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Uma vez meu irmo achou uma faca na rua.

Pegou-a to rpido que ningum percebeu, podia ser uma pedra, um bicho, uma moeda, no subestimemos os objetos que um moleque pode carregar consigo justificado ou no por uma imaginao ambiciosa. Durante meses ele guardou segredo do seu tesouro mgico, brilhante. Dormia com ela para no correr o risco de ser descoberto e, mesmo sem saber explicar o sentimento, se sentia fascinado pelo senso perigo de se machucar comprometido pelo orgulho de possuir. Ele parecia saber da necessidade de esperar o momento certo para transformar o utenslio em outro ganho. At que o circo chegou cidade. -Me, quer comprar uma faca? -E de onde veio isso agora menino? -No discuto negcios, ou compra ou deixa pra l. Eu vendo pra tia Na... No terminou nem a ideia em sua cabea, porque o tapa veio antes e mais forte que o raciocnio. Minha me gritava algo sobre no ter colocado filho no mundo para ser ladro. Meu irmo se defendeu, mas sem acreditar por um segundo se teria como escapar. Ela acreditou, aquela mulher sabia quando uma das suas crias dizia a verdade. Comprou a faca sem perguntar o destino do dinheiro. No circo

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