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Cridos

Eu acredito no intervalo entre as coisas. Nos vazios presentes nos cheios. Eu acredito nesse ir que vai e se extende com tudo, se largando mais tarde e voltando depois, ou ainda alm, uma passo a mais. Eu acredito de fato na crena, o que o meu modo de ver torna mais que concreto, mais que fsico, imanentemente real. Eu acredito no colapso, entretanto, por que acredito no encontro, e, no encontro, nos abraos e embarassos dos contornos que se encostam. Eu vejo nesse acreditar o vrtice para alguns pontos, onde todas as andanas se dirigem, e as no todas se afastam. E, para no me esquecer de nos lembrar, acredito nessa linha que se escreve pelas minhas fontes e batem nas suas, como as encruzilhadas unem duas distintas ruas.

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