacio e reproducio (Giovanni Busine) Hi uma corrente de pensamento (Jose Manuel Pureza) que afirma que o DIP vai evitar uma globulizagio neodarwinista, Contudo, nio acre ditamos nesta possibilidade. Para uma descrigio da sociedade internacional apés a queda do mo de Berlin vamos nos fundamentar em Igunicio Ramonet. Ap6s 1989 ji houve cerca de 60 conflitos armados com mais de 17 milhdes de refugiados. As 225 maiores fortunas do globo representam 1000 bilhées de eur0s, que € 0 equivalemte a renda anual de 45% dos mais pobres da populagio nmundial (2,5 bilhées de pessous) 15 pessoas poles, : en HES BENE ae que WM AOOBAES mars vicos nar uma renda 30 veees superior doe 30% mmais pobres. Em 1995 a renda € 80 vetes superior. ara utender is necestdades santdvias e nuteelonais fundamentas custara 12 bilhdes de euros, isto & o que os habitantes dos EUA e Unie Enropcia gastam por amo em perfamee menos do que gisam em sorvete, Morvem snulmente 80 milhoes de pewoos por fome* Est é una ana polities, ima arma de guerra e eia'o “chanté business" As Raber de Empress tem penmtido diminuir o nimero de empregon Cada uns das 100 principat empresas globuis vende mts do que exports cada tm dos 120 paises mais pobres./As 23 empress mais importantes vendem mit que 6 Bras Ele controlam 70% do comércio mundial. Na Serra Leoa, © Front Rebelde Unido corta u machado as mios das populagaes ais para impedir que cls trabalhcm, Nas gueras da Afviee 90% das Wines Para encerrarmos este capitulo, devemos repetir uma obser George AbvSuih de que 0 Dl ea “eoenado daha elie eaten oe eee ee DIP que pretendemos aprofundar nes proimas edicoes de a ser o “direito interno NoTAS 1B. Landheer — Contemporary Sociological Theories and International Law. fv ROC, 1937, vol. bt Dl, pigs. 7 € segs: idem. 1957, vol Tl, t 92, pigs. 519 « tEyas Antonio Truyol y Seirs — Genése et Structure de la Société Internationate FRAC, 1959, vol 1.1.99, pags. 593 ¢ seys:; Julius Stone — Problems Confronting, Sociological Enquiries Concerning International Law. jn RUC. 1956. vol 1. 1. 89 pigs, GB ¢ segs, Dietrich Schindler — Contribution 4 "Etudes des Facieurs Socio fogiques et Prychotogiques diy Droit International, im RAC, 1958, vol 1V. «46 pags, 239 ¢ segs; Carl Bilfinger — Les bases fondamentales de Ia communauté ies Etats, sn RAG, 1938, vol. I, 1.69, pigs. 133 e segs; P. A. Papaligowras — Théorie cia Socieé Internationale, vol. 1, 1941; Georges Scelle — Le Concept de Société Internationale, #1 Revue de Droit International, 1935, 1 semestre. XV. pags. 7 tC seges © W. Keeton € G. Schwarzenberger — Making International Lavi, 1946: Jones. 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Poclemos adotar a definigio de sociedade de Edgar Morin (Sociologie, 1984) de que € "umm conjunto de interagdes econdmica, psiquicas, culturas, ete Formande sistema, cujo sistema comporta aparethos de comando/controle... que retroagem sobre as interagoes de que depende sua existincia”, Ordem social pode [nr definida nas palavras de Stanley Hoffmann: * Normas, politica e processos que SSeguram a satisfacio das necessidades fundamentais do grupo social "Uma regea de direito determinada e wm ambiente sciol6gico determinado caminham juntos" (Shindler), Desta afirmacao devemostirar todas 2s conseqi Chas no sentido de que as posibilidades bem como as limitagdes do direito se fencontram condicionadas sociedade. ‘2A. Como salienta Corbett: 0 Direito nfo cria a sociedade, Esta € criada pelo imerene comer © Direito apenas consolida a sociedade. 30 Dr ainda depende ein grande parte dos Estados mais fortes. Podese acrescentar que até of dine de hoje o DIP ainda nie controlou efetivamente 0 W80 da forea “1A Sociologia do DI tem o seu fandador no suigo Max Huber © como seus grander esuadhosos: Schindler, Schwarzenberger, Stone, Corbet, ete. 8 literatura noderna do DIP é predominantemente de base sociogica 5. Em sentido contrario esta Giuliano, que considera ter @ DI surgide no século XVI, enguanto que a sociedade internacional jé existiria, 15, Aguilar Navarro Balladore Pallieri a fazem datar do perfodo medieval 7. Ovdireio nem sempre corresponde A estratura da sociedade em que ele se manifest, Na verdade, podese repetir que o diet, normalmente, nasce 58 a { sell redade, ODE nig cvmtespane sucedtade intertracional Lauder TA. Ongunizagy internacional sugoxernamieatal ype cxias por in tna de pean privain de aiferenes nacional via nade de DI (Carrean. Flory ¢ Julliard), : " 8. Algune ators (Stele) een imerindisi BAO petnonation dingses grote dindviteasno esis a insergio cole «concn ea pessoa” (Email Mounier pune Lalande 2 "Vocabulario Tecnico Criieo da Filosofia, 199%). Em sentido contro Kay tmond Polin (La Creation des Caltres, 1998) considera que sedate falar eh individuo, porque ele & que é dotado de liberdade. e acrescenta: "sua pessoa, ele 2 recebe dy ontran.na vida em sociedad ‘SB. Keishico tive — The Principles of International Law in The Light of Confucian Doctrine, in RAC, 1967, vo. 1 120. pgs Ie seges K-N.Jorileke The Principles of International Law in Buddhist Decsin. REC. wh L120, pigs #4 segs, 5. Nahant — The Principles of Intemational Law in The Light of Iie Doctrine, m RAC, 1966, vol. et 117. page 205 esegns KR. Sastty— indie and International Laws im ROC. 1966 LL pigs 507 ¢ seq Prosper Weil — Le Judaisme ele Développement dx Droit nctoatona fe RAG, 1976, vol. 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Capita il. 1 Gini tercera concep ; mcepeio pole ser acrescenzaa 3 denominada de liga juridica (Kelsen), também de natureza objetiva, como a jus Da iaa s elagbes intemnacionais apenas “relagbex - suralista, Para 0 autor Possvct aos Estados te relacionarem: € ainda onée'se “corcam como em wha ipl os. dena formas soci (Agia, Nowra), Esa eri, 9 now er. ‘do chega a fundamen a saciedade iternacional. nae, porque ela existe. Eo dbouirina pratcamente se Timita a consttar que os Esidos se relacionam porqie existe uma ordem superior, mas ndoexplica por que ests ordem superigr se €ibonde ela se orginou myers Pevorsetormon “25218, Georges Scelle observa que na sociedade internacional que nio € hierar §dA predomina o principio do desdobranento Tuncional, isto &. os proprion (ores e destinatiros das norma interacionas) empresa os seta {gue Di se realize, Assim, 0 Executivo de wn Estado sta como orgie 0 ta soviedde intesnaenal sida interna en ete 2 dunoputegn (Radtifecrons sinowskip observa ie Geshe nas importantes do que a esiranurss (Goss) NA Falk The New States and International Legal Order, ov RUC 1966, volt LIB. pgs. 7 sage: Prakash Sina — Nev. Natins and the Law of Navons, 1967: Milan Sohovie Influence des Etats Noweans sur Ia conception din Droit imernatonal in AED, 1966. pigs. 30 c ws: Ares S. 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O primero lvro ocienal de DIP publicado no Japio foi o “Elements ‘of tntemational Law” de Wheaton, em 1855, que fos bateado na traducao chinesa {de 1861. Esta tradugao chinesa foi realiada pelo missondrio norte-americano W. AP. Martin. Os chinescsoviram como um meio dese defenderem dos diplomatas ‘exrangeiroe (Northedge). Parece que 0 Japo wos 3 obra de Wheaton melhor {do que 2 China em relaci aos ocidentais, Em 1895. no tratado de Shimonoschi ‘gke ps fin yuerra sno japones, ete deelarox aceitr 0 Dl elaborado na Europa Sobre'a adocio do DI pels Uiina, podemos aerewentar os seguntes dadou 4 primeira vex qué a China aplco os prinefpion do DI fot na neyociagio com a Kiss no watado de Nereis (1689). posterionnente, no tag de Rake igualmence com « Risin, civ 1727 tendo em vista que anos Foram conehnidas ‘Gm base na igualdade soberana dos do paises. A tradicional orem chines era trata os demais povos como trbutirios delas. Eo 1839 forarn tradunidas algamas pias da obra de Vatiel para que 3 China pudesse se defender ean uma dispta ‘om 3 Inglaterra, que vai desquar na Guerra do Opio. O proprio conceito de Uacionabidade, ou 0s aspectos do Estadonnagao. foram inrodiailos na China no século XIX. A primeira embsisada permanente que 9 China msalon no Ocdente foina Inglaterra, em 1877, apesar dela js estar prevss desde o tratadlo ee Tien 6 dle 158 (Coline Chi). No seulo XVI os Exon europe sont carados Sa eases Scae eaicanon Provintae Unidas © Jopio 1611: 0) i see rontus watado dle Nerehinsk entre Risa China sabre 3 fntei a Sande (1680): ¢) Franca « Morrocos (1684) ¢Swaanne Bost se Anguis acetou'S Di thborado na Enropa, em 1774, no watado de xuchad Kutna conchido com a Rissa, Em 1850 no sratado de Poi sea rae eine Porta & edmitda a partcipar das vantogens do ditto pubico De dons eusoper, Ela, enetatto or obrigida contnnar peemtindo 0 Seas apuntagber que lniana 2 va soberania.Efoteresonte saentar que ce PSB Dr como’ Gent « Groin reconheceram ov dicios dos Estados *Satguss atones(Sereni)consderam que ss reivindicaxbes dos afroasiticos aio tin ndamente fdcolico, ver que a2 norms intermacioais aparecerain aoe aoe terse exigencion praten c resolver eras snags strgidas dat Baphaetos Euan” e-em consequencia. clanao surgam em vtude de atendet cee aint una ehvacio erstaocidental. Esta tese no sntiramente GREE Rao er porque as "atuacoessurgidas das eles dos Estados’ podem SSrencoradascresobadas de diferentes mancito, Or, €ratal que 2 grandes ee teeSutenem um diteto para resales da manera que osse mais de aoe age que ts "stuacber" poder ser encaadas também de manera ‘diferente 16.6 grande processo de revido tem sido levado adiante pelos deneminados nore Eaton” ito 6 on afontcon que aleangaram a independéncia aps 8 2 Gara Mundial Eniretanto inimerss de suas posgoesimeresam a todos oF Riniesewehidon, mesmo aqueles que nio sfo novos ha sociedade internacional ra Ameren Latina) Estes pases suo também designados ainda de “3° Mundo (RAISE proteiriay A primeira expreslo tem a sua orig em Alfred Saws OAc Pagicige'a obra coletha “Le Tiers Monde, Sous Developpement et dévelop- aa er Cordeniada por CeorgesBalanier em 195, Say erara esta expresso eemegs2, car atigo publicade no hebdomadsrio L'Oburnina. Sawey parece er Sno eis Cepree inicalmente apenas para os paises afroassens, posterior rete Situ fia fol igada a nes de desenvolvimento ese ampliow (Bernard at) foes Rovere Hon esta express fo criada em plea guerra fra, po sa dca suis pewonsqueiam un tercero camino aque oF dois mundos wdegdiavam, O problema € que se coloca coma 3" mundo estados dispares Cone hinata BuidetieMaurau, 0 5° Mundo como o “vers état sto & Que 2 ceene ana pertann amerior § Reyoucio Francesa revindica 0 dieito de par cre Cinboragie das decsoex Deno da linha de raciocinio anterior, és reper sonaises obsena gue o conceito de 3* Mundo sfte wna evolugso € gue aaa e ac misturarae de nao-alinbamento e de subdesenvolimento econémico, Seeder protetarae” fi ceiada por A.J. Toynbee e poparizada,por Pierre See Mode tembrar que em 1908-1904 Corradi java em wma lta entre rude: proessian” * nagoesplutorateas™. Charis Betlheim tem eritcado 2 cease reine aubdesemvolvdo" como sendo una “mistficagao a2 ideotoga Sere Ba eaconde a dominacio a que esen pases exio aeton® denon addocorreta seria a de "pases explorados,dominados ede economia deformads Uimoutro erica desta expresin € Régis Debray. que dit ser ela “win golpe de Sinus Js deologia burghesa "um voesbulo eurocentico e aberFante por esse a {ite Gamat. © Teresi ante vera nan produto de captain. Ean Ceneeto que mimura tuo: cawen pos «chile, Faose Melia ober i The Relaions beeacen International Law and Confie Lay. st RAC, 1962 voL 1106. pigs te segs 7 Francois Rigauy — Relexions si les rapports entre fe Droit luternationa prise ele Droit des Gens. i Estudios ee Dereebo Intersacional — Homensje 3 D Antonio de Lama, 1958, pigs. 368 ¢ seys: 1, SeiFlohenveldern — The Impact (of Public Intemational Lave on Conflict of Law Roles on Corporations. im RAC. 1968, vo. 1123. pigs. 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Neste mesmo sentido assinala Georges Seelle que a concepcio 98 gue colocs DL tivo my urdews aniera 6H liseiplina”, O jurisia francés aerescenta que "a easeneia da counnidade interne somal” sip a8 “relagées entee partienlare”. © emnclat «jue -o DI Pibliea 0 servidor do DI Privado” £ interessante ubservar a origen Uo DI Privado, segunde F, Rigainx: as Iscunas do DI Priblico & que teranlevailo os Estanlos a regulaamen tarem 08 assuntos do DI Privado. Segundo este autor: "A avtonomia do direito internacional prvade data do dia em que 9 diteito das xentes limiton a 8 proprio. a regulamentagio apenas das relacdes entre Estados e quando se conxaton que as duas outras expécies de relagdes (entre o Estado co exirangeito: entre indiviios fem stma sociedade imternacional) no tinham dado nascimento a mina pritica internacional suficientemente estivel para merecer o nome de costume.” 16, Nicolas Poliis — La Morale Internationale, 1944; George W. Keeton € Georg Schwarzenberger — Making International Law Work, 1946, pags. 49 ¢ seus Unidn Internacional de Estudios Sociales — Cédigo de Moral Internacional, 1954 Herbert Kraus ~ La Morale Internationale, w RAC, 1927, vol. 1.16. pigs. 330 segs: Luis Garcia Arias — Moral y Moralidad Internacionales, in Estudos de Historia y Docirna del Derecho Internacional, 1964, pigs. 79 ¢ segs; Werner Lew = The Relative Irrelevance of Moral Norms in International Polis, m Interna tional Politics and Foreign Policy, coordenada por James N. Rosenat 1969. pags 191 e segs.; Traditions of International Ethics, coordensada por Terry Nardin David R. Mapel, 1998, Alain Papanx e Eric Wiler — L'Ethique du Droit interna: cional 1997: Alexandre Boldizar e Outi Korhonen — Ethics, Morals and Interna. ‘ional Law, “in” European Journal of Incerational Lave, vol. 10,02, pgs. 279 € segs pave cons fini a Politi observa que “certasregras da moral sio comuns a todas as categorias dle relagbes", No sentido adotado por nés: Aguilar Navarro observa que toda norma dle moral se dirige sempre a0s homens e qe, portanto, a moral seia una #6. Da ‘mesma opinido € Truyol y Serra, que assiala: “A moral internacional se aquela parte da moral social que determina os deveres do homem enquanto membro da sociedade internacional, seja como governante, seja como siidito. de vm Estado cuja atividade deve se coordenar com a dos outros Estadoe © subordinar-se ao bem comum de todos” 18, Aguilar Navarro manifesta-se no sentido de que “os wsos slo uma etapa intermedisria entre uns postulados morais que se fazem direito, ou uns preceitos Juridicos que perdem esta sua caracteritica 19, Jean Touscon — Le Principe dEffectvité dans V Ordre International, 1964 Pietro Provani — Il Significato del Principia ai Fifeicits. 