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Cano inicia o capitulo deixando claro que o desenvolvimento industrial anterior a crise de 29, era subordinado ao capital cafeeiro.

O caf gerando capacidade de importar resolvia o problema de subsistncia, e possibilitou a acumulao de capital necess ria para a industriali!ao. "odavia, vale ressaltar que isso ocorreu dentro de um cen rio de expans#es c$clicas %altos e baixos&. ' transferncia de capital do caf para a ind(stria ocorre dentro dos ciclos de expanso, devido aos lucros gerados. )urante o ciclo de baixa, as planta#es mais antigas sofrem compress#es de margem de lucro, enquanto que as mais novas conseguem sustentar suas margens e assim permite transformar capital cafeeiro em industrial. *m dos fatores que Cano coloca como necess rios a nascente ind(stria, so as tarifas protecionistas que prote+am a ind(stria nascente do mercado externo. O autor ressalta a import,ncia do cambio no estimulo a inverso de capital industrial, pois em sua viso capacidade de importar bens industriais esta diretamente ligada ao cambio, e caso essa capacidade se+a redu!ida, a inverso de capital industrial tambm ser . ' subordinao do capital industrial pelo cafeeiro tambm aparece no mercado %mo de obra e sal rios&. Os contratos salariais cafeeiros estimulavam a ind(stria nas pocas de baixa do caf, pois os cafeicultores comprimiam os sal rios e provocavam um xodo rural. Cano mostra que as rela#es entre capital cafeeiro e industrial no so unidirecionais, podem um estar mal e o outro bem. O autor mostra a viso de )ean, que sugere que os importadores foram a origem da industriali!ao, alm de criticar a teoria de q-ue a ind(stria cresceu porque o comercio exportador declinou. .urtado mostra a viso de autores que viram a industriali!ao como uma substituio de importa#es %por exemplo, /ilson Cano&, mas essa viso 0e a partir da dcada de 12 , e o processo anterior 0e visto como indu!ido pelas exporta#es. Cano defende a industriali!ao de 3o 4aulo e no do 5io de 6aneiro devido a maior din,mica do caf no primeiro 7stado. 7nquanto em 34 o caf se encontrava em condi#es de maior produtividade, e o 56 em decadncia, este primeiro tin8a mel8ores condi#es para va!ar do n(cleo cafeeiro para o financiamento industrial direto ou indireto %atravs de bancos e estimulando o multiplicador banc rio&

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