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3 i Jacob Dolinger DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO gi] ——— (Parte Geral) 2 | 8 Jacob Dolinger g g | DIGIT | INTERMANORIAN Esta obra tom come mero $e consttuie una ponte enite & gorecdo dos grandes mesres da dscplina & nove grapto quo ‘desponta com espino abet par 8s necossidades do drt Be sie na sus conrontagéo com of demas sietemas juriicas num ‘mundo cada voz menor ada yaz mais complexe. A presents obra lnitowae pate goral da cine do colito as lois, procuranto, sempre quepossivl presenta a matéia sab um enfoque comparave @'enrquecsso pla produrde ju. Prudenca, aqui o dalhures. EF (DRIVAnD j || (PARTE GERAL) GEES - 'TO INTERNACIONAL PRIVADO Atende pelo reembolso postal “oda 0 ioe reat 2 LIVRAMIA E EDITORA RENOVAR LTDA mara sds Aen 102521 ~ Ceo BI cep 201.000 Te 381-28, $1. 1618 Fs S2135 ‘VRARIA: Re Aoi 0a Ces = ‘ar pth lesan, Sn 98 arson S236 Dancer: tev Ants Mel, 19 — Si Cibo WI Cons Brit ao Lopes Siskind — Preside Gio Tate Iai Enya Roa (Coo Atego ‘ler ste Toes a Ctr Gomer atop Burne “Tope ies Geis Li, M1477 hat Caiogrtona ne Sen Nn or ero io —_—_<—<—<— iri aaa Feb T Sede a Ride nae Mewao, t ane 4589. ” se ; 038s B ov sis 3 Pies pod as 87) PREFACIO — DEDICATORIA (da 1" edigao) Este manual fest com a mente «0 crag vlados& meméria do qurido mest, Profesor Oscar Tendo, qe 0 aor fenton pel primers yet nima noite de 1954, por oarto do fame vertbuar ao ingresto a Faculdade de Dito da eno Univeral do Dist Feder "Tes cone este de Drei Interaconal Pablo em 1956 cenoramente em 1988 como profewor da dpa ermda nee trabalho. Maio anot depos reebewane em seu abet rer n0 Solar da Marques, quand emimorme a prestar or exes do oncuroalnredoctci da dpi que mais de pertohetoer dene a mas em que se emer epontiiou. Pontxiomentc ntowre com sua presengn nba sla dic, quando nds tc recipen de dada intevengtocrrgicn ‘anata Teo denn festa obra, Tendo eserevea que ma confi, aim como, rior anor antes, seu mest, Ral Pedennciny dear nas sue dos 0 “Diccio Interaconal Cm pendade"serscentodo que ofara com bunidade conan Subrsindoc nacriade da diiplina na Uniesidae do Esa do Ri de Janio, eno procirado sou sa loan tern nan quite de Die Tnternacona ‘O mere canon a rogenc dena din dpi, que ‘ers entre outrrtpioranaconaiade ea ond uric do ia il gue paint sn neo orrores da pereguiggo religions no weho continentee qe fre 2 lcd de sor recebdo nena tera caer, cape hhosptalidade aos refugtdos © sofeidos de todos of tempos e de todas as origens, Dai meu edobrado interese por estas matéras femeu especial gosto na transmisedo da orientacho humanitria da Jursprudénela nacional desde os tempos de Rui Barbosa e Pedro Tesh, no erato da expulaso de esrangeiros. cine mais meu mestre naquela nota 11" edicio de ua obra “ax goragbcs que nor suctdent aio melhores do quc a8 oss quivocamse os mestres de ontem que nao acetam a colaboragio {ios joven. Nestes ha sempre tim expirto renovador © inquieto, Sbestas as suas janelas para hosizontes mais vastos” “Assim inspirado, convogues para colaborar neste manual qua tro jovens extudiosoe ds maria. A profesora Vera Maria Barreira Jat professora Nadia de Araijo a0 professor Luis Roberto Darrovo, (ue contribufram com seu tempo e suas intligéncias, 0 sincero agradecimento do autor "Ea professors Carmen Beatre de Lemos Tiburcio Rodrigues, | Gunilaizada com os lablrintos do direito internacional privado, fo dual vem se dedicanda com esmero ¢ expirto cinco, & ‘Special gratidae do sutor por nea constance,inteligente e devowada ‘Colaboragio neste como em outros tabalhos. ota obra tem como Gnico merito o de constitu uma ponte centre a geragdo. dos grandes mestzes da uiselplina, professores ‘Osear Tenéri ¢ Haroldo Valladzo, ea nova geragio que despont= com espiito aberto parn ax neceaidades do direto brasileiro na Soa confromtagio com os demas sistemas juridicos num mundo ‘cada yer menor ¢ cada ver nals complexo, ‘entre estes novos jurists, ho de surge grandes mestes para «6 Dieito Internacional e 0 Digeito Comparado que saberio dar fu colaboragao para o desenvolvimento do eomércio internacio- nal no sea sentido mals ample ‘0 presente manual limitouse & parte geral da ciéncia do conflita dat lel, procurando-e, sempre que possvel,apresentar a Inaéria sob um enfoque comparativo eenriquecido pela producto Jjrisprudencial, daqui e dalures, "A disciplina exige tratimento ainda mais acentuadamente compatativojurisprudenclal para o direto civil internacional, 0 Gircho do comercio internacional, o direte procestal inernacio- tal ¢0 direito penal internacional ‘Mas, "0 dia € curt ea tarts a cumpri € vasa" (fea dos Pais, capitulo 2 mishinah 20) inDICE reficio — Dedicaéria ve XV pcopituo © DOMINIO DO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO 1 0 objet sine ‘ADenominacio 6 {© Relacionamento om s+ Outras Discpins Juris ° Direto Internacional Prado e Dieito Internacional Paice 11 {Sociedade tmernacional” ° ce {A Otca da Discplina 4 © DireitoPablco no Ambito do Divito lmernacional Prado 16 Os Confitosinerepaca 0 (+ Confitos Inerpenoais. 21 hace Sinéticon 4 capitate 1 DIREITO INTERTEMPORAL E DIREITO INTERNACIONAL, PRIVADO : 3 Sobreiitos © Confit Bidimensionas 2 Dircito Intertemporal Internacional. = 26 Ditto Internacional Intertemporal. "7 Jjurisprudeneia Francesa (DireltoInteremporl Internacional). 29 Jjurisprudencia Brasileira (Direito Internacional Intertemporal). 30 > Capitate It DIREITO UNIFORME, DIREITO INTERNACIONAL PRIVA- DO E DIREITO COMPARADO. Direto Uniforme. - Dieeta Uniform. Entusnsmo Pasagero pele Diets Uniforme. A Unilormizagzo do Direto Econdmieo Diteto Uniforme e Dieto Internacional Privado: Teoria de ‘Accra Métodos de Direito Intemacional Privado Diteita Internacional Prvado Uniormizado (Os Quatro Fatores Resumes. Direto Comparado.. - pane ees AS NORMAS DO ‘DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO [Norms Indieta. os ‘Norms Qualifcadoras ‘strutura da Norma de D.LP: Normas Unilsterais, Norma Bilaterais, Normas Jusapostas a cok Sy eee ice Lo ee —————— i a oma Trad de Montoiagan Céigo Basan. “a — Eanes inuaramericana sobre BLE “Restatement ef the Law of Conflict of Lave" ‘As Consengies da Hala Liga das ages Naces Unidas | Academia de Direito Internacional Outs IneigBes en . “Juwisprudéncia internacional. Confitos Entre Fontes — Lel¥ Tata. - CConflto entre Constiuigio e rata... Jusaprstencia Braleira : JJrispradéneia dor Faies da Comunidade Europe coon Capitulo VE HISTORIA E TEORIA DO DIREITO INTERNACIONAL, PRIVADO et : Antguidade = ss (Os Birbaror © a Peronalidade das Les. (© Regime Feudal e 4 Terstrialidade das Leis, (0s Gentros de Mercincia da dade Média ‘Teoras Eatadras ——— BacolaTallana —— ' ecola Francesa = Frcola Holandess.— oattinas Mederma. “Jor Story Friedrich Catt yon Savin som Paaquale Mancini. = (© Método do DIP —— copitto TP) J NACIONALIDADE son | Nacionatdadee Drei Intermacional Privo. 7 Noclo de Nacionalidade, : ‘\ Nacionalidade e Cidadania. — | aque de Nacionalidade on - The Sangin - tus Domi J Mas taborin co 109 100 ne nz ns us ne 120— 12 123 197 130 135 135 137 138 iat nat 1a Me 4s Mudanga de Nacionatdade Diseito de Adquiir. Direito de Nie Adu Direito de Nao Perder.. Direito Braileizo da Nacionalidade: Neconalidade Ovigindria ipdtese Inconsttulonal de Nacionaldade Brasileira DireitosFspectais dos Porengueses Perda da Nacionalidade Reaquisgio da Nacionaidade Nacionaidade da Mer Cassa ‘Gontlitos de Nacionaidade, Posiivos © Negativos. ‘Principe Intemacionais sobre a Nacionalidade, Jorispacencia Internacional : ‘Garo Canerao. aso Tellech (Garo Nottebobim Jusisprdeneia Brasia “Capitulo VHT Rho A CONDIGAO JURIDIEA DO ESTRANGEIRO. A ENTRADA DO ESTRANGEIRO. ‘Visco de Entrada - Fixagio em Determinada Regiio do Tertnio Nacional. © DIREITO DOS ESTRANGEIROS ADMITIDOS. (0s Direitos do Esrangeio no Br. a Exerecio de Atvidader Politica. ‘Outras Restricoes a (Gasicario de Direon = Dineito Compara. ‘Cargo Pablic ‘Aasimilagio dos Esvangeiros. : Registro Profisional de Estrangeiros Temporivis. aatuto do Refagiado 14s M6 152 156 170 13 i i a 181 1st 11 191 SAIDA COMPULSORIA DO ESTRANGEIRO ala Explaio do Exrangeio. a9 [Natureza da Ato de Expulsio zs ‘Competencia para Expl: 2 Delesa do Expulsando at 226 Joviapredéncia Brasleir ‘Gao Ronald Arthur Biggs 2 (Gn Zyl Bae 2s (Go Padre Vio Mico I as ‘Vow do Ministo Clos Thompron Foes a Indenizacio por Expl 20 conou et) APLICAGAO, PROVA f INTERPRETAGKO DO DIREITO | PstRANGEnRo. 24s 5} anureza juridica da Lei Estrangeira — Fato ou Lei? 3 4 Apteacae do Drei Exrangs. 20 | Prost Die Extangete BI (Somumes. bt | merpetaio do ico Barge é daspiacto os | Janspradénca Bria apna) Pine Saeco 2 | as REGRAS DE CONEXAO — LEI DETERMINADORA [ bo Estatuto PEssoat. eh 201 } ae Regis de Cone nnn 2 | AigumesRepess de Cone oo 204 | LE DETERMINADORA DO ESTATUTO PESSOAL www 265 0 tetnto Pont 25 ese 2 Naconatade = omen kat gonin fant ho mn ‘Conceitilgzo de Domichio Legfalacdes Interns em Matéia de Estanuto Peso DMutdanea de Extatuto Pessoal, Conltos Mave (0 Estatuto Peso os Tratados e Convenes (Os Traados de Montevideu (0 Codigo de Bustamante nn © Batts ose Distingdes em Matéria de Capacidade internacional Prado Drei [Anteprojeto de Lei Geral de Aplicagio das NornasJurdicas Excevio do Direto Cambiisio ‘Ouiras Regras de Coneso para o Estatuto Pesoul Religion . Residencia FOF one Capitato XI REENVIO cs ss [A Fonte Jurigprudental do Reenvio.cwncnsnnnnn Debate em Tare do Reema nnn “Argumentos contra © Reenvio - ‘Angumentes Favorives 20 Reem. “Teorias Conducentes 20 Reenlononoom "Teoria da Subsidinredade — ‘Teoria da Delegaco. Teoria da Ordem PSbIic nen ‘Teoria ds Coordenaglo dos Sistema. Reenvio de 2" gra “Terminologia ——— Exceqies #Aceltgio do ReenMo on : “Autouomia da Vontade. : Forma dos Atos Sistema Britinio de Duplo Reno. "Textos Legis Relatvos a0 Renesas (© Direto Couvencional 0 Reensio Jurisprudéncia Francens Gao do Banco Otiomano Jurispradéncia Tunsina: Forge, 2 Ei 26 230 282 28 25 201 an 205 395 293 88 (0 Reemvia no DLP. Brasileiro - 318 Dotsina| 318 Jurispradnca. : 319 Capituto XT TEORIA DAS QUALIFICAGOES aor © Proceso de Qualifcacio. ser Conceituar + Csificar = Quaificar 528 (0 Confito das Qualiicagbes 328, 0s Bxemplon em nnmmnnnn 320 {0 Caro Bartolo, ou a Sucessio to Maton 330 (0 Testameno Olsgafo do Holandés 380 © Casaments do Grego Oriodoro. sat Determinacio da Lei Qualicadora. 331 ‘Quuliiesric pela Lx or SOL ase ‘Qualiieacie pela Lx conse ~ 333, ‘Gunleacie por referincia conceit antOnomos € univers. - 384 ‘A Qualifcagto 20 Direta Intersacional Privado Brasileio..-- $88 Jorisprudéncia ngless. ce 389 10 Cao Cotn. ~ 339 ‘Oggen v. Open 240 Jurisprudéncia Americana. ae Jorispradencia Bralelrann - 32 Nocder Qualificadoras cm Textos Convenciona. 346 Capitto XIE 0S ORDEM PUBLICA gevcnnnnnennnnnnninnnnnmnne $4 'A Nog da Oalem Pablica no Diseito Internacional Privado... 549 Histérco 351 CCaracterisicas a Ordem Publica vo 382 Relativdade/Iosabildade. I se Contemporaneidade. 353, Fator Exsgeno. ‘os Ties Nivels da Ordem Pablica 358 Subst de Lx Cause pela Les Fo 36 © Papel do Juiz Legitacio, Tratados ¢ Convengoes -Aplcagoes do Principio da Ordem Publica Jurisprudéneta ‘Orden Piles no Plano lateral ‘A Orden Publica Estraugeta € a Ordem Publi Conelusio CCopituto XIV FRAUDE A LE Nocéo. Fundamentor da Froude & Le no DIP veo Fraude Lei no D.LP.¢ “Forum Shopping” Gonseqiéncne da Froude & Le [A Fraude Lei nas Relagdes Families Jurlaprudéneia Feaacem — Gao Vidal (Caso Baffcmont Legisago on Fontes Internacionai. Frade a Lei Eavangera Capitulo XV A. QUESTAO PREVIA ssn Capito XVI INSTITUIGAO DESCONHECIDA. ‘Algumas Reteréncias Legisativas a Hipotexs A Convencis Interamericona de Regras Gerais de DAP. CCapitute XVIE ‘TEORIA DOS DIREITOS ADQUIRIDOS. A Teoria de Piles, ‘Waiwera 370 sa. 388 388 383 386 05 395, 396 209 407 408 409 an a A Conuibuigio de Machado Vila Diplomas Interracionai © Gisigo Ct Fortuguds| Direitos Adguirdos ¢ Ordem Publica © Principio no Direto Posi Brasileiro scrim uiro Fundamanta do Principio dos Direntos Adgulrdos Diretos Adquirdose Instiuicio Desconhecia Direitor Adquirdos e Fraude a Lei ‘A Teoria Americana dos "Vested Right” Capitulo XvIE PESSOA JURIDICA, ve : CCitri de Determinacio da Nacionalidade das Pesos Juri ica Ccriterio da eomporacio CGritso da Sede Social ritrio do Controle Direito Convendonal “Trandor de Montevidén Cdigo Bustamante nnn . “rata de Homa. CConvencio de Bruxelas. Convencio da Hai. CConvencio de Estrasburge. - Convencées da OFA, (Convengio do BIRD. Jusisprudéncia Earangeira Banco Ouonano onan Sociedades de Navegacio Marina Susitomo Sti America lc. Lim M.Avagiano e outs, Jorisprdéncia ci Core Internacional (0 Guo Barcelon Traction, Light and Power Company Limi ted Yo pieito Positive Beall. : JJsispradéncia Base ae 426 a8 2 480 40 433 496 487 488 a 4 45 a7 “7 “7 “0 ny 455, Pariipacio de Sociedade Estrangeira em Sociedade Bras tei 455, Emprease de Mineraczo cece 487 ‘Resrigho ie Pena jrideas de Diteto Pico 58, BIBLIOGRAFIA. - . 461 Apéntive 1 — Poojete de Leh 8? 4995/98 cso 478 * apéndice 11 — A Nacionalidade Brasileira na Evolugio das Constinugde. vn “81 Capitulo 1 © DOMINIO DO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO. 0 objeto A tntemnacionalizagio da vida © das atsidades humanas acar ‘eta uma série de fendmenos de naturezajurfica que devem ser cnfientados pelos Extador iroladamente peas entidades regionals € internacionais no plano eoletvo. i varias coneepedes sobre o abjeto do Dirlto Internacional Privado, A mais anpla €a francesa, que entende abranger a disc- pina quateo materaedstintn: a nacionalidade: a condicao juridica flo extrangeiro;o conflto dar les e o confit de juristigdes, hae ‘endo ainda ma corrent, iderada por Antoine Pillt, que adicio- nna, como quino t6pico, o* direitos adguirides na sua dimensio internacional ‘A nacionaldade cuida da caracterizacio do nacional de cada siado, as formas orginislas e drivadas de aquisgio da nacions- lidade perda da nacionalidade e sua reaquisicio, os conflitos potitivos © negativor de nacionalidade, ocasionando, respectivae ‘mente, x dupla nacionalidade ea apatridia, os efitos do casamento sobre a nacionaldade da mulher © as eventuas ferries 208 na- ‘onais por natualizaco. aim condicio juridica do estrangeiro vers os direitos do strane ieiro de entrar © permanecer no pais; una vex domiciiado ou Fesdente no tetitrio nacional, tala de seus direitos no plano SINTON FILLET, Pps de Dot nts pp 7 econémico (civil, comercial); social (tabalhista, previdenctiri); pbc (foncionalismoy; politico (eleitora, incluindo sestigdes {Que soe em determinadar dress da auvidade humana (© confito de eis estuda a relagoes humanas ligadasa dois ow sais satemasjuridicos eujas normas nio coincidem, cabendo-he Ueterminar qual dos sistemas rerdaplicado (© confi de jurisdicdes euida'de definir a competéncia do Jusicéio de cada pais na solueio dos confit que envolvem pee ous coims ow interes que extravasam or imitesde wmasaberania "A teoria dos direltas adquridos como objeto do Dizeito Inter nacional Privado versa a mobilidade das rlagBes joridicas, que 3s ever nascem ein uma jurisdicio, repercutindo seus efeitos em ‘uta, rujeita a legsacio divers ‘A Alemanhat restringe 0 objeto da cigncia ao conto das ei os pater angloaxtes, notadamente a Gri-Bretanha” eos Esados Unidos, que denominanna de "Conflict of Laws", ineluer em seu objeto 0 conflito das lei 0 conflito das jurisdiges © 0 reco- ‘hecimento de sentencas esrangeirs, ‘Os paises da Europa Oriental também ineluem 0 confito das .€0 conflto das urisdigbes no abjeto da discptina "No Bail divergem os autores, entendendo alguns que o ob- {eto ae Creinrereve 20 condiurde leis, acetando, todavia que se ‘crtude's nacionaidade ea condiio jurdica do estrangeiro como suposiosdidatics da disciplina® Etendemos que o extudo do homem na sua dimensio inter scional, na defem de seus direitos alézn-de-seu abla ral, range o exame de nia nacionalidade, o etudo de zeur dircitos ‘como estrangeiro, ab cortes macionais a que pode recorrer e ds "ice ano MonaIs “TMhe Cont of Ln” i. 7. 4 Resmnon the La Cone of Lavy Sco or 2. pg. 2 5 ISR SEG oni atm ee, Se a eine SERBS eet enn de Ds acc de ESopete de ate, CLOVIS BEVEAQUA “Pinca emestuts de Dio Inet aa! pg 128, HAROLDO VALLADAO, DLP ps0 ihordo objet abana Direito Internacional Prvado nfo matsse resuringe— como se Sistentou ouifora—a institigoes do direito privado, ana igual monte no campo do direto pblico: questoesfisais, nancelas, Inonetiniocambiat, penaireadministravasassumem aspectos in temnacionais e exigem que se recorra a regras e prineipios do Direito tnternacional Prvado” “Ajusaposiete deves temas, naconatidade, condicio jurtdica dos estrangeiro,conflito de les e conto de jursdigdes, tem sido ‘hjet de interesantes clasificagdes. Henri Batol e Paul Lagar- chem que o Direio Internacional Privado estuda 0 sujeltos flo direito, o cxereicio dos direitos e a sancio dos direitos: os ‘neltos, a0 tratar de nacionalidade © da condo juridica do ex trangeifor 0 extciclo, a0 versa os contltos de leis, € a sancio, quando se dedica ao confito de jurisdicoes Pille? classficava or temas em gozo dos direitos, exercicio dos direitos ¢ recoahecimento dos direitos. O goro dos direitos se refere a condicio dos estrangeiros, em que se extuda 0 que podem Co que nie podem farer, «to decidido exclusivamente pela lei tio foro, lex fort O exerciclo dos direitos tata de como exercer 0 tlivito, oque poder serna conformidade dali local ou de aguma Iclesrangeira, ocolha que o Diseito Internacional rivado do foro hii de efetuan Eo reconhecimento dos direitos versa os efeitos intemacionais dos direitos adquiridos no esrangeiro. “Amilear de Castro iustra a composicao do tema da condo Jjuridiea do estringeito com o do confit de leis mediante 0 exe plo de um estrangeio de 17 anos, domicilado em seu pats que, {de passagem pelo Brasil, desea fazer seu testamento. Condicso Juridica do estrangeiro — pode um estrangeiro efetuar 0 ato de Testamento no Brasil, ou estard este ato entre 08 vedados 208 ¢ trangeiros no pai? A resposta 6 de que oestrangeiro tem condicio jridiea para tear no Bras Seguese a segunda questio: que lei ‘Gul, relatia capacidade es normas testamentiras sed aplicada, o: F aseronve raze trincpes de Droit ternational Prt, pg. 27 ©960. to AMILGAR DE CAIRO, op py © som Responde o Dircita Intemacional Privade que o# aspectox formais #20 regs pela lei local, eos aspectos de substincia de ‘apacidade pela lel do pais ext que o jovem eatd domiciiado. Se ‘sta ei veda o testamento aos menores de 18 anos, ele tem 0 go2o a0 direto de testar no Brasil, mas nao poderéexerct-lo, enyquanto ‘que as pessoas domieiiadas no Brasil ¢ por iso regidas por nossa Tei podem testara partir de 16 anos le idade. artigo 1.627. do S-C0igo Cr. ss Concebese a presenga de todos os abjetosacima enunciados ‘numa tniea hipétese, de um homem nascide em Paris, de pa brasileiro, easado com uma francess, que tena fimo, na capital francesa, juntamente com sua esposs, com quem € exado pelo regime de separagio de bens, um contrato de compra do controle acionfrio de uma sociedade brasileira, proprietiria de am rgio Jomalisticn e que descumpre ar obrigacdesasumidas com o vende. ‘dor no que tange ao pagamento parcelade do prego da aquisicio. A caructerizacio da nacionalidade do adquirente & de suma relevincia, em face da proibicao legal brasileira de conole de ‘empresa jomalistica por esrangeiro." “Temos aqui questdes de nacionalidade no que tange ao vario (Gerd brasileiro ou francés?) e de condicio juridica da extrangeiro zo que tinge sm espo que parcpou da operacioaguiinda parte das agbes waneaciona ‘Saber qual o tribunal competente pata julgar a acio do ver \dedor contra o casal de compradores envolveconfte de jurisdigio, is que, firmado o contrato em Paris por uma francesa, sa justice se considerars competence!” mas, como o contrato devia et cam Dido no Brasil justica brasileira também se considerard compe tente." Decdida esta questo, cabert definir que lei ser aplicala para 0 exame de validade formal do contrato, de sua substnci, ‘Le, a interpretagio de suas eldusulas, entendimento dos direitos « obrigaedes das partes eas conseqdéncias dem eventual inadime plemento, sendo também necessirlo taber da possbilidade de se confirmar e executar a sentenca prolaada em tum dos paites na Juisdigdo do outro 1: Sie ont ge ‘Temos af os temas do contlito de jurisdides € do eontito de lei, eis que diversas as normas que reyem estas matérias nor dos paites Sdo dois problemas ~aindicagio do fora competente eda Tei aplicdvel — que devem ser examinadas autonomamente, nesta ‘ordem cronoligica. Uma vee determinada ajurisdiedo competente, ‘© wibunal assim designado decidir sobre a li aplicével Diante de uma situagdo juridica conexa com duas ou mais Fegisiagbes, yu conitin suns dies, eonfiantes extabelncae 2 thivida sobre qual das legislagBes deve ser aplicada, nao cabendo 40 jurist, no estrito campo do Direito Internacional Privado,20- Incionar 0 confito; sua missio se retringe a optar pelo sistema Jjuridico a ser aplicado dentre as varias legslacdes coneciadas co 2 hipétesejurtica, ‘© Direito Intemacional Privado, 20 trabalhar com o condita ‘das eis, inegavelmente o campo mais amplo e importante de ve, objeto, hd de eiar regras para orlentaro Jue sobre a excolha da lela ser aplicada. O confito entre as legslgies permaneee, mas a situacio concreta € rezohida mediante a aplicagio de uma das leis, escolhida de acordo com as regras xa, se pelo legisadon, seja pela Doutrina ou peta jursprudéncia, ‘A referénca a um "confit de leis” pode dar aidéia errénea de que s€ configura colisio ou choque entre normas legne de diverss sistem juridicos, 0 que nao &exato, eis que cada sistema legisla para s. Quando o legislador francés estabelece a maioridade vil 208 18 anos" enquanto o legislador brasileiro favo aos 27 ‘anos nfo hi efedvamente um confito, uma colisio, um choque. ‘Sio normas diferentes sobre o mesmo institut juridico, uma ides Izada para sociedade francesa, a outra para sociedad brasileira, ‘Todava, ocorrem hipsteses em que o apicador da lel deverd dec dir se se trata de caso regido pels lei de wm ou de outro sistema, Estado Juiz diante da "eoncorréncia” ow do "concursa” de dust leis diferentes bre a mesma quexto juridica. Ea ciéncia do *confita das le" cabe orientar sobre a escolha ater felta entre a duas normas concorrentes.