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Comércio
Eletrônico
A visão estratégica do mundo
da moda na web.
2. O descompasso da moda
2.1. Mesmo com esses índices e uma história pra lá de entusiasmante, o mercado de
vestuário e comércio de moda brasileiro sempre ficou meio à margem desse
desenvolvimento. Vivemos somente agora, em 2008, um crescente interesse tanto de
empresas como de consumidores pelo e-commerce desse segmento.
2.2. Nos Estados Unidos, o comércio virtual de roupas já era um sucesso em 2003. Dados
da consultoria e-Marketer dessa época registravam esse segmento como o quarto mais
importante, perdendo apenas para livros, música/DVDs e viagens. Em 2006, o total de
vendas pela Internet desse setor alcançava US$ 18,3 bilhões, representando 10% de
todo o movimento americano em vestuário e acessórios.
2.3. Esse mercado melhorou muito, já esteve na 17ª posição geral, de acordo com dados da
e-Bit, entre a preferência de compras na web. Em 2007, apesar de a categoria roupas e
acessórios ainda não aparecer entre os quatro mais importantes setores do e-
commerce brasileiro (livros/revistas/jornais, eletrônicos, informática e CD/DVD,
respectivamente), ela está consolidada entre os dez primeiros itens de compra on-line.
Mas, apesar dessa melhora, o caminho a percorrer ainda é longo.
4. Problemas e concentração
4.1. Uma declaração do presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de
Confecção, Fernando Pimentel, na revista Information Week n.º 200 p.44 , mostra que
a explicação para esse cenário é macroeconômica. “Informatização acaba sendo
somente uma das preocupações atuais do setor”, disse. Muito mais preocupante, tem
sido o câmbio, a pirataria e a concorrência desleal de fabricantes de outros países que
invadem o comércio popular por meio de contrabando e desrespeito às regras de
mercado vigente.
4.2. Mesmo assim, o setor tem se mobilizado para mudar o quadro. O lançamento, no
início de 2008 do plano de 15 anos para melhorar a competitividade do setor têxtil
brasileiro é o maior exemplo. O projeto envolve o Ministério do Desenvolvimento da
Indústria e do Comércio Exterior (MDIC), agências governamentais, empresários,
instituições de ensino, entre outros agentes de transformação, todos apostando na
relevância econômica, política e social dessa indústria, competitiva globalmente e
exportadora de destaque no cenário mundial.
4.3. O plano não dita normas e ações, mas aponta para o caminho a ser seguido. Dentre as
decisões apresentadas, está o investimento em inovação – que vai desde a pesquisa e
desenvolvimento de novos produtos até a utilização de novos meios de
comercialização, entre os quais, a Internet.
4.4. A expectativa é aproveitar o bom momento do comércio, mesmo que a indústria não
viva os seus melhores dias. Segundo o IBGE, o volume de vendas no comércio
6. A criatividade brasileira
6.1. A moda brasileira vem a cada ano sendo reconhecida no mundo. O trabalho feito
pelas marcas de alta costura em desfiles internacionais é exuberante e criativo. Essas
virtudes precisam transparecer para mais pessoas que estão longe dos grandes centros
urbanos e desejam consumir esses produtos. O melhor local para expandir uma
operação de forma rápida e lucrativa é a Internet.
6.2. Muitos dos fatores determinantes para uma boa operação on-line, o setor brasileiro de
moda já possui nativamente, como variedade, qualidade, confiança e design. Basta
transportar isso tudo para a web, de uma forma que haja uma operação que funcione
em sintonia com a loja física.
6.3. Hoje, a Internet é um canal de comunicação, acima de tudo. Pela rede, é possível
saber sobre os desfiles de Milão, São Paulo, Rio, Nova York e Paris, tudo em tempo
real. O consumidor acompanha, na hora que lhe for mais cômoda, detalhes das
coleções apresentadas e os comentários de quem forma opinião nesse setor. Se
desejar, ficam 24 horas por dia recebendo informação sobre o setor de moda. Mas, na
hora de comprar, precisa ir a uma loja física. Esse quadro precisa mudar.
6.4. Uma operação de comunicação e venda cruzada tão elogiada como a do “Câncer de
Mama no Alvo da Moda” no site www.ocancerdemamanoalvodamoda.com.br, não pode ser
exceção nesse setor.