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O disposto no art. 4 da Lei n. 12.850/13 poder ser aplicado no apenas ao crime de organizao criminosa, isoladamente considerado (Lei n. 12.

850/13, art. 2), mas tambm para as infraes penais decorrentes da referida organizao.

Portanto, se o agente souber apenas onde est o produto do crime, poder ser beneficiado com um dos prmios legais ainda que no atenda aos demais objetivos do art. 4 da Lei n. 12.850/13. No entanto, se, alm de saber onde estaria o produto do crime, tambm tiver informaes acerca dos demais coautores, dever revelar ambas as informaes s autoridades estatais para que possa ser beneficiado.

Cuidado pra no achar que a simples colaborao suficiente para que o agente faa jus aos prmios legais. Para alm da verificao da eficcia objetiva das informaes por ele reveladas, tambm se faz necessria uma anlise de suas circunstncias judiciais.

No por outro motivo, o STJ negou a concesso dos prmios legais a um investigador de polcia envolvido num crime de extorso mediante sequestro. Veja:

Certamente vo perguntar isso numa prova objetiva: pode o juiz fundamentar uma sentena condenatria apenas com base na colaborao premiada?

Surge, ento, o que a doutrina chama de regra da corroborao, excelente pergunta pra prova oral...

Acordo de colaborao premiada: sem dvida alguma, a grande novidade introduzida pela Lei n. 12.850/13. Antigamente, a colaborao premiada era celebrada de maneira informal, o que acabava produzindo certa insegurana jurdica. Com a previso legal desse acordo, o que antes era mera expectativa de direito passa a conferir maior segurana jurdica ao colaborador.

Legitimidade: se o MP o titular da ao penal, dever obrigatoriamente intervir na celebrao desse acordo. Ao juiz no dado participar das tratativas, devendo intervir apenas para fins de homologao do acordo.

Nos mesmos moldes que a Lei de Lavagem (Lei n. 9.613/98, com redao determinada pela Lei n. 12.683/12), a nova Lei das Organizaes Criminosas tambm deixa claro que a colaborao premiada pode ser celebrada a qualquer momento, inclusive aps o trnsito em julgado de sentena condenatria, desde que ainda seja objetivamente eficaz.

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