™ 1 igo Gt arts, arg 88 1 Geto Gl r,t '% CLOVIS NEWTON DE LEMOS, “Quo Fndmenas de Ditto Iter ‘Sonal rteda" pop 3 A Donominacso Hii um generalizado delete entze os extidiosos do Direito Internacional Privo 1m demonsirar que tenominagao da ds- Ciplina € incorreta e ao mesmo tempo manterse fl acl, ‘A principal fonte do Direito Internacional Prado a leg sfojinterna de cada sistema, razdo porque ni cabe falar em dieito ‘Internacional, uma vez que 2 autoria de wins regras€incernace ‘internacional: Denotaeasslin a perleitadlsiacgo entre 0 Ditto Iiternaconal Pablico e 0 Direito Internacional Privado, pois em. ‘quanto aquele é egido primordialmente por Tratados ¢ Conver 6es, multe bilateral, controlda » obrervincia de suas norinas por Grgios internationals regionais, fo Direito internacional Privado € preponderantemente composto de norma provduldas Tio, A nacionalidade & fendmeno eminente- nal, €nenhumna soberania concebe qualquer interfe- réncia de fontes estranhas na elaboracao de min politica ¢ de sas formas, A condigio jurfiea do extrangeto ¢iguafinente materia regida por normas internas, espeitados determinsdos principios acordados pels aces. As regras sobre competéncia dos trbnnais de cada pass sio indubitavelmente de nspiracao © de autoria do legislador de cada jurisdic. ‘= Em matéria de conflito de leis produrinse efetvamente uma considerivel obra convencional, especialmente na segunda metade do século XX, mas grande parte das convengies nto vigora por falta de mimero minimo de ratSeagéer, c, assim, va de regra, as solugies sio encantradas-nas-normas internas de cada sistema sobre a aplicagio da lei no expaco. A obra convencional permancee ‘como pano de fundo, de valor tedrico-doutrindro, a frtalecer 0 entendimento do jurisconsulto quando coincide com as regras nacional, com a opinize da doutrina a produgio jurisprudencial, “Assim, semosampla diversidade nas solugSes nacional para os confitos de lel, e conseqientemente €difell comeber a den ‘hago “internacional” que sugere uniformidade. ‘Ouira erica que se faz 4 denominacio "internacional" € de ‘que este termo di déia de uma selacao juridies entre Esiados, ‘quando, em verdade,o Direito Internacional Pride praticimente 6 trata de interests de pessoas privadas,ejam Hai jurideas, ‘€ quando culda de interestes do Ertado, exe Tigur tosomente ‘coma membro da sociedad comerei ‘a manifestao de ente soberano “0 Direit Tnetnacional Pablco, ext im, versa interemes es tanais confios entre sobcranias,o que earntcrza sua internacio- nalidade. "ayanto.a-cigneia que em como seu principal objeto o con- | ito das tes, sano esiabelecer regras para a opcio dente as | sigs, € ure cireito eminentemente nacional, dat ser incorreta sua denominagio "internacional". E-como exta céneia também ~estnds'9 colitosinterespacas, nfo interacionais,bem-como os interpewonis ver mais adante, neste capitulo), certamente que a lenominagZo contrast com 0 contetido da dscipina. ‘rosegue a erties sobre a denominagao de ciencia; concen trando agora seu poder de Togo sobre o termo =privado". Se i cluidas esto 1a dscptina quentbes de Direto Process, Fic Monetitio, Faanceir, Administrativo © Penal, como se falar ext Aiveito privado? A justifeativaapresentadn & de que 0 "prado" fo ex cm relagdoA norma, nab agsjelioSnteessado escola dale e este éscmpre privado. A erica ndo descansa e replicase o ou opeio entre duas norma urfdicas ‘Provenientes de sistemas ditersoy fe 26 Gate portanto.de-um so- bredireito™ a decidir sobre qual de dots dreltos dea ser aplicado, SE sas nornas devem respetare seguir a orientacio dos grandes ‘incpios imanentes do Dirlto Tnternacional PObico, poi tam- ‘sem na solu daa qustses priv inernacionals Md que se Star para os interesespblico-polican de natureza interacio- "al se, enti, ae trata do ordemamento da competéncia dat com Deténcins, scguramente seri um dieito publica endo um direito Privado, por mis privados que sjam os nteresnesenvolvidos, se 4o, pos, extineo 6 termo “privado” conto na denominario ‘A altcrnatva aventada,"Direlto Prado Internacional’, x {aria alguns aipector da erties levntadae, poi internacional referria Gosonente 4 exfera internacional dos interesee evo dos, mas vériospontos da critica permaneceriam rilidos ‘Matas ouas sugestées para denominagio da clénca fram oferecidas pels exttionos Entre ns, Raul Pederniras ei 1 Lagu es re, Dirt det Dt ht donne. ncologismo, *Nomantologiasignificando oestude (laa) do ox Fromto (ant) das leis (nom) ‘Entendemos que a melhor proposta é a de Arminjon; que sugeriu “Direito Intersstemético", pois abrange todos os tipos de ‘ituagBes confltantes:conflitos interespaciais, tanto os internacio- halt como os internor, e confits interpessoais, inclusive 0s pro- blemar de naturezajursdicional, eis que cobre todas as sieuagoes fem que se defrontam dois sstemas juridicos com reterencra a uma Felagdo de direto. ‘Segundo Arminjon’ "um agrupamento de pessoas unidas por uma regra juriica ‘que ordena os prinelpals aspectos de aa vida socal e feqiente- ‘mente dispondo de instituiées jursdicionais e administrative + um sistema juridico, (0s outros aspectos extudados, nacionalidade © condicio diea do estangetro, iguram como pressuposios, © a rigor no fexigem cobertura da denominagio, mas com algum esforco de Imaginagzo podem ser considerados como integrados na denomi- nag proposta, pois quando se examina a nacionalidade de al [gem ou a condi jurdica de um estrangeiro isto também pode Scr considerado como Uma ands intersistematiea, ‘No entanto, apesar de toda a eitca ao "Direito Internacional Privado”, a denominagio € manda. Disamos que didaticamente ‘com bons resultados, pois que a critica val ensinando tido 0 que © Direito Internacional Privado ndo €, faeliando destarte a com: Preensio do que realmente sj ‘A denominagio fol formlada pela primeira vez por Joseph Story nos Eatados Unidos, em 1894, ¢ tlizada como titulo de ‘obra por Foclix, na Franca, em 1843," ganhando acetagio quase “univetal. Os angloamerieanos preferem a denominacio * Cnfct of Laus", mais adequada, pols se refere a0 principal objeto da ‘Géncia,¢, se considerarids que abrange todo tipe de conflto, 8 amangon, ‘atin tages ttn opener Ge prank part ee ee ‘Pier pi nn rr ese sme ek a SAesFOrLIK “Take de Dra ieratonal ve ou do fon es hs de rice de Droit Intrmaonl Prive, tomo pig. “Un inclusive o de aatureza jurisdicional, a denominacio € completa, pols eles no incluemn no objeto da disdplina a nacionalidade e @ Eondicio juries da extrangelro.” Aplicada do DP x Outras Discipinas Jurdias ara melhor compreensio de nossa daipina ha que exai- thas ate “afinidades com os demais ramos de Direito™* Mais cor eto ¢reeriraaplieacio do Direto Internacional Privado as demais ‘iseiplinas, Nie héafinidade propriamente dita, mas infhuéncia do Direito Internacional Primado sobre 2 aplicagio das normas de todos.on campos da dieeto ‘Numa stuigio juriccs que se desensola em um espago nacion nal, entre nacionsis domiciiados no mesmo terrtério, ausente ‘qualquer fatorexterno, como na hipStere de brasileiros, domiei- jos no Basi, que assinam em territério brasileiro escritura pi bic de compea'e venda de imével situado no Brasil, aplicase ‘unicamente ali Brasileira, por inexstir elagio alguma com sist ‘ma jurico esrangeiro, no havendo, asim, interes algum para ‘oDireito Internacional Prvado.Fatesé surge quando ocoree al ‘ator extraterstoxal, seja no plano-subjeivo da relacio juridic, ‘ej em algum aspecto abjetvo da mesma. E ocorrendo ito, ¢ em Iavendo divda sobre a opeio que deva ser fit, 0 comando incl pprovém das rene do Direito Internacional Privado que-desermi ‘plicado. Ai temos superordens- mento, o sobratireto decidindo sobre o direto a ser aplicado. (0 Diseito Internacional Privo éa projecto do direito interno sobre o plano internacional, como formulou Bartin® ou, como bem, 2A denominago “Confit of Lave” abun» ULRICH HUBER, holand, {orton oy lanes De cota gum deraruin dverinperi™ ‘igun sre snpioanerance nan » Senominaie “Prone Inericons Ege" Cha on fngnara © ARTHUR ROHN tor ander Uni, ‘eR Naira id sce ites o memo i, de CE 2 'OSCANTENGN “Deco nro Po 8 2 ‘ape 8 ao colo por Ferrer Correia profewor de Coimbra, o Direto international Prvado€» dient arnacional univer {reno cena NWerer Gechnid® consbni dinendo que @ DLR no € amas do qu un Diet Pid expec ow aj agua pare 29 Dintue taao que conemaphe or ce que toutim cement ‘ando nubente tm nacionaidades e/08 domictios dit enuSina momen de conta matrimony treo ue deter {argue pice! sformadadee promise corm do proprio ato cierto do casrmnth, gual ih apie 20 FZgime de bent que se itied ene 0 calc evcrtulmente tune srg necerine esabelecer lel ape is Felgen pe bai emue os conjugese para ov procemor de tepareeto, virco Sudcanulagiodocbanento-Tenorsfquectantoat 0 caament9 Sma dimenso intermacional e par ante scorrer-nor ss eat Go Dich Inemaconal Prado ‘inno & fimado em Nova York wm contrat de compra ¢ sendsdeimével cla no Bra ow quand ee € dad em {usnn hiptceira para una operaio decree Reads nage. {Eamtre fnaneio que saber que lc segem a forma 2 ‘honda da conusio, bem atin o eo sel ce iweido. Et Simenso incernaionl do deo das come edo to dar Ob ren Gidadio portgués, domicindo no Bras, que aqsi more deiando bent hetdevorso Base em sua tera natal spresena ‘Quen suceva en nn dimen intersacona ‘Sea eapacdade cl adguinas por joven ancts as 16 nos seri recone quando ees aca so Bascom menor se 21 Shox € quando do dimcnsonsmento intraaconal dor norma Sores dpecitade No Diretto Comer plcaco das rer sore a nacions tide da peso jute, gue tveem onc rconhecimento et fon pertorlitade como cidade dcpendes das regan Go Dico Privado, asim como a validade e a exeqhibilidade Ae tuulor de crédito firmados no exterior, ¢ os efeltos da fl 11 TERNER CORRAL Dt ner nde 2/8 de uma socledide, decretada pela jurisicio onde a mesma tem {ua mate solve as ilais ¢ nubelddvia extabelecdas em outror plees,entse eruits outras questbes compoem 2 dimensio inter Pacional da Direkt Comerc ‘Empresa citrangeira com filial no Brasil wansfere empregado para trabathar no exterior e 14 estando, apée algum tempo, € Eespedido, Onde process a empregadora? Que lel regerd a sse- Iugio unilateral do vinculo empregaticio? Temos af a dimensio {nteraacional de direto trabalhist ‘Empresa bnileia estabelece uma sbsidiria na Finlindla que te dedicn a pers ¢,suferindo luczos, page imposto de renda em FHilsingue e repaten o resultado para o Bri. Pagard imposto sobre _arenda tamben no Brasil Dimensiointemacional do direto Bsc ‘Marea regitrada na Suics,cujo produto € vendido no Bra, preci ser iguamente regstrada no Brasil para manter seu dreto ‘de exchosdade no mereado local Regulamentos cambiasfranceses que vedam operagSesfinan- ceiras ou monetiriae com nowo pale, introduzidos apéea eelebra ‘sho de um contrato de exportaco para o Bras regido por nosst Iti, podem jusiicar @ Inadimplemento do exportador? 1 "R explosio de um navio em alto-mar em conseqUéncia de bbomba nele colorada quando se encanteava em porto brasileiro sors julgada onde e por que lls? ‘Advoyado ‘ormado na afamada Universidade americana de Harvard pode advoger no Brasl? Tlustram eras hipéteses a dimensio Internacional do direito indurrial, do creito monetisiocambial, do direto penal € do direito adminiseasvo. DinsiaInteraconal Privads ¢ Dito Internacional Pilico A relagdo entre o Dircito Internacional Pritado ¢ 0 Dircito Internacional Bblico tem sido objeto de muta reflexio ede cons derive divergéncis. Mancini." um dos principais pensadores do tin tnt pug 25ers por CRURENTE fn "ke Drow Gt epee is nde prone ac a9 me Dircito Internacional Privado do século XIX, se referin& obrigacso {que deriva do Diteto Internacional Pablo sobre cada Estado » i tange ao tratamento dos estrangeiros em seu teritrio. “A. ‘Sencia considera ene trntamento como umn rigoroso deverdejusticn imermacional, do qual um Estado ndo se pode strat sem volar 9 tireito das gentes, sem romper of lagos que o unem & espécie Ihumana dentro de wma grande comunidade de direito, fundada lire weormunidade a soeiablidade da natureea husnana.” Tiienne Bastin" tece virine consideracSes a respeito da in- fnuéncia do Ditelto Internacional Pablico sobre o Direto Interna- tonal Privado, dizendo que parceem ligados un 20 outro como Aloe ramos de um gaiho comum e que ambos, o Direito Interna- Sonal Publieo co Diseto Intemnacional Prvado, pertencem a uma Aisciplina comm, consstalndo uma ciéncia™ ans Kelen® entende que os grandes princpios do Direto Internacional Prvado emanam do Direto Internacional Pablico, como aaplicagio das lei de outros Estados, a vedacio a0 questio- ‘hamento da vlidade de atos pratcados por outros Estados dentro ide sun jurtdigio «0 reconhecimento da validade dos direitos Adquiridos no extrangeiro sob a égide da Je Toca. (Clon Bevilaqua® e Rodsigo Otivio™ consideram 0 Direto Internacional Privado como diseplina antnoma ‘Arminjon™, invocando Hareiion™, refuta » dependéncia do Direito Internacional Prvado a0 Direto Internacional Pablico, eis ‘que aquele € muito mais antigo do que este, considerando que desde o inicio do aéculo XIV (e mesmo anteriormente) jf erm onmnuladas as cegras precise téenieas que os tribunals aplicam té os dias atuale para soluelonar os confitos de le aque fim que os Estados slada nao se haviam constitu, a noqlo de Soberania ainda nao se formara, em suma nao exista ainda odircio fdas gentes, que #6 foi erado no séeulo XVL Qual seria entio 0 fundamento do Direito Internacional Privado se este dependesse ‘do Direito Internacional Publico? 2 E- BABIN, “Eee de rot Inertial Poe, yg 28. SLI BARIIN, opp 200 2 HANS KELSEN, rcp of eration Law”, pg 80/1 Guovrs nevis, op. ce pg 118 5 RODRICO OTAVIO, “Denese! Pade”, lps 204/5. 2 PARMINION, op ip 38. SS HARRISON, "On Jrtpreence and Conic 0 an es ‘sa argumentacio no é comincente, is que em seus primo ‘los o Ditelto Tsternacional Prvado cuidava de confit entre leis trunieipats, senco que as regras entio conebidas foram evoluindo par. alma, aplicarse aos coilitos de leis dos Estados, quando je hhaviam consolididos os prineipios do Direito Internacional Privado. ‘Nio se hi necesariamente de seguir aqueles que pretendem que o Dircito Internacional Privedo emana do Direito nternacio- nl Fable, ww sc que a dietptinas eejam peratelas,galhos da Inesinadrvore, sis também no devemos manter a ida da auto- homin da now disiplina. Ha, inequivocamente — aqui sim — “Minidade entre as duas disciplina juridicas, ambas voltadas para Tuettbes que ale or mlopl iadientos internacional, Gir teaieaaa i queries polteeas, miliares © ccondmieas dos Estados em suas manfestagdes soberanas, a outra concentrada nos interescs partclares, dos quais os Extados pardclpam cada ver ais intensamente. Amnbas diseiptinas tm sido objeto de reciproca Colaboragio por juristas de todo o mundo, para amnbas tem sido “laborados ttados e convener por arganisinosinternacionais€ Fegionals, on ‘princes gor de dito mcombacidor pela gies ‘oilzadat”— nogio amentada no Regulamento da Corte Interna onal de Jastce — norteiam e limitam 0 leislador e o aplicador ‘Gs le em quesices que dizem respeito tanto a0 Direito nernacto- ‘al Publico como ao Privado. ‘Modernamente se estida a interagio entre o Direito Interns: ‘ional Publica ¢ 0 Digeito Internacional Privado.* Philip Jessup ‘descnvolven & nogso “Transnational Law", que funde © Direito Internacional Publica, @ Direito Internacional Privado © novos ‘impos do diceto que no se enquadram em qualquer wna desas ‘wadiconais diapinas™ HAROLD 6. MAIER, “Extent Jurca Crome a inter Hence "38 viena NER, “Dra nce! ps tat [Steno plete dee noon ecomplrene REVUE, 197, pa JPSQUBRaAG PTLSAENEED, “Put ow n he vr! Arena Coe lam ey nd ne pao mer Seen wt toh pep SP OSCAR SCHACHTER, “PRG Jp’ Lie and Iden, Amen Jour of iSraiasCouwannie frp sens Demin Internacional os rnen de guerra, o Dicto do Desenatunento Enondeice a6 ‘era apeatce is enprent ulema, Em 1974 Frangs eI assinaram Acordo de Cooperacio Clen ‘fico, Técnico Industral eem 184 a Corte de Cascio francesa, Julgando uma eats relacionada com estes acordos disse que "at ‘partes volvidasnestesacordos estavam situadas no maisalto nivel Estavam na eneruidhade do dito sernacionalproado com 0 dito inlemacinal publica, havendo motivor pars se questionar sly jal dor dois or aeordos extavam coberto" ‘A “Secndade Internacional” ‘As hipéteses aventadas para iustrar a dimensio internacional das nornas jurdiens do direto interno demonstra que alm das ‘ociedadesinternas, regidas porta propria legiiacko, existe uma ‘outra sociedade maior, composta pelo encontro de elementos des- tas tociedades nacionas, que compoe a “sociedade internacional ‘Anteriormente se flava na "zociedade universal dor indivi duos" > Brocher ¢ Piet eriaram a formula da “sociedad interna: “ippal”divalgada na Franca por Bailfl.”¢anteriormenteaceita ‘no Brasl por Clvis Bevliqus™ e Rodrigo Ossvio.” A Ota da Discipina 0 Dizeito Internacional Privado, em seu objeto preponder te, 0 do conflto dat leis, pode ser encarado de dae formas dif Fentes. primeira forma ¢ 0 enfoque que compara leis de diversos Sistema, dlivergenter entre si O tesla da obra de Ulich Huber ‘aracieria bem esta maneira de vera dsciplina De anf lara tivenaram in dives impor Neste cnfoque procursse solucionar ‘A quentio determinando a extensio territorial da les indagen- ose “qual a extensio da aplieacao de minkia le?” Esta vio € ‘aracterizada por seu uniateralismo, lead 20 método wnat 2 FETA, ti de ch arma id 8; 8 200 [ree gue rd ammo cpio wires hr do LE ina enc crncions ds ios on aden? "OO CLOVIS MHVILAQLA. op. ct pig 86/7. 2 RODRIGO OTAVIO, op sp BW HAROLDOVALLADKO, DLE, RK railsta," que procura decidir sobre a extensio da aplcacio da forma Legal de acordo com os intercesee governamentais na pl ‘Gio de sua le em hipdteses de eonfito. Brainerd Currie den ‘minou exte méodo de “government interest sali" " Por exe :méiodo procursse oalcanee extraterritorial dedeterminadas nor ‘as internas desu sistema jie. ‘O outro enlogue do contlto dass que ews 8 Método diverso ‘fy €0-mulilteraLamo que, ao invés de indagar sabre s extensio da, “aplicicio de determinada lei, procura saber qual a lel aplesvel © para as diferentes relacdes juridieas. Fste [01 0 mnétodo proposto por Savigny que repercute atualmente nas conhecidas teorias que Drocuram detecar'o “centro de gravidade” de uma relaco juridiea ‘nulinacional 02a relagio mais significative como estabelecido no Restatement. ‘Um profevor americano, do Estado de Louisiana" explica bem a distingio entre ov dol inétados, assim excrevendo* 0 método unilateral foca diretamente sobre 0 contesido das leis substantvas concorrentese tents resolver o problema con fliual delineando o raio de ago pretendido para as leis em questo, com base nos seus objetivos O metodo mulisteral lassie as relagdesjuriicas em extegorins preestbelecias, ‘emprestadar do direitointemo, e em seul sribui cada 3m ‘estas relagSes 2 uma ordem juridicn » qual ela pertence’ Diersamen-e do que ocorre no métod unilateral, © eafoque, nara ma de out cteoninaa- Esso, 0 tes de Gn" Ui dor Exadorenvoidor de quesua cies apiads ce EER tp ina AE appanage an asa oe is como ado ae anes Gs Conic of aes ieee ce etre Soyo ier reeset ‘km | compan 108, pa 8 * settSmtestonl pe ts newb colinion de Loeonc, REVUE 195, Sobre estas dae manciras de enfocar a dis das lets encontrainos interessante divergencia em nossa doutrins. Haroldo Valladio casita Savigny como tendo abordado a ciéncia fo conflito de leis do ponto de vista das leis em caus,® enquanto Pontes de Miranda considera que Savigny concentrow sua andlse 8 evticnndose por itor "O roal de Saian raliata e no tet visto diferenca emenci entre o superdirete © 0 direito, em querer aplicar a andlise das felagdes, em que, como chlista, excels, a Direit Internacion Privado, que é um direto sobte Tes enio sobre relagdes."* 0 Dineito Pica no Ambito do Dinsto Internacional Prvado. + confitos de leis de que versa o Direito Internacional Privax do abrangem todas a categoria de leis, anto de direlto prindo ome de direito pablice, ou 9 as daquele ramo? Kata @ uma d fais interesantereconttovertidas questoessuscitadas na doutrina Pasquale Fiore™ exelvi do Direito Internacional Privado © ‘ireito penal internacional os outros campos do direito integra ‘dos no direito publi, Segundo esta corrente doutringra a leis penais, scals ¢ mo- netirias esto fora doaleanice do Direit Internacional Privado, ei ‘que nao se eoncebe aplicélas extraterrtoraimente. "Pals algum ‘Fimais consideraras leis fseais de outro pal", exclamagio profe- rida em 1775 por Lord Mansfeld na Csmara Alta britinica, or Pauemomntats re {3 Eetmrecnte SAVIGNT ined © protien do conto dwt SS niet ein oro ee ate ae eee ie cniuts tance: Spec ge de de Sern nee oer eS Serna esa aes mae es en reek Tera at ois a ot Sher loon init eoeersnmmcran nec SRA cee Ts lise consi rouse famosa e foi freqientementeinvocada em dois séculos de Jurisprudéncia angloamerieana, ‘Ouira escola advoga a inchasio do Dieito Penal no campo do Diseito Internacional Privdo. Franz Despagnet® assim como Foe- lie" considerayem conjuntamente of confites de leis civs © os Confltos de leis penals,sequidos por Varelles Sommiéres,* para Shor 2 Bisete Internacional Priado € umn “potpourri que con tm of elementos de tae ax partes do Direto” “Tunbém Antonio Sanches de Bustamante assim entendia, tanto ‘que inclulu no seu Gadigo de Direlto Internacional Privado — 0 digo Bustamante — um lio dedicado ao conflito das es penal. E antes, 0 Tratado de Lima, de 1878, jé ineluira um titulo dledicado & matéria penal (0 primeiro autor brasileiro de Direito Internacional Privado, Pimena Bueno, assim escreveu"“O Direito Internacional Privado ‘complexo de leis posits, atos, precedentes, mximas e prin ‘ipios ecebidosou raconais, segundo os quaisas nacbesclizaas “aplcam as suas ei particulates, ow congentem a aplicacio de leis Drivadas estrangeiras dentro de seu terrtério nas questoes de cx Fier particular, que afetam siditos eatrangeiros em materia cv administration” O ttslo quarto da obra > comercial criminal emama ‘do Marqués de So Vicente ¢ dedicado abs “ats iitos ou crim- Inowos e a juredigdo sespectva. Eduardo Expinola," Rodrigo Otsvio, Oscar Ten6rio™ ¢ Hae roo Valludo" tunbém inchiem o Direito Penal no Direito Inter nacional Privado sg aggpssroams at mend 8 Sn Square Si i a ae: ENG: Hic de FANGOIS HIGAUK: recede Dok lncerandooa Rive? 2, Shy es pana read Ce ane Ap emi Ginn ie te ecaniraas Srp, oy ge hc ERENCE oe, macnn 27 eee {8 OSCAR TENORID, DIP. Tah, pig, 22 Se ae lie rele isan Pontes de Miranda caceveu que 0 Dirto Penal nio ett compreenddo no DLE "No iro Penal ineroonal xo em Joe nterenesemincntmente socala--tod ce € lignan {iio etnda Ringo eprniva € dere pice Clos Bow ligin ann nd inclu drlo pena to Sno do a Nos USA 0 Ratan of he a Send Cant f ane no coda especiamente de codine de Gre penal mst o comer tio’ Reg do Raton exclarece que “muitos don pinclios Ascaris neste Reston so aplicive 30 diet cial im 1075, na reaa atl Go Come ants de Dicer temnclonal Pio Piers Lave apreneoton comune sobre © tema, ntilada “0 Ditco Pubic Exrangero © Dis Ie ‘cemclonal rao" em que procamou ques napiabiiade do ‘iret poblcncaangen ¢ im dogma tm uct. No ht tom ignera a notin carangece em mata de Beenen de imporaio ou exporacto, de concord on de controle de ‘tb, Lav alan que a topraenla de os ples tr Sed aed Suis vn acta sper normme de ico Pile erangetro Ne meso an em mt seo biel, o lito de Direto Insemaconal, amido em Wisbaden® apovet ua feos toncenente A plongto do deo pics sangeio em gue Alara que" cite pon tale a una dope gel Aire Crngeio dcigead como drei apical psa rope de tonite de Ib sao ropresenn selon splaedo, 2 s- ‘eres do rapt a0 plaipo da ordem pica™"A Reached innate decir que 0 pretemo pringo-dsdnaplcabiade Alc do dic. public castgeeondo cnr tendaments aoadn dace da ones pln “Gpetenocnprga dian da pin ds ocenpublon wR Inada reamivou que a Reschigo nso versra questo sats dla eerente sas jaa Soqurias pr oa Sordadeenangaira on um orpsieno pic emangele Be stat em dopant dice bcos Reainens nd so 8 PONTES DE AIRANDA, opt pi 97 5 LOUIS BEVIEAQUA. op. pp 20/121. fe Reratment fhe Lave Sad Conder of Law, a1 pg 8 Gen tt tol EWU, 0% 290 conhece até hoje que 0 judiciio de algum Estado tena admitido Droceaso de cobrana fiscal promovide por organism piblico de ‘outro Estado, 05 Contos Inerspaciais © contito de lei, matéra-prima do Direito Internacional Pi. sao, nko acorre apenas ante 0 confronto, a concorrénca, de lis auténomas, divergentes,oriundas dle tegslaces de diferentes pa S53, como se poderia pensar 4 vista das nogaes al aqui expostas. Em verdad, nos seus primérdios,o Direlto Internacional Pr ‘ado se ocupavado conflto entre leis das cidade do norte da Lilia (Médena, Bolonha e outas) edasprorinciasfrancessda Bretanha de Normand, ‘Que lel se aplicaria a um contrato firmatlo entre um eidadio de Bolonha e ottro de Madena, que regime de bens vigoraria no ‘camimento entre tim bretio ¢ uma normanda? Estas as quesibes ‘que ocuparaan es jsinternacionalttas dos éculos XIV 3 XVII [Na segunds parte de referido periodo surgisam os conflitos Intercoloniais ov metopolitano-coloniais. Bm umn relaciojuridiea nie cidadio da metropole com outro de uma colnia do alm ‘mar que Te seria aplicada? ‘Extas no eram questdes de confit de lei emanadas de sobe- sania diferentes ‘Eo mesmo acorreu no século XIX e no s6culoatual nos pftes {que continham divers regimes leis, como a Polinis, apt a I" (Guerra Mundial, onde vigoraram concomitantemente leis da Alema- ‘ha, da Rusia, do Império austro-hngaro e o Céigo de Napoleso. 'E até nos clas stuais temos 0 México com wm Gédigo Gv para cada provi, os Extados Unidos cijo regime federativo ‘Un dor cas cliscos € Miliken v, Prat julgado em 1895. Daniel ¢ Sara Pratt vviam ean Massachusetts, cya legilagio coms 1 Supreme Jud Coure of Muchas 1578, 125, Mus. 74, 28 Am. Rep. utd Rete and Rovnberg “Contes oF Law, pa 0 deravaa mulher eatada como eivlmente incapaz. Sara Pratt frmow lima garantia a favor de Danel Prat perante a Deering, Milken Se Gia, sediada no Estado de Maine, cujas leis tratavam a mulher ‘asa como plenamente eapaz. Daniel Prat ficou devendo ¢ a sociedade acionou a fiadora, ‘Prat no foro de Massachuses pela soma de 360 dares e doze (© Tubunal de Massachuseus considero que o contrat se realizara no Estado de Maine, pois quem aasina um contato em Massachusetts ¢ enviao & outa parte em outro Estado, via mens igero ot sia correlo, € como se dvesse ido aquele outro Estado e Hr aminado 0 contrat, Por isto decidis a corte que a hipStese era regida pela lei do Faado de Maine, julgando a acio procedente 'Na Sula," onde os canes mantém considerivel autonomia legislativa, podem ocorrer conflitos entre leis de dois canties™ Exes confltos interespacais, que abrangem conflto interpro- vinci, interesadvais, intescantonal integra o Direto Internacional Privado? {8 © CODIGO CIVIL SUICO, de 1907, vigendo des 1912, deixow amp marge Tope rc epi cnc et nt Sanpete act SEMORAESTAE hte ergs 9's Ss Coane dene Pear er ono Mi erases + ela ep tx Se, ‘hin as nhs ee ep eit a ak Silos catacnsoconmc cons oseacmscert cect ‘ecu apoch ert pat Fens nt na ‘eh price ea Eg Co vo SENG Ea edt sere de hi de ian ear uli nae ihe arse ‘rate cm vu sage Iv “a non oD ar Pros do Diels Sagan ds bos canbe ceca mre ta at ‘elaine que no mo cio igor tees G&tgo Gd ‘Sama SO Otc aes ASCO se a ue erie Cant fo ne ae ‘ieee ati ade BI ee rebecca “Também eta qusstio sobre-o alcange da discptina constica, ins coperinisada-Ma Francs, segue do depoiment de Loustouarn e Bourel a doutrina é uninime tno reconhecimento da analogia entre estes conflis eos confitos S> No Brasil, Oscar Tenério™ sustenta que-os canfltorquenio Jamintesnacanainnio formam bjeiada nous dciplinn, Pontes Ue Mirnds alow mesa jzose Exc njensimento ea {Miocio de que os conflton de eizsio aqueles que emapamy de ‘SSbcranas diferentes eno no ocorre com confit entre lls de Fegibes, andes, estados ferentes, mas integrados em um s6 Ee —j excola que nega a03conflitosinterlocasa cidadania de DLP. cxtido, o obstante, como fendmeno de caritersupletivo para ‘norma do-confito-de leis. Haroldo Valladio® mantém posigéo firme de que 0 Direito Internacional Privado cobre-rlagies sociis interconeciadas no '6-no plano ds diferentes nacSes, mas de diferentes provincias © {efibes, dai nio aceitar 4 conceituacao do D.LP. como o direito da "Not Estados Unidos a solugio dos confltosinterestaduals © internacionais segue as mesmas normas, criadas pelos tribunals © comtolidadas ro Rastatement 0: Contes Inrpesaais |Alémn dos confitos interespaciis, abrangendo os internacio- raise of interno, existem outros conflitos, em que nio figura ‘qualquer aapesto espacial, max em que entram em linka de conta Inais te una legslagao, aplicaveis nfo por consderacdes de loce- TizagSo mas par mativos de natureza subjetia, decorrentes de de- terminadas quibficacSes pessoas. — 1 LOUSSOUAR ROUREL, “Dri acral Prep 12, 00115 Ste ‘Teagasc ie [JAN ANTONIO CREMADES, Chane, 198, ge 0 888/8 7 OSCAR TENERIO, op. lg 38/38, fr FoNTES DE MIRANDA op tL pa 42 ese, (8 HAROLDO VALLADAO, ope. [AS etnias, 08 grupos, ax tibos, as casas at religies sho as cum Federaga, hem. come regras oriumear We MSTEMAE pessoas, determinantes de ection sistemas jridicos dentre cujas normas © como as einjasca8tligies. {ulz deverd optar em hipétese de contronto, SEO quad sndtico dé uma idéia de muliplicidade de expécies ‘Nos palses da Europa Oriental até a 2° Guerra Mundial os de normas de sobredireito, onde se inserem 0s diversos ipos de casamenton eram celebrados © regidos pela rligiio de cada um, ‘conflitoe que mos focalzando.” fegime este que vigora stalmente em Israel © nos bade 9 reto matrimonial € de competéncia lgistatvacjursd- ‘onal das respeeiasreligides, ‘As nonmas que. rege. ot varied e dversidade destes tip Diet Internacional Primo? Esa fo pico anterior © também quanto a esta ocprre ‘ivergéncia down “Arminjon™ foi o mals veemente defensor da integracio de | todos estes contitor no Diteto Internacional Prada, que paraele saismals longe do. que a divsio dos sntemas Teglativos entre | soberaion. Tadas-as coletvidades ou comunidades que ‘rum ¢mantém um sistema juridico den me ‘erriton-on Miesi-independentemente de- qualquer ‘ansttuem um elemento no leque de sstemasjridics potencial mente emt confi asdiconal ow leilativo com ondemais st mas, € estes confltos abedecem ix norma tragadas pela ciéncia {que ve convencionow denominar de Direitofmernacional Pvado. | assim compreendeae bem a denominacio que Arminjon si- seria para noms dscipina, por ua lareza eabrangéncia “dircito Interistematico"™ “Temon pois, no.dominio-do Direto Internacional Privado 35 qesierde-hacioualidade,dov-iceitosdoestrangeiro, do confito Melee do.confta de jursdigoes.~ 0 confito de Jes toda naturens © de toda 1 P ARNON, “Ober et Method de rotenone a Ree ‘Tolcoun tna bsp oc mp" Stews Copies ee ‘Shute dijon tes donnent enn Recel es Co 1 tte quadomgue 9 etna cabrado pelo Prof AMO CLAUDIO DE to 4 pg 7 Tinh TONS Pace Revd alone de Det de Pan m8 SR ARINJON, op, spre noe 1, 2 ‘vembro dei ae QUADRO SINOTICO TMeoRs se trp) rons ements Ra ese teecioun Cosas tma tes ees capes tor ee era ones en dn ender cme negate neon ent Ses pac o De Internal sds Capitulo Tt DIREITO INTERTEMPORAL E DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO- Solmadinios¢ CnftosBidimensionais ‘Acima das normasjurtdicas materais destinadas & soluglo dos conflitos de imereses, sobrepGemse as regras sobre 0 campo da Aaplicacio destas norma, Sio.as regras que compaem o chamnado Sobrediita, que deterninamn qual a norma competente na hipotese eserem potercalmente aplicveis duas normas diferentes & mer fenre duas normas pode ocorrer com relagio 20 {ator tempo 00 40 fatorespaco (ou sistema). 'Na primes hipatese temos a dvida entre aplicar all antiga ‘ow lei nom ena segunda, entre a Tei do foro ou a lei etranha {onflitorinerespaciais), 04 entao uma dentre duas leis em vigor ‘ho mesmo espa, mas ematiadas de sistemas juridicos diversos {conflitosinterpessoas). ‘A primtira€regida pelo Drei Transitéro, também denomt nado Direito Intertemporal, e segunda pelo Dieta Internacion Privado, Resalese o paralelismo entre estes dois Iogum lges— sobre as leis — que optam entre leis autbnomas e diferentes, ‘A este propdsito veremos oportunamente como a teoria dos siretos adquirdos em Direito Internacional Pivado se inspira na teoria que, soba mesma denominacdo, constitu principio central do Direito Intertemporal ‘SituagSes pecais se vericam em que ocorte superposicio de um confit expacial sobre um confito temporal Ha duaships- teses:conflta emporal de normas de D.LP. conflto espacial de normas tempore, Vejamolas, iit Intertemporal Internacional © confito temporal de normas de D-LP. xe di em conseqién- cia de alteragio na legsiacdo interna relatva 2 conflitos de leis, Interespaciais ou interpesronis. Na France, até 1804, vigia a regra confial do dreito do domo pela qual as pesios eram regidas ‘quanto A sua eapacidade pela lei do local em que ertiverem domi Gliadas. Ext norma fol alterada com o advento do Cédigo de Napoleio, que determinou foste aplicada is pessoas a lel do pais {de sua nacionalidade.’ O mesmo ocorrew ia Alemanha com entrada em vigor do. Cédigo Civil, que, igualmente, eubsttaiu a regra domiciiar pela lei da nacionalidade-* "No Brasil ocorrew o inverso coma promulgacso do Decretoei ‘4057 de 4 de setembro de 1942 —a Lei de Introducio a0 Cédligo Gril — que Grmow a regra domiciiar, substituindo a egra da nacionalidade contida na Introdicio x0 Codigo Gl de 1916. Estes confit so solucionados pelo Direito Intertemporal Internacional, ou se, o dizeto que rege 08 conflits temporal das regrat do Direto Internacional Priva ‘Alguns etrtores do infcio do século' pretenderam que, sendo © Direito Internacional Priado wm direito pablic, nine regras ‘dever ter aplieacao imediat, sem consideracio a siniaes urtd- ‘ar i contolidadas. Mas prevaleceu a orientagio de que sobre & transitoriedade das normasde Direito Internacional Privado dever Incidi as mesma regras que nortelam os confit temporals das ‘normas juriicas em geral,regendo-e o sobredireito espacial de corde com as regras do sobredirelto temporal © Direito Intertemporal Internacional segue, assim, orienta. ‘fo idéntiea ao Direito Intertemporal comm, 4 ig i act ag pr 0m 17 Fra nono deo 5 Serato pig 206 espe da each do DIL trae em mtr de Jet regedor de tate pesen {CW BATIFOL' PAUL LAGARDE, “Dro Iteration! PAW". rg, Sos sis. sta tem sido a erientario da doutrina braslleira como se vé fem Haroldo Valladio’e em Osear Tenorio (0 Insttu:o do Diselto Internacional, em sia sessio de Dijon, 1981, aprovot Resolugio” segundo a qua: "0 efeito no tempo da modificacio de uma regra de direito Internacional privado € determinado pelo sstema xo qual referda regra pertence"™ Hs, contudo, autoridades que questonam exta equiparacio das regras confitais 26 regras de dirlto interno, Pierre Mayer? fobeerva que agilas ndo témn a mesma naturesn destan, As normes fe direito interno so substancal esofvem alteracao para adaptar © direito @ evolugzo dos fatos (de naturera economia, tenia, Dsicoligica, ec). Ja as regrar conflitaain de carter indireto, sic Absuraus, indileretes ao contetdo do dirito que mandam aplica, As reqras sobre o confito de lei sio adotadae viando oljetivos Dréprios (por sxemplo, de melhor atender as previses das partes), © que deveria levar & sobrevivénein da regra anterior” insite Interasional Intertemporal © outro fendmeno — confito espacial de normas temporais —ocorre quando a regra de DLLP. do foro indica a aplicacko de + teins mete ; Segrauuaaia ene 5 See Ine ia je ai emeratree ener fevered 1960, vide REVUE 198.566. eve de Ravens Se ee mene jeer te ee a marae SABER oS ee cee tine, com fendamento a nna reps do BLE face arta peso {ane omic eis que smbor eveOnjogesexaasn domuclisdos ma Franca’ O Seance agama gr ier Ore Pane eens cones ieee ogee ‘gusto reg do eu BAP, eats orm siete ue deena © ‘plcaczo dale de macionalidac da pares, com base na opiniao de PIERRE SAVER sce s mance deep cona orga ito estangeiro © neste vamos encontrar uma al- fcmeio temporal no direta interno, sto é, uma lei antiga modifi ‘Gds por let mais recente, igendo fi regra de Direito Transitério {que manda atender A lei now sobre fato ocorrido na vigencia da [anterior Como proceder —aceitar 0 direito esrangeiro como lum todo, inclusive 4un regraretroativa, ou apliear o diritoestran- {geo material anterior, em rexpeito & regra do Direito Intertem>- Porat do foro que determina a aplicagao ds norma vigente 2 época {a ocorréncia do fato? ‘A resposta da Dovatrina € de que devers ser respitada a regra de Dineito Intertemporal do sistema juridico decarado competen- te, ow agja, 0 Ditelto Transitério interno do Estado estangelro. ‘Como dizem Loussouarn e Bourel"'o Direito Intertemporal wna ‘questio puramente interna, sendo, pois, lgico considerar que @ ‘peta do DLP. tem efeitos amplos, incuindose ela 0 direito UGunsiério do sistema jurdieo indicado. (0 dieitoextrangeiro tem de ser apicado na sua “plenitude”, dir Orcar Tendrio™, ou na sua “integridade”, como recomenda Hiarolde Valladio.” 'Na jt referida reunifo do Instituto de Direit Internacional, foi deliberado que! *O efeito temporal de uma mudanca no direito aplicivel 6 determinado por este dreito™ “Todava, hi uma hipétere em que exta rqra srk de dif sustentagio — quando 0 Direto Intertemporal eangeiro nie Tespciar dircted adic, que ae constr no foro em prin- ‘Slo fundamental. Com apicar uma regra nove do divitoestran- feito que, em conflto com regra anteion,nio respeita decto guisio sob apie desta "ADoutrina, tanto exrangeira! como. brasileira esa que -aplcagi inegeal do dino evtangeio, inclusive nas regres de gene hm ieee ron cee a ame mcmie m1 mers leghiagdo posto, na conforma 52 BAMIFOL e LAGARDE op. 0 HERRE MAYER. pig 190 1: ikRoLn VALLADRO, Sacai ENON, pac sm, WHESON DESO Direito Intertemporal, sofre restricéo sempre que contiver norma, ‘que sea chocaste & ordem piblica do foro, como na hipotese em fque nao respeit os diteitor adquiridos, que, no sistema juridico brasileiro, sao protegidos por regra constitucional, desde'a Cara, ‘de 1946, avalmente, contida no artigo 5, § XXXVI da Carta de 1988, _Jurisprudencia Francza (Dito Intertemporal Internacional) ‘Um casal de espanisis, domiciiado na Franea, eujo Cédigo (Givil determina a splicacio da lei da naclonalidade para questoes de familin, nfo podendo divorciarse na France, por forea da lei ‘spanhola, oteve em 1971 separacio judicial em Corte francesa. ‘Advindo em 1075 a Lei 617 que reformou a legiiacio sobre 0 AdivGrcio © admit a conesio domiciiar em hipstese de contlito de leis, © mario requereu a conversio da separacio em divérco, ‘negada pela Corte de Apelagio de Rowen" que qualiicoua questio ‘como de Direits Intertemporal Intemaconal, ou sea, de confito temporal de reas de Direito Internacional Privo, que deveria ser aolucionade de acordo com ae regras do Delt Tatertemporal dda Ie interna, 'Na pla interno, a Lei de 1975 dispSs em seu artigo 24alinea que, sempre queaaeio de separacio de corpos ier sido requerida antes ania vigénca, aplirarse lied leiantiga, tendo a Corte de Cassacio decidilo que o mesmo deve ocorrer para a conversio da separacio em dv6reo, ou sea sea separacio foi requerida antes da ova tanto exe pedide de scparagio, como asua utara conversio| em divérci, continuario regios pea ei antiga Ente critéro de Direto Intertemporal interno se estende 20 Direito Intertemporal Internacional, rao pela qual o Tribunal de Rowen deu provimento. apelagio do eSnjuge mulher, reformando sentenea de imdncia inferior que hava deferido 0 pedido do ‘Onjuge varko de conversio da separagio em divérelo, Na espécie, Segundo o Tribunal de Rouen, havia de se aplcar a regra antiga do D.LP. da apleagio da lei nacional,» espanhola, que nao admitia fo divsrco, ZA.CAMPOS BATALI. “iad Flmentr de Dirt Ttermacional Pde", tie tia ” Jorspradéncia Braslva (Dito internacional Intertemporal) Um casal de alemes contraiu nipcins em 1948 no pais de sua nacionalidade, onde eram domiciato O Cédigo Cri alemio previa a separacia de bens quando da extincSo ds sociedad com. Jal. Em 1987 foi promulgada a lei sobre igualdade do homem © ‘da mulher, que, dentre outrasregras dispoe que o regime comuss €oda comunhio de aquestos, deteminande, inclusive, que a nove regime te aplique aos matrimOnios celebrador anterioriicate ‘© Trtbunal de Justica do Rio de Janeiro," julgando questio entre sobrevivente do car contra 0 crpdlio do eonjuge falecido, aplicon o now diselto alemdo sobre regime de bens, aeitando & retroatividade de sua norma a casamento contrade antes da nova Da Asim, o Teibunal aplicow a lel lem, conforme determinado pelo artigo 7, § 4, da Lei de Introducio a0 Codigo Civilque remete Amatéra de regime de bens a lei do domicio dos nubentes, em hnavendo confit temporal da Immaterial estrangeira, sega regra do Direito intertemporalalemo, que ordenaaaplicagio dali nova, Inclusive para casamentoscelebrador anteriormente Exta decisio obedecen integralmente o dircko estrangeto, Inclusive no ponto em que o mesmo determina »retroatvidade da lei relat ao regime de bens, 0 que nao ocorre no Brasil tanto ‘que a Lei 6.515/77, que introdurit o divérco no Brasil e substitu © tegime da comuntiio universal pelo da comunhlo parcial aplieada aos matriménios celebrador a partir da vigencia da lei ws nie fuente po Temund 8 JUeTCA 30 EDO SBD peu Bo Te NM Oe arate ieeptptnge pen ‘ance nckake mametoe cae “Ania, tinden doleaorearmene fons omens ss ee ae Te nae ex es Seu gen nce Sap oinie ae the tates a ena Seal ascents Lian. Capitulo OT DIREITO UNIFORME, DIREITO INTERNACIONAL, PRIVADO E DIREITO COMPARADO. Dirato Uniforme © Dieito Internacional Privado trata basicamente dasrelagies hhumanas vineuhlas arstemar juridicosautinomos © divergentes, ‘mas esta disipina também hd de considerar a hipdteses etn que (0s direitos autéaomos nio divergem, mas, pelo contrrio, colnet ‘dem em suas rezas. Ditse af fendmeno do Direto Uniform. © primeiro aspecto a ser anaisado é 0 do Direito Uniforme expontineo, que ocorre quando coincidem of direitos primtios de dois ou mais ordenamentos,xeja naturale carualiente”seja porque téma mesma origem, ow porque sofreram influéncias iden- teas, ou, ainda, quando paises adotam sistema juridicos elssicos total ou parcalmente, como o Japao, que seguiu a legilacio cil lem’, a Turquis', que adotou 0 Cédigo Civile 0 Gédigo ce Obr- sages sugos ¢ 0 Brasl, que observ infhuéncias da leielacties ete 2A Com cx pect intercon cig cia eigen {niga tom vtnime ns copia se Cogs Caneel eens pe ‘ecg som anf cndonmence negro oop ga dss Giige de Hocena Ma opens infec ek wig ae ree co ‘gue 9 modelo do ogo, ce igs de NEUCHATEL: ore emi tegral de cédigos TGFopeus ocorveu em alguns ‘pendéncia nos tempos mo- ‘ra termos universas prevalece a diversidade dos sistemas ju: siicos,dversidade esta que decorre da disparidade de condigies ‘ccondimieas, soca, religi- Sas e polfieas, como explanado por Montesquiew.* Lembram o§ futores'o dito de Aristteles de que “o dielto no € como o fog0, {que arde do mesmo modo na Pérsia © na Grécia”, ‘A lversidade, segundo Pasquale Fore’, é um fato natural € necessrio, Natural porque legslacio de cada Estado deve cons UUtir o rellexo exato das necemidades especiais de cada powo, de facordo com 9 estado atval de sua cultura eo nivel de sua cilizacio. E necessisio porque a vida do direito postive depende de sew progress, de sua evolucio, esta permanente variagéo contsibui part. a heterogeneidade das diferentes legislacdes Ito significa que $Sntemasjuridicos coma mesma origem, eriados pela mesma fonte, vio se diersifieando & medida que evoluem de acordo com 2s nnecesidadese influéncias de seu meio ambiente. Divito Uniformizade Enquanto o Dirato Unifrme pontine & resltante da natural coincidéncia de legisla influenciadas pelos mesmos fatores Ga inicativa unilateral de um Estado de seguir norma do direito positvo de outro, ji o Dirato Uniforme drgdo resulta de esforco Comum de dois ot mais Extados no sentido de uniformizar certas Snwimigdesjuridieas, geralmente por causa de sua natureza inter nacional. Sera teenicamente mais apropriado denominar esta cx tegoria Dinsio Unifrmizado, para distinguita do Dinite Unifrme de ‘atiterespontineo, Masa Doutrina mantém o mesmo termo para stabos os fenémenos 5 MONTESQUIEY, “0 Pypte dat Lio ka. 8 { SubvnbL “Pcp cre dit ain SP pRIBUMLE rome, “Le Dri tral Par ge 1/2 Entusasmo Pasgeivo Plo Divito Uniforme Pasquale Mancini, jusinternacionalieta italiano que criow im- portante exola de D.1P, liderou um entusistico movimento em. prol da adocio do Dircito Uniforme, mediante a aprovacio de featados internationais, e Ernst Zitelmann, uma dav principals figuras do jusinternacionalismo slemio, advogou o *wellnek, um ireito mundial uniforme. 'No Bras, Joao Monteiro? defendeu 0 Direito Uniforme com seeméneia, proclamand todo seu idealsmo em palavrasreproduzs {das por Imar Peana Marinho, "uma lingua para todosos povos, um ‘ireto para todln as sockedades, Ei o ideal a humanidade confede- rada na harmoniainteligente da permuta universal de todas as Imanifestagées de vida humana; 0 Kormor na arte, que €a waducio ‘Sensiel do expirito;o Kosmor na politica, que deve er o movimento Togico da compostura socal; Koemosna céncia, que i devia ser © rigoroso fil co equilfoio humano; ¢ inakmente 9 Kosmos na Tnguaigem e no direito, que sfo as duas asionaincias sobre as quais corvem seguros dos os fendmenos da natureza pensante.” Discorrendo sobre o Dire Uniforme Iimar Penna Marinho* csclarece sua natureza por meio de uma sutldistingzo entre este endmeno eo Direito Internacional Privado: “a0, contririo do Direito Internacional Privdo, que € sempre superdieito porque 6 regula as lina, as extremidades, no espago, das leis, o direito Tuniforme i ser um dimito de ise nunca um dito sobre lis." ‘Em outras palavras, 9 Direto Uniforme (que, na disingSo acima estabelecila, vem a ser 0 Direito Uniformizado) estabelece Tegrat materia eubstancinis, deta, que se aplicario wniforme- mente ao Itgis, ax stuagbes jurfdcas que venham a ocorrer em ‘duas ou mais juradigdes, enquanto que o Direito Internacional Prindo € composto de regras indiretas, que apenssindicam qual fircito substandal — dente srtemas juridicos contendo normas tivergentes —haverd de seraplicado. Aquee €direito este, dreto sobre dreto + Joho MONTERO, “Unvelaace do Disko — Compl do Dario — Luddde do Dre pnd OSCAR TENORIO, DLP, 1% pag 38 noe. MISA PENNA VARIN, “Duh Compara ~ Diet inrnactonal Prk {ado Dirt pe 80 ie [Narra Clivis Bevilsqua® que, tendo se fundado em Roms, ex 1928, um Instituto Internacional para tabalhar no sentido da lunificagzo do direto privado, [ol o governo brasileizo convidado a imanifestarse 4 respeito, ineumbindo a le, Clévs, de redigir parecer, tendo opinado pela “possbiidade dessa unificacio,aten~ [endo aos diferentes modos empregados pelos povos para aleancar ‘ese fim, muito embora a realizacdo de tl objetivo ainda se com Servasse muito dstanciado no nosso tempo". O Instituto foi deno- tminado UNIDROIT (Unification doi) ¢ continua tabalhando até fsdiasatuais para a unificagdo do dirito privado, tendo preparado Slgumas Convengies que vgoram em virios plies. (© entusiamo pela uniformizacio que tomou conta de pree- rminentesjurisas no fim do século passido e também no presente eeulo fol endo amortecdo pelo realimo dagueles que passaram S reconhiecer © proclamar ton inexeqdibildade, tachandowo de u6pieo, Pacificouse a doutrina, que reconhece hoje a impraicailida- de de direcionar em sentido uniforme as instisicSes de Direito ‘Givi dependentes em cada pats de antecedentes, radicdes, ‘uencias e necenidades diversas. A uniformizagio, ou se di espon- taneamente, ou nfo ze verifiea. Mesmo que possiel fosse unifor Inizar Direito Civil, os aplcadores da let em cada pais chegariam Ainterpretagies divert, como, ads, ocorre com freqiéncia, no plano interno, onde vemos Tibunais de um pals interpretar 2 Inesma tei de forma diverss,o que levou René Rodiére" a falar na inccessdade de se criar wma Corte Internacional de Justica Givi, para unificar as juriprudéncias nacionas A Uniformisago do Dito Eansmico (© mesmo jé ndo ocorre com 0 Direito Comercial e diseiplinas fins (industrial, Intelecsual, Maritimo, Aerondutico) em que 08 intereses coincides, tormando possvel, e quigi até necessria, 2 ‘uniformizagio de certs inautaies juridias “Temos a o Dieita Uniforme dirgido, ot mais corretamente, Direito Uniformirsdo (ou Diteito Internacional Uniformizado), 9 CLOVIS BEVILAQUA, op it pis 16/17, ot 94 fo RENE RODIERE nvedacton su bse Comper pt. 190 rato de entendimentos entre Extadot ¢ que se concentram nas [iividades econdmicas de natureza internacional. Als, est € outro ‘specto que e ditingue do Direito Uniforme expontines, que ‘corre com insituges Upicamenteinternas, Assim, quando dots sudden, por terem sofride influgnelss ienticas, ou quando wm Seque oexenplo do outro, abrigam normasidéntias sobre alguma inmttuicio de direte intetno, teremos o Direto Uniforme expon- tdnco. Neste campo nao se deve insisir na eriagio de Direito Unitorme diigida, Ley uniformizado, pois nio hi real interesse fem uniformizarinsituigbes internas por meio de convencoes. A ‘tas cabe recorrer para uniformizacio de instinagdesjurdieas que tun, toa ow parcalmente, no plano internacional, como os ‘crédito, os transports, ar comunicacoes, a propriedade ‘intelectual, a compra e venda, © todas 38 atividades hhumanas naturalmente extraterritorial. ‘Data see de convengaes interacionais regendo a uniform ago de repr: sobre compra ¢ yends internacional, ansportes Comespondéncia postal, telegrafics, radiotlegrifica, propriedade {hdustral, propriedade intelectual, direito mario, dreito aéreo, rculagio rodoviirla, dreto cambidrio", direco de trabalho, © ‘novasdiseipinas que vo compondo o Direito Econdmico Interna- ‘dona incite Unifemee Dinsito Internacional Private “Toi de Aver «Fite Qual o papel do Dircito Uniforme no estudo do Direito Inter nacional Prado? Ha ui importante lic de Tobias Asser sobre 2 distindo entre o Direito Uniforme e o Direito Internacional Privado, Escreveu 0 jusinternacionalstaholandés: “Respeitamos = oberania ea autonomia dos Ertados. No aspiramos& unifcacio {eral do drcto privado, Ao conta, ¢ precisamente a diversidade Series nacionais que far sentir a necendade de uma solugSo ‘oniforme doe conflios internacionais"™* Em outras palaras, 0 DireitoIneernacional Privado entra em agio quando nao ha Diseito set re om {Boe ab vat.ab CSD i. 35] JETTA not eg Uniforme, quande acorrem os conilites entre normas legais de temas ridicos diverts. Cabe entdo 20 D.LE. encontrar sole ‘ao. (Asser propugnava pela uniformizacio do D.LP, que exami- ‘naremos adiante-) ‘Segundo esa colocagio o Direito Uniforme é a antitese do Direito Internacional Privados onde hd Drei Uniforme inexistem ‘onfitose, portato, nfo hique recorrerse ao dreto internacional privado, Ete éncionado quando, nio havendounlformidade nem Uniformizacio, ocorrem conflitos de leix Duas céncias, ov dois, ‘métadoe diferentes, que agem autSnomae independentemente. ‘Em seu elisico "Método do’ Direto Internacional Privado" “Jouephus Jt, outro grande jusinternacionalista holandés, apés tlntetzara escola de Aster como tendo aribuido a0 Direito Unifor- Ime o papel de guilhotina do Diseito Internacional Privado, dele ‘iscorda nos seguintestermion “Noss cigncia deve se considerada, ‘como o direito priv da sociedade universal das pessoas, e, deste ponto de vis, direito uniforme nfo é4 neyacio de nossa ciéncia, fi pelo contri, tama das formas pela quas pode manifestarse.” Para Jtt a wniformidade (Direlto Uniforme) e a harmoniza- io Direito Internacional Privado) se completam. Quando a pri Incira for exeqaivel, dlapensarse a segunda, e quando nio for ppossvel uniformnizarharmonizar-sed o eonfito por intermédlo das {egras do Direto Internacional Privado Entendo que st poses de Aver ¢ Jia podem ser conciiadas| se accitarmos que quando faavain de *Direito Uniforme” os dois iustres holandeses no se referiam a0 mesmo feniomeno. “Asser, ao dizer que no arpirara 8 unificagSo geral dos direitos privados, © que, a0 contririo, cm preciamente a dversidade das leis nacionais que fazin sentir a necesridade de uma solucio dot confitor internacionais,referiase 2s seqras de dieito privado cx trtamente interno, como ae normas do Direito Cv, que somente ‘quando diversas de uma nagio para outra orasionazn 0 funciona ‘mento do DLP, mas, quando uniformes, exeuen-no “ita, 20 proclamar que o Direito Uniforme nio é a neyacio do Direito Imernacional Privido, mas, pelo contririo, uma das formas pelar quais ele se manifesta, feferinse A uniformizacio convencional de norms sobre relagdesjuriieas de carter inter- 1s TTA, tad de Derech lntrciona Prada ig 28 ese. nacional, come o comérla internacional, que constitai outra so- Tgio dos confitor, solucio que antecede & das regras de o pela le aplicdvel dentre duas leis divergentes. _Méodos da Dineo Internacional Privado -Modernamente o Direta Internacional Privado segue aorien- tagio de Jita,utllzandoe de dois métodos para resolver as rela ‘bes jutidicasintermacionais © método uniformizador, que unifor- Ia eroluciora, eo método conflitual, que coordena ¢ harmoniza, Ulilizindo-se deste quando aquele se tora impossvel. De um lado Uniformiza as normas disiplimadoras do comércio internacional (Direito Unifermizada), por meio de tratados e convencées, até ‘onde eto sia acetivel para os plies interessades Por outro lado, ‘labora formulas paa slugio dos conflito, formulas que devermi- ‘nem a leis interne serem aplicadas. 0 método conflitual, Le, de rolucio dos conflos. Dinsito Internacional Prvado Uniformizalo Na media em que este Direito Internacional Pride conti- tual € eriado por fontes internas, como o Cdigo Gill fancds, a [ei de Introdugio a0 Cédigo Givi alemdo, as Disposicoes Sobre as ‘Leis em Geral cla Telia, Lei de Introducio ao Codigo Civil basi leiro, que indeam uma opcio entre at normas dvergentes de fiversorordenamentar, que constitiem os confitos de T° gra (¥ Direlto Civil de um Estado x Direito Cisl de outro Estado) fatal mente surgirao confltos de 2" gras, ot ej, oF conflitos entre as fegris de soligdo dos confitos (D.LP. de um Esado x DLP. de ‘utro Estado), consequencia natural do carer interno do Direito Internacional Privado (que analisamos 20 atar da sa denomina- io), agravanco as difculdades, pois que freqlentemente solucies SSdotadas em tm foro, por indleacao de suas regras de D.LP. nso ferio accitas em outrajursdicio, que dixpoe de regras confisais {iferentes Yvon Loussouaro'" sntetiza com felicidade os problemas {que advém da eriagio ee um Direito Internacional Priva interno Dor cada legizador ‘atl rnd Prana REVUE, 197/310 Do eariter nacional ¢ particuarsta das reas do confito de Tere reulta que tnesmo caso corse oraco de ser submetido a En egiagio diferente, dependendo do eibunal em que for JMlgada semi, inglés ow frances, que freqentemente con Iuge na bata prelminarsobrea competénciajudicial, cada Ser dus partes proturando arr Kugioparaaquelajurisicso ce eee condlicual designe s lei que the € mais favorsvel.” xa categoria de confitos pode ser solucionada pela unifor mizagio Ge regras de salugso de confitos, ou sj, pelo Direito Tntcrnacional Privado Uniformizado, ideaizado por Mancini © At werStpatéra que consituia o tema central da primeira senso do Tnstto de Direito Internacional, realzada em 1874, em Genebra, Cu ondem do dia rezava -reguinte: “Da utllidade de tomar ‘iigatGrias para todos os Estados, sob forma de um ou varios Cudlor Internacionais, um certo nimero de regras gers de di ‘a internacional privdo, para assegurarasolucio uniforme dos ‘oniitos entre as diferentes legislacdes civ criminain”* Dene ss conclasoes gerais do Instituto destacase a seguinte: *0 Instituto reconhece s evidente uilidade e até a necestida- Ue, em ceras matériag, de tntados, por melo dos quais 08 ado chides adotem, de comum acordo, regras obrign {Gras ¢ uniformes de direito internacional privado, de acordo ‘com as quais as autoridades publica e especialmente os ib Sain dos Enaidos contstantes deciirdo as questbes concernien- {en ds pessoas, aos bene, aoe ats, sucestOes, ax procedimen {ove julgamentos estrangeiros”™ .diferenciando nitidamenteo Direto Uniforme (te. Unifor- mizado) do Direto Internacional Privado Uniformizado,conctuta 6 Instituto mais adiante com a seguinte deelaragio: “Exes tratados no deverto impor aos Estados contratantes & Cunlfounidade completa de seur edigos e de was leis; nfo 0 povderiam fazer sem atravancar 0 progress da cvilizaco. Mas, rein tocar a independéncia legisla, estes tatados deveriam Vim reson as in eT IP Actermina: qual dentre aslegilagdes, que extejam em confito, serdaplicvel a diferentes relagbes de dreito..""" (0s Quatro Far Rerumies “Temos entio, resumidamente 0s seguintesfatores: 1. Dinste Unifrme — InstivuigBes ou normas de earéter interno, que espontineamente recebem © mesmo tatamento pels lei {42 dos ou man sistemas juridios; em raros casos exta unifor tnidade realtard de coordenagio internacional. 2, Divito Intemaconal Unifrmizado — Ativdades de carter inter. nacional, cbjeto de convengoes internacionais que uniform ‘ram as regnsjutidieas direipinadoras da matéria por meio de iets uniformes. Esta uniformizago evita os conflitos de I gra, Diet ntemacinal Prignds — Nio ocorvendo os fatores acim, serifcammsr confios de I® graw nas situagées erelagdes hum thas conecadas com sistemas juridicos autOnomos ¢ diverge tes, co DP de cada pats determina aaplcacio de uma dente fsicis em confito,ewolhida por um sistema de opedes (regras de conexie). Exe fator corresponde 20 método conti 4, DinitoIntomacionalPrivado Unifrmizado — Para evitat contitos enve as repras do D.LP. de dois ou mais sistemas — conditos ‘he graueriamese convengdes intemacionais que esabele- ‘Cem regra de conex3o aceitas pelos paises signatarios, nifor- thisando as sas regras de Dielto Internacional Privado. ‘Na inexis cia dos fatores n® 1 ox 2, ocorrem os conftos de 1 grau,¢ 08 dstemasjuricos secorrem ao fator n°. ‘Para vier que este acarreteconfltos de 2 grav, procurast produsie ofr n° 4 ‘Movdernanente estes fatores colaboram entre si, complemen tandos. Into ihustrado pela evolugio das frmulas sdotadas por Ieis uniformesrelativas a compra e venda intemacional. A primeira ‘onveneio produsit 2 Lei Uniforme sobre a venda de bens mveis Corpercos sprovada na Faia exn Ide julho de 1964, que dia em. Wid pie = seu artigo 2 que “as regras de direito internacional privado sio ‘Creludas pela aplicacio da presente Ici, ressalvados Os casos em ‘Que esta dsponia de forma diversa™. Ja Convencio das Nacoes, Unidas sobre Gontratos para a Venda internacional de Bens, apro- vada ei Viena em 1980, dispBe em seu artigo 7, ainea Il que “uestoesrelavas a assustos regidos por esta Convencio, que nao tenham sido expressamente solucionadas pela mesma, deverio ser sohucionaclae de acordo com os principios gerais em que a Conven- to se basa, ou, na auséncia de tas principios, de acordo com a Tel apliivel por forea das regras de diteito internacional privado™ 'Na primeira Convencio entendewse quea uniformizacao com vencional das regrar sobre compra e venda internacional exclu toulmente o método confliual, Jé a segunda ilustra o moderno Digeito Internacional Privado em que os dois métodos operam em ciflcamente as questbes da aplicagio da lel no espaco. ‘A evolucio da codifieagio do DLP. no século XIX se completa ‘com 0 Cédigo germinico, de 1896, o BGB, que fol precedido por Juma lei de introducio, o EGBGB (BGB = ~Burgeichs Gesebuc", 0 livro das lee do cidadio; EGBGR = * Binfurumgsgst sum BGI, 4 Leide Introdueio a0 BGB). Promulgado em 1896, pasou a viger ‘em 1900, Osirés principals sistemas eusopeus de D.LP.no regime cod (cade sia-o-francés, italiano «o-alemia, que influenciaram as dlemaislegilagoes européins c latinoamericanas, O legiriador francés linitowse a introduzir alguns dispositives| csparsos em sev Cédigo Civil Ja otaliano e oalemao concentraram ‘hits vegras de DLP. em leis que precedem seu cdigos evs Ohl ei oxen gency compando up iro dducio a0 Cévtigo Civil ea TOTS, wabstuida em 1042 pela Lei de Introdugio a0 Cédigo Givi Estas legslagder produsiram um mimero escasso de segras, deixando considerivel margem para a criatvdade da doutrina © da jurisprudéncia. As leisagSes modernas sio mais detalhadas € ‘contém vegras mais expecificas que ser analsadas oportunamers te. Nos tltimos 30 anos, 5 paises reformaram — ou criaram — fas legislagies sobre © Diteito Internacional Privado: Polbnia (1905), Portugal (1966), Espana (1974), Republica Demoerdtica Vision anpevton pecio dat sacs Jrtcasineraconsis foram ojo ie ac RG noROEL DE MOURA RAMOS "hupecs econ Godip sa Fara Bin pg. 4 dn meen pws we Alesni (1975), Joreinia (1976), Austia (1978), Hungria (1979), ‘Yemen do Norte (1979), Yemen do Sul («/d), Burund (1980), Togs (1980), Iagostinia (1982), Turquia (1982), Grecia (1988), Pera (1984), Sudzo (1980), Paraguat (1985), Emirados Arabes (1985), China (1986), Alemanka (1986), Sufga (1987), Mexico (1987), Burkina Faso (1989), Rumania (1902) e Hala (1995), destacando- te por sua impoctincia as novas les alems, suc ¢ italiana. Alguns paises introduziram alteragGes especificas sobre aspectos cvs € procesauais intemacionais do divércio como a Franga ea Holanda; 2 Eopanha, a Bulgaria © 0 Japio!alteraram suas regras conliuais Telatias ao direito de familia, A provincia de Quebec promulgou ‘mn 199] um nore Cédigo Civil, que contém un lio inteiramente dledicado ii questBes de Direito Internacional Privado, ea Ingla- terra aprovou ¢ Private Intemational Law (Miscallancous Provisions) ‘Act de 1995, em que fous novesregras sobre julgamentos ¢ laudos frbitrais condenatdrios de valores em moeda estrangeira,avalida- ‘de de casamentos celebrados sob égide de Tei que autoriza a poli- fgamia © regras de conllito de leis em matéria de responsabiidade cl "No Brasil ale inteadutésia cecebe tratamento-especial-consi- ladora.das demaisieis Em voto proferide pelo “Ministro Lie Galloti no julgamento do governador Muniz Faleio ‘contra 4 Assembléia Legisiatva do Estado de Alagoas (rumoroso ‘aso politico ei que o legisiativo estadual pretendia afastar 0 governador) se Io aeguinte:".. Lei de Introduglo, que a0 cor {hirio do que & primeira vst se poderia supor, tem, como lembra Veni, ciado por Espinols, Serpa Lopes ¢ Carvalho Santos, um aleance vasto; tio ae cinge 30 Cadigo Civil, a despeito de vir a ele fnexado, mas protal seus efeitos a todos os Cédigos e a todas as Aisposicdes legslativas, aja qual for 2 sua naturesa publica ow privada”* 4 Vide cH RI, “New panes Prat Intermatonal Le The 1990 Hore ‘hm Comp tow 19 pg poets de orem de Le de ntroduct a0 Cig Cimon te endo Scr 2.05 Sona pein se nies con de orem pbs iter “ecg dy igure de dirdy come por srempla no decent ‘gue autre bom ape a emirada tn igor da LICK: de 1942, A Dontrina _Em-nenliusn campo de direito a Doutsina tem tanta desenvol- tora como.ne DALE, em rasdo da parciménia do legislador. Como ‘screvem autores franceses' a Doutrina interpreta as decides judi ‘ais em matéra de Direito Internacional Privado e com base nas Imesmas elabors os principios da matériasinversamente, a Dowtsina serve de offentagio para os uibunalg, que, muito mais do que em Diseito Cv recorrei a ligio dos douurinadores para decidir ques: tes de Direito Internacional Privado. ‘Asim, a Doutrina desempenha 0 ddplo papel de insérprete da Jurspoudéncia edeseu.guia.eorientadar’ Daf o amplo campo de agio e a relevinela da obra do juris “© Codigo Bustamante tem sido objeto de varios etudos pro- ‘movidos pelo Comité Jurdico Interamericano, gio da OFA, que props tent unificar 0 Codigo Bustamante, os Tratados de Mon- eideu eo Retatonent norteamericano.” ‘Em 1952 0 Comité Juridico Interamericano concluiu que a mais importante alteracio que se deve introduzit no Codigo Bus tamante é substitu a segra contida em seu artigo 7, que nfo se (defina pela lei da nacionalidade ow do domiefio, sugerindo que fo mesmo fosse substiuide pelasregras enunciadas no Tratado de Direito Civil de Montevidéa, nos seus artigos 1° e 2, que seriam ‘consolidados em um s6 artigo com a seguinte redagio “A existéncia, o estado © a eapacidade das pessoas fisieas se regem pela lide seu domiciio, Nao se reconhecerd ineapa- Guiade de natureza penal, nem empoueo por motivos de ‘eligi, raga, nacionalidade ow opinizo. A rmudanca de domi Cio nao restringe a capacidade adquitida” 4 Sentnea Enrangcra 9903, Reta doe Tunis vol 196. TASER Sheps Demat proto Ayn oe ne rt FESR, oUS ta dre onal de sao sla pial — For fy $0% fo Lidge uromente eno corpo do acardio ve Ae cca mo Bal tig sonata 0 coer Pet No pra etc nT eto ta, “pela ports a Cai uel or a rar, £130 ern pr dra usu’ ue ojos nace Fe Pea rout Ops Cas Brg cena Cie Ce aca posal de me fs damage ar om oe te Ce saan ccs omen ermine efor ‘Sen oot 8 uno Cig om re damage dow 187 See et mae Havan t hfeodaytranal ‘ik wii a Bra Nive wma: ha gi om io de in oa a Coon Havana“ efOMCEO SAR AEE, Dow a ee it Otic deer aes Asano wie Dee ‘SRSA MURR RASC MAANe Cobia we octane Pee ott cr» endénes de reingrs apienie so Cigo Bums 0 Cee ieee inemedsbie ‘Um dos prncipaisargumentos apresentados neste debate em favor da regra do domicilio € 2 de que Brasil, que, em 1928, Ae re Pe Codigo, anda seman so pitnctpn da acionalidade,alterou soa posicdo, tendo aderido em 1942 3 posi ‘Goda maioria abwoluta dos paises americanos, de determinate Eades a capuidade dae pessoas pela le de seu domiciio. ~~ ‘Awsim, Hearia unilormizado em todo continente americano, {do norte © do sul, o principio do domicilio como critério fixador {do estado dla pesto fsica, eis que nos Estados Unidos também se Aplica a fei doaeliar para 0 estado da pessoa. ‘Restaria examinar ima mela centena de artigos do Codigo que se relerem a -let pessoal, para decidir quando esta regra seria, Substitutda pela da let do domiefio © quancio seria substinatda por utra regra™ Nada resultou desta recomendacio, € nos siimos anos os pales latineanericanos deixaram de lado a idéia de reformular © Iodernirar o Codigo —aua extensso parece desestimular a tarefa Me passaram a aprovar pequenas convencSes sobre assntos espe ‘iflcas,conforme a seguir se expoe. CConferénca Espciatisada bteramerizana sobre DLP. Em 1975, 20 Panam, em 1979, em Montevidéu, em 1984, em LaPaz,cim 198), aovamente em Montevidén e em 1994, no México, realzaramse a3, 24,a 3, 4 ea 5" Conferénclas Especialiradas Interamerieanas sobre Direito Internacional Privado, patrocinadas pela Organizario dot Estados Americanos, tendo sido aprovadas Inimeras comengdes especifeas sobre varias matérias de Direito Internacional Privado: letras de cimbio: nota promiss6riase fat ram cheques, arbtragem comercial; carta rogat6rias; obtenao de prow no exterior, regime legal de procuracoes a serem utlizadas po exterior, sociedades mereantis; normas gerais de direito inter hhacional privado; efiicia extraterritorial das sentencas ¢ laudos frbitrais esrangeiros; cumprimento de medidas cautelares, prow f informagio acerea de direto estrangeiro: adogio de menores; “evotucao de eriancas obrigagics alimenticias; contratos de trans- porte internacional de bens ia rodovisea; lel aplicivel aos contra: 6 idem, pigs 99 ees tos internacionais ¢ aspectos cvs ¢ penais do trifico internacional de menores. "Enquato ac abandona, ou pelo menos se aio pret de reforma do Cédigo Bustamante, \abse criando uma série de con- venga xpecifcas, as quals, quad passarems ~Givigorar em nuimero subsancial de paises da América Latina, tro ‘ubsutuido as correspondentes dsposigées to Cédigo. ‘Como bem diz Valladio,” of Tratados de Montevidéu © 0 Gédigo Bustamante abarearaim muito, desejaram uniformizar de forma completa e total o D.LP, com wma orientacio sstemstica © sigida, o que consttui uma utopia equivalentea de um Direito Civil tinieo para todas as nagdes, _Jé as Convencdes produzidas pela Conferéncia Especializada Interamericana sobre D.LP. merecem toda atencio por parte dos palses americanos, sendo de lamentar 0 pequeno mimero de rat ‘acoes registado até o presente momento. O Brasil passou 19 anos sem ratifcar qualquer das convencées da CIDIP, tendo finalmente satiicado ués convengoes em 1994," ¢ em 195, até novembro,j& Inaviam sido ratificadas mals ses convengies € um protocolo”, "Restatement ofthe Law of Canfi of Lass” ‘Nos Estados Unidos a asta experiéncia judicial oi consolidada “numa obra realizada pelo. Amicon Law Institue, que produit 0 * Restatement ofthe Lew of Confit of Laws", a exemplo do que fer em ‘outros ramos do direlto. "Esta obra nio tem forca de lei, mas tem mais peso do que wma cobra doultringtia, Tratree de wma consolidacSo, um reordenamen 27 HAROLDO VALLADAO, DLR, pig. 08. 2 Ae comenes nd fa ges rca de Pant, 175, ‘aplctamente pelos Decetn Lagann 49.9 ede forse de 19. ‘2°he convengie aidan em HE Drew Lepans S de# de sr Spyovaa Goneneo ntramescana sobre Norms Gerais de Deo nternacona ‘iva, Deere Legh nde 10 des pron s Gamenche see rome {iu serch do Be Earn, aca Eu 1. de git n 9, de 6 de ambo, apr 3 Convencso sre Arbitragem Comer Intrmacia Been Lepunivot a dene spore Gemeachseee {Conus de Ls om hea de Sides Meter Decree Leas S020 jo srs Comencio me Hci Exerc to dos prinespios decorrentes de uma longa experiéncia jurspru- encial e doutrinéria em fungio dos conflites do direto dos dife- rentes estados americanos. A primeira consolidagao americana do Direito Internacional Privado fot elaborada em 1934; ante o desen- volvimento das decsbes dos seus trbunais e as novas teorias pro- ppostas pelos grandes mestres da disciplina, o Jnsutwe produsiy novo Restatement publicado em 1972, sob a denominacio * Restate ‘ment Second As Convenes da ifeia A Hsia, sede das Conferéncins de Paz" da Corte Internacio- nal de Arbitragem, da Corte Internacional de Justica e da Academia de Digeito Internacional, tem sido nos thtimos cem anoso principal feentro de estudee, elaboracio e aplicagio de normas de Direito Internacional Pablico e de Diteito Internacional Privado, Tnspirado por Tobias Michael Carl Asser, o grande jusinterna- cionalist holand#s, ot Paiser Baixos enviaram em 1892 um convite 0s patses europeus, para participar de uma Conferéneia fa Hala, ‘fim de claborer estudas em torno da coifieacao do Direito Internacional Privado. A conferéncia realizouse em 1808 com 2 partcipacio de delegacies de 13 Estados europeus ¢ a partir dest Teunido a Hala passou a ser a sede da Conferéncia de Direito Internacional Priva. 'A2" Conferincia realizowse no ano seguinte, em 1804, apro- vando uma convencio sobre processo cv ‘AS*Conferéncia,realizada em 1900, aprovou trés conveng&es, relaivas ao casamento, div6reio e separagio de corpos ¢ tutela de Em 1904 teve gar a 4* Conferéncta, que aprovou virias con- vengdersobreo dreto de familia, direto das sucessbes e uma nova convengio sobre procesto cv Interrompense a atividade da Conferéncia até 1925, quando se realizou a 5! Conferéncia que apreciow alguns projetos de con se Apoua da oturacio de HELIO TORNAGHT “Comenrios 30 Giga de ‘tana Ch al St de qe" forma A oon mal & pants (iu és comin certs da capil i lan, Den Han land" La ei aging cA na noe. Universi Fosters Ubariantia ” BIB OSCR we vengfo, inclusive sobre faléncias ¢ execugies de sentenas estar {geiras, mas sem qualquer aprovacio. ‘© ano de 1928 viu realizarse a 6* Conferéncia que discutiu virios projetos, mas também nada aprovou. "A Conferéncia 26 volta reuninac em 1951, ¢, novamente em 1956, 1960 e 1964, respectvamente 7, 8,9" e 10% Confereneas, Seguemse a sessio extraordinaria de 1966, ¢ as 11%, 125, 13% U4, 15%, 16417" € 18" Conferéndias, realizadas, respectivamente, em 1968, 1972, 1976, 1980, 1984, 1988, 1903 (em que se comemo- rou o centenatio da primeira Conferéncia) e em 1996. Em 1951 foi asinado, tendo entrado em vigor em 1955, 0 Estamto da Conferéncia da Hala de Diselto Internacional Privado, ‘que Ihe deu foros de organizagio internacional de cardter perma. nente, com sede na Haia, composta de Estados membros que acel- tem o Fstatato partiepem do orcamento do Burrow permanente ‘das comissbes especais,cabendo 4 Comissdo de Fado holande- ‘5, conselheira do governo deste pais, zelar pelo bom funciona mento da Conferénein e preparar a ordem do dia das conferencing, apés consultar os palsesmembros. Sio atualmente membros da ‘Conferéneia 41 paises dos cinco continentes. Da América i0 pases membros a Argentina, Canadé, Chile, Estados Unides, Méieo, Suriname, Uruguai e Venezuela ‘A Conferéncia se relaciona em pé de igualdade com as demais ‘organizacées internacionais como © Consetho da Europa, com a ‘qual fimnou acordo para delimitar rediprocamente seus campos de Atividade, com as Nagdes Unidas, com 2 qual tem acordo sobre Tormas de colaboragao entre ot respectivos Secrewriados, com 3 ‘Comunidade Eeonémica Buropéta, com a International Law ASso- Em cada sessio quactrienal as delegacBes dos patses membros dda Conferéna debatem projetos sobve varios topicos de Internacional Privado, preparados com antecedéncia e resutantes de comunicagdes reciprocas, permanentes, entre o Bureau da Com feréneia ¢ ox paser membros. "Avariedade de temas exige a participagio de virios especialis- tas em cada delegagdo, cada um dedicado a uma das matérias ‘abu ar ucnt pogeva das ops te ita tmcrtasonal ee constantes da agenda da Conferéncia, 0 que estimula a toca de potas de vista sobre todo o dominio do Direito Internacional Privado, ascegurando 3 Conferéncia um carster de centro cientifico deste ramo do dreto Originariamente, em 1893, desejouse erlar uma Convencio ampla, cobrindo todos 0s problemas atinentes ao conflito de lei, mar a idéia foi a>anclonsada por demais ambicioss. A Conferéncia, ‘optott por convencdes sobre materia expecifias, no campo do ‘conflito das leis, conflto das juridigdes © cooperacio judiisrin internacional De 1951 a 1994" foram aprovadas 31 convengdes sobre direito de famtia (obrigagbes alimentares, protecio de menores, adocio, Aisércio e separeeio de corpos, regimes matrimonias,celebracio ‘ereconhecimento de validade de casamento, sequestro de menores f cooperacio em matéria de adogio internacional), direto suces- S6rio (forma e cisposicdes testamentirias, administracio interna- onal de sucessées e lel aplicével), dreito comercial (vendas inter- hacionais,reconecimento de personalidace de sociedadesestra- geiras, responsatilidade civil por produtos fabricados, contratos de Intermediagio e de representacio), diteito processal internacio- nal (proceso chil, smplificagio da leglizagao de ator publicor cstrangeiros, nolificagso no etrangeiro, acordos de eleicio de foro, reconhecimento © execucio de sentencas estrangelras em smatéria civel e comercial, obtencio de prova no estrangeiro em ‘materia civil ou comercial, acess internacional & Jusica) outras ‘convengGes como a que regula os confitos entre les a nacional dade ¢ lei do domiciho, acidentes rodovisrios e trues Tnicialmente cra necessirio que seis paises aprowasiem ma Conveneio para ue ela entrase em vigorsatualmente este nimero ‘std redusido 4 tr Dar 31 Convengoes aprovadas, 24 estvam Vigorando a 1° de margo de 1905. (0 Brasil ratiicou o Exatuto da Conferéncia da Haia de Direito| Internacional Privado em 1971, mas jamais ratificou qualquer wma ‘das Convengées da Conferéncia, dela se retirando em 1977, m dante dentinciado Estatuo, agravando asim o isolamento do pais ‘em matéria de Direito Internacional Privado e provocindo a per 19 Vide REVUE, 19, pg. 19, tad a1 de marco 1985. plexidade dos meios académicos, nacionais ¢ estrangeiros. Nos Sktimos anon, quatro eminentes mestres do Direito Internacional brasileiro ocuparam posigdes do mais alto destaque no Ministério «das Relagaes Exteriores, promovendo o andamento do processo de ratificagao das convengdes da CIDIP no Congresso Nacional, espe fandose que or esforgos também envidados para a volta a Hala ‘ejam igualmente coroados de éxito™ ‘A 18! Conferéncia da Haia aprovou uma convengio sobre a competéncia das autoridades, lei aplicivel, reconhecimento, exe- ‘cucio © cooperagio em materia de responsbilidade paternal © medidas de protecio de menores. Para a 19¥ Conferéncia esti inserita na ordem do dia dos rabalhos a questio da competéncia, do reconhecimento © exeeucio de sentencas estrangeiras em ma: téria civil © comercial. Na pauta futura da Conferéncia da Hala esto projetados dversos temas como protecio de adultos, conflitos de juisdigio, let aplicvel, cooperagio judieira e administrative internacional em matéria de responsabildade pelos danoe causa ‘dosao meio ambiente, da competéncia judicaria, reconhecimento ‘eexecucio de decisdes em matéria de sucess6es, competéncia, le aplicivel, reconhecimento e execucio de julgamentosFelativos 208, ‘asais no casados, lel aplesvel a concorsénciadesleal, lei aplicavel as cessdes de crédito, os problemas juridicosinternacionaiscatsa- dos pelas trocas de dados da informitica e a protecto da vida prima em matéria de Muxo internacional de dados, le aplicivel 4s garantias bancésiase lei aplicivel A concorréneia desleal Liga das Nagies¢ Nog Unidas A Liga das Nagdes, entidade internacional que precedeu Organizagio das Nacées Unidas, também se dedicou 2 elabora de diplomas sobre o Direto Internacional Privado, Emi 1923 patro- nou um Protocolo relativo a Clivsulas de Arbtragem, assinade em Genebra, que © Brasil raficou, seguide de uma Convencio sp ae pa eee ee {pits prior pesados Coven Vide REVUE 158 pg firmada em Genetra em 1927 sobre Reconhecimento ¢ Execugio de Sentencas Azbirais Estrangeiras, Em 1980 a Liga organizou na Hala a 1? Conferéneia para a Codificagio do Dircto Internacional, que aprovou uma Convencio obre cerlas quesioesrelativas aos Conflitos de Nacionalidade e Protocolos relatos a Obrigagées Militares em casos de Dupla Na ionalidade © de Apatridia, ratfcados pelo Brasil por meio do Decreto 21.798, de 6 de setembro de 1952. “Também em 930, ob os auspicios da organizagio internacio- nal, foram aprovedas trés Convengoes sobre letras de cimbio € potas promissorias, una adotando Lei Uniforme, a segunda regue Jando ot confitos de leis e a texecira sobre o direito de selo. No no seguinte ués convencSes semelhantes foram adotadas sobre 0 Cheque. O Brasil ratifeou todas exts convenes "hs Nacoes Unidas promoveram Convencoes sobre o Estanato dos Refugiatlos (Genebra, 1951), 0 Estatnto dos Apatridas (Nowa ‘York, 1954), Cobrana de Alimentos (Nova York, 1956) ¢ Reconhe fimento ¢ Execusio de Sentencas Arbitrais Estrangeiras (Nova York, 1958). "Na déeada de60 a ONU criou um 6rgio especial para promover a harmonizacvo eunificagao do direito do coméscio internacional, | UNCITRAL (Unitd Nations Commission on Intemational Trade La), ‘que patrocinow uma Convencio sobre Presericio na Venda Interna- ‘Sonal de Bene (Nova York, 1974) e,ap6slongos anos de trabalhos € ‘studos, aprovou uma Convengio sobre Lei Uniforme para a Con pra e Venda Internacional (Viena, 1980), bem como outras Convers ‘Goes para roger aspectos xpecificos do Comércio Internacional Academia de Divs Internacional Gentro de altos estutlos de diteito internacional (piblico & privado) © de ciencias conexas, dedicase a Academia de Dircivo Internacional da Haia 30 exame aprofundado das questbes refe renter relagbes juridieas internacionais. Este objeto € atingido por meio de cursos que tém lugar de junho a agosto de cada ano fem sua sede no Palade La Pate, na Hala, proferdos por profes ores universiivies, homens de Estado e alts funcionsrios diplo- Indticos, Or cursar slo divididos ein dois periods de wés semanas ada um, yersanco 0 Diteito Internacional Pablico, © Direito Ine ternacional Privado € o funcion ‘es internacionais regionain ‘Ac atividades da Academia dveram inicio em 1928, tendo sido interrompidas em 1939 pela 2" Guerra Mundial, e, reinicindas em 1049, promequern anualmente sem interrupeao, Os cursos sia pu bilcados no Mecwal des Cours — atualmente com mais de 230 vole ‘mes — conatituind esta colegioa maior e melhor fonte de estado, ddo direito internacional ‘A Academia estimula o estudo, a pesquisa e a publicacio de teses, proporcionando bolas a candidates bem qualificados vento € estrutura das organiza OuirasInsttuicios © Consetho da Europa, 30 qual pertencem Alemanha, Austria, Belgica, Chipre, Dinamarca, Espanha, Franga, Grécia, Irian, Ie Janda, Hala, Liechtenstein, Laxcemburgo, Malta, Noruega, Paves Baixos, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suica e Turquia, aprovou algumas convencies relativas a questoes de direito process in- femnacional e de direito internacional privado como extradicio, aeistGncia mutua em represtdo ao rime, propriedade industrial ¢ Giretos de estrangeiros. 'A Comunidade Beonimica Europa (Mercado Comuim Europeu) promoveu virias Convengdes sobre drei internacional, destacan- ‘dose as Convencdes de Bruxelas, Lugano S. Sebastian sobre Com ‘eténcia Judiidria e Efeitos de Julgamentos Estrangeiros ¢ 8 Con vengio sobre Lei Aplicivel is Obrigagoes Contratuais (Roma, 1980, 'A Gimaya de Comécio Internacional com sede cm Pari, também contribuin para o Diteito Internacional Prado, principalmente ‘com suas Regras Sobre termoe comerciais (*Jncoterm" ey" oer ‘atonal commercial tems”) (© UNDDROFT, com sede em Roma, se dedica a estudos com- parativos € uniformizadores: o Inutitula de Dinsto Internacional ex Resolugdes e Frojetos tem inspirado as organizagaes internaciong ‘© regionais encarregadas de preparar projetos de convenoes, A Tnterational Les» Avsociation também tem tazido relevante contr Diez. ‘A Unido Escandinava de DLP, a Unido Eslava de DLP, 0 grupo Benelux ¢ 05 Estados da Europa oriental, todos tm prodsido convengées que regem determinados aspectos do Diseito interna: ‘onal Priva, Jorsprudénca Intenacional Entre as duas grandes guerras mundiais funcionou na laa a Corte Permanente de Justca Internacional, patrocinada pela Liga ‘das Nacées, substtuida, apos a 2 Guerra, sob a éyide das Nacoes Unidas, pela Corte Internacional de Justga. Escass foi a produezo {urisprudencial das duas Cortes em matéria de Direito Internacio- nal Privado, Sobre nacionalidade expedi 0 Aviso de 7 de feverciro de 1928 a respeito do conflto entre a Franca © a Inglaterra relativo aos ‘decrets francesesreferentes 2 aguisigio de nacionalidade na Toe ‘e no Marrocos, tendo a Corte Feconhecido a validade das Aisporigdes frances. Em 1955 a Corte decidiu o caso Notetohm, em que no foi reconhecida a nacionalidade, por naturalizacio, concedida por Liechtenstein a um cidadio alemio que resin na Guatemala.” Sobrea condi juridica do estrangeiro, a Corte Permanente Jjulgou em 1926 um caso referentea expropriacio sem indenizacio ‘de usinasalemas na Silésta apde a anexacio da Srea pela Poldn fem que se prochimou © principio internacional de protegio a propriedade privda, ‘Em matéria de conflte de eis destaca-seojulgamento,em 1929, dos empréstimosemitidos na Franca pelos governs sdrvo e brasil ro, em que a Corte decidiu pela aplicagso do diveito do pais Aevedor. Em 195E, com o caso Boll julgou wma questio de fai, aplicando o direitsueco a uma eranea residente na Holanda Em Borelona Traction, Light and Power Company.” Corte negow em 1970 legitimidade & Belgica para defender interesses dos acio- hstas de nacionaldade belga, porque a sociedade fora consitida fe acordo com 0 direito canadense, ¢ somente este pals, © no @ Belgica, poderia questionar a legalidade da decretacao da falencia da Sociedade pela jusea espanbola, [No eas Ambatican a Corte decidiu ex 1956 favoravelmente & reclamagio da Gtécia contra 0 Reino Unido, que nao deveria ter Julgade o easo antes de submetélo 3 arbitragem, conforme Trat dos irmados entre a Grécia e o Reino Unido. Em 1989 a Corte 1 Vide At FLESCH “Reco Arar ls Cane" pg 3 5 Vie Cpt nbre Peo Jorn julgou improcedente a reclamagio do governo norteamericano ‘Cat que reivindieavaindenizagio por danos sfridos por cidadios Stmetieanos em conseqiéncia de atos do govern italiano que te- fam levado a faleneta da Elatronica Siula SPA, (Eli) controlada [por capitas americans ‘© nimero reduride de casos submetidos & Corte se deve a0 ato de que as questoes de Direito Internacional Privado geralmen te afetam particulares, que no tém acesso 4 Corte, ¢ 08 Estados Faramente prontifican a advogar os interesses de seus cidadios perante a jurisdicio internacional na Hai, 'No eampo do dircito comercial internacional as diversas Cor- tes de arbitragem internacional tém produzide consideravel juris prudéncia que aos poucos val se constituindo em importante fonte fowal privad, tanto em sua manifestagio de ‘Como, © principalmente, de solugSes de card- Confit entre Fontes — Lei. Tratado ‘io freqientes as stuagSes em que se chocam a fonte interna ‘com a foate internacional, A lel interna indica uma solugéo para ‘determinado confito ¢ um watado ou convengio, ratificado pelo pais indiea outra solugde, Que camino seguir? O conflito pode Se dar entre lel anterior ¢ tratado posterior, como também entre ‘tatado anterior e lei posterior. E que dizer quando ocorrer confito entre tim tratado e a Constituicio? Para a boa compreensio da problemtica temos que invocar ‘© conhecido debate entre os dualistas € 5 monistas. Aqueles che fados por Triepel e Anzilot, estes liderados por Hans Kelsen. “Teepe, apds examinar detidamente as distintas caractersticas do direito ingernacional ¢ do digeito interno, concluin que eles Constituem sistemas juridicos dstintos; so dois eireulos que nao ‘Se sobrepem uin sobre-o outro, apenas se langenciam. As relzcoes ‘que regem sao diversi, dafndo hater concorréneia nem acareeIen\ onflitos entre as fontes que regem os dois sistemas juridicos. direita interno rege relagdes de dircito inua-esaaié © od internacional, rlagoes jurkicas inteFestatais. Nio ha conus portanto, no hé contlito.” 40 Vide ALFRED VERDROSS, “Derecho Internacional Paco" igs 68 sg xa é, segundo Triepel, a teoria dualista das relagBes entre 0 direito international eo direite interno, aceitaprincipalmente pela ‘dowtrina italiana.* 'O principal adversirio desta tcoria foi Hans Kelsen®, que sustentava no ser possivel admit a existéncia de dois sistemas juridicos,vdlidos,um independente do outro. Asrelagbes dedireito interno « de direito internacional convergem, se superpoem, © hi aque se encontrar un método que discipline estas duas categorias, ‘Sentro de uina Snica ordem juridica ® sta afirmagio da unieidade {da ordem juridia € denominada de monismo. ‘Com 9 tempo surgirum ts excolas monistas:a que defende a primazia do direto intemo sobre o direito internacional; a que Sefende a primasia do direto internacional sobre o direto interno ‘ca que os equipara, dependendo a prevaléncia de uma fonte sobre ‘ outra da ordemeronoligica de wa criagSo (monismo moderado). ‘Kelsen inelmouse pela primazia do direito internacional so- breodireit intemo, formulando a conhecida imagem da pirimide ‘das normas, em que uina norma tem sa origem e tira sua obriga- toriedade da norma que Ihe € imediatamente superior. No vértice dda pirtmide encontrase a norma fundamental, que vem a sera fegra do Direito Internacional Pablico, pect sunt wanda. ‘Em virias eonstituigdes européias encontram-se regras sobre a relagio entre direito internacional eo direto interno. ‘A Constitucio da Austria, de 1929, artigo 9 declara que “as regras do direite internacional geralmente reconhecidas sio con- Sileradas parte integral do direito federal” 'No mesmo sentido a Consituicio da Alemanha, de 1949, artigo 25: "Ax normas gerais de direito internacional piblico cont tituem parte integrante do direito federal", ea Constitaic ialia- ha, de 1947, artigo 10: "O ordenamento jurdico italiano se com 4 idem, p68. ee EAU eed cops nouns THER aan cue teot mrane nec Ses ne east meme eaac Forma as normas do dlrito internacional geralmente reconheci- dan” Estes dispostivos tém sido interpretados restitivamente, ou sj, s6 as regras gers de direito internacional tém primazia sobre © direito interno, nao se aplicando © prinetpio constitucional aos tratadoe em geral”™ ‘Na Holanda e aa Franca as regras constitucionais sio mais abrangentes, Na Holanda reza a Constituigio de 1983: “Art. 4 — As disposicdes legais em vigor no Reino deixario de se aplicar quando colirem com disposicBes de tratados ‘brigatrias para todas as pessoas ou com decisdes de organi- [Na Franga o artigo 55 da Constiuigio de 1958 prescreve: 0s tratados ow acordos regularmente ratifeados ou aprova- dos tem, a partir de sua publicagio, wma autoridade superior Aidas leis desde que respeitados pela ovtra parte sgnatiria” Anteriormente » jurisprudéncia francesa dava primazia & let posterior que contivesse diporitive confliante com watado ante- For, num monismo moderate que equiparava as duas fontes com pprevalencia do diploma legal posterior ‘Mestno apés ‘0 citado disposi constitucional, os conflitos centre leis ¢tratados anteriores tem susctadlo problemas nos wibur ‘als franceses, prineipalmente a questio da competéncia para cons tutar 0 cimprimenta do tratado pelas outras partes signatarias "Nos Estados Unidos a posicio hierarquica dos uatados figura no artigo 6%, 2" segéo da Consttuigio, que asim determina: "Esta Constituigao © a leis complementares ¢ todos os tratados ji cele- ‘brados ou por celebrar of a autoridade dos Estados Unidos cons- tituirto a lel miprema do pats" ‘Srcko comuritio sobre © dete tnterno. moLEEANG FRIEDMANN, “The ‘Glanging Sivere of uno Li pap 10K serps & Comins ‘Smt A rire ae roc carne { LOUSSOUARN ROUREy op. pgs 26 «sop. Vide GEORGE A. BER. Man streneh Sica and Svench Cote Two Problems Supremacy” The Inemssonal sed Compan tn Quarry, 190 pi 338 Thera is BUA Re dees © tents field “This Conon [A doutrina americana interpreta exte dispositive no sentido de ywiparagio da Ie interna © do tratado internacional, com prem inci do posterior, numa perfeita aderéncia a0 que se conhece como monisino moderado, ‘A Corte Suprema doe EUA tem repetidamente decidide que as leis federais tao no mesmo nivel dos tatados e que quando fuma lei conflia: com tratado anteriormente aprovado, devese ‘cumprir a order: da le interna 'No Brasil a doutrina-indinouse para. o monismo absohuto, advogando que-e-tratade-sempre prevalece sobre a ireto posit exte principio fol consagrado pelo Cédigo Tributie so Nacional, eujo artigo 98 prescreve: SB ener mae or which shall ‘nade ‘der the aio of the Uae Sate edits 12 to Reemen fe La Ted Te Fregn elo {Eovatthe Usted Sten ene te obec atemedat picts don tindos tprovedor pelos Exton Unidos quando islet, commence dos ‘on aeiefecung international agent AIRED « COVEIE, 354 US 18 amecedio por lor Moron, 2 Cure 454, ‘ares ton, US. 10, Win) Roberton 24'S 190 Eage us Roberoon, SNEENEY COVENT OLIVER E NOWESEEECH “Chur and Matern on he ao Suc egar fc e“Oael Saas Falctin Libro Orpantation’, Armee Joural Inertia! Law 1088, Fe astra prennc i arunanieteronaas cm le mena cm ‘pneu veleincin T PLO (OL) ears em cuoqu como Acoso fede ‘peo anne Nes ncn cop cca OY. {ibuipowaipac™—o-AntTeroram Ano ubangia sede da mio da OL? Jima te Noes Un ‘amet a mune a OL as Niches Unis Siorcrsm queso Core Ifecenclnal de frie sepade gus ox Exton Unidos Svea saber ‘Brean com 2 erpuietietnreaionalsatnagem, sen tbe vedo re Ey iat A Coe go ctr arden os nope prea ic ineraion e oer a Sratpune cf irepn renocin ie Cour afineUneed Sater A Rep OLOUIS [ENKIN®, Hares Law Rese 100, yg) ew epben de LOUIS HENRE sea SU wasn Por Att Coo 1 Os ratados ¢ as convengies internacionals revogam out mo- ‘ifeam a legislagio tibutiria interna, e serio observados pela fque thes sobrevenha.” ‘Assim entenderam no campe do Direito Internacional Privado (Oscar Tendrio® e Haroldo Valladio. “Amfesr de Castro" regue a doutsina italiana do dualismo, dizendo que *tratado no € le; € ato internacional que obriga o povo Comiderado em bloco; que obriga o governo na ordem externa € ‘Sho o povo na ordem interna. Nao é admissivel que um s6 ato, 20 mesmo tempo, posa ser trtado e ato legislativo ordinsrio; nem se ‘concebe que win tratado normativo se converta em ato legilaivo lel ‘ou deereto), Formas uridieasinconfundives e inconversves, cada ‘qual com sua esfera pr6pria de agio. O waado explana relagdes nize governantes (horizontas, endo a8 pessoas coordenads) en- tanto a Ieie 0 decreto explicam relagées do governo com seus sitos(vertieas entre subordinantes e subordinados)" Confit entre Constituio ¢ Trotado Dinergenosss Doutrinasobee a cventual confite entre Tatado «Consiga, Valadao™ stent que a norma constucional pox ht VICENTE MAROTTA RANGE. “Os Confit ene 0 Diet i iatdosIneraconsi, teu Ge Soceade Brats de Deh ‘Sale, pg, MIRO FRAGA “© Gonit ee Ta ‘dora enorma de Deter «C130 ALBUGUERQUE MELLO, “Cons ‘ig e Reaches nteracionst A Nova Catan 9 Bio lcetiasonat “A 'Reopimaa ¢ Sugeno" cordcanio de JACOB DOLINGER, pig 12 es Fancaente tories pln dott bre stinteraa eso Guan ‘Saige power Agus Observese ques Come de Vena oie 0 Dcto {Er Thulin de 00, dpoe cn cu ago £7 qe "map uo pode lvoe ‘Spi’ enw ico rn mo ia faroadpeme e STAMILCAR DE CASTRO, “Dro Interaconal Pode” 12. Sr HAROLDO VALLADAG, DIP. 7/06 ad terior no revoge o tratado anteriormente aprovaio, mas que a hhorma convencianal, que vier a ser aprovada € raificada apds a Nigencia do texto constitucional e que com ela colidi, ndo prevar Tecers, "pois nese caso decorrerin dum ato internacional invalio, tnio vigorante, pois nao podia ter sido aprovado nem raificado™ ‘Oscar Tensro’ excreve que “enquanto se generaliza entre os| internacionalitas earopeus 0 preceito de que as mudangas const tucionais ja qual for a sua origem, no invalidam os tratados, 0 principio da supremacta constitcional no Brasil induz aaceitagio fla tese adversa",e ransereve ligio de Aurelino Leal em “Teoria © Pritica da Constiuigao Federal Brasileira", parte primeira, pig (698, que assim escreveu: "A mim me parece que se os assuntos regulados nos tratados forem compativeis com as altragGes intro- fduzidas no regime constieucional, nada h que se oponbaa que as tmesmas continue em vigor. Se, porém, as modificagbesfeiasn Tei suprema colidirem com a matéria regulada nos acordos inter nacionais, nio se me afigura que ot mesmos prevalecam contra a nova orientagio constitucional, a menos que © poder constiuinte Consigne na reformna uma disposicio garantindo a sua vigénca.” "A niorma constitucional do artigo 102, incso Il, lebra & da Constituido que outorgn a0 Supremo Tribunal Federal a compe- téncia para julgir recurso extriordingsio de causa decidida em Sinica ou illtima instincia quando a decisio recorrida declara a “inconsttucionalidade de tratado ou lei federal” signifiea para Valladio inconsttucionalidade de tratado fatifcado em contra ‘Gio a norma censttucional jé vigente, e para Tenério abrange Spanqur pote em que otto conse em noma contin Hildebrands Accioly™ versando este tema no campo do Dire to Internacional Pablo, diz que "a propria lel constitucional no pode isentar o Exado de responsbilidade por vilacio de seus Jieveres internacional” einvoca ima deco da Corte Permanente fe Jusica Internacional, que decidiu em 1982 no sentido de que 3 OSCAR TENORIO, DIP, 11/94. Vide no meno ator: “Le de Indo so ‘Cadgs Gui, pag. 8, onde iain ees emtendimento da sprees (StEnerinctotinaa abr regs comico St iMDEnRANDO ACEIOL “Manat de Dro Intermconal Fabio" px so ‘sum Estado nio pode invocar contra outro Estado sua prépria onsite pars enter» brgeees que he camber co de do dicho incrnaional ou Se watts vigentcr ‘versa poo doutrniia de Carle Masinian” para aqem "3 Constuci € st sprem dope contra ata ea ‘trespio, io premiccem reohighs dos poder federa cone Aiuigoey decrtes on sntenas feral nem trade ou uae ‘et outro aioe diplomdtcor; Eos orentarto fl segulda eles Ministor da tur do SEF no ogamento do RE 108-173"" ‘ cidige Bosamante em eu artigo # lain os precios contitaconsicna categoria dees de otc pableaimereacionl rm, consderando que ao ConvengScs de Dic Tnteroaional Pvado respiam sordem pies internacional decade pts ‘tiie, contends sempre tan dposive expres com carey Sa, concutse que quando tina regraconvnconal fir norea Snsitucona lo. jest peeaecet cm cnsderacdeordem INES ncesaconl do fora _Jurisprudéncia Brasilia A matériaprima do debate na Doutrina e na Jursprudéncia brasileira a respeito do confit entre fonte interna efonte inter nacional, envolvendo, naturalmente, a discussio em torno da orien lucio dualista ou monista e esta com suas subdivsées, centrownse nas ConvencSes de Genebra de 1930 e de 1951, respectivamente sobre letras de clmbio e notas promissrias¢ sobre cheques Existe no Brasil Iegislagio interna sobre lewas de cimbio © notas promissérias — 0 Decreto 2.044 de 1908 —e sabre cheque ‘Unhamos a Lei 2.591 de 1912. Por outro lato o Brasil aderiu as Convengses sobre letra de ‘imbio € nots promisséria (convencio que adous let wniforme, 5 gqttos wasn, “Hemet «oka Di’ ig 24 56 RE 109,173, RI} 121/270, 272,296 Mana adate note Dente © SF Otecraue do Pretencr LUIS ROBERTO BARKOSO. 5 Jleam' Conencto spon mu Hain cn 1012 sobre lea de nti © nota reas fmenton de eto Tntracinal Privd™ ‘convencio para regular conflitos de leis ¢ convencio relaiva a0 Imposto de elo) e As correspondentes trés convencdes sobre che ‘que, em 26 de agosto de 1942 — por ato do Poder Executing —e ‘0 Congreso National aprovou estas Comvencoes em 1964, pelo Decreto Leyislatvo n? 54 — ato do Poder Legisiatva — tendo a Presidéncia da Repiblica decretado que as convencSes ajam exe- cculadas e cumpridas, por Decreto n" 57.663 de 1966 no que cou cere is leuas e notas e por Decreto n° 57.505, também de 1966, para os cheques. Golocouse a partir de 1966 a questio de saber se estas con vengSes Se aplicirlam tosomente para relagdes cambiriasinter- rnacionais em qu: algum dos participantes ot algum dos atosfor- Imadlores do titulo de crédito lvesse sede no exterior, ose foram 35 convencoes aprovadas para serem igualmente cumpridas no Brasil internamente, substtuindo, assim, a legislacso de 1908 e de 1912, respectivamente para letras, nota © cheques. Em 17 de mao de 1968 o Supremo equiparou a Convencio a lei interna, a0 jugar interessante questio de conflitejursdicional suscitado por ji7 estadual de Sto Paulo”, que se considerava incompetence parajulgar umaagio executiva cambial cis que, aps 4 aprovagio da Convencio de Genebra, as nots promissérias pas. saram a disciplirarse por este diploma, e assim, nos termos do artigo 119, Il ea Constituigio Federal de 1967, a competéncia seria exclusivamente cla Jurtiga Federal, una vez que ali re dia aque a esta Justia cabe julgar "as causas fundadas em tratado ou fem conuata da Uniso com Estado extrangeiro ou organismo inter- nacional”, (© Supremo Pretério decidin pela competéncia da Justica e& tadual, tendo o Relator, Ministro Eloy da Rocha, declarade que 0 fireito entrado pela via de recepeio do watado esté no mesmo plano de igualdade que o intemamente elaborado, nao sendo Superior a este. Nossa Constituigio nio contém norma expressa de predominancia do direito internacional como a francesa. Admitra, Seria, como dechra Bernard Schwartz, consitucionalista norte: Americano, dar # Conveneio, nao forca de lei, mas de restricio ‘constitueional, e isso 56 a propria Constimicio poderia estabele- 5 Cont de vio 1663, I] 48/66 cet", Observase nesta decisio nitda inclinagio para © monismo moderado, ‘Ao Tribunal de Justica do Parané coube decidir uma questio 1e envolia a preserigio da cobranga de um cheaue (0 prazo da Tei brasileira era de cineo anos evi artigo 15 da lei do cheque, « © prazo da Convencio de Genebra € de seis meses, artigo 52 da Lei Uniforme) Reformando decisio de 1 instincia, 0 Tribunal paranaense entenden que a Convengio de Genebra nio afetow a vigéncia da lei brasileira sobre o cheque, porque “as eonvencées nio tém 0 poder de modificara legislagio interna de cada nacio paricipante, fis que os tratdos e as convencdes ndo sio auto-xecutive's, de- pendendo, para que entre no quadro da legislagio interna, de lei claborada pelo Congresso, Para vigorar no Basil a Lei Uniforme de Genebra, hd necessidade de uma nova let cambial em substitu Gio a0 Decreto 2.044 de 1908. Permanecem vigentes 2s Leis 2.044 de 1908 © 2.591 de 1912, e demais leis porteriores que regulam & cemisso, circulacio e pagamento de letra de eémbio, notas pro- rmissGrias e cheques". Temos aqui adesio a escola dualista Esta decisio do Tribunal paranaense foi objeto de Recurso Extraordindro,® julgado pela Suprema Corte em 4 de agosto de 1971, que acompanhou & unanimidade o voto do Relator, Ministro Oswaldo Triguelro, do seguinte teor: “Os que entendem que essa incorporacio depend ainda de legistagio especial acentuam que, no sistema brasileiro, let 56 se revoga por outa lei, e que as nossas Constitugdes jamais consagraram norma pertinente 2 imediata eficicia dos trata fos, celebrados pelo Brasil, quando colidentes com o direto interno, Para esse efeito, sem duvida,inexisteregra constita- onal expressa. Penso, todavia, que o principio esta implicto rho contexto da lei maior. ‘Ort 64 1, da Consttuigio de 1946 incluiu na competéncia ‘exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente 30° bre os tratados e convengies celebrados com Estados estran- _eiros pelo Presidente da Repiiblics. O principio foi reprodi- 9 RE71.154, RI 56/2. ido pela Constituicio de 1967 (art. 47, 1) € mantide pela Vigente Emenda Constitucional n® 1 (art. 44,1) ‘Nio me parece curial que o Brasil firme um watado, que ‘ese tratado seja aprovado definitvamente pelo Congresso Nacional, cue em seguida seja promulgado e, apesar de tudo isso, sua validade ainda fique dependendo de novo ato do Poder Legilativo, A prevalecer este ertério, o tratado, apée sia ratfieaio, vigoratia apenas no plano internacional, po- ‘1€1m ao no Ambito do direito interno, 0 que colocaria 0 Brasil ha privilegiada posiglo de poder exigir a observincia do pac- fuatlo pels outras partes contratantes, sem far sujeito 4 obs {cdo reciproca. A objecio seria ponderivel sea aprovacio do {ratado estvesse confiads 2 outro 6rgio, que no o Congresso Nacional, Mas, e aprovacio € ato do mesmo poder elabors- dor do dircito escrito, nao se justificaria, que, além de solene mente aprovar os termos do tratado, 0 Congresso Nacional finda teste de confirmilos, epetitivamente, ex novo diplo- ma legal. “Acresce que a aprovacio dos tratados obedece a0 mesmo processo de elaboracio da lei, com a observiricia de idéntieas Formalidaces de tramitacio. & certo que se dispensa a sancio presidencil, Mas esta seria desnecessiria, porque, quando felebra un tratado e o submete 4 aprovacio legislatva, 0 Presidente obviamente manifesta ma concordncia. Por outro Jado, a Consttuicio inch, na competéncia do Supremo Te ‘bunal aatsibuigio de ulgar, mediante recurso extraordindrio, causa oriundas da instincia inferior, quando a decisio for ‘ontriria letra de tratado ou de lei federal "A meu ver, essa norma consagra a vigencia dos tratados, independentemente de lei especial, Porque, se ex vigencla ‘dependesse de lel referencia a tratado, no dispositive cons titucional, seria de todo ociosa, Por outras palavras, a Const- tuicdo. prove a negativa de vigéncia da let e a negativa dé vigencia de traado,exigido para a validade deste a aprovagio pelo Congress, poréin no sun reproducao Formal em texto 1 leginiagho interna ‘Ente € sls, 9 ponto de vista do Governo brasileiro, como se verifica do parecer n° 738, da Consultoria-Geral, aprova- {do pelo Presidente da Replica e publicado no Didrio Oficial de 269-1968 (p, 8.420). As conchusées desse parecer estio ‘condensadas em ementa do seguinte teor “hs disposiges das ConvengSes concluidas em Genebra a 26- 80 e 19-51, spromdas pelo D. Leg. 54, de 89.68, ¢ promub fdas pelos Decretos 57-595 e 87.063, de 7 « 241.65, respec: tivamente, com as reservas li consignadas, acham-ae em vigor ‘ess eficicia nio se restinge aosator de carter internacional, endo que alcanca, igualmente, ax relagdes de digcito interno, Estio em vigor no Brasil a Lei Uniforme sobre Letra de ‘Cambio e Nota Promissoria, assinadas em Genebra em 7630 2 Lei Uniforme sobre Cheque, ali asinada ern 198-81, ambos com a5 necessrias adaptacies aos textos ainda vigentes de nosso diseito e a elas anterior, em face das rescrvas a elas oferecidas pelo Brasil, no momento em que a clas ades Neste trabalho, o entio ProcuradorGeral, De. Adroaido Mesquita da Costa, analisou longa eruditamente a contro- vérsia, sob os seus virios aspectos. E, a propésito, rememorot (debates travador na Assembléia Nacional Constituinte de 1946, quando teve oportunidade de impugnar artigo do Pro- Jjeto em discussio, no qual se dina: os tatados e convencoes ‘que celebrar na forma desta Consttuicio passario a fazer parte da legislagzo interna. O eminente jurta crticon ee preceito por sus superfiuidade, rustentaide que, entte nds, Consoante o direito existente desde 1801, a aprovacio dos tratados ¢ convenges € da competéncin do Congreso Nacio- nal, que sobre elas resolve definitivamente e, cou a votacao final, thes atsibui forea de lei. Esta impugnacio foi acolhida pela Constiminte, que expungiu do texto em elaboracio Lispositve censursdo.” Com esta decisio a Suprema Corte brasileira rejeitou o dua- lismo do Tribunal paranaense, mae nio se manifestou sobre a uestio da primazia do direito interno ow do drcito internacional. 'No mesmo ano de 1971 © Tribunal Pleno pronunciowse em sentido idéntico no RE 70.356." s6 que na hipstese a Convencio de Genebra nao era aplieével por se tratar de titulo emitido ante de a conven¢io entrar em vigor no Brail. Em seu voto diaia 0 RE 70956, 5748, Ministro Relator Blac Pinto: "Nao resta divida de que, desde a vigéncia do D. 37.663,/66, as Convengdes de Genebra se incorpo: ‘aram ao direito brasileiro, eevogando as disposicdes anteriores em sentido contravie” ‘Alguns anos depois a Suprema Corte brasileira julgou © Re- curso Extraordindrio 80.004 em que decid pela validade de um ‘decreto-lei de 1959 que continkia uma regra contrériaa Convencio {de Genebra sobre letras de cimbio e notas promisérias. (© acérilio é muito longo e apresenta a inusitada caraeteristica de conter sete vot0s justfiendos com ampla argumentacio, cada ‘um com orientacio propria, revelando da parte de todos os Mine twos que partciparam do debate, um esmerado conhecimento de {questses internacionais, vendo merecer a atengio dos extudion Sos, mesino dos que dicordam de sua conclusio. ‘A-ementa do acérdio assim rera “Convencio de Genebra — Lei Uniforme sobre Letras de Cimbio «€ Notas Promissias — Aval aposto & Nota Promissoria nao regis twada no prazo legal — Impossbilidade de ser o avalista acionalo mesmo pelas vias ordinaras. Validade do Decretolet n* 427, de 221-69. Emboraa Convencio de Genebra que previn uma lei uniforme sobre letras de clmbio e nots promisdrias tenha aplcabilidade ho direito interno bratileiro, nao se robrepoe cla as leis do pais, disso decorrendc a constitucionalidade e conreqiente valdade do Decretorei n?427/1969 que institu o registro obrigatorio da Nota PromissGria em Reparticio Fazendria, sob pena de mulidade do titulo, Sendo o aval um instinuto do direito exmbiario, inexistente sera ele se recoahecida a nulidade de titulo cambial a que fot posto, Recurso extrsordinitio conhecido e provide.” Esclarecase que © Decreto-lei 427, de 1969, posteriormente revogado pelo Decretolei n" 1700/79, condicionou a exes abil ade de uma nota promistéria a seu registro no Ministétio da Fazenda, com o que as autoridades tributiiae viwam impede o mercado financeio paralelo,alimentado por ganhos no revelados 20 Imposto de Renda 2 RE 0004 ry xyson 8 95 CGoube 20 professor de Direio Comercial Rubens Requido®, dh Universidade do Farad anc a ese de qu, enanciando «Le Uniforme de Genebra em su artigo 75, os ste requsitos que Uevem compor a nou promiséria, «como eta enuncacio € de farts tai, Drteso 47, 9atesceia a. re Sto. do registro fzendaio, cou em choque com Conveneio, uc ns ordcm hieranquca das fontes de deo € superio, © por tino sem validade 0 Decretote ‘WGamos alguns voor enunciados no julgamento do Recurso xtraordinasio 80.004 Minisro Xavier de Albuguerque— reprodus a ligio de Haroldo Val- lado" que invoca varias decsbes mais antgas da Suprema Corte, recorda a decisio do RE 71.154, acima transcrita, definese pelo primada do direito internacional sobre o direito interno, wansere- ve parte do estudo do Professor Rubens Requiso © confirma 0 seGrdio paranaense que negara validade ao Decretoel 427. Mo- a da fonte internacional, rismo, com pe Minisvo Cunha Peizto — esposa duas teses, primeiramente a do Imitie 0 estrangeiro entre os cidadios € darihe participagio na religito e nos scificios” Em sua explinacio sobre os dois grandes centros cuturals Jjuridicos da Antiguidade, diz FusteP que o estrangeito, por nio pparticipar na religize, nfo tinha direito algum, a leis da cidade fio existiam pare ele. Nao podia ser proprietirio, nio podia cas se, o8 filhos nates da undo de um eidadio e uma estrangeira ‘eram considerados bastards, no podia o alienigena contratar ‘com cidadios e nio podia exercer 0 comércio, vedado Ihe era hherdar de wim cidadio © um eidadio dele nio podia herdar. 1 FUSTEL DE-COLLANGES, “A Gilad Amp”, pg 20/1 2 FUSTEL, op. ct pg 2 ‘Quando se verficon a necessidade de haver jusica para 0 finda PusteP quem informa, criowse wm wibunal ‘excepeional. Roma tinka pretor para julgar 0 estrangeiro, 0 preor Deraginus, e, em Atenas, 0 juiz dos estrangeiros era 0 polomarca, © Imagistrado cnearregado dos cuidados da guerra e de todas as Felagbes com o inimigo, 'Na fndia antiga 0s nascidos fora do terrtsrio eram considera ‘los impuros, em nivel abaixo dos pains e dos sudras 'No Egito 36 os ribeirintios do Nilo eram puros, resto da terra ‘ora a sede da impuresa. O egipeio nao abracaria um grego, ni se Servirin da faca le tm grego, mio comeria carne de win boi que tivesee sido cortado com a faca de um grego, nem comeria na compania de estrangciror* 'Na Caldéia e na Astra no havia reconhecimento de direitos do estrangeiro, Jd na Pérsia revelowse certatolerincia para com ‘determinados pavos estrangciros, o mesmo ocorrendo na China, antiga? ‘A conclusio que os autores tram deste panorama da Antigui- dade € de que, nio tendo os estrangeiros partcipacio na-vda Juridica, os direitos locas jamais entravam em choque com direitos ‘srangeiros, inexistind possiblidade de conflito¢, portant, des- ‘onheelde ¢ Direito Internacional Privo. = Luiz, Gama e Silva lembrava em sia aulae da USP* que no Pentatenco encontramse vrias referénciasao trato do estrangeiro, ppregando-se a igualdade cestabelecende-se penas para quem ofen este o peregrine’. |e Pte ren ee Fe ET aaa ads lho Tetamento on eines eho no Lio Pao, 22/90: Mo “amttecerin;nem afer © stranger, porque ame Wi fonts earangeros SESS iL Ln 18/5034 Se igus htm ‘Gs tonesexrangeion no gio no Lao Nimeron 18/18: ~Serd tm mes le ‘na encama ordenagao tno para ws como pa os ue aio caraageres 20 Sono pa Veen que 2 lf monic, a tes de Scrinar © Sar © Werner Goldschmidt observa que as vezes as cidades gregus ‘celebravam entre si convénios de ajuda judicial em que determina ‘vam que juizes seriam competentes para Iitgior que viewem a Dcorrer entre pestoas das diferentes cidades, que continham, ex: Ccepcionalmente normas asinalando 0 direito que seria aplieivel, Roma origina romanos, foi ciado o jus gentium, destinado a disciplinar estas ‘elagdesjuridiew. Descortinam af alguns autores uma manifestaczo de Direto Intersacioial Privado, pois que encerrava uma solucio pra o conflta entre regimes juridicos diversos, ‘Mas, advertem Outros autores’ o jus genium "no era out coita endo um complexo de normas de direito material como tal dis Amilear de Castro, “o jus genium era a negacio do Direito Internacional Prado, jd que se destinava 3 dire apre- ‘dagio de relagier extabelecidas entre peregeinos, uns com of om ros, ou entre romanos e peregrinos"” ‘Deacjamn cam isto ov auwores indicar que o jus gmtium nio representava uit sistema de normas indiretas,indicadoras de dirt tovaplicvel, mat era ele proprio um sistema uniforme de normas iret, substantivas, a ser aplicado a romanos e peregrinos sem sistingdes. E Ditto Uniforme ndo seria Direito Internacional ‘ado, mat, pelo contrério, sua antitese. "A doutrina moderna considera o direito uniforme como um ‘dos métodos utdlaados pela ciéncia que visa solucionar os confitos ‘de les, Neste expirito poderia dizerae que quando os romanos Tormularam ura sistema juridico uniforme que pasrow a ser aplica- do para as relages ju tarde para todos, inclusive romanos entre si, criaram efetivamente ‘trang, como m outers, aching com conde, cip ‘Shots jrtcatie 4 popula jude. ite 4 ee espa JORO WARBA. iio,“ Feral rain Come pa 2 Jeleanea pag 72 eRtise «frames stabs 0214584 over “ om an uma solucio para os conflitos de les, no que se de primérdio do Direito Internacional Privado. (0s Bérbaos« « Pesomalidade das Les A iomasio do Impétio Romano pelos itharos.no_sésslo-¥ acajeiou alteragées no panorama juridico europe, institciona: lizando-se o sistema que se convencionou denominar da persona- siape seer sa id pela ;permitindo que cada grupo humano de seu império ‘ivesse de acardo com stas préprissinsttuigdes, tolerdncia esta que tempo eno mesmo territério, paras. uma verdadeira Torre de Babel, concehendo-se €-segidas por es diversas ‘Oscar Tenéri invocando a ligio do historiador do DALP, M, Majer mona gue ex cra era de ‘época, cis qué-na venda aplicavase a lel do vendedor, na tational do decujus e a miulher se submetia 0 Regime Feudal ¢ a Tertriatade das Leis A perronalidade das lei ocationava a conservacio dat leit QPanigas! em que cada agrupamento humano mandnhase fel 20s contumes dea gre ‘Ocorre que mistura dos povos através dos casamentor, 0 Dawerimcnto dr ose} wis, dr mirage que leva pov 1) EDWARD GIBBON, “The Decline and Fall of the Roman Esp, c. XM Ve MONTESQUIEU, “0 fap das Le, Lio X30 cap. 208 {ancn era ila pl don anon on fran pls lets dot german, ‘rte ple ls dele so oman pls oman; os connor ‘Eo pc av wn dec a erm pram Tis ol pg. 71 {3 Osean TENON, “Die Inermonl Prentice hia he edn hs pon he VER ESO para lugares de condicSes diferentes, jam ocasionando a ruptura {a tradigdes e dos habitos ancest ‘Outrossim, aevolucio social pede novas lise estas s6 se criam {dentro de‘um quidro de origem e de autoridade terrtoriais, E ainda hi a considerar que a evolucio dos fendmenos socio. econdmicos acarretou transformagées no panorama polio da Europa, que repereutiram no plano juridico, com a fixagio do hhomem sobre a tera, a organizacio dos feudos e a sua autonomia rob o comando de wim senhor feudal, que nio admitia outa lei ‘eno aquela porele determinada. Com 0 regime feudal encerrase © periodo da personalidade da lei e insalase o da terrtorialidade da le, wansformagio ocorrida no século IX ‘Submetidas as populacées exclusivamente as leis vigentes em seus terrtsrios, ose vrifcava conflito de leis, daf inexistente na Epoca feudal qualquer interesse pelo D.LP. "Novas alterazdes no plano econémico iriam alterar mais uma vex 0 panorama, para dar inicio ao lento desenvolvimento de una + Centos de Merncia da Made Média A Iulia no eve um regime feudal muito acentuado, expecial- ‘mente no norte, sujas cdadesreptblieas mantiveram clewado grat ‘esoberania foram se tornando centros de comércio com intenso ‘movimento mercantilinterurbano. Excreve Ferrer Correia que & partir do século XI as cidades do norte da Iulia, como Médena, Bolonha, Florenca, Padua, Génova e Venera, que haviam se torna do importantes centros comerciais, comecam a reduzir a escrito o ‘eu direito conmietudingrio © a firmar os estatutos local, que se ‘ocupam principalmente das relagdes juridicas de direito privado, ‘iferindo uns dos outros. “Ora ets cidades italianas do Norte ‘entregamse em larga eseala ao exercicio do comérclo esto origina contatos cada vee mais Fequentes entre habitantes de diferentes fidades. Mercadores de Bolona ou Florenca passim amide at portas de Médera ou Veneza, para ai etabelecer relagdes de co- nércio com mereadores locals. Muito cedo aconlece tornarae fre ‘qbente o caso deser demandado perante as justicas de wina cidade 1 FERRER CORREIA. op. cit, pg 200/20 tum habitante de outra cidade, E surge entio a pergunta: qual o ‘estatuto aplicévelnestes casos?” (Os autores transcrevern um texto latino encontrado pelo ternacionalistaehistoiador do Direito Internacional Privado, Karl [Neumeyer, que seria "o mais remoto vestigio de dieitointernacio= nal privado de que até agora se tem notiia")" ¢ que asim rezs: “Mas, perguntase: se homens de diversas provincas, a5 qu diversos contumes, itgam perante tm mesmo juiz, qual ser julgado? parecer mais preferivel ‘emais sil, porque deve julgar conforme aquilo que a ee, juz, For vista como melhor. De acordo com Aldricws” Mais prefeeer, “mas ii, “melhor. Esta era uma solugio ambigua ¢ insatsftéra, sutenta Martin Wolf,” pois € duvidoso shore mais til significa o dreito que tenha conexto ‘ais eal com a matéria sob igi, ou se o mestre Arico se releria A qualidade do direto em 5. Esta solucio parece a mais provivel, ‘onclul, Outros autores preferiam interpretar de acordo conn primeira opeio apresentada por Wolf. ‘Com este parecer de Aldrieus, jurista bolonhés da segunda rmetade do séeulo XI], teria naseido a ciéneia do DALP, dai alguns autores atribuirem a’ ext ciéncia oito séculot de existencia. J& ‘outros estudiosos considera que, originariamente, ¢ durante lon fo tempo, at quesises de caster intemacional cram analiadas ‘como parte integrante do direito primério, e que s6 no século XIX que a eéneia adquiriu autonomia cientiia. "Amilear de Castro™ observa que apesar de serem conhecidas as demonstragées histricas de Meijers no sentido de que, coneo- ‘mitantemente ao que ocorria no norte da Italia, também nos Par SesBaixos, na Frana, Alemanha e Inglaterra a atencio dos et ‘iosos era despertada para os problemas causados pela diversidade {dos costumes das diferentes localidades, ado ha divida de que 0 parecer de Aldricus € at6 hoje o mais antigo documento em que Se esbocou dlaramente a problemdtiea do confito de leis ede una tolugio para 0 mesmo, 1 ANMILCAR DE CASTRO, opt pig. 127 1) MARIN WOLEF, "Dec ncaa Pv", pg. 2. 1 AMILCAR DE CASTRO, opt pug a8. Teorias Estatutéinas [As cidades do norte da Iulia, que se caracterizavam por sua soberania dispunham de legilacio propria, independente do di {oromanoe do direto germanico:Tasleissmunicipaisou provi ‘erun-conhecidas camo Estas, eontendo normas sobre-os mais varladas campos do direto, inuindo prescrigoes administraivas, O) ieee aE ave cle dete comet tec cannot «scones qu ene sv memos vere @)| vm fr ota da eps do sro dose 87 {eee XVI periods em qucsurgiam desea sores Sing» sera uncon prt Cae eos etna, om mre de ‘As primeinestrés excol XIV), a frances: (século XVP) € a holandesa (século XVID). Sobre sta dvisio € pacfiaa doutrina. A quarta excola, identificads como 2 escola alems do século XVIII ou como a segunda escola francesa, fo século XVI, nada de noso trouxe a0 D.LP, limitando-se 9 “desenvolver e aperfeigoar 0 que é fora eriado até o final do séeulo XVII pelas wes lamosis escolas estat Exe itaiona ~ Os exionne do-ditstg romano dag séculs XI. targinals © intilienres “ue Iiroduatam noe SNUG extos ©| rourancs, em que on cmmentmaen: procurando encontsr ¥'me Thor inerpretacio dat antiga les. O texto de Aldricos, acim teanarioy € um produto desma época © dese po de eamdes © Lomentirioe. "AcscolaHallana tve como precursor, nda no silo XIN, 0 romanisia Accwsies que glosu um texto romano qu, 9 EO, nenbuma redo inka coma dtcipling do DALP "No Gasdigo, wma das partes components do Corpus fs Cis de Justiniano, cacontense uma consitaiio intitulada “Ds Bxeelen ‘Tindade e Fé Guslica"* que ee inka com a segulnts pala 1p Po co de cing — ne na ot fle ta sper “Queremor que todos os povon (Gand phat) que vvem sob noe nei region pr sm Clem, Aoem aii thes Aponte Sio Bere wan a0 omanos” xm conc cto ‘Cgjee dnbe una cercerttic pec, pos Hee & trem imperial aoe povos que vain sb muro ‘sel consinaie Acer intr urn ots que dain 0 sequivie “Porgy ot um bolones for acon tm Moen 0 SEE juno Sopa on easter de Modena oe qua ng Sal subtly por cis Go que a ci geo pous de now ‘Semence em Cutts pars o ena Se Mena nao € cope pica prs jugar o belo: s coe onden da inper- [ove rohanas te alta aqeles que nd siam sob ua upd oon demenca™ . ‘ince ndagagio da escola dow glomnores se rfeia& hipstte do miles que este seu tate durante wa ae fein a Vines, © a devern st regio pel el de Mane Ge Goal do esator) ou pelo esate de Venees (el do ugar ‘cbc do a0)? Ths lomores seguinae not seule XIV XV a escola dos prglomtiores modcinanents denoninados“eometrinaa’= {Inc tsdiiam comendror tls em qu deacnaa die ‘oes cette sande dor texor nian no dee de ‘Sinacar de Caro" perdiamse em prolas digress outing thy a vrs em slelo conta pamagem losin; coms foes ‘oespondente, visto consi die tn, dso comm, Sues presse wethicr ar necrndnder Hala" © aor ‘Spar x grandes gure deat ceo pe lomores, ino dt Fa, Barolo (S14 1957) ea (1927-1000 aor expences ‘niveratarsiiana da eps DanesPeirareae cence, Os dott {por conutbuta iaeaniemente pars untae pata Ela, ent diidida pliicament: ch varias ides nde enenics ‘Or pirglomdores descr a dingo ene regres pro cess gras de fs Aquelas inte vei r- fers pela 1 do foro, cea! datas obeeeram & epee Ear aoc que ovdconss apa dll do foal ere due 29 A lou de ACCURSIUS dau de 1228 BP AMILCAR DE CASTRO, opt ig 198 0 ato juridico se cealizava, Esta stima regra nha naquela época {im sentido amplo, pois abrangia tanto a forma como o fundo dos tos juridicos, “Também foi esta escola que determinou que os delitos devem ser submetidos 2 lei do lugar de sua perpetracio (lee loci dlc), hhorina hoje adotada no Direito Internacional Privado como regra bhisca no 23 no campo do direito penal, como também para a responsabilidade civil Entre or pérglosadores destaca-e a figura ea obra de Bartolo de Sassoferato, um dor mais eminentes criadores da toria © dae ‘normas do DIP. que viveu de 1814 1357, tendo lecionado direito sucessivamente en Bologna, Pisa e Perugia [Bartolo dstingui entre os direitos reals eos direitos pesoas, nogio importante para a elucidagao de muita questOes ent q correm confit, como, por exemplo na sucessio do inglés que jeixasse bens na a terra ena Ilia. Segundo all inglesa daquels, epoca, a sucessiose uansmitiaexclusivamente para o primogenito, ‘o que nao ocorris na legislagio italiana. Regerse-ia a sucessao pela Tei pessoal do falecido ou pela lei territorial dos bens? "Especulao famoso pos-glosador em torno da redacio das leis _sucessGriasenvolvidas® Se clas se referirem diretamente aos bets hherdados, aplicarsed a lei da situacio dos bens que compaem a hheranca, mas se se referirem a pessoa, niclandose a norma com tuma referéncia ao primogénito, tudo depender se ofalecido € ou ‘io inglés: na paimeira hip6tese o primogenito fica com todo @ patriménio sito ma Inglaterra se no € inglés norma nao se relere ‘rele, nem mesmo com relagio értolo estbeleceu que a let do hngar do contrat €adosada para as obrigaces dele cinanadas, enquanto que a lei do lugar de sua execucio rege as conseqiéneias da negligencia ouda mora na \exceucio:" criou a teoria dos estatutor extrangeiros de carster jodioso, inaplicaveisno foro, origem da teoria da ordem piblica do Direita Internacional Privado, «em matéta testamentaria decidin lque at formalidaces ob desiltima sontade Bes fxadas por Bartolo (algumasjé haviam sido for- :muladas por outros representantes da escola italiana como Jacobus 2 Vide “Basta he Confit of Lane pig. 15/6. SC MARIOLO, op. pag De 22 Baldvin, Cinus de Pistia € Guilherme de Cuneo, mas foram de- senvolidas por Bartolo) chegaram até nosios dias, endo cle 0 {grande propulsor do Direito Internacional Privado. Por oeatido do 600* aniersario do nascimento de Bartolo, em 1914, a "Harvard Univenity Press” publicou uma tadugio do ‘easalo que Bartolo escreveu sobre 6 Conflito das Leis efetuada por Joseph Henry Beale, grande autoridade norte-americana em D1 na primeira metade do século XX. Em sua introdugao,o radutor ‘screve: “Bartolws de Sasoferato € a mai imponente figura entre br jurists da Tdade Media. A ele ae deve a primeira manifestacio Sobre as doutrinas do Conflito das Leis, que se tornou css texto que € 0 ponto de partida ea autoridade invocada para todas 1 obras subseqentes sobre a matéria durante quinhentos anos.” F-Laurent™ asim excreveu sobre 9 poeglorador: "Longo foi © seinade de Bértolo nos tibunale e na eléneta juridica. Alguns chamarsm'no 0 pai do direito, outros olampizo do drei. Disa fque a substincia da verdade se encontra em suas obras, e que 0 melhor que os advogudos € os Juires podem fazer € seguir suas opines” cola franensa — A ercola francesa se deserwolveu no stealo XVI, ‘wazendo valiosa contibuicio para 0 progresso do Digeito Interna ‘onal Privido, Nela pontificaram Charles Dumoulin Bernard ‘'Argentre. O primeito introduaiu a teoria da autonomia da vor tade, langando. as bases do. processo qualifieador © D'Argenteé advogou a teoria do territorialismo. Dumoulin, que viveu de 1500 a 1566, foi advogado parisiense ‘emais tarde lecionou em universidades alemis. Sua principal com Uuibuigao situase no plano dos contratos. Entendiase que o funds ‘mento para a aplicagio da lei do lugar da assinatura do contrato para as questées de fundo derivara da presungio de que as partes, 40 escolher um local, deaejavam submetense Se lei nele vigentes, “Todavia ninguém se dera conta da conseqiéncia logics deste fundamento, que acabou sen in, a0 afr ‘mar que se as partes descjarem, poderio perfeitamente escolher foutra lei, coma, por exemplo,a fei do local da situagio do bem. Assim nascew a teoria da autonomia da vontade, de grande impor: ‘dncia no campo do direito internacional das obrigaeSer. Dumoslin aplicou sua idéia a um caro concreto que se tomnou famoso. Em 1525 contrairam niipelas em Paris dois jovens, tendo a mulher adquiride na constineta do casamento unn bem immével ‘ho sul do pals, onde vigorava o regime dota, pelo qual 6 imével pertencersheva com exclusividade, enquanto que no norte, inelu- five Pars, 0 regime era o da comunhio. Deveria aplicarse = lei pparsiense, do domicitio do casl, ou a lei do local da seuacao do imével? Em seu parecer Dumnoulin introduziu um novo elemento —a vontade tieita dos cSnjuges a0 contrair nipcias em Paris, Se os Cénjuges tivesem expliciado ao casir que adotaram 0 regime da ‘comunhio, este xe aplicaria a todos ov bens, onde quer que situa dos. Na ausénein desta manifestagio, admiteae interpretar suas vontades,e a escalhia de Paris como domieiio matrimonial indica a vontade de adotar o regime de bens af vigente "Assim raciorinando, Dumoulin classificow © regime de bens ta eategoria dos contratos> exta foi a primeira manifestgao da teoria das qualifcagdes que procura a correta clasifcagio dos aoe ce niegcios juridicos, para que se hes poss apicara regra de DLP. dequada e que ués € meio séeulos mais tarde ira ser introdusida tha teoria do-D.LP. por Etienne Bartin, um dos grandes mestres franceses. [D'Argentré (1519-1590) era magisvado na Bretanha, © mia contribuigio para o D.LP esti contda na obra que escrevew como comentirio ao artigo 218 dos Costumes da Bretanha *De statue pevsonalidus et walius". A Bretanha do século XVI ainda extava ‘muito influenciada pelo regime feudal e se esforcava para manter suas partcularidades poltcas e juridicas contra as tentadvas de tunifencio. D'Argentré defendia a indepencdéncin da soa terra no plano jurdico, pelo que considerava os confit entre seus costa mes € das outras regides como conflitos de dois sistemas sobera- hos ¢ auténomo: e nao como meros confites interregional, par sveis de eliminario pela uniicagao. Por advogara independéncia e 2 utonomia, D'Argentré crow ‘uma teoria particulars, preocupando-se exchisivamente com fig, 204 ¢ LOUSSCUARN © BOUREL “Dra lnernutanal Pe’, pp 0 ‘Siccrsmtinene de DUMOULIN de dear sept Maeopos dete os imeresss retin roca api es sempre {fue Fosse posite, Parteuarn sige tertorialimo, ou 8, tie bei Bean a pf toa fie rsdcto neni’. Por outro lado, lis estrangeiras nfo deve ‘iim ser splendas ha Bretana, pelo que todos & bens imdveis ‘Hesem se terri etodaras peoas nel domiciadasdeveriam fer regdas peas et oct exingindose a0 maximo» aplicagao date eseangeia Dipsgentesistematiza » dingo entre o.estantn real (con- cemente os bens), de arte terstoral eo ext pesoa ccbienis 4 penta) hipesttofiande-aquele-em-deitmento desc, Guus ice centri tequeades relate} peropaliade Reconhecendo'simposiidade de camificar toda a ins tuicdee estas category, erou una tercia, os eataniton mse, tm que integrou os extatnue que concernemm ds ponoas e i colas Conjuntamente,aplicande a eta categoria smesmas regrar do que "Todas intvlcOes reals © mists seriam regia pela Ie teritorial cas inaitigdes penal pela lel pewoal, dodo © Ctiterido domiclo da penta (endo desua naconalsade),opclo ta ambé de carter territorial, [Nevidesooresnaterers den exit comme, deer ser considerado real “omnia stain dub ali ‘argent cra um dogmadco que punta acca de to a lei o norma, da cl, € que o ue apie sun propria ee 36 terceptlonalente admite invocar lel esrangelra, a € ne holes incinagho de mits dovtsnadores @ magatador ein todst a5 porter denne ha Panga, as dias de D'Argentré nfo foram bem recebidas, sas na Holanda eta Grieetanha foram ito bern acolbida. A rejeieo de lls trangelrasencontrou em D'Angentre seu primero grande defentor Segliseta Huber ja pertencente& peda ex ols eau, ‘Bola holandest — A Holanda aspirava emanciparse, dat ter sido ) muito bem-rinda a teoria territorial de D’Argentré, de fundo J cminentemente nacionalista, Paul e Jean Voet, Christian Roden: \ burs: € Ulrich Huber, as figuras principais do Direito Internacional Priado holandés do xéculo XVI, comentaram a idéias da escola stautrafrancen,prinipalmentea dovtrina de D’Argenté, ns eno asin a ela extra holandesa holandess eoluieam pra um tritodalimo and. mais odo que D’Argenté,e que, enquanto exe admit que Gnbensindvessegusena penton, de acorde com orocardo modi Sequin posenam, and cubmetdon a0 etait peso. jin ‘hnuctonatioasholandesessubmetiam o movi estat Fea ‘Muber® notbilizowse por se escrito "De ofc log dee a. as leis de cad Estado imperam dentro das suas fronteirat © ~ brigam a todos os siditor deste Estado, mas no produzem cfcitos além destes limites; by siditos de cada Rauado sio todos aqueles que se encontram no ~ gen terete; of soberanos de cada Estado conduzemse de modo a tomar possvel que a leis de cada pats, depois de terem sido aplicadas ‘dentro das wins fronteiras, conservem sua forga eeficiia além fas fronteira, 0 que ocorre pela teoria da comitar getium, cortesi internacional, que permite a aplicagio extraterritorial fas leis interas [Eventualmente a comitar passou a ser interpretada nao como mera cortesiaestendida a outro pas, cua legislarso seria atendida, tas como aplicgio do dveita etrangeiro que constitu a ratis: ‘Go de uma exigencia da prépria justiea que se desejaaleangar na Solucio do caso ‘H.C. Mois. mestre britinieo do D.LP, sintetiza a teoria| Ihuberiana da seguinte formar "Nas suas duas primeiras méximas Huber proclama, ais claramente do que qualquer um antes dele, 1 Para FRANCOIS RIGAUX, “Pécs de Droit International Pit, pig. 4, © Tri enaens Pai propramote io com na hand, SSecanues« mans Segundo BRIE2 STUB, opt, pag 260. RO. [BENDUNG © nie MUMER ters lo pameto Jutta da ra aetna que Se ‘fer aos conto Se lee ages ders MNJ HC MORRIS "The Cone f Law, pg. 518 ‘que todas as lei so territoriais endo podem ter forga.eefeivoalém ‘Jas limites do pais ean que foram promulgadas, mat obrigam todae as pessoas quae encoatram dentro do pais sejam elas nama ou ‘xtangeiras, Esa insntncia de Huber na naturera territorial da lei conquistou a simpatia dos magistrados ingleses © americanos, Em seguida, na sua terceiraregra, Huber oferece duas explicacoes Isto ocorre simplesmente porque 0 outro soberano conente que assim se faa. Sua segunda explicacio € de que nio se aplica e ‘executa o direlto estrangeiro como tal, masse reconhece osditeitos a que 0 mesino deu origem. Esta terceia regra também contém as ralves da doutrina da ordem publica" ‘Huber, com seu territoralimo e sua teoria de que sé se admite aplicar « norma juridica estrangeira na medida em que ela tenha Criado direitos adquiridos — vested ight tno direito angloamericano. ~ teve enorme inluéncis outrinas Modernas “Transcorid o culo XVIM em que se aperfeicoaram aidan dos extttiroe den tér eval sem que nada de epecianente ‘orginal tiene sorgido no panorama do DLP, icin jordicn [inaugurao aéculo XIX corn Codigo Chil de Napotedo (804), ego do Codigo Ci tlio (1888) © encernd-se com © ) Gatigo Coil alemio (1890), contendo artes legge regan Innes sobre a slug don conlton dees, conforme er isto 30 Tonge do estado da dcptinn, ariclamente, € nest época que sirgem © pontifcam as imaores figuras do moderno iret Internacional Prvado doi “6 0 wecho de HUBER santo por MORRIS ra” Smeg il ct yy of tert soberancs nro po a coma (1) aig er ohne [St ga goerment para ge sro aids vio hiner de wm ‘gwen aft ene ne ssa fo toa 2 pte Ee jr ty a hrc pl fa of gis of ck gran of 12 ajar dents gue nt eatoom dane so poder ou dion dee gorermo ot de sot ian (9) No (i) temon ssn no (2) ox ron sagan © 2 (Gr Seserm de onde ple, v0 Cautores consagrados ¢ reverenciados até os dias de hoje: Savigny, _p historiador © Hésofo, © Story. o grande sistematizador. | JOSEPH STORY — Juiz da Suprema Corte norte-americana, lustre ‘comentarista da Consttuigio de seu pais, professor da afamada ‘Universidade de Harvard, publicou em 1834 “Comentaries on the Conflict of Laws foreign and domestic, in regard to marriages, vorces, wills, scessions and judgments”. Lorenzen, wm dos prin- ‘pais autores americanos de D.LP.do sécolo atal,referiwae obra de Story como tendo "a mais notivel € importante obra sobre o ‘conflto das leis que aparcceu desde 0 século XIII em qualquer pals, em qualquer lingua” 2° - ‘A respeito as obras de Story e Savigny é interessante repro- auzir 0 depoimento de Dicey." consagrado constitacionalista Dri nico e a maior autoridade em D.LP. da Gri-Bretanha que, logo pds a publicagio da primeira edigio de seu “Confit of Law tin 1896, assim exrevew a respeito de sa propria obra. um amigo: "'Na aparéncia lembra o livre de Story. Mas no posso gabarme de ‘qualquer outra semelbanca. Poi apor ter ldo muito sobre 0 Con fito dar Leis, estou certo de que Story © Savigny escreveram o: Sinicos grandes lsros sobre a matéria e considerando 0 estado da ‘cpeculacio juridica no tempo e no pale de Story, pareceme que fentre os doi, Story empreendeu a maior facanha.” Savigny Fecebeu un exemplar do Inro de Story, que the foi ‘enviado pelo proprio autor.” a ela se referindo no preficio de sua ‘obra como "a excelente obra de Story, Ho rica em informacées, tio Gel A pesquia™ ‘Em aula maugural proferida na Universidade de Harvard no dia 28 de agosto de 1829, Story apresentow o plano de sua obra Sobre o conflite ds lei, dizendo que nla we dedcaria 20 “exame de uma yariedade de questdes muito inerestantes que decorrem Mie 6 MORRIS op. ig 10, cr de STORY mrt Ei spree dues toe nae Uns Set Ce de ere er ‘gna pr Cort fiero, 2 ost mars KU H NADELMASN “Okeroa ISec aon senate Snes of td rr Sey Posen deb que se costuma ‘denominar de lr forte lex lick Eni estas questoes, iguram dt fixagao do domiciio no estrangeito, dos easamentos, div6rcios € {dos crimes que contém um elemento de estraneidader as quests dos testamentos e das sicesses das liberalidades e dos contratom, do efeito da presericio estrangeira, do proceso extrangeiro dos Jjulgamentos estrangeiros. E também, de forma incidental, a ques. io da natureza e da extensio do poder de jurindigio dos tibunais nna administragio de justica aos extrangeiros ¢ sobre o valor ¢ 0 feito a ser reconhecido as ordens dos tribunais estrangeiros™ [Esté af uma sintese feliz do campo de estudos da nossa disci plina por um autor americano que tinka un horizonte europew «da materia, consciente de que conflitos ocorrem nio 8 no plano interno dos E.U.A. em que as legislagses estaduais divergem entre i, como também no plano internacional (o que nio inspitou os Jusinternacionalisas norteamerieanos), uiizando a sistema anglo- americano de examinar e comentar a experiencia dos uibunaix Na primeira edigdo de sew lvro, Story citou cerea de quinhentaa decades da jurisprudéncia e na segunda edigdo, este miimero foi ‘entiquecido para aproximadamente setecentosjulgados.™ Story expde os principios tervtorialistas de D’Argentré, aper- feicoados por Huber, sem se comprometer coin suas teorias © mestre de Harvard foