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Luz

Alastra-se a luz, adentra nas cavernas fundas e intransitveis. Desvanece-se a obscuridade da alma, desvanece-se a alma, em parte, obscura. Quanto mais me aproximo da claridade, quanto mais se alarga a luminosidade, quanto mais se robustece a lucidez, menos alma me resta, mais facilmente desfao-me, tal qual papel embebido, tal qual um besouro contumaz na lmpada. Porque o homem fatigado procura repouso na sombra, porque luz em demasia nada revela, cega-nos, porque logo cedo me dissolvo no "haja luz".

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