1055- Adolfo Miao de Jn Mucla — El Principio de Efectividad en Derecho Internacional. 1958: Giuseppe Onolenghi ~ Il Priicipio di Effethia e la sua Fuzione nel Ordinamento Inter nnazionale, in Scrts Vari di Diriuo Jotemazionate. vol. 1, 1959, pags. 221 ¢ segs Robert W. Tucker — The Principle of Effectiveness, in International Law and Politics inthe World Community, 1953. pig. 30 e segs: RY Jennings — Nally and Effectiveness in International Law, se Cambridge Essays in International Law. [Essays in Honours of Lard McNair. 1965, pigs. 64 ¢ segs.; Charles dle Vischer — Les Effectivtés du Droit International Public, 1967; Jan Antonio Carrillo Saleedo —Soberania del Estado y Derecho Internacional, 1959; Tarciso Burity — Reflexes sobre Direito e fato na Orden Juridica Internacional, sn Revista da Faculdade de ” Direity — Universite te Su Pa, il. NENTAE 2° fis... igh LE seen Bernadteire Peulraxt — O Fata ea Norns nw Drei Interbacional Pailin 1 Revistas Felidae dle Dive f pgs. 273 « segs: Monique Chenilliee- Gendreant — Le rite de Leltectivig tersational, su Realltés €u Dioit International Comtemporain, cies des seconde et troisieme renconres de Reims. /. pays 79 ¢ sees: Jean Salnion — La constriction juridique dt ait fen droit international. in Archives de Philosophie the Droit. 2.1987. pigs. 135, € seus; Monique Chemillies-Gendrean — Origine ct xdle de Ia fietion en droit iternatiowal publi, in Archives de Philosophie cht Droit, «32, 1987. pigs, 158 € 20 Este auior diferencia a efetividade da elieicia do seguinte modo: «) a ficécia “Se mecle por referencia 2,nma intencio”. cla consiste em saber se uma ‘egra atingit “a finalidade que The foi conferida pelo sew autor"; #) a efetvidace trata somente da relagio existente entfe una norma e a realidade social," ¢ uma nnogio mais simples. menos elaborada que a de eficécia”, Charles de Visscher wlifiea a eficscia como “a adequacio dos meios colocados em fencionsmento para alcangar o objetivo desejado” 20. E de se repetir um pensamento de Jean Giraudoux: “O Direito & a mais pouterosa das escolas de imaginacio. Nunca itm poets interpretou a natureza to liveemente quanto um jurisiaa realidade.” Dentro de uta onientagso mais juridiea Poslemos repetir uma observacio de J. Salmon ee que o DI nio regulsmenta 35 comseqiiéncias que os Estados dever tirar do real, Os Estados si0 livres para apreciar 0 real ¢ alé mesmo recusita, 20.8. Aigumas crticas tém sido formuladas a este principio sustentando que 8 efetiidade que se transformou em uma nocao centesl no DIP é ajuridica (Che- milie-Gendrean). Ou ainda ela, wma tentativa para senir de controle 3 ma “subvessio permanente” existente na sociedade internacional (R. Lepoutre) 21, Esta tendéncia vem de Jellinek, que afirma: “o real tem em geral uma tendéncia psicolégiea a se transiormar em abrigatGrio” 22, Algumns autores (Verzil) negam valor 20 principio de efetvidade, vez que cle levaria 4 negagao do direto e que cle mio teria encontrado consagragio ma jurisprudéncia internacional. ~ 28, Tucker considera que nié DI existem resteigdes a9 principio “ex injuria 4s non oritur” em nome da aplicacio do principio da efetiadade. A aplicacio do prinespio da efetividade demonstra ser © DIP. para este autor, win “dieita Sinica” 24. Miaja de ta Muela assinala que a efetvidade de wma sitacio somente Pode produzir efeitos juridicos se ela tiver sido originada conforme 0 DIP. E crescent que atualmente no DIP 0 reconhecimente é a inico meio de "resolver fem cada caso 9 oposigio dramitica entre a efetividade ¢ a juridicidade™. Na verdade, como estudaremos, € 0 reconhecimenty tin ato da vida internacional ccapaz de transformar sitaacbes de fato em sstacbes juriicas, 24. Michel Virally — Le Principe de Réprocité dans le Droit International Comtemporain, i REC. 1987. vol 11, 322. pige 1 e segs; Emmanuel Decaux — {La Réciprocité en Droit International. 1980: G. P. Niboyet — La Notion de Réct: procté dans les Traités Diplomatiques de Droit International Privé, in RAC. 1935, Vol Il, € 52, pags. 255 e segs. , oe Ca w 100 - 25, Joa JA. Salmon — Le Concept de Raisornable en Druit boernatianat Public. a Méianges olferts 3 Paul Reser 1OSE. pais 447 se Jean JA. Salmon = Queiques Observations ur fa Qualification en Droit International Public La Motistion des Décisions de Justice. Estudos publieades por Ch. Preclian « P Foriers. 1978, pigs, S43 e segs; Olivier Cayla — La qualification. ov In veri dt Uo. Droits. n? 18, 1998. pgs, 4 ¢ sexs: Bernard Audit — Ou: Droit international Prieé. m Droits. n* 18, 1094. pigs 33 © segs 26. 9 “operacio imelectual que consiste em clawifiear wi fato. uma ac, tama insisie3o, ma resolucio juridiea«leverminada tanido Ihe aplicar 0 regune Juridico correspondente a esa categoria” (Dicionstio Basdlevant. 27. J. A. Salmon — Le Procedé de la Fietion en Droit international Public in Les Presomptions et les Fictions en Droit, sob a coordenacao de Ch. Perelman cP. Foriers. 1974. pigs. 114 e segs. Jacques Michel Grossen — les presomptions fn droit international publi, 1954 101 CAPITULO IL NEGADORES DO DI! 19 — Ing 20 — Nogadves pris: 21 — Nogadones tees 22 — Grea oot ngadoes; 23 © DI come dire iperftes 3A » Conds, 19, 0 DI tem sido avo de diversos doutrimadores, que ora neyam existéncia de qualquer norma regulamentando vida internacional, ora decaram a existencia de tais normais mas nio as considera come sendo rnormas juridieas. O primeiro grupo é formaco pelos chamados negadores priticos (Espinosa, Lasson, Gumplowice, Lindstedt, etc), enquanto 0 se. gzundo grupo € composto pelos denominados negudores tedritos (Austin, Binders ete). E de se salientar que estes autores partem de teorias inteiramente diversas, omente tendo em comum esta concepgao negativa ao estudarem © Di; sio, por exemplo, materialistas (Gumplowicr), neohhegelianos (Las son), ete © assunto, ora estudado possi intereste meramente doutrinio.¢ dliditico, tendo em vista que nos dias de hoje a impugnacio do DIP nao tem qualquer valor ea crescente institucionalizagao da vida internacional tem respondido a diversas objecdes dos negudoresOs utores a serem ‘udados sto apenas alguns dos princypars negatiores teoricese pratices, 20. Os negadores priticos apresentam em favor das suas teses ima serie de argumentos. Espinosa defenden que os Estados visiam em verdadero estado de natureza e que os proprio tratados subseritds por elesnao tinham qualguer ‘alor quando se opunhiam aos ses interesses. Adolf Lasson reduz 0 DI uma simples relagio de forea, uma vez que 0 Estado, sendo um fim em si mesmo, nto poder existr qualquer sistema Domativo superior a ele. Os tratados 36 seriam respeitados enquante nao varasse a relagio de forgus de que eles sio expresso 103 foriez sustenta tambéne qe © DE amen se redler a ode forga, porgite nso existe umn sistenbs eoereitive is tornas, Q egoisiny seria o vinico Ludwig Gum a simples re principio regelor ui estat cnie ete or, csti qe @ Dprogesso wenhit a wrnar possvel w exincla de uy Dl Anders Vic Lvmndwete considera qic-os Estados sem na vida js por menos interes prticlines, Nao exis DI, porque nn In nnn parciho coereiivo. wn poder legiaativo © jiuicivio que atin ste mod regula nasi eration. Os tretalos tetiam obiigatoriedade, porque nio existe aparelho coercive caps de Ihes impor o respeito 21, Os negudores teéticos, como vimos, io negin existénchn"e niormaé no pli internacional spends considera que elas ni alo dias ‘moral posi lis seyintet rabies) casino sto juris por ¢ muanifestun no seio de sina sociedade organizada;#) elas sean ‘moras porque emanany di opinizo. pablis; 1) faram parte da moral ra porgie na realidade, clus so splicndus, As nomnasintermacionals és, no fundo, uormas de cores, porque nao implicam juzo de valor Todatis, nada impede que um Estado on tinal saicione ma norma de moral posta transformando-a ei norma jr dic, que far. no cas, parte do diveio eval, seria wma norma, de “ireio estital externo™ “illo Binder consider que nio existe DI, porque nio existe"um coniunidade inteimicional. At normas internacionais slo simples regr moras ow si0 usos internationals upliedvels em viride de uma pritica constant 22. Devemos estudar agors « questio da procedéncis destus citicas divigidas a0 DI Na verdade, todos os sets egadores esto ofwseados pela Wisio do Esudo modem, bem como pelo direto estaal,exquecendo-se de que eles sio 0 restltudo de uma fase histbrica e que nem sempre spresencaram as ca que tem hoje, ow sta pater de afirmae ches a prion. Os neydonesp 0 disinguem 0 “ser” do “dever wt” 40 com siderarem que o DI nso existe, tendo em vista certo abusos que sparecen 4 encoiitrum suibmetidos « normas juridicas, De Tato, 0s Estas pautam 4 sua condita peas nonmoas de DIP. tanto nisin & que aves violaes Sto poneas diante da intensidade di vida internacional. Das centenes de tratados exintentes, guns, mesmio “bicomvenientes” pari.os ses signs Fos, si respetacosc poicor io sioados, Quem olla vida internation tem & primeira vista mpresio de que mela s6 domi iolencta, sma vez que qualquer violacio acareta yrives epercunsdes nd via dos povos 108 eonseqit@meia. proc fon + impactos pavologieos nos indies. Entretanto, esas viokiedes prodhizean tas impacton também porque ch vio sio-comuns &justamiente.representam hima excel intemacional, Seria difielle sem spatqer fio dle vealiade dizer qe 608 Esti nto possiem qualquer norms fnstando asta condita, Se ussnn Fosse, a vida internacional seria intcnamente sneguiea. ate resulta «mn impossiblidade da sua orgmiracto. ao contnivio do que tem conte, «ido com a criacio de organismos internacionais. A propria sqtetts foi considerada como wm dos modas de solucio dos conf fos internacionas € regulamentada a sea condita pelo DIP E de se recordar que a existencin igios nao significa necessariimente que tenha ocorio violagto do direito. O que é mais importante no DI. conform douuinadores norte Americanos, €a anséneta de um procedimento seguro para aileutfieagso dle uma viokacio™ Por outro lado, € de se lembrar que grande parte das violacdes do DIP. « sio tambem ao mesmo teropo volacoer do Direto Constitueional, como ocorre nagueles paises que incorporam 0 DIP x0 direito inwerno, por ‘exemplo, na Constinuicio nonteamerican John H.E. Fried), Nicos Post Jantzas (L’Etat, le Pouvoir, le Socalime, 1978) observa que “todo sistema Jjriico inchu a ilegalidade™ no sentido de que ele tem lacunas que sae dlisposivos expressamente prevatos, brechas para permit” o abandon. da lei, Diz este mesmo stor que i mixin "a ninguém ¢ Hieito ignorar lei" devese acrescentar “sah os representantes do Estado". Parece-nos Aue estes raciocinios podem ser aphcados, mutatis mutandis a0 DIP. Para Jean Garbonnier (Derecho Feible, 1974) ests mixina foi adotada a codificcio napolednica, porque a lei, naquele tempo, era apenas uma formulagio de costumes antigos O mais poderoso Estado sof limitagdes nio s6 impostas pela inten- sidade davidu internacional de que ele depende em maior ou menor grat como também de que ele para controlar otros Estados preci conteclar 45 proprio. Louis Henkin observa com razio que as rlagées entre os Estados “caminham da forga pars s diplomacia e desta para 0 dirito (Os negadores teéricos partem da comparucio do DI com 0 direto les ae exqccenn qua figiow she ono mma dis earactersieas do dircto intemo moderna. ¢lenomeno recente da evolueio do drei. © costume, sinda a principal fonte do DI tende a ter o sen papel redo com a codificacio da nossa mater. O tataco em €poca futur ter pubel idéntico. em importineis pum @ Dl. ao di lei no dlieito interno, Noo porlemos considerar que as regras de comcuts da sociedce internacional Sejm normas de moral, uma ver que a moral tem outo tipo de sancio. As pr6prias normas da “comitas gentnnn” regulamentan apenas aspectos secimclrios cla vida internacional” Nem ineststem mais. como pretenclen Lindstedt, érgios judiciis navies internacional. Temos. entre outros. Corte Internacional de Justign 103 fits wo DL € que ele aio & passivel ©. et conseqnéncis, cle ni seria Dircito, Ede se abservar me que o DI posit sinngdes. que sio de mattirera distints das do direito.' Sio sangdes do Dk retorsio. as represiias. ete. Se esis sancoes nem sempre atuim con a efisicia lesejaca, conteedo ito no significa qu clas nao existam. O D. Penal nio deixa de existir porgite as sas sangoes deixam de ser aplicads 08 crim Justia O direito como ciéneia normativa se dirige aos homens, eres livres €, em conseqiiéncia, essencialmente violivel. A sangio € um elemento externo 20 direito © 0 que 0 canicteriza é 4 “possibilidade de sancio™, ‘Claudio Souto observa com razio que a cougio fisica & pra o Direito “um instrumiento que nio oper o& j8 nao opera em grande purte dos casos, € cuja tendéncia. em uma perspectiva histOriea longa, parece ser de lincionsar cada vex menos” . Ow ainda, como lembra Paul Foricrs (Regles de Droit. Essai d'une problématique, in La Régle de Droit. Etudes Publices par Ch, Perelman, 1971), 2 sancao € um crtério falso para servir como aracieristca do Direito, porque se 9 norma juridica recebeu uma udesio, de ea quem ela se ditige, a sancio tert importincia secundaria nesta adesio, ¢, no caso del nao receber a mencionad adesio, a sincio seri inrelevante. Max Weber admite a coercibilidade psicologica para caracte- sizar o Direito. A. Bugallo Aharez (Pressupostos Epistemoldgicos para 0 Estudo Cientifico do Direito, 1976) observa que a ordem juridica mio subsiste apenas por causa da Sancio. mas que, “a longo prazo, a vigéneia da ordem juridica ¢ proporcional ao grau de aecitagio e aceitabilidade da mesma". Podemos lembrar ainda que 0 D. Canénico nio tem sancio coercitiva € nio deixa de ser direito. O direito € anterior 3 sincio. Miche} Miaille (Une Introduction Critique au Droit, 1976) lembra que 0: momen- tos de repressio constituem uma excegio no sistema social, Nas relagoes internacionais € extremamente dificil se organizar uma'sancio cocreitva E suficiente lembrarmos 0 poderio das grandes poténcias. Ede se pergun- tar, neste sentido, 0 que adiantaria organizar um exército internacional Por outro lado, & de se lembrar que existe una “pressio” sobre tod: qualquer norma juridica, porque se cla € inteiramente respeitada ela é desnecessivia socialmente (Falk) : E para coneluir podemos obsenar com Kelsen qe x diferenca entre fo direito interno eo internacional é apenas de esirutura e nio de natureza. A pretensa distingio de Triepel de que o Di seria baseado na coordenacio. enquanto o direito intemo seria de subordinacivo, cai por terra com observacio do mestre de Viena de que coordensr também subordins Na verdade, s6 se pode coordenar “dus coisas" subordinandoss a uma A grande dificuldade do DI é que ele se fundamenta no Estado sobe- uno €, "por outro lado, por causa do direito, deve vestsingir a abitrasie- dade que se esconde no conceito de soberania” (Oto von der Gablentz). 106 encionar neste estilo vn grupo de internacionsaistas rio faz parte dos neyuclores. apenas considers « DI come sede wn direito imperfeito (Savigny, Wilson, Zitelmann, vie.), Estes autores ap sentam arguments semelhantes aos expostos pelos neyadores: a ausencia nrermacional (Savigny); falta de uma oryanizacio ‘central para impor as sangGes (W. Wilson): as normas internacionais serian obscura, © a guerra furia cessar o estado de direito enue as nagdes (Zi 1). Entretanto, eles no negam a existincia lo DI, considerando-o apenas como um “direito imperfeito” Este grupo de doutrinadores € passivel da mesma observagio que dirigimos anteriormente aos impugnadores, Tais doutrinadores, nas pal vras de Aguilar Navarro, estio “destumbrados pela imagem do Estado moderno”. Limitar a ciéncia juridica ao direito estatal moderno é estreitar (0 seus horizontes. 23.A, Na verdade, se aos internacionalistas do 3* Mundo nio iiteressa © DI Classico consagrador dos interesses das grancles poténcias, tambérn do interesta a negacao do DIP. A negucao significaria colocar a sociedad em estado de anarquia, que talvez viesse a favorecer 0s poderosos. O Direito emana dos poderosos, mas uma vez “promulgado” limita 0 seu poder © passa a ser também uma arma de defesa para os fracos. ‘A questio dos negadores do DIP tem interesse meramente histérico, 107 Notas LA. Trvol — Doctrines Gomtehhporaines di Droit des Gens. 1951; Gusts Adolf Wal — Esencia det Dereeho Internacional y Critiea desus Negadores, 1943 Chino Souo — Introducio 40 Dizeto couse V7; OuoHenwrich von der Gabientz The Effectiveness of International Law, in Esays on In of K. Krishna Roo, 1976, pays. 58 e segs 1.8. "O normativo existe para ter realizado, o que no significa que se realize hnecessariamente...o Tato de qe & norm nio se etimpea mao invalida, como sia nota estencial,a exigeneia de realizacho" (Adolfo Sinchez Viaquez —Fiiea, 1980) 2. A guerra jivera encarada por Giovanni de Legnano (séeulo XIV) como. mode de Solugio dos conflitor internacionais. * 3.A propria critica de Binder é improcedemte, porque. come vimos no n® 5, existe uma sociedade internacional, 4. No Dl. a sancio é dirigida, ein principio, a0 Estado, e, no direito interno, 20 individ 5, Podemos lembrar a distingio de Miguel Reale: “Para os adeptos da primeira (coercitividade) 0 Direito seria dotado sempre e ivariavelmente de um elemento coerctivo, sem 0 qual no haveria Direito; para or da segunda (coercibilidade) 2 coacéo seria elemento externo do Direito, © qual se distingwitia apenas pela possbildade de interferéncia da forca.” Jiménez de Aréchaga lembra que 0 proprio D. interno possui angio (“conseqiéncia da violagao do preceito juridico") des: provida de coacdo ("forea fisica eventualmente wilizavel para impor a sancia ein ‘aso de resisténcia a ela") como a “exceptio inadimplets contract. Neste aspecto cstariam diverss sangbes do DIP. como a ruptura de relagées diplomstias, ec ‘Acrescenta este autor que a Carta da ONU organizon sangdes coativas no ambito de competéncia do Consetho de Seguranga, Todavia, tem sido paralisada em imeros cases por motives politicos. Por outro lado, como bem observa Parry. a efetividade do direito nae depende apenas de win poder que o imponha, Nenim poder estaral teria forca suficiente para impor © direito se os individuos 30. aquisescem eumprio, J74, Louis B. Soho — ernational Law in Honone = 108 Intemo € 6 resultado da vontade de um Estado, enquanto.o DL tem-como (Gene clebs doy Hadas gue = mines expresene nce Fre ara stat Tepe nes ap CAPITULO IV ss RELACOES ENTRE 0 D. INTERNACIONAL E O D. INTERNO' — Intvodugig; 25 — Duatismo; 26 — Monisma; X— Teorias conciadoras, 94 —~ Priiaintemacional:29-~ Price interna, 30 a concusd 24,/As relagdes entre © D. Internacional € 0 D. Intermo acarretam inimerbs problemas dontvinivios«priticos que decorsem da questio que consiste em sabermos qual o tipo de relacdes que mantém entre si. Pode- sos exemplifcar da seguinte maneir: havend um conflita entre norms internacional e 4 norma interna, qual delas devers prevalecer™ Poucos "ivtores, como Ross, consideram « disputa entre as diversi doutrinas como Sendo uma "disputa de palivras", «tem neggado importants da questio orn estudada 25. 0 primeira estudo sistemitico da matéra® foi feito por Heinrich ‘Toiepele-em 1899, ma obra “Volkerrecht und Landesrecht". Parte este divs da concepcto de que o Deo Ditto tema sin “noctes iexe wes" em conseay sd ada secanies, ito & sha ndependentes. nao possuinde qualquer rea ‘m-comum. Esta oposicio ¢ resttante de tvs eferencas que exten ts Sa ordens juridiens. “ diferenga € de “relagdes sociais” | na ordem internacional jeig-enguanto ma offem intema apiece Uo, suleito de Gireito das Fonte nas diss oxdens tenia Tepe, neste ase‘ €McMeNie nes {or se baveara om abalhos de Bergoomnt © Bnrding, sendo que este ee ythstinto ae Sun paticipacio no desenvolimente juridico internacional {_~Bsirconcepeio propost por Triepel for lead par x Tels por Dio tho publicado um decénioeantes, A “Veveinbavting’ & ni definicio de Uincing, “a fusio de vontades diferentes com ws mesine eonterida”. Els se manifestaria mas decsoes do Congresso. ete Festi” Vereinbarng’ que para Triepel. eria as nofnas internacionais, A "Vereinbarung” se diferet Cavin do "Vertray” (contrato), em que as ontades tem contetido diferente A terceira diferenca ¢ rlativa gestratura das dias oxslens jpacidicar ‘gue eal bagel je subosdinacio.e a inwervacional sa. GSordenacio. Fa conmmidade internacional uma sodedade pa sta Concepgio condi 3 denominada “Teoria da incorporugio". to ra que uma norma internacional sa aplicida na imbito interno do Estado, ¢ preciso que este faga primeiro a sua “Uynaforma Tnferno, ucorporandea aa seu sistema ju idico eta independ d Jo que signitiea Giger tanibénr que mio exte-uina poosbiidade de confion entre elas) Pags Trepel o tide "aaa? wat mC Ts deo isi Anailot. que a adotou, em 1905, em um tabalho inttalado “I Birino Internazionale nel givdizio interno". Ese autor apresentaalgumas diferencas em relagio 40 jurstaalemio, admitindo, por exemplo, que © Di pode ser spicado pelo D.Interno em alguns eason sem a devia wane, formagio ‘O.dualismo foi seguide por e autores italiangs, mas apresentando algurasaraieriscas propriay Pers um dos anores ais representativos da denominada escola ialianaydefende i uh ) defend a autonomia.das_| das ordens juridics, sustentundo, contudo, a Superjondade-da-Difem ‘unto assim. que.a revogacio de_uma n ontviria ao DI'sé pode ser feita por um procedimento do direio-inte a0 bastante semelhante ade Fe de Sereni, que retoma as diferencas entie ac, dias oreens juridicas suttentad C A denominacio de dualista para esta concepgio foi dada por Alfred Verdross, em 1914, e accita por Triepel, em 1925. Toduvia, Verdross reco: nihecew & deficigneia deste termo, uma vez que nio existe apenas om Aireito interno, sendo portanto mais correto denominé-la de pluralist E 0 dustismo passive de win série de critica: a) 0 homer € também alma vez.que tem dircios © deveres onion a 0) 6 dieito nio é produto da vontade ‘Estaclo, nem de varios Estados. O voluntarismo € tnsaficiente licay a obrigatoniedade do costume-interifacional;_o) Kelsent ob- pordenar € subordinar a. m;.assim senda, a le 4)» DiPconsuetnelinsivie € normal wna. simples “diferenca h Brcnite uphedo poor wba Fntcruos Sem que nj qualquer transfor rmagio ot incorporagio; «) quanto 4 escola, ce Susenta que o DF se dirige apenas io Estilo cio #0 se diteto inter, podemon ens « opiniio de Rolando Qadri que observa ndo ser "possivel dssocir 0 Estado clo sew ordenamicnto”= f) podcae acrescentar a observacio de P Paone de que o dualinno no DI esti sempre ligule sta concepgio como sistema privatiico 26, Encontramos, em oposigio a9 dualism, x cones monismo, ou sj # Weoria que_nio aceita do denominada ‘cum cepeio tem duas posigbes: uma, que defend. primazia do diceito intend) sou. pon tro nao direito interna a) O'Wrorisisa font primaztedo tiie interno tem as suas raizes no tenha emanado de mento do Dite 0 Dilté reduzido a um simples “direito estatal externa”. Nao existem duas rdens juridicas auténomas que mantenham relacdes entre si..O DI Eam Se ee or apleae yoru aexisténcis de préprio DRcomo Jecem o seu modo de conclusao, como sustentara Wenzel, toda modificacao” na ordem constitu \l por ui proceso revolucionario deveria acaretar ‘Shterior, Enuetanto, SIO TS OCOTTE, porque em nome da continuidad | © permanéncia do Estado ele € ainda obrigido « cumprit oF tratados j Sua obrigatoriedade do Direito Interno. cde todas € que ela ney ut 8). moni vido principalimente pela escola de Viens (Kelse Kelsen. ao formulara teoria para do discito, emancio dle normas. Una norma tent a sta Origen « tina sia obrigatoviedade-da norma que the 2 novi Fiesta. a norma hase-(~Grunduorm” )- que era tint hipo- ese, ¢ cada jursta podiaeseother qual seria ela Diante disso, a concepgao Kelsennian fo denominada na sua primeira fase de teoria da livre coll, posteriormente. por influencia dle Ve Igen sai do seu “indiferen: = passe norm” como sendo uma.normade DI: a norma costimeira “pacta sunt servanda”. Em 1927, Duguit e Politis defendeii 9 primado do DI e com eles toda a escola realista francesa, que apresenta em seu favor argumentos sociolgicos” A concepeio ora estudada parte da nio existencia de diferencas fu damentais entre as das orduns juridicas. A prépria nogio de soberania deve ser entendida com certa relaividade e dependente da ordem inter nacional Kelsen inicialmemte sustentow a inexisténcia de conflitos dens intethat €internacional, uma Vez qué Horta iiferior jamais poderia ide"enconiro a norma superior, que eri aaa fonte © fundamento. Finalmente, o mestre da escola de Viena, ainda pot influencia de Verdross, Ppassou a admidr a possibilidade de conflitos entre as duas ordens jurfdicas, como de fato,existem. E 0 denominade *monismo moderado™, que veio subst 9 monismo ra i 2 Direito Interno e o Direito Internacional no quebra stunidade do sistema juridico, como-um con Co tiebra a unidade do diveito evan TREE a predominincia do Di; que o¢orve na pritica intemactonal, como se pode denvonstray com ‘duas hipoteses: a) uma lei conwriria ao DIRHA ao Estado prejudicado 0 diveito de iniciar wm “processo” de responsabilidade internacional; 8) uma ‘norma internacional contraria a lei interna nio da ao Estado direito and Jogo ao da hipétese anterior. Podemos citar ainda em favor do monismo com prima nai he yma poss forte formal ns Howes materia Je i Esta, mitas vezes. se dire diretammente wo indiveto sem que h fotmacio em lei interna. E o que ocoste com imiimerasdlecisoes da CECA. ‘A principal crftica" dirigida a esta teoria € que eki nao corresponde a) Hisiria, que nos ensina ser o Estado anterior uo DI?Os monistas respon” dem que a sua teoria & “logica” ¢ nio histrica. Realmente, negur a superioridade do DI é negar a sua existéncia, uma'ver que os Estados ‘) seriam soberanos absolutos ¢ ndo estariam subordinados a qualquer ordem Juridica que Ihes fosse superior ; (O argumento invocado pelos dualistas, em favor da independéncia das duas ordens juridicas, dizendo que uma norma interna s6 pode ser 1ev0- 42 - imediatamente superior. No vértice di pindimide estavs gud por um procedimenta de Diseite Interna, cai por terra ae observar: mos que isto beone porque 0 cantencivs int Je de reparacio fe nie de annlagao. Tal fato se aii en virnude do proprio DE e nia por lo ordenamento, east de interne. 27. Ao lado do monismo e do dnslismo surgivims diversas teorias que procurai conciiay estas dias doutsinus c siv. por este motivo, denomi was de“ wonas canciiadoras O principal grupo destas teorias € aqnele lormado pelos doutsinadores spanhidis, que sistentam a indepenléncia entre as dias ordens juidicas, lima anise, 2 consagracio do-primado do dusita natal. Psa € teoria defendida por Antonio de Luna e seus seguidores, como Adolfo Miaja de la Muela, Mariano Aguilar Navarro, Antonio Truol y Serra.” Este tiltim, 40 simtetizar a presente corrente, declara qute a solucio da questio ort estuclada 56 pode ser encontrada “em um equilibrio harménico entre’a comunidade internacional e 0 Estado". Admite ainda « responsabilidade {ernacional do Estado por nonina interns viokidora do Dl, winda que tal norma interna seja obrigat6ria para os éngios © sditos do Estado. Sobre 4 possibilidade de uma normia internacional ter vigéncia imediata na ordem interna, sustenta o internacionalista expanhol que, além da evoTuGIS do DI neste sentido. nao seria ne fortnci6 pas CER Tso i pelo regehador eat 2 completa independéncia ow ssntonon Erich Kafinan fala es idehade Dire", que’por ser a mesma nas divas ordene juridicas, a8 uniria; acrescenta que existem prinepios que Pertenceriam a una ordem superior. que esto unidos a idea de Dire, qe se impoem onde o dice sea apa, Estes printpios sertam do Bireito Natural Ovirosifinam a wnidade do Divito falandoxem co" (Drost), 0 que € wins nogdo vague imprecsa Ess Wor, no Tudo, affrmam « primazia do DKao admitirem & responmibilidade internacional do Eade quando 9 sew dive interno ola ordem jsidica mtermicional. Giggenteim obser com rari que jiwidien universal ¢ aos quais incumbiniar ndapendentemente dos orgies do direito das gentes edo direito interno. ucelintagao da ordem just dadeino Gundansento do DItpara alguns atores Consite maqiele She Ciados primeiros da jusiga e nao fornece quulaer criteria concreto para tima dvisio de competenclas entve as das ones uridine, sendo mesmo {de se assnalar que existe stmalmente nm proceso de internacionalzagio om mate quedo poss vir a ser incrncionalzado) sentimento juridi- us "nue ori concn ett deri po Wale ge cons tum *phirabsnio cous subordinacio parcial” Par Gustat Adolf Walz 0 BL we lige sempre nor Ess of titles ao. mao merino ie ente no dreito intemo, uma vez quie as ciwss ordens juridieas 0 inuiependemtes, Es anor aumite a exstencin de das “especies” BE DI Dioriginario, que € 0 verdadeito Di, possi autoridade imediata sobre nilogas, estando a responsabilidad coletiva intimamente ligada « clei(6))o Di devivado, que possui vilidade interna tem virtade de umg norma eSttal e cujas normas se drigem as coletvidades ¢ ios individuos (O DI originario, em regra geral, nao pode ser aplicado pelos tuibunais nkcionais, enquanto o DI derivado € aplicado pelas auto- Fidades uibunais nacionais da mesma maneira que o direito interno\ Constitui. portanto, 9 DI derivado (corresponderia wos ratados autoxexe- ‘cutaveis do direito norte-aigericano), um elo entre o Dl eo direito interho, cstabelecendo, em consequéncia, uma “certa relagio entre © monismo € © dualismo". Admite Walz a enti as. duas.ordens, mas ‘admit também que uma parte do D. Interna esta submetida ao DI, como Se pode obseivar da existéncia do instituto da responsabilidade interna- ional "Esta tcoria mio (eve accitagio na pritica ou na doutina ¢ consagra emnazionais gue nao tem qualquer Fazio ‘enem € encontrada na pratica intermacion ‘9s Estados ¢ outras entilads { que atundonou 0 monisme com primado do D. Ineo alegando que ext negao Di, o que e incomputvel com a -douting” da eoexintencia pactca, A conceptio (Mironoy)ufurma que o Dl. direto interno tem Smesmo valor e que existe entre eles um velo inv”, Um tatado ‘Afinam que devido a unklade de conduta ns URSS pratcamente nio {aistem confites entre as duasordens jurdicas (. Bernard Ramundo} sta icora tem aspectos inacetvels para n6s:(@) ma norm cor nin sendo gurl & obriguma independente do eotentinento do Este dio pelo meyse tt ji extents quanvio 9 Estado surge na sociedade 1°} € 0 primado clo Disa mencionada Tnidade de eOrisa ¢impossvel em Estados onde exists tenateal scar Tacho de poderes (Exeeutv Legislative Judicario) conciusio que se pode apresentar € mesma de Francois Rigas de qe hi um phuralismo juridico, vez que ordem interna e internacional fe interpenetrum, Vainos ver adiante 0 difeto imerno aplicando © DIP, Inas este também leva ajule-em consideragio em questoe como » naci™ hulidade © aufeagio imperfeia do watado, Um grande publictatio alemio, Kaus Stern (Derecho det Estado de va Repuien Federal Alemuna, 1987 afm que a Jouwinas sho hoje moderadas, Ele considera que hi wés modos de insercio do DI no direito ne ‘Uma outra teoria que pode ser mencionada foi 1 defendida na URS.” Tai aire nterne. (Constiniigio dos EUAY:G) teoria da execuco que permanecendo DI; (9) teoria da incorporacio ow da aduptacio que da Validude imediata abvDI no digvito interno. Os drgios estatais fazem win ato meramente leclavatsrio/ Observa Stern que todos do vaidacte 40 DI pens seguem diferentes ciminhos. Nu Slemuanha se diseute se ¢ udotada a teoria da wansformacio ou a teoria da exeentcio. Conelus Klaus Stern aque aja qual for a tcoria udotada hao primudo do De que 0 tratido & Ysto como lei especial , Na Tnghiverta adlotase o dualismo, sendo tecessitio uma tei interna} ppara que © DI seja aplicado pelos uibuiais. mas é-consagraca & primsazia| do Di 28. A jurisprudéncia internacional tem sido undnime em consagra primaria do DI. No séeulo XIX este principio ji fora admitido na arbitra gem do caso Alabama. No corrente século a jurisprudéncia internacional hos fornece, entre outros, 0 caso Wimbledon, O direito interno tem 6 jug internacional o valor de um simples futo. no possuindo qualquer valor normative."* Pode-se lembrar que isto nao significa que o DIP ignore 0 diva interno. sendo de se recordar que 0 principios gerais do diveito sio fontes do DIP, bem como o direito interno pode servir de prova para 2 existéncia de um costume internacional (Akehurst) ; ‘As normas internaciomais, ma st maioria, sio ditigidas wos Estados, pessoas internacionais assim sendo, todo 0 ordenamento juridico estata deve se conformar ao DI. Seria impossivel existirem, em okima andlise, duas ordens juridicas contraditorias¢ vilidas wo mesmo tempo. Seria near a unidade do Direito, E mais ainda uma ordem juridica € sempre superior 408 sujeitos de diveito, c “negar sua superioridade significa negar sta existéncia” (Michel Viral). Kaufman bem observa que € interior € uma vida exterior"; ele ordens’. Dents raciocinio, um Estado pode incorver e bilidade internacional mesmo quando. a violagio do DI_€ cometida por st ou sefa, & Constiigao. Neste sentido encontiamos ia jis ho caso George Pinson. ipio da responsabilidad scima enuunciado & consagrado pact ficamente quando a Constituicio wiéla um watado coneluido pelo Estado anterior a sua vigéneia ou quando # Carta Magna viola wm costume inter dracionsl, Tod oblema se complica quando um watade éconcluido ‘© mesind"Estado que possi uma vida “0 ponto de jungio entre as duas responsi (Preta setwrewor vo cpl referent esta conclusio pocemos assinsar que em todos os casos existe wa \primazia do DI, mesino naqueles em, que se admite a relevincia interna \ us 6 a thins hipotese lonnutada e relevincia s6 o¢orre em virtude ayer eatudada mais addiante, ponte es da consagracio do proprio DL" Por ontto lado. parece me eontisdit6rio afirmar como fazem certos autores (Brownlie) que uma lei posterior ao watado revoga este € passat a ser aphid ssponssivel por ter violado norma inter wacional. Ort, por esta afirmagio 6 mesmo ente (Estado) se encontra sujeito a duas normas contraditérias; o que me parece violar um prinefpio basico de que Fiingném pode estar obrigaclo a cumprir duas normas com (© mesmo valor e contraditérias entre si xo mesmo tempo. Tal fato na verdad 56 surge por falta do entosimento entre 0 Poder Executivo ¢ 0 Legislatvo em matéria internacional, geralmente, por causa de questoes de politica interna ¢ esta deve se subordinar & ordlem internacional, + Se o tratado fosse equiparado realmente 4 lei interna, o Executive no. poderia revogitlo por meio da demtincia, Em outras palavras, se existe a, ‘equiparasio, como justificar que uma lef interna (0 watado em vigor) seja revogada apenas pelo Executivo, Até mesmo dizer apenas que o tratado produz efeito de lei também ji nio € correto nos Estados que formam a CEE, vez que © proprio direito comunitirio se sobrepde & Constituicio, (Ow ainda uma lei necessita de veto do Execttivo, ¢ este nio impede que © Legislative venha a dermubielo, jé um tratado aprovado pelo Gongresso basta o Executivo nao ratifics-o e 0 Legistativo nada poder fazer E preciso lembrar que © tratado nao se equipara lei, mas produ efeita-apenas seguTiaite, totale ten pramait abr lal Corte de Justica das Comunidades Europdias tem hutado para que © direito comunitério tenha um regime especial. que é 0 da sua supe. Hioridade sobre © direito intemo, como obrigatério para os jufzes dos ‘uibunais internos. Caso contrario, haveria unva variacio do direito comu nitdrio para cada pais, Os tratados instiuutivos ds comunidades estabele- ‘cem que 08 tos einanados dos drgios comunitirios tém aplicacio diveta nos Estados ¢ sua Corte de Justiga considera que eles se impdem aos rgios jurisdicionais dos Estadas. © primado do direito comunitirio esti também consagrado no watudo de Maasvicht. A Corte de Justica das Comunidades Farondias 58 aftimava, em 1970. no caso “Internationale Handelgesellebaft”, que a Constinuigio dle nn Estado nio atinge a validade de um ato comunitério, Ja em 1964, no caso "CostaENEL”, a CJCE ji maya que os Estados 20 ingressarem nas comunilades consentiram ent ma Timitagao eT nO rim TERY Silo ivergen + me de soberania que ocorre nas Comunidades. Favoreu tenta fazer uma distin Jif Ruzié alega que € uma questio tio sutil que resste @ qualquer anilise tenquanto Luchaire defence que toda limitagio & uma transferéneia. A grande questio que esti sendo estudacla atualmente & a da comps Uibilidade do direito derivado (regulamentos, divetivas) das comttnidudes 6” i curppelas com as Constimicies, Ninel io howe nenhiun asin Na Francs se diz que 0 direito derivado “prolifera como um cincer”. Hi proposts de inchir um novo agtigo na Constimnicio em que 6 Consellio Constitt ional poderia ser chamado a se promineiar previanente. Ou entio se alterar 0 tatado de Roma, Considerase que no future pode haver wm conflito ce normasLuchaire afirma que & tudo desnecessirio, porque 0s textos ji sho submetidos xo Consclho do Estado. E mais. 0 que adiante dizer que a Franca no pode aprovar o ato por ser este inconstitucional se grande parte das decisoes no CE si0 aprovadas por maioria, ii ns Gri-Bretanha 0 Parlamento informalmente analisa todos 0s sos comin Usios. O estado nao pode volar © D. Comunitirio, A CICE exerce seu contiole sobre 0 direito derivado para ver se esti de acordo com os principios gerais do direito comunititio que coincidem com a convencio de direitos humanos. Na Alemanha se faz um controle se 0s atos derivudos estio de acordo com a Constimicio alema (Frangois, Rigaux — La loi des Juges, 1997). (© D. Derivaco ma sta esséncia tem origem no Conselho dla Com dade (formada por representantes dos gavernos (Altera o equilibrio cone tiucional. A inteyracao € feita em condigdes de reciprocidade que permite limitagdes da soberania, Assim sio feitas as * chiusulas de abernura”. Os Juizes aplicam um diseito que nio é aquele que thes di poder de julgar (Os atos com jos nao s2o submetidos 2 apreciagio de constitucionaly dade Ainda em relagio ao tema deste capitulo, a CY) considera que as convengoes de direitos humanos nao sio tratados no sentido wadicional © que 0 homem pode recorrer a elas perante os seus tribunais intemos Esta posicao decorre dlos fins e beneficisrios daquelas convengoes. Segundo K. Wellens, elas sio *instrumentos atipicos” 29. Desde a Ae igo ans ac. aps J! Guerra Mundial, encan- amos \corporar as norms GreBreuntia © nos EUA.o qual fora emunciado de motto claro no seeulo XVIII por Blackstone: “The hw of Nations is held to be a part of kav of | the land.” Este prineipio. que domi isprucléneia americana eingglees ‘em um aleance limitado. uma vez que 0 DI é simplesmente equiparado 40 Direito Interno, significando gue um watado revoga a lei que Ihe anterior, mas € tambent revogado por uma lei posterior.” Os “Found Fathers". nit Constitni¢io americatia, désejavam evitar a violacio do Dl por um Estado-membro do Estado federal. Qs tribunals americanos no fustam sistematicamente os. i ira 0s juizes nao dio um aleance absohito a “lex posterior derogat prior + (Michel Sastre) Depois da 2* Guerra Mundial ¢ que al vam Asa Constituicio 6 principio da primazia do DI; isto ocorreu, por exemplo. na uw Comstivnici aces en das Paisesaisos, que delanann Hevogaly por mia let pustevien. A paspria Casta da ONU no sen preimbalo afirmia, “Nos. os Poros das Nagbes Unidas, resolvidos. 9 estubelecer con: icdes sob as qhais.0 justiga 2.0, nexpeit J -obsigagous-deconentes. de tudo ce unio entve ax duas Alemanhas de 28/8/90 modificon varios ispositivos dt Constitnicto (Lei Fundamental) a Memanhs Ocidental Este trataclo tem valor constitucional, legal e regulamentar (Michel Fro- end). Ele foi concluido pelis ditas Alemanhas € pelos quatros Aliados, No Brasil exten: diverson agguios consignnlo 0. primado do DI, como € 0 caso di Unio F (1951), em que o Supremo Tribsanal Federal decil lum trataco revoyava as leis anteriores (Apelacio Civel n’ 9.587). Coelho Rodrigies assinala a existéncia de um acéudio do STF (1914), ng Pedido de Extradicio n*7, de 1913, em que se declarava estar em vigor ¢ aplicivel tim tratado, apes dc haver um lei posterior conurita a ef, Eu ese do primado do DI. No mesmo sentido deste ilkimo, de que um tratado nio € revogaclo por uma Tei interna posterior, esti o acérdio do STF ma Apelacio Civeln* 7.872, de 1948, com hase no voto de Filudelfo de Azevedo E de se mencionar que a Lei n® 5.172, de 25/10/66, estabelecet: "Os tratados ¢ as convengdes internacionais revogam ou modificam a legislagio tributéria interna e serao observados pela que Ihes sobrevenha. © Codigo Tributirio Nacional tem o estatuto de lei complementar Contudo, infelizmente, o Superior Tribunal de Justica, a partir de 1894, passou a adotar uma interpretacio restrtiva, afirmando, que 0 primado do DIP 56 se aplica em selacao 20 tratado-contrato, Ji 0 tratidolei pode ser revogado por lei interna. Ora, a clasificagio dos Watados em tratado-lei € tratado-contrato completamente ultrapassido e niio tem qualquer valor inclusive nunea a doutrina chegou a um acordo o que era um eo que ert ‘outro. E como dizem, Combacau e Sur, nunca se conseguiw tirar "conse iéncias juridicas" desta distineio {© Brasil € um pais muito atrasado em DIP. Contudo, nos seus iltimos acérdios 6 ST] nao tem adotadora distingso entre tratadorei tratado-contrato! = E preciso que o Poder Iudiciiio brasileiro se “submeta” aos reais Interesses da politiea externa do Brasil.- © atraso brasleito € monumental, sendo suliciente lembrar que a Constituicio do Paraguai admite um “ordenamento juridico suprastacio- ral” e 05 tratudos acima ds leis € 6 tendo acim celes « propria Consti- tuigdo. A Constinigio da Argentina apés 1994 permite tratados de inte- sgracio ¢ que deleguem competéncia e juristigio # organizcdes supries tatais, bem como antes desta data a Corte Suprema de Justica ji afirmava que 08 tratacos estavam acima da lei interna e nao eram revogados por esta, No Uruguai o uatado € equiparado a lei e 0 mais recente revoga 0 ‘unanimemente que us i tendéncia acim & a eonsagrad no DE Americano, ast Comvencio de Havana sobre tratados (1928). que foi ratificadla pelo Brasil, cujos:antigos 10. 11 ¢ 12 estifulams: «) um Estado s6 pode deisay de execttas tm Urata se tiver a concordineia dos demtais contratantes; ) "os tratalos contin io « prodyuzr os sels efeitos wind quando se modifique # constiwicio interna dos contratantes”; ¢) a parte que inexecutar culposamente wm alado “é responsivel pelos prejuizos resultantes dit sis intexectgio”} ‘A tendéncia mais recente no Brasil € a de um verdadeivo retrocesso nesta materia, No Recuiso Extisordinitio n® 80.004. decidido em 1978. 