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“Meu Deus do céu, que tragédia! Como pode?” (Presidente Lula, em 17/07/2007)
“__________________” (Discurso do Presidente Lula na abertura do PAN)
Conta-nos, também, a historiografia da literatura grega que a tragédia era uma gênero
literário no qual, essencialmente, personagens viviam dramas da alma humana, ou da
sociedade, com o objetivo de purificar a vida da platéia. Tais dramas sempre se
caracterizavam pela seriedade, dignidade e morte dos envolvidos no conflito existencial,
moral ou social. Trata-se, em verdade, de uma produção do ser humano, calculada,
milimetricamente, com início, meio e fim.
“Meu Deus do céu, que tragédia! Como pode?” Pode sim! E muito mais pode
acontecer, Exmo. Sr. Presidente! Vivemos sob a égide de uma sociedade cujos valores
morais fundantes foram negociados com a cultura pós-modernista – e os seus grupos
promotores – de modo que importa apenas viver pensando no “meu melhor”, no “meu
bem”, “no meu belo”, “na minha verdade”. Esse relativismo cultural, esse hedonismo
existencial e essa letargia social formam um importante pano de fundo para que
tenhamos governantes como esses que aí estão. Governantes que se preocupam, tão-
somente, em estabelecer projetos de poder e de dominação. Onde a vida humana e o
futuro da nação são apenas bandeiras midiáticas a serem apresentadas, porque, de fato, o
que estamos vendo, em episódios como esses, são mortes e políticas públicas
inconseqüentes e inoportunas.
Esse Pan-Tam nos demonstra bem quem é responsável pelos destinos da nossa nação.
(*) Advogado
Mestre em Direito – UFPE.
Professor da UFS – (ussant@ufs.br).