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Livro 3

Meus oito anos


No tempo de pequenino eu tinha medo da cuca velhinha de culos pretos que morava atrs da porta. . . Um gato a dizer corrumiau de noite na casa escura. . . De manh, por travessura, pica-pau, pau-pau. Quando eu era pequenino fazia olotas de arro, que punha ao sol pra secar. !ada olota daquela, dura, redonda, amarela, "ogada com o meu certeiro odoque de guatam u matava canrio, rolinha, matava inam u. Quando eu era pequenino vivia armando arapuca pra ca#ar $vira$ e urutau. %as de noite vinha a cuca com o seu gato corrumiau. . . !omo este menino & mau' (olinha caiu no la#o. . . )a contar, no conto no. !omo atia o cora#o daquele verde sanha#o na palma da minha mo' *h' se eu pudesse, algum dia, ca#ar a vida num poema, em seu minuto de dor ou de alegria suprema, que om que pra mim seria ter a vida em minha mo pererecando de susto como um sanha#o qualquer na grade de um al#apo' %as. . . de noite vinha a cuca +e por sinal que a noite parecia uma arapuca com grandes pssaros de estrelas, vinha com o gato corrumiaumenino mau, menino mau, meninomaumeninomau. Na minha imagina#o ficou pra sempre o pica-pau. .ica-pau atendo o ico numa casca de pau. .ica-pau, pau-pau. !orrumiau miando de noite. . . !orrumiau, miau-miau.

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