0 Supremo Tribunal Federal estabelecen que tima lei revoga 0 tatado a terior. A grande maioria dos votos estd fundamentada em autores antigos € dualistas, como & o caso de Triepel{Sustentar que 4 nossa Coustituic’ € omissa. nesta matéria significa apenas que a jurisprudéncia passa a ter {wm papel mai ‘hte, Jmas nio que a jurisprudésicka posss ignorar tendéncia tial do direito nesta matéria adotando uma concepcio de soberania que desapareceu em 1919, pelo menos entre os jurists. A prépria analise da jurisprudéncia norteameticana € superficial. Ate hoje a Corte Suprema sustenta que pode de. incanstitucionalidade de um wate ‘do, mas jamais o fe. Esta afirmagio € “politica” no scntido.de dizer que ela assim “fscaliza” 0 Executvo e 9 Senado. Na verdade, o STF ervou © tem coragem de corrigir quando afirmou que as convengdes de direito uniforme sio aplicadas nas relagGes ene brasileiros. De agora em diante © STF ficari fazendo remendos deste tipo. A decisio € das mais funestas, ver que © STF nio viu a conseqiéncia do seu acérdio, que poders i Auenciar 05 juizes nos mais diferentes locais do Brasil. Por outro lado, faltou a ele sensibiidade para 0 momento atual em que o Brasil intensifica as relagdes internacionais. Qual o valor de um tratado se um dos contra tantes por meio de lei interna pode deixar de aplicilo? Se o STF considera que as convengées do direito uniforme estio ultrapassadas, cabe ao Exe cutivo denuncti-as no procedimenta fixado por elas mesmas, mas nto 30 STF. Finalmente, uma hipotese que pode ser levantada & sobre o que aconteceri se 0 STF mudar a sua orientacio em relagio fs convencoes de direito uniforme, afirmand, por exemplo, que elas 36 sio aplicadas entre brasileiros e nacionais de Estados que a tenbam satificado: Volta a vigorar A Constituigio de 1988 adota 0 d lismo ao fazer a incorporacio do DI no D-Intemo, pelo menos ei um setor Jeierminade, a0 estabelecer que, tos do hoimem consagrados em tratados intenvacionais fazem parte do direio interno. A pergiinta que, por enquanto, esti sem resposta € se a jurisprudéncia poder estender esta orientagio @ outras materias, ver que nao tem norma proibitiva Finalmente, € de se citar que o ast. 119, iuigio. estabelece que compete 40 STF "deckirara inconstinscionalidade do-it tado". Tendo em vista 0 que foi dito acima, este dispositive nos parece antiga legisdugio entre os brasileiros? uo pevigoso, potgute falta aunalmente ao STFA menos scusibilidade em velco 4 problemas de DIP. O dispositive em si nos parece saudivel, mas tememos ftv. Valldan aibaitia que a Constiwicio no reve ane um trttado nao podia violar a Consiti« do i Constituicio de 1984 proibiu_a extauligio do nacional, considerouse revoyados os tnitados de extuadigao que # as tia, En 1074 0 STF “declan a Alguns antigor. da Consengio da OFF n® 110 Feferente ‘wabalhacores em fazenda®. © Brasil, apés cumprit © pray6 exigido pels 9. aeabon por denunciita nente esta wendéneia na Europa Ocidental se enfontra em \wansformaeio, como 0 ja citado tratado de unificaciol alema e com 0 twatado de Maasuicht. E preciso lembrar que houve ngsta materia uma cevolucio, vez que quando a Franca diseutiu seu ingresso\na Comunidacte Européia de Defesa, que ela no aprovou, no inieio da década de 50 howve um grande debate. Um grupo (Sibert, Cupitant) defendeu que, como 0 twatado alterava a CosmenRgS~ ee preiaba Set Uprowde no Lepalaavo or um Tet consltucional- A conteaacie porta ae ©. VEIL qe a fou que se qualquer tratado que limitasse a competéncia do Estado tivesse que ser por lei constiticional, o Estado acabaria sem poder concluir tratidos, bem como lembrou que 0 orgamento da ONU ¢ fixado pelt Assembléia Geral da ONU e que & obrigatério para os Estadosmembros sem que seja aprovado por estes. Acrescenta ainda, em favor de sua posicio, a tese do primado do DI de que 0 preimbulo da Constituigio francesa sadmite lihitagdes 2 soberania desde que haja reciprocidade. A jurisprudéncia da Corte das Comunidades consagra 0 primado da ‘norma comunitiria sobre a norma constitucional dos Estados. O que mio € aceito por todas as Cortes Constitucionais des Estadosimembros, cons ‘legacio de que o direito comunitirio produz efeito no estado em virude do Direjio Constitucional destes mesmos Estados (Bruno ce Wite)(E mais, 8 prOprids tribunais internos tém considerado como no valida uma lel que viola 0 tratado de Roma, que tem primado sobre o diteto interno} No Brasil, as resolueses das organizacées intermacionais tém sido pro: mulgadas, como as ida OBA ou dt ONU, com fundamente ne art 84, ieloo 1V' ea Constivuigio de 1988, por meio de decreto do Poder Executivo. O + texto Consttucional fala em “ssucionar. promulgate fazer publica us his, hhem como expedir decretos e regulamentos para sa fiel execugio™. E a jsta expressamente a exeaiigio de \gdes intermacionais. E mais, dizer que elis si0 fun esolucdes de organi dadas os seus tratados institutivos que foram aprovados pelo Poder Le- islativo tanibém mio resolve a questio, porqu ‘2 tratados «quando muito podese dizer que eles produzein " eferio leer", De qualquer modo, €correto perante o DIP ordenar a execUgio de resolucio obrigatovia de organizagées internacionais de que o Brasil faz parte, Em 1989, 0 120 1 Sedney Sanches nite ele jurisdic urblasa dls Eanbadwada ila Repabliea Demoeratica Mem foi revogaeda” por sitios Sigumentos centre cles @ “direito consiutcional superveniemte® ‘Um problema curioso € o de se saber se os aos eininidos de organi jonais podem. ser equiparados wos Uratidos. Na Franga susspradencia dos tbunais ea do Conselho de Estado nio si vhiformes. © Conselho de Estado estabelece que o direito comunitatio nie di so Exeeutivo poder pars revogar por deereto wna lei (8. not 4). Parecenos que se o Estado ingress cin uinia organizagio internacio- nl. limiton a sta sobevania inchisive no sentido de aplicar os atos obriga tbrios que dela seja emanadl. ‘Vamos fazer uma pequema exposicio sintese sobre a stnagio do ditto, comunitario, tendo em vista que o Brasil pretende também criar com outros Estados do continente americano um mereado comum e este ma, terial talvez posss po futuro servir de subsio. "A Corte ds Comunidades Européias nos casos “Van Gend en Loos" (1963) e "Costa c, ENEL” (1964) afirmon de modo claro que tinha sido criacta uma nova order : itaram 3 soberania cque ‘No seio das Comunidades iio € aplicado 0 DI Clissico, Em 1990, a citady Corte afirma que as Conmidades eso findadas em uma Carts Constitucional <4 (AHolinda dota que a ordem jurfdica comunitiziaestd acima de sua ‘nat i “ids iguildade de watimento entre © homeme aimulher)inclusive em materia de direitos do homem a Corte de Cassagao iivorpocr Bs decisoes da Corte Européia de Direitos do Ho- mem, mesmo tendo ein vista que esta ultima julga casos concretos. O mesmo procedimento € adotado em relagio as decisdes da Corte das ~~. Comunidades Neste pals um juiz pode se recusar a aplicar a lei que viola Coun inciaaSeeale pode temelgr ease a0 legador ob alegreio de (eis © um problems politico, 2 Kortmann, apos exer analisealina {Gueo diveto supranacional €um "novo direito consttucional sobreposto fio sistema juridico nacional”. (A Constiuigio holandesa € expressa no Sentido de que os tiitados ©. até mesmo, as decisGes obrigatérias das ‘rginimgBer imverracionais nao podem ser rvagarlss por legisla inter- ye revoga a esta)A tiorma internacional tem valor supriconsGuucional Exist neste sentido 0 contiole da convencionatidade e 0 D. Consttacional tem qute ser conforine ao DIP. Na Suga o Tribunal Federal “opera ronvele de convencionalidade dis leis nacionais™. isto &, se estas i olan convengdes internacionais. Og uibumais nio alegam incisive que fb tratado nao € "selfexecuting”, porgue isto faria com que o watado nao fosse aplicado 'Na Franca a questi & mais debatida eas solucSes mais complexas. A anaior patte do diveito comunitario € formaca de regras denivadas « se npliea A elas o art. 58 da Constituigio que referente a uatados. Neste ages interna ra sentido esti ima deeisio do Conselho Constitucional de 1977. E preciso recordar que houve uma grande evolugio nesta materia, Prevalecks a idea dle que a lei se sobrepde ao direito comunititio tendo i seu favor varios argumentos: «@) a denominada “Dontiina Matter” (Procurador-geral da Conte de Cassacio), firmada em 1981, que defende se exprimir pelo Par- lamnento a soberania nacional; 6) 4 teoria da separacio dos poderes que vem de 1790 proibindo “impedir ou suspender a execugio dos dectetos do corpo legislative”. Os juizes da orem sudministrativa ou do judiciario consideram-se sem poder para resolver um conflito entre 0 direito com nititio e a lei. © Consetho Constitucional tem consagrado o primado do diteite comunitario, desde 1975, afirmando que a condigio de reciproct dade estabelecida na Constituicao nao se refere 4 questio da lei perante 2 Constituicio, mas sim no tocante & aplicagio do tatado. Na pritica nem sempre se aplica a Iei posterior que altera o direito comunitario. O art 35da Constitui¢ao, consagrando a supremacia do tratados, € considerado luma exceeio ao principio da separagiio dos poderes. O Conselho de Estado {em decisoes interministeriais que violam o direito comunitirio. A Franga sustenta que icho_¢-supsriar 40 diteito comunitisio mas isto GE sujelto a “amenizagdes”-c ate agora nao home um conflito aberto, Tem sido afimado que tridicionalmente o juiz na Franca se recusa a dizer se 0 DI ou oD. Comunitério € conforme a Constituigao. O Consetho Constitucional, em 1970, afrmou que os trstados das comunichdes estio inclufdos no ambito do art. 55 da Constituigio e que ha uma presungio ni favor deles de constiticionalidade e, em conseqiiéncia, os atos qu surgem destes tratados sio constitucionais. Ainda uma observacio tem sido apresentada, € de que © Conselho Constitucional, apesar de niio explicar, faz uma distingao entre transferéncias de soberania que sio proibidas € limitagdes a soberania que sio permitidas, tendo em vista 0 que estabelece preimbulo da Constituicio (Francois Hervouet). Na Franca também os aids comunitirios sio equiparidos aos tratados. Em 1990 0 Conselho de Estado incorporou 0 direito commuitirio a0 direito francés e afirmou a submissio das leis rancesas aos regulamentor comunitérios. Em 1987 0 Conselho de Estado tina dado aos regulamentos comunititios o mesmo valor dos tratados. Em 1989, no caso Nicolo, afirmou due as leis francesus tém que respeitar os tatados anteriores. Houve neste ‘eso uma nuidanga em relagio & jurisprudéncia antesion. No caso Boisdet (1990) afirmou que uima lei nacional nao pode citar obsticulo a aplicagio de um regulamento comunitirio e anulow uma decisio ministerial. Em 1992, nos casos Rothmans e Philips, anulou decreto que dava a0 Ministro do Orgamento 0 direito de fixar 0 preco do tabaco, afastando lei de 1976, porque violava uma diretiiz da comunidade européia (Olivier Duhamel — Le Pousoir Politique en France, 1993). f ‘Tem sido acentuado (Nadine Poulet ~ Gibot Leclere) que 0 direito munitario transfere grande niimero de competéncias do Legislative para re \ o Exec : oacntsconesb cio es onl ins and choca’ Po sibilidade do Estido quando ele viola umm de seus preceitos © 0 Estado at responsable, como no pode deb de ser De conse tii dete spe no poses obser co done de eto Adis nde ores de pramace ve DL Pafslssiiae| ose Mad nunc omeres oneal omen Oth dow Excdor membros ds commutes corpene CECA Coe EURATOM) tem em coo rsh so apeem oie comune sbcgusn te strc Gide noe weprencie tes oar ors piu tone de nin das Comnaes, por ten pedo ae tesprceee Es eer lnaa (cal soeareefr ees tanta oe Ercan: ms fran 9 Conelho de Esti aio que o conte eles tendem aumentar (Alguns autores (Francescakis) assinalam a exis. ‘ston tnd Jonge Roarguer Zap sujeito 13 ninitivias, Assi, a soho sania “absobt’ cals, i howe cas em consespiténvias thos prineipios do Parkunento inglés fa abot que 0 “Common Tan” nesta crea fos alterudo por decisio da CJCE. A. revisio direta € quando v estado modifies a sts Constinnigio por detern nagio do direito comunitivie. por exemplo. a ampliacio dos direitos do individu, 0 di Aoridem comunitiria pode estabelecer novos direitos ¢ liberals ‘A Corte Constiicional a Atemanha di primado so diveito comuni= tsio sem levar em consideragio se esti conforme os direitos funcamentais aalemiies « no ser 0 caso di Comunidade redvzir tais direitos, Na Holindla os jizes internos controkim as leis com fundhamento mt convencio européia de direitos humanos endo com base na Constituigio hokandesa. - A citada convengio européia integra a ordem constitucional (Austria), € elemento de intexpretacio (na Espanta) e base de controle jurisdicional (na Holanda) Os parigrafos ucima sio calcados em Rainer Amold. Na Alemanha a Constituigio permite *wansferir diveitos de soberania instituigdes intermacionais”. Na Dinamarea podem ser transferidos autori= dades internacionais com base na reciprocidade, Na Itilia se admite limi tagdes de soberania que visam a ussegurar a paz ea justiga entre as nagaes. Na Alemanha com base no dispositivo acima foi afastado 0 dualismo no direito comunitirio. Contudo, a Corte Constitucional pode apreciar a constitucionalidade dos atos. Este parigrafo é calculado em Joel Rideau, 14 NOTAS, 4, Dionisio Anzio — 1D 4 Dieito Internazionale. vol 1, 156. pgs. 291 e seges Henvich Triepel — Les Rapports entre le Droit Inter et Je Droit International. iw RAC. 1281.1 pigs 7 segs; Hans Keleen — Les Rapports de Systeme entre le Droit Interne et le Droit ternational Publi. in RAC, 1926, vol. IW. 14. pigs. 281 © segs Erich Kaufman — Traité International et Loi biter. sn Mélanges Gilbert Gide. 1968. igs. 883 ¢ segs: Gustay Adolf Walz — Lex Rapport dit Droit Entemnational et dh Droit Imerne. on RAC. 1987, vol. I. «G1. pigs, $79 e wegs: G. 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Be regs. € 13 c segs Maurice Gaillard — L’application de Faruicle 88-4 de Ia Constitution. in Remie frangaise de Droit constititionnel, n° 16. 1998. pags. 707 segs: Jacob Dolinger = Bravilian Supreme Court Solutions for Conflicts between Domestic and Inter- national Law: An Exercise in Ecletism, i Capital Universite Law Review, Fall, 1993 (eparatay: Vanesso Oliveira Batisia —A Integragio «los Tratados no Direito Bra: sileiro, 1 Revista Brasileira de Estudos Politicos. janeiro de 1995, a” 80. pays. 131 segs: Zlata Dinas de Clément — Los Documentos Intemacionales del aimbito regional incorporados a la Constitucion Nacional, in Annwario Argentina de De- ‘echo Internacional, vol. vi, 1994-1985. pays. 193 e segs; Emesto J. Rey Caio — Los Tratados Internacionales en el Ordenamiento Juridico Argentino const dera- cones sobre la Reforma Constituicional, mn Anuiaria Argeatjno-do Derecho Inter nacional vo. VI, 1994-1995, pigs 209 e segs: Thibaut de Berranger — Constitt- tions Nationales er Construction Communautaires, 1995; L'internationalite dane les institutions et le Droit. Etudes offertes a Alain Plantey, 1995; Denys de Béchillon —Hiérarchie des Normes et Hiérarchie des Fonctions Normatives cle L'Etat, 1996: Catherine Haguenau — L’Applcation Effective du Droit Communautaire en Droit Interne, 1995,,Jerarquia consttucional de los aados internacionales, coordens: ddores: Juan Carlos Vega e Marisa Adriana Graham. 1996. Revue francaise de Droit constiutionnel n, 28, 1996, pags. 673 e segs. Francois Luchaire —~ La Protection Consitutionnelle des Droits et des Liberté. 1987: Mirta Frage — O Conflito entre ‘Tratado Internacional e Norma de Direito Interno. 1997: Armando Alares Garcia Junior — Conflto entre Normas de Mercosl¢ Direito Interno, 1997; Grovann Guzzetta — Costizione € Regolamenti Comuitari, 1994; Perspectivas Constiti- cionais, organizacso de Jorge Miranda 1997: Michel Sastre-L3 de la superiorité des Uuaitéssuresiois, “in” RGDIP.t, 108, 1999, pigs. 147 e segs; Germady M. Wanilerko = Implementation of International Law is CIS Status: Theory and Practice, ~ European Journal of International Law, vol 10, n.1, pig. 5] e segs. 2, Aguilar Navarro considera que os problemas decorrentes das relagSes entre © Die oDireto Interno 56 se tornaram urgentes nas suas solugées com oabandono de concepgio “universalista e jusnaturalisa do Diet Internacional” « o apare: Cimento do “positvismo e do vohintarisino” 3, O que nio significa que outros autores no tenham antes de Triepel extudado o asunto, Na verdade. Bértolo 38 declaravn que-0 costume que violas 2 “lei divina, © direito natural € 0 direito das yentex no € obrigatério”. Algons anos antes de Triepel, Amancio Aleorta estndau 0 assunto, leando em conside racio a pritiea esatal. Laband. antes de Triepel. ji istentara @ dxnlismo. 4, Bergbolim j6 havia diferenciado certos traiads em que os Estados estipt= lavam normas de Eonduta para o futuro, @ que as caracterizavs era a "finalidadé de eriar normas juridicas'. Binding se utlizara da palavra “Vereinbarang™ para designar um grupo de acordos dstinto do comtrate, 5.A ultima critiea que podemos legislate ¢ executivo de tun Estado ¢ os éryioe admin hhomem. Para o jurista alemdo 0 primeiro grupo de Srgior pode estar sujeto er roramene ao DE (porque eles Simos Ordos © @ hones 36 esto {qualquer principio coustitucional os iternacignal que comungre ex is Poilemos serescentar gue os tribunals interios sempre reconbeeram as imu {es tliplomatcas sem que houseste cualquier iicorporacio da norma cost internacional. Enfin 20s ribuanais também se encontrasndiretzmente subordinados 30 DI. Triepel jf observava que o DI no fimiciona sem 0 anxlio dos direitos internos. O DI fe dirige a0 direxo interno, e se este 30 0 ciimpre, ele deixa ce ancionge, 6 Ede se assinalar que alguns rabalhos soviticos mais recentes tem criticado 2 posigio do direito extatal externo @ afirmam: a existéneia de um “elo indivisivet ‘entre o DI © 0 D. Nacional” e 2 igual importéneia dos dois sistemas, quanto & sua {orga obrigatéria, conciuindo que wm po pode contradizer 9 outro ter primazia sobre 0 outro. Esta iitima formulagio soviétia se aproximaria mais do que deno- minamos dnalismo. Entretanta, eve ser salientado que eles criticam a teoria de ‘Triepel e Anziloui, encarando 2 sua posigio como cendo propria. Esta posigao ¢ defendida na obra de Direito Internacional da Academia de Ciéncia da URS. E interessante observar que o capitulo relativo as relacées entre © DI e Diveito Interno foi escrito por Koroxine, que teria assim reformlado a sta posigao inicial Acsinala Ginsburgs que os autores socalistas Gin considerade que. primado do Dieito Internacional é um meio de os paises capitalists interferirem nos assuntos internos das Estados. O decreto do Presidio que ralifica um tratado tem forca de ei. mas € preciso que a legislagao subseqiente 0 conlirme. GA. Ele jf € encontrado no art. LXXVI do atado de Munster (1648), con- cluido entre Fspanha © PafsesBaixos, em que se estabelece que para serem exe- ‘cutadas as obrigacdes que atingiam 3s particulares os contratantes renunciavam 8 qualquer lei, costume... contrétios 8s obrigagdes do tratado" (Gonzalez Cam- os). Esta concepcio tem a sua origem nos jusnaturalitas (Goncalves Pereira & Fausto Quadros) 7. Bo caso de Scelle. ao sustentar 2 existéncia de virias sociedades formadas por homens e que segreyariam 0 seu dieito. Ao exist uma norma internacional, segregada pela sociedade internacional, ela derrogaria as normas segregadas pelas sociedades pariculares que Ihe fossem contravias 8. Devemos observar que ndo mencionamos aqui as eriticas & teoria pura do direito, que sio inimeras. Adotamos-o monismo com primazis fo Mi sem seguirmos a teoria pura do direite ow a eecals realist frances. {que € de natureza socioldgica’ O nosso estuclo se limita apenss 3s relagdes enue © Die o Direito Interne. 9. Miaja de la Muela assinala que Verdross, sem conhecer a posi¢iio de Luna, veio a coincidir com ele. Na verdade, © professor de Vienst denomiina a sua teoria de monismo moderado, reconhecendo a supremacist do DI, mas também a dlistingio entre o DI e o Direito Interno, que si0 conexos “dentro de um sistema juridico unitirio baseado na constituigio ~. da comunidade juridica internacional” (Verdross). ‘-A, Esta afinnacao merece uma ressala tendo em vista que o DIP reconhece ao Estado o poder de elaborar as normas sobre conelusao de watados (vn 88) que execmtar 0 watadon, engaante que os itor ay D. Inert, Na vette, ne exist 128 LE importante: que xe Faca ims distinc a vespeite a nest ele Urata revuga a le anterioe. Esta rexogagio oper at relic sae Hatton ie fatificaram 6 talads mas no em Felacie ack pripios macionais do. Fatale Significa ino que, se-u Brasil assay e raticar ui tratade «ue anudlifiqe wnts Be nacional, o latady iio seria necewariamente aplicado chure braslciras. nus iyeralmente. apenas ete brasleitos ot 0 Brasil ¢ or nacioais de wnt Estadio eseranyeico, Nesla questio ¢ precio que se verifignte # inalidade do trtadl e se cle visa ser aplicado nas relagées imernacionsis, Entretanto, exten convengoes cua Gnalidade € serem apticadas no interior do Estado (ex convenigbes iterna ionais do trabalho) e que resogam todas as leis que Thes #30 coutrarias ¢ 530 aplicadas. por exemplo. entre brasileiras. Devernos repetir qe o importaite € s¢ verificar a finatidade da convencio, to €, a quem el re destina, Quanto is convencées de dizeilo wniforme, elas se incorporam: 4 legilagso “eo Estado como um “direito especial”, senda apenas aplicadss nas relagoes inte. sincionais. isto 6, elae nio se aplicam entre o& nacionais do Estado, Neste sentido. tng jurisprudéncia na Italia e na Franga e se manifestaram em seu favor: Ripert. Nibove, tic. Tal ato cecorre da prépria finafidade da convencio, que € a de evitar “confltas de leis". Por ontzo lado, se nio Tosse este o procedimento, acionais de Estado que mio participaram da convencio acabariam se beneficiando dela quando estivessem enn Estado estrangeizo que a tiverseratificado, sem que howvese eciprocidade. Os qite eriticam esta {ese alegam que a uniformizagio € miko ‘diminujda com els. Talvez esta ttima opinio venha a ser predominate no Ft ‘com 2 imaior integracio da sociedade intemacional, ito é quando © Dire iuniforme for o "jus gentium” de que fata Malintoppi e nao wm "jus intergentes ‘Atualmente ela nes parece estar afsstada da realidade como regra geral. Entretanto Inao podemos deixar de reconhecer com Malintoppi (Les rapports entre droit uuniforme et droit international. privé, in RAC, 1965, vol I 116, pigs. 5 segs aque algumas convencées de direito uniforme, “segundo 0 sen contetido”, podem ter por finalidade serem aplicadas entre os nacionais do Estado contratante. No Brasil 0 Consultorgeral da Republica, em parecer aprovado pelo Presidente da Repiblica (1968), adotow 2 tese de que a8 convencoes de direito wniforme si0 aplicadas entre brasieiros.E interesante reproduzir algumas obseriagSes de Wen: Bler sobre a aplicacdo de convencio de direito uniforme: 0 particular que nio ppayou uma lera de cimbio, eonforme estipula a convencio, nao comete wm ieito Internacional, nem a san¢ie determinada pelo juz é também sangao internacional. ‘A obrigacio intemacional do Estado € de introduzir a lei uniforme... 10 direito memo € a sua aplicagio pelos wibunais. Ainda de Wenyler é o segue texto: (0 jn sarionnl“apliea” om centida ample. 0 vlreito internacional faze plo ‘ha penghita do-ciresto com conterido Hormativa a wina fonte formal co ieee internacional. Enireranto quando o juiz nacional. asin fazendo, constata que hhouve ow m0 houve cumprimento do tratado, no se tala. repetimes. de una dobseragio do direito internacional pico. E inicialmente o legsiador racioal aque observa as obrigagdes interacionais, to 6, a¢ de antrodusir estar regras no legisagso interna e de dar instrugao ao juiz nacional para aplicar as disposigdes de direito interno “contidas’ textwalmenite no tratado. Quanto a0 jie aplicando estas reyras.. contrib para 3 realizagio de wm outro faia pelo qual & Extado € responsivel no DI. isto €, 2 obrigacio de asseyurara eicigncia do direito tuniforme no Estado. Podese falar agi de uina aplicacio do DI pata controlar 8 lobservacio de ouiras regras impostar 20 Estado em sim texto internacional” : 19 Xo Brasil, « Supreme Tribal Federal no Receso Extraorclinssio n? TA decidir que av gonvencées de dircto suforme so aplicadas sia rclagoes entre Drasileiros_ convengao deste mod sat 3 let interna, JOA. Na Constinsigao de Weimar (1919) fos proclamada pela primeira vez a lobservancia de costume internacional. As Coustitigaes apés 1946 reconhecein 3 formal aplicacao do diteto costumeito a nivel coméstica (Malia, Alemsanha Oc dental, etc). 1. Nos EUA os tribunais, ao aplicarem os tatados. procuram dar wma inter: pretagio de modo a salvaguardar 0 tratado mesmo quando hi wma let posterior Sparentemente contraria, Entretanto, quando 9 Congresso pretender revagar 0 lwatado por ima Tei, esta tem predominsncia (e380 Reid ¥. Covert, 1957). 0. “Restatement of the Foreign Law" acrescenta que a revogacio do trattdo “nao afeta as obrigagdes internacionais dos EUA consagradas no tratado". A Suprema Corte norte-americana tem sustentado que os tratados e slbmetem & Constitwigio do mesmo modo,que as leis se subordinam a cla: entretanto, até hoje a Suprema Corte nao declarov a inconsiinicionalidade de nenhutm tratado. Na Inglaterra, se a Iei siola claramente um (ratado anterior. os tribunais dio predominincia & lei, Na Gri-Bretanha um tratado que modifique uma Tei necessita de um “Act of Parliament”. Uma let inglesa 56 pode revogar wma norma internacional se isto fo} feito de modo claro, cao contri os tribunais dardo uma interpretacio no sentido dde que no hé conflto. O costume faz parte automaticamente do diteito interno, contudo se entrar em conflito com wi “act of parliament” predamina este. Pre- valece ainda sobre o costume um “precedente judicial obrigat6rio". A Inglaterra, 40 entrar no Mercado Comum, fez 0 "European Communities Act” de 1972 introduzindo em bloco 0 direito Comunitinio no direito interno. Os juzes ingleses Jevam em consideracio os certficados fornecidos pelo governo sobre questoes de fao (ex. reconhecimento, se hé guerra, etc). Estes certficador decorrem da consideragio de que sio da competéncia da Coroa as relacées internacionais € ‘esta comunica 20 Judieirio o que fez. O juiz pode mchasive convocar 0 "Attorney General” para que Ihe seja notificada a opiniso do governo. Nos EUA os tribunals ‘ém admitido o testemunho de professores para prova do DI. Sendo de se recordar {que o mesmo tem feito a CY, admitindo também testemunho de tecnicos em DIP. Roger Pinto observa que nos paises de tradiojuridica anglo-saxénica a publicagio do iratado nao é suficiente € nem mesmo a incorporacae do tratado ma lei auto” fizando a sua ratficagdo para que ele seja aplicado pelo juiz interno, E necessiio que a lei interna seja modhifcada e adaptada is disposigées do tratado, O Estado {que rauificow o tratado tem a obrigacio intemacional de fazer esta adaptacio, ‘conuudy, se meneionada adapiagao nao forfeit, os tibunais nao podein aphcar © tratado, Este procedimento € 0 adotado na Gri-Beetanha, Dinantarca, lands, Islandia, Malta. Noruega, Suécia-e Luxemburgo. Na Suiga os tribunais nfo podem deixar de aplicar wma lei federal que seja incompativel com sim tratado, mas cles pprocuram por meio de interpretagio afastar o conflto. Na lidlia o# acordos do executivo nao sio "self executing” , como nos EUA, para terem eficicia no direito interno devem ser abjeto de tn "ato de adaptacio". por exemplo. por meio de tei, 12, No Brasil esta tendéncia se tem manifestado de oittras formas, por exemple, 8 Lei de Extradigao de 1911 mandava que se denunciassem todos 08 tatados de extradicio para que ela pudeste entrar plenamente em vigor 130 15. Asiuala Sup que os juizes abt Alemanha Ocidents) Iti, Belgien © Lae xemburgo tinembros die continilaeles entopeis), para nie aplicarea 0 priveipi “les: posterior deroyat prot. r. em conseqibueta, constatar que @ tatado teria sido fevoxado por uma lei posterior, cles partemt “da suposiedo le qe legislator no pretendeu wiolar 0 tratado. ¢ se esforcam de dar a les uns interpretacio conforme ao tratada”. Este procedimenta, chamado~ hinweydiseutieren” (diseutir sem levar en consideragio), pelo Professor Munch, mem sempre di reslado, porque o legisiador pode ter pretendide violar 0 DI. Nas comunidades europeias © dieito comunitirio tem wma primaria absolut, Alguns autores (Sacerdati 54 falam no aforismo “in dubia pro communitate” ‘Na lila ajurisprudéncia estabelece que, apesor dela integrar 28 Comunidades Européias, os tribunais italiano no podem deixar de apliear 0 direito italiano que esteja em confito com 0 tratado, Entretanto. 0 juiz pode pedir 3 Conte Constitucional que declare a direita mubseqpiente a0 tratado como inconstitacional A Corte Constitcional da Telia em 1975 deu a0 direito comunitieio 0 stars de Jireito costumeio internacional e que exe € superior 20 direita nacional subj Na Belgica, Alemanha Ocidental Itlis os tibunais se consideram compe- lentes para interpretar os tatados. Na Franca isto no corre e os tribunais se socorrem do executivo para os pontgs duvidosos a fim de exitar conflivos interna- cionais, apesar de osjuizes recorrerem 3s vezes&1o¢do de “ato claro”. Na Holanda fs tribunais também nio podem apreciar a constitucionalidade dos watados. Na Belgica, apesar de nada constar na Constimigio, a pritica € no mesmo sentido. E preciso salientar que tendo em vista o texto da Constitui¢ao de Bonn a lei posterior 56 no revoga "as regas yerais do direito das gemtes”, que, podemos dizer. geval mente nao estio inchnidat nos tratados. Esta € a situagao te6ricolegal, mae na pritica, conforme a vimos, considera-se que o legislador nio quis revogaro tratado. ‘A nao apreciacao ou declaragio cle inconsitueionalidade do tratado decorre de ‘rigs razées: a) 0 uatado pode ji ter criado uma siwagio de fato insuscetvel de Ser revogads; b) seria revogar ui ato do Legislative © Executive: c) orasionaria © término do tratado de modo unilateral. Na ella tem sido afirmade 9 principio do controle da consttucionalidade dos teatados. 14, A Constiuigio francesa prevé, no art 54, a existéncia de um watado contririo & Constimigéo proibindo a sua ratificagio até que 2 Constiuigio seja reformada, Na Constimigio da Franca os tratados sio superiores& Ie sob reserva de ser aplicado pelo outro contratante, o que conduz o ji a situagées no muito ficeis. Na Franga, a Constiuigio de 1958 estabelecen 9 controle da constinucio- nalidade dos tratades. Consetho Constiucional pode ser aciona pele Presidente {a Repiiblica. Prmeiro Minis © os presidentesdas duas assembléias. O Consetho nngo aprecia os atos unilaterais das orgaizacées internacionais. Claude Blamann vé no ari 54 a consagracio do primado da Constiwicio. Na Franga 6 Conselho de Fstado no afesta 2 aplicagio de uma lei contrinia 2 wm atado em vigor Entretanto, 2 Corte de Cassacao decide que um watado nio pode ter revogado por tma lei posterior, vez que considera exisir uma presuncao seyundo a qual a reserva da aplicacio tos acordos internacionais em vigor. Em 1992 a Cons ‘da Franga fo} revista para se adaptar 20 D..Comuniténi. O Conselho cional. se apreciar em tratados 0 pedido do Presidente da Republica, ov Primeiro-Minisio, ot presidente de vinta on ontra astembiéia, om de 60 depustados. Br 1 fle 00 sematores, © ele eansiderar que «trata sioks a Gonsittici, ee a romaly ou reife apis 4 revsio da Consitnicto, “A Franc ate a trunsferéncia de competéneias soberanas, sob reserva dle recipe, ue forem necescvias cleeinnesto dessa “wan eropeia” Ae Cons «bes da Espanta € da Dinamarea aecitam i hunitagao das eompeténcias das autor Fidades nacionais desde que se siga um procedimento expecifico ne aproxagso do lratado. como uma maioria especial. J Consiinigoes da Alemainha. Franga € alia nao prevém procediinento especial. Salienta Thibaut cle Berranger. em quem ‘nos furdtamentamos em todo este parsyraf. que os paises do primeira gripe iio ssio menos comunitarisias do que os do segundo grupo. ¢ cles apenas podem nao. ‘estar “banalizando™ a transferéneia de competéneiassoberanas e apenas reforgan- do a propria ansferéncia, Para L. Favores hi nae comnidades europeiss wana “consttnigao dual”. isto & a do Estado a de um Estado compoxto que com 0 tempo pode ser um Estado federal, No direito comunitario os seus atos tem “eto direto™. ito é os pariculares podem reivindicar os sews direitos perante os juizes nnacionais,€ os wibunais nacionais tém por fungdo proteger os direitas dados 208 particulares. AtéaGri-Bretanha aceita 9 efeito direto como send expecificidade {o direito comunitério ¢ por ser “em vigéncia” do Parlamento inglés Na Bélgica na Espanbia ele & considerado wma decorréncia da limitacio da soberania. O D. Comuniirio tem um earster superconsticional O principio da subsidiariedade no direito comumnitirio € considerado como wma defesa da soberania, mantendo com equilibrio entre 0 Estado e a comunidade. enquanto a Corte Constitucional dda Alemanha considerow em 1993 que ele “fivow wma barreira” para que 2 Comunidade estenda as suas competéncias. Todavia. existe uma tendéneia mais acentuada em favor de se reconhecer a supevioriedsde do tratado em face da Constiuieao: € 0 caso da Constiwicio holandesa, no sew art, 65, na Carta Magna de 1956, que estipula que, sendo necessério para o desenvolvimento do Dl, € permissivel a conchusio de um tratado contrério 2 ela; entretanto este tratado evers ser aprovado por maioria de 2/3 dos Exadosgerais. Esta Constvuigio hholandesa estabelece ainda, no art. 60. secio 8. que os tribunals no podem ‘examinar a constiucionalidade dos tratados. Existe ua tendéncia nas Conti {Gdes européias de admitirem restrcao 8 soberania em favor da ordem internacio nal. Assim a Constituigio da Noruega admite restrigio a soberania em favor de ‘organizacées internacionais. desde que o tratado seja aprovado por ma maioria dde 3/4 no Parlamento. A Constituigio da Grécia de 1975 consagra que compe: ‘éncias estabelecidas nela podem ser dadas 3 organizagdes internacionnis desde aque haja aprowseio por 8/5 dos membros do Congreso. bem como wma ei aprovada por maioria absoluta do total dos mesnbros do Parlamento pod limite a toberania. S orientagio consagrada na Constitnigo francesa foi copiada por viris Cons- tinulgdes africanas: Congo-Kinshasa (1964). Mauritania (1961), Senegal (1968) Togo (1963), Alto Volta (1960). Guiné (1958), Mali (0960), etc Na Espanta o Tribunal Constinucional pode apreciar a constitucionalidade ddos tratados. Esta posigio cria problema para as resolugéee das organizagoes internacionais. que 9 Estado se obriga a ctimprir quando melas ingress. Neste ‘caro Remiro Brotons sugere que se possa lewar.a questo i Corte da CEE e depois © Tribunal interno deixa de julgar, vez que bs uma decisio de tribal inter nacional 132 Xa Mlemanha “as leis le aprosaio de trates inrernaciinis podem ser excepcionahnente submis spreeiacin da Gare tustitnetaral Feta fe sts publieneio™ A Coste deve decidir antes sl tata Avira o Tribunal Coustitecinnnal pose exanninar on tratados ep sua constiniomalitade Ac Cortes Supreimas da Alemanha € Ilia consideran que no cade & ea spreciar a constiicionalidade de unia norma conmunitiris, ver que ae was Cone tig io regent a ard juries commmiria. mas apewas orem Jurcica lems. italiana Na Argentina 2 Corte Supremo afirma que os wratados sem wm valor “snpra egal nas tambéin “infeaconstitucional CAPITULO V FUNDAMENTO DO DIREITO INTERNACIONAL’ 31 — Introducdo; 32 — Doutrinas mais antigas; 33 — Classificasio ‘das teorias; 34 — Teoria da autofimitacio; 35 — Teoria da vontade ) a reserva intervém apés © texto do_tratado ter sido_defimiigamente fixadoy 6) "eaabelece sempre uma posicio especial em favor do Estado (fies apresenin” els “dissoci o regime bisico estabelecido pelo tratado"; ©) a reserva aparece sempre como “4 condicag ‘sine qua non’ sob a qual © Bxtado que a faz oSti prowio pari puiliGpar da convencio™ “R douuina mais recente tem restatado que as reservas nto tem pre Judicado muito a eficécia dos tatados, tendo em vista que of Estios vio 235 abusun de sua utilizacio, Apresentaria sinehs a vantagem de defender a aldade dos Estados, ver que eles apresentany reservas is eliustlas que Ines si nocias. E mais, oF ttados sio aprovados, mits vezes, em ongnizacdes intermacionais em que € aplicad a regra da maior, sede {que neste caso a reserva € uma protegio A soberania do Estado, A Convengio de Vena £) quiind6-Eprofbido pelo uatado:@) quando o t iminadas reserva em que no sesneui.a wee To reserva €incompativel com.o.objcto ¢.a fi © principio seta da reserva tem arto confrme a pc hisériea, bem como em relacio 20 sistema regional do DI em que elas 0 tilda. O mesmo sc pode afirmar em rekicio aos efeitos ds reserva, aque sio uima consequencia do principio de accitacio adotado ~A-acetagio das reservas «@) A regra do consentimento wninime foi durante muito tempo a predominance, Ela declara que tma reserva, para ser valida, em Qe ser aceita por todos os Estados parte no trvado, Foi a adotad pelo Secretario-geral da SDN e da ONU 8) A'regra pan americana — a Convencio de Havana de 1928, no set art 6 ainda adota © principio da accitagao undnime. Em 1982 0 Conseiho da Unio Panamericana modificow a sia pratica, estab lecendo que a cbjecio “a uma reserva apenas suprime a aplicagio do tratado entre o que apresentou reserva 0.que a objetot Esta regra foi aprovadla porteriormente ma Conferéncia Pancame cana de Lima de 1988, 6) Avogra da soberania absoluta — é mais recent, e Kappeler afin que seria melhor denominila de “tcoria da nao-acchagio". £0 Sistema adotado pelo bloco soviético © pelis Filipinas, A accitagio fo no das resertas pelas outras partes Contratamtes nip ten quale {er efeio juridico, A reserva se impde por ela mesma, vex que ela Aecorre da soberania do Estado, 0 qual ¢ livre de partcipar 8 m0 ‘em uma convengio. + d)Arregra das Nagdes Unidas — a sta pritica’esi bascada no parecer da Cl] sobre ss reservas na convertcio de genoeidio.”" Kappeles Temime a questio da accitagio das reservas da ONU da seghinte J maneira: a) “as reservas que atingem o objeto ¢ a finalidade do uatudo devem 3eF Ackil por todus as partes” © uma tnica Thjecio €saficiente para que o Estado seja excluide da convencio: 6) 1 eieivag sobre as paiits secundétias “poder quando elas no so aceitas por todas as partes” ‘Vejamos agora 05 efeitos das reservas dentro dos diferentes sistemas i apreciados: lidad afirma 236 a) No sistema chissico — wdlos us Estados que ni apresentarem reserva regen ae sas relugdes pelo ata, sein qualquer modi cagio. O Estado que apresenta reserva « os onttos Estos sto regidos pelo tatatlo modieado pela reserva, Os Estados que pr 1) No sistema panamericino — a) “todos os Estos que nio fizeram reser Sia regidor nas sous relagbes sities pela convengie tal dual; 8) “o Estido que fer retetvis€reyido pelotratato modifieado, ram; ¢)"o Bxuado que fer reers € 0 que as objetow nao tio regidos nas suas velagSes por nenhuma disposigao do tratado. Este € considerado como nio tstundo em vigor ene cles No sistema comunists — os que nao spresentarem reservas so regldos pelo tatado tl qual 6, © os que upresentarem reservas, que Sio obrigatérias para os outos, reyer ss suas relacoes pelo tratado, modifcado pela reser 4)No sistema da ONU é melhor expormos o parecer ctado ma Cl} “PS "que o Estado que formulos c msnteve uma reser fal nao vin pres da Conveniofzem abject partes nio o fazem, pode ser considerado como parte na Gonvengio sea dita reserva € compativel com 0 objeto e 4 Sinalidade da Convengio: cla nlo seri parte no caso com “U1 — a) se uma parte na Convencio faz objecio uma reserva que ela considera nio ser compativel com 0 objeto © a finalidade da Convencio, ela pode, de fato, considerar Estado que formulou esta reserva como nio sendo parte na Convengio; 4) que se, ao contririo, uma parte aceita a reserva como senclo compativel com 0 objeto e a finalidade da Convencio, ela pode, de fato, considerar o Estado que formulou esta reserva como sendo parte na Convengio. II — a) uma objecio 2 uma reserva feita por um Estado signa trio que ainda nio ratificou a Convengio no pode ter 0 feito juridico indicado no... 1. quesé ocore quando howver utificacdo. At este momento, ela serve somente para ade vertir aos Estados da atitude eventual do Estado signatitio, 5) uma objecio a uma reserva feita por um Estado que tem © diteito de ussinar ou de adetir, mas que ainda nio o fer, do produz qualquer feito juridico, A grande exitica que tem sido dirigida ao sistema da ONU € que nao € facil dizer, em certos casos, se uma reserva esti de corde com i finalidade do tatado, 0 que ocasiona 0 seguinte problema: © Estado A pode consi ; 237 derar que B no faz mais parte do tratado, wina vex que a reserva apre- sentadlt por Bé contiiria a finalidade do watado, enquando © considera B ainda parte no watado, uma ver que acha 2 sua reserva compativel com 4 finalidade do uitado. A Assembléia-geral da ONU, em 1952, para dimi- uir estes inconvenientes e baseada no parecer da Cl}, recomendou aos Srgiios das NU, aos organismos especializados e u0s Estados que incluissem nas convencoes dispositivos declarando se € admissivel a apresentagio dis reservas © 08 efeitos que elas teriam. Podese dizer que o eritério de compatibilidade da reserva com 0 objeto e o fim do tratado é “eminente- mente fluido” (Ph. Manin) ‘Vejumos agora em separado © em maioresdetatheso sistema de reservis adotado na Convengio de Viena de 1969, Aceitacio ¢ objecdo de reservas: a reserva que for admitida expressamente pelo tratado nao necessita de aceitagio dos outros contratantes, a nao ser que o tratado assim exija Entretanto, se of contratantes sao poutcos ¢ o tratado pela sua finalidade precisa ser aplicada par inieiro, a reserva precisa ser aceita por todos os contratantes. Se o tatado constitui uma arganizacao internacional, a re serva precisa ser accita pelo drgio competente da organizacio. Uma ob- Jjecio # uma reserva nio impede a entrada em vigor do tratado entre 0 Fstado que apresentou a reserva € o-que a objeiou, a io ser qus.o waalo deienmine-o-Zonirisio. Este dispositivo foi proposto pela URSS, A mani festacio de um Estado de se submeter ag tratado com uma reserva tornase efetiva quand pelo mende i contratante accitou a reserva. Ando objecio de Gina reserva TO-PeTTOdo de 12 meses depois da notificagio da reserva significa a sua accitacio. Entretanto, se o Estado somente se obrigar 20 watado depois desta data, ele pode objetar no momento em que aceitar 2 obrigatoriedade do tratado. “Efeitos leguis das reservas © objecSes: ela modifica,o watado enue 6 que api Seniou ¢o queacsliouarssen A modificacao opera para ambos of EatadSE £0 principio da reciprocidade. Se um Estado objetar a uma reserva, mas nao se opde a entrada em vigor do tratado entre ele € 0 que apreseniow a reserva, “os dispositivos a que se refere a resena ni0 se apltcan enire-os dois Estados”. reseiya no modifica 6 tratado entre os demais contratantes. z “TR uprescritagao das reservas sa ratificucio, ma aceitagio « maadesio tem sido malvista pelos doutrinadores, uma vez que elas mnodificam unil terulmente o tratado jé concluido.”' Todavia, elas tém sido consagradas na phitica internacional e sio admitidas, a nio ser que o tratido as proiba, Alguns autores (Gérard Teboul) tém apresentado em matéria de re- serva uma distingio em relacio as convencdes de codificacio & as de desenvolvimento progressivo do Direito Internacional. Susfentam que as primeiras que cotificam o dircito costumeiro (€ um minimo adquirido) bio deveriam admiur reserva, enquanto as segundas estariam sujeitas a reserva, O raciocinio que fundamenta esta distingio € que 0,direito cos: 238 tungir ji 6 apiado por todos, « ada a w reser seria rar eau Iidade do que’ estiveh Conordames com este raiocinio, enuetanto le nig € de fel aplicacio, vez que nio fill diferenciar as convengoes de Codiicasio des de desenvohimento progresivo, porque as duas nogoes geralmente oe misiuram ‘Cutra questio és da aprescmtacio de wma reserw profbid, ver que cla 6 inetcar« no ser que haja 0 consentimento wninine © expresso de todos. Entretnte se um Estado acetara reserva prosbida, xs partes podem Considerar que houve um acordo modifeatvo entre quem apresentow proibidas (Remiro Brotons). Finalmente, podese afumar que a norma de “jus cogens” ndo esté Eble scr © contale das reseras por parte do Legisaivo varia de acordo com cada pats Nos EUA as reseivasestipulads pelos outros Bovernos. © que Serio’ obrigadrias para os EUA, deterio ser submetidas 4 aprovagio do Senado, uma wee que elas farbo pare do ratado. Entretanto,houve wna jhucto. aa pritea desta mater em senldo bastante diferente, € em 1966 0 “Office ofthe Legal Adviser” do Departamento de Estado firme aque desde 1946: "nem uma reserva em traado multilateral apresentada por outro Estado or submetidaa aprovaeie do Senado” por divers razbes 5 alguns utados expressamente adriem ae reservasc a aprotario do tratado pelo Senado € considerada uma aprovagio previa dexas reveray 4) algunas reseras sio sem importinca © comumente repels ja recebcram aproio do Scuado cm ovtras ocatie, ele. Na lida, © Legislative nto necestta aprovar ar reervas que’ 0 Executive pretcnde ese seen oe racecar a oc ae] ToegsesesoT ae atordos intemacionsis compete ao Foder Execuivo. Na Holanda 0 Com fresso nio pode apresentar Feservas Na Franga uma correntesusemta que S'ycserva no precia ser aprovada pelo Legatve, enquanto outza Com Sidera que deve aver 0 controle A conclusio que podemos apresentar € que as reserus-devem estar realmehiegucias uo SonuoTe aS Logilaio nas custom que cle exighdo, toma vez que eismodilicam 9 tatsdo, modificacio esta que pade-nao5e7 Neel lb agents Todttincooe condo Gquase que inexequivel por diversosfatores «) a lertidao do Congresso na Ipreciacio doe aton inte macionais Bo Executive deve tras "mane limes hh condita dasrelages ntermacionaisque necesstam ce solugoes pias a impostiidade prtica de se apresemarem 10 Legsativo as resers formutadas pelos outros contratantes par se saber 56 dever ser aceias Ede ve acrevoentar que as reser podem ser retradas pelos sews aulores; todas a prities ni conaagrsta tm procedimento sobre © as brnco, Uina corente (Basdevane, Guggenheim) considers que ela pode. 239 ser retire livvemente, vex que, constiuinds ama anomalia, deve ser facilitado o seu desaparecimento”. Ounos (Ceretti) declarum que ela leve estar sujeita uo meso procediment da abeitagio. para que os demais, Estados nio venhum a ser surpreendides. A Convengio de Viena optou pela primeira, talvez porque esta corresponla mais aos interesses da so Giedade internacional, uma vez que o tratado seri aplicado uniformemente ‘4 maior miimero de Estados, enquamto a segunda corrente visa mais res- guardat o interesse dos Estados. ‘© mesmo procedimento foi consagrado em relacio a objecio # uma reserva que pode ser retirach livremente. Entretanto, € de se lembrar que «4 aceitagio de uma reserva € irrevogivel. Telirada de uma reserva ou de uma objecdo 56 comeca x produzir efeito quando o outro Estado receber a comunicagio disto. © Deve ser feita por escrito a retirada da reserva ou da objecio da reserva De qualquer modo, a retirada de reservas nao é freqdente, ea retirada de objecées € ainda mais rara, para nao dizer inexistente (P. H. Imbert) [As reservas sio realmente necessirias nos dias de hoje. Finalmente, € de se recordar que cada tratado pode fixar 0 seu regime de reservas, 0 que transforma estas em objeto de uma “politica conven- ional” (P. Reuter) Segundo P. H. Imbert o principio do consentimento continua a ser consagrado, mas assinala que estamos nos aproximando do sistema defen- dido pela URSS, segundo o qual o Estado que apresenta a reserva é parte no tratado desde o momento em que ele apresenta a reserva. Devemos distinguir as reservas dos denominados “understandings” (comuns na pritica norteamericana). Os “understandings” surgiram em virtude de o Senado aprovar o tratado sujeito a certo “understanding”. Eles nto se incorporam ao tratado e constituem uma simples *declaragio de politica norte-americana”; em consegiiéncia, eles nio sio obrigat6rios para os demais Estados. Entretanto, se ele for incluido na ratificacio, © “\anderstanding” é obrigat6rio no direito interno dos EUA. Por outro lado, lum Estado pode apresentar uma objecio a um “understanding”, forme fando uma reserva em sentido contrisio, o que obrigard a quem apresentou © “understanding” se "manifestar de modo explicito™.* Os autores Bishop © Hackworth se referem 4 formulago de “understanding” na assinatura ¢ na ratifieagio. Eles nfo precisam ser aceitos. Se for feito um “protocolo de understanding” visando interpretar um tratado, ele passa a ser obrigatério part os que concluiram 0 protocolo. Remiro Brotons si lienta que na pritica existem declaragbes que sio verdadeinas reservas © outnis manifestagdes denominadas de reservas que sio declaragbes. funciona nos watados de diveitos humanos. Esies devem tera sva Weg dade defendida. Os direitos humanos devern ter uma universalidade, Estes 200 ceitacio-objegio no se aplicn sos tras de divctos humanos. O ar reservas, ma alguman esto eliminadas pela “natura das cosa” A con isto. Os estados,apesar deni estarem prevstos, ftzem dcearagbes te prettis que ti aor de tse. A\Corte pode considera reserva déncia ago ond aujeiui a.reserna. yer 194, Desde a mas remota Antiguidide existe entre as partes contratantes « preocupacio de assegurara exceacio do tratado™ Nos primeiosteatades Ja encontramos # ivocacio dos dense para goranti & sua exeeugao: 2 Na lade Media houve casos ein que exercitos inteiros prestanum juramento (Estrasburgo, 842), tendo sina neste perfodo surg «prica de dareny refs, que foi muito utlizada a parts do séeulo XI ¢ desapas recen no sécilo XVII. Na Tdade Moderna (s€culo XVI) jé se encontram casos de se dar como garanta ds exccucao do tratado tina hipoteca sobre determinada fidade: Nese sculo, conta Aecioly, « Polonia teria dado as ots da foroa a Prassa come penton "Acxecugio de un tratado &€que tritado éexecutado pelo Estado na mais comple maependencia (principio da inde pendéncia) e sob x sua tinica responsabilidade, © DI Geral ov Comum somente oft Lo para garantiy 0 Ua EESsponsabilaade tnternacion A garam Shao considerada insuficiente pelos contratantes, € entao acrescentada convencionalmente uma outra forma de assegurar execticio do tatado. Utilizam-se os Estados de quatro meios capazes de preventivamenteobrigar-OF Tenis contrauntes ao fe cumiprimento do 4) Giraniia > ~designa o fato de asegurar ou contribuir a asegusa, POF procedimentos técnicos apropriadlos, a ‘maunitencio de uma Sithacao ou de im regime dado, ota execugto de umn obrigacze convencional” (Ch, Rowssea). A garantia pode se referir 40s mais diversos ussuntos: inde pendéncia de wm Estado, neutralidade permanente, contra a agres So, teri6rio do Estado, etc. Ela ucurreta das obrigugbes:pasriva (de respeto) ativa (de assisténcia). A sta origem € convencional . 2a contudo, ji houve eso de ela ser dada unikaeralmente (Lei de Garantias do. Governo italiano He 1871). Ela € dada normalmente por um convénio especial (urt, 13 da Convengao de Havana). 0) Entesiga de wessiario — o territ6rio estatal éocupado até a exectgio do uratado (ex.: Tratado dé Francoforte (1871) entre a Alemanha ‘© Franga, Esta teve diversas regioes ocupadas). 6) Aentrega em garuntia da renda do Estado — Esta modalidade surgit no século XIX ¢ foi utilizada pelos Estados credores que passavam a exercer um verdadeiro controle financeiro nos Estados devedores 4 A execugio entregue & fscalizacao dos organismos intermacionais. Eo que ocorre com as comissdes fluviais, que deve controlar a execugio do tratado sobre o rio. Para garantir a execucdo das convengées interacionais do trabalho a OIT criow comissdes. No BIRD existe uma convengio garantindo os em- préstimos. Existem ainda outros modos de astegurar a execucdo dos watados, que a posterior’ € oferecidos pelo DI Comum; as sancbes econdinicas © “U5-A interpretagio dos tratados’” € realizada geralmente com normas {que tiveram a sta origem no D. Civil, na interpretagio dos contratos. Ela visa determinar o sentido do tratado. Ou como escreve P. Ricoeur: “toda interpretacio se propoe de vencer um afastamento, uma distincia entre ‘4 época cultural passada & qual pertence o texto ¢ o proprio intérprete” Inicialmente devemos assinalar que a finalidade da interpretagao dos wa tados a mesma do D. Interno: verificar qual a verdadeira intencao dos contratantes, umtsberral A Convencio de Viena apresenta as seguintes normas de interpretacio dos tratados: 71>) Deve ser interpretado com boa fe de acordo “com 0 sentido ‘\—_comum (“ordinary meaning"J a ser dado aos termos do watado” “ontexto € i luz do seu objeto e propésito” 2— Devese levar em consideracio o preimbulo, anexos, um tratado {ito por todos 0s contratantes conexo com o tratado a ser inter pretado e qualquer instrumento elaborado por um ou mais con Tratarites “e aceito pelas outras partes como tum instrument re Jativo ao tratado” 3 — Deve-se levar ainda em consideracio: a) qualquer acordo entre as partes relative a interpretacio; 8) a pritica na aplicacio dos m2 tratados “que estabelece 0 acordo das partes a respeito «bs inter pretacio”; ¢) “qualquer norma relevante do DI aplicivel nas re Iacdes entre as partes — Un sentido especial sed dado as palavras do trauado se us partes assimn_pretenderum, — Sea uplicagio das normas acima nio conduz a sentido claro « preciso ou conduzs um resultado manifestamente ubsurdo, pode fe recorrer a outros meios de interpretagio, “incluindo os raba- Thos preparitérios do uutado e as cireunstincias de sua concht Tecurso 4 tis meios pode ser feito ainda para confirmar — Num watado autenicado em duas ov mais aguas diferentes, ma mesmaautenticidade, Presumese qu 05 do tratado tém o mesmo sentido em cada texto autenlico. Se o se1lTido Tor diferente, devera ser adotade 9 sentido que melhor reconcllia os teitosoandose em Conia Obleto es Bnalidade 0 fratado"."™_Ou se. texto que for_menos ‘obsctiro ou, ainda, se dé preferéncia ao redigido em primeiro lugar— Ontras normas podem ser citadas com apoio na doutrina: 1 —*O tratado deve ser interpretado no sentido de produzir efeito Litil isto é, realizar 0 objetivo por ele visado” (principio da efe tividade). Como consequiéncia desta regra, podese apontar ou- tras: @) “as palavras devem ser interpretadas em seu sentido pro- prio € usual, a menos que este envolva algum absurdo ou sejt incompativel com 2 finalidade do tratado”, ou quanclo as partes nderam dar uum significado especial; 6) “as cliusulas ambi guas’devem ser interpretadas de maneira que produzam efeito ul"; ) *havendo divergéncia entre a finalidade da convengio ¢ © sentido literal das palavras, darse 0 clemento:subjetivo tent por fumgio distinguir a pritiea relevante Dara a formagio do costume a que nao Adinitindod-se como valida a existencia do elemento subjetivo, deve: ‘mos precisar 0 seu sentido. A corrente tradicional o considera como sendo «“opinio juris vel necesstats". Esta interpretagio ¢, todavia, inaceitavel. © elemento subjetivo assim concebido seria de dificil provae, pratieamen. te, nto encontrou acolhida na jurisprudéncia internacional. Foi, porém, consagrado pela Cl} no caso da Plataforma Continental do Mar de Norte (1969). A interpretacio que mais se encontra de acordo com a pratica internacional Eaquela que considera ger 0 elemento subjetivo a "aceitacso ze 29 hove direito™.® A *actitagio come sendo 0 direito”. como Tinistficiente, wma ver. que nao haveria razto de surgir ji existiia 0 “direito”. e vm pritica pode ser inicial pretendem algun snot deltas para 2 Teizzisa Mundo (Pastor Ridruco). E que os Estados Tin deseaveltiacato cos socialists consideram que umannorma costumeira tie sccebur 0 consentimento de todos o- Estados para que haja um fapelo a ata soberania, Da exsir atualmente um preferencia pelo Cauda (A Bedjaui) Asia imenee de Areehige ae stuaimente € Itc imporan 0 consenso ge” do que 0 consennento individ de cada Estado” \Salienta M. Lachs que a aceitacio deve ser por uma ampla ciate diferentes grupos de Enados, Na semtenga do caso. Golfo de Maine (1984) = Cj ama que a "epinio juris” se forma por inducio © tio por deducto de ideias a pri A posi alotada nao ext Longe do at. 98, 1, do Extatuto da Conte Ine de sic, qe less “O contineitraconal como ova desma pratiea gel aceia como sendo 0 direito Proata definigio, entretanto, nio pode ser aceita tal qual figura no. Estatuto da CI, uma vez que 0 costume“Hio é a prowa-de uma pritica, rasa Goria nica, A detnigao do Extatuto fol tnfeaciads pela dow ina ial da ele ser defnido como prova. Diante do exposto, podemos definir-costume como sende: eral dezita Come wido 6 Horo direito" bar er Gue alguns autores smentos do costume no (Peter Hagemmacher) sustentam que os dois elei Sio levados em consideragio pela jurisprudéncia, Para este autor os dois tlementos Jo costume eatio unidos em wm sinico elemento complexe com aspecios matcriais € psicoldgicos. Outros (Rodolfo E, Piza Escalante) afir- nam que t “opinio juris" esti se tansformando no tinico elemento do Costume. Ou ainda Julio Barberis, que sustenta mio serem as normas costumeiras criadas mediante um procedimento juridico, dai nio ser fonte de Pireito. - - Pode-se affrmar que as declaragées aprovadas nas onganizacoes inter Jonas tim tm papel importante na formagio do costume. Por outto ce ¥ wenda, tudo uma sesohugio-pode se wansformar em couye. desde que 20 1955, CI} reconheced que comengies de coifcngso nettatar org ay ratifies, contribuem para a formacio do diteito comtmeiro Antonio Augusto Caneado Trindade} 1s paises subsdescnvoldostém citcado o costume alegundo: «) € fii # sua prova; 2) 2 sua formacio ¢ lenta co sibdeseuvolimento Rr isto 6, relagdes de forca (Alun Peles Para se vrificaro contedo de uma norma costumvira pods uiliat as decides judicias ¢arbitals (Fara René Jean Dupuy ocourume sage” éaquee em que a xin fiondrio em que a "ideta precede cs fatos".) f 102{0 fundamento do costume ¢ explicado por és eorias que podem er reundas -dua concep Eo wlinorsme Jeo plietsme, ( [Aor volumuarista sustenta que-o fundamento do_costume s | Jistniano.& a teoria adorada por grande parte dos “tnsadores”¢ "clan sicos" do DI\Gratins, Byakershock, Vatel, Rachel, etc Bla fo) retomads we . = por diversos positivistas modemos: Triepel, Anzilotti, Cavaglieri, ete/A sua aceitagio me jarieprud areetteu sobrewdlo na decisio da Corte Suprema ortesmericana, nos casos "Scotia" (1871) © "Paquete Habana” (1900), |, Na jurisprudéncia internacional ela foi consagrada no caso “Lotus” (CPYI {°°1922). A concepeio sovidtica asimila o costume a um tatado tacito '- Podemes repetir aqui as iniimeras criticas que ja formulamos 20 v0 puntarismo, (Ble se esquece de que a vontade s6 produz efeitos juridicos quando existe wins norma anteriora cla the dando este poder. No expli «Sta concepedo_ como um novo membro_da sociedade internacion: encontra obfigado aim. costume formatin. apes do sou Ingreseo novia “sociedade. E ainda insuficiente para explicar 6 esta 3B do Estatuto da Cl, que manda este uibunal aplicut um “costume geral”, isto 6 uma norma Costumeira-sendo geral, mas sem ser undnime, € obrigaGria para todos os miembuips da sociedate internacional; mesmo que nim Esta ssio # aceite, ele se enconta obsigado a cumprin|Ora, comno dizer neste ciso que 0 fundamen (obrigatoriedade) do costume se enconua no consentimento ticito?(E o costume que dit ao Diva sta verdadeira base universal Se ele fosse reduzido a0 consentimento, esta base acabaria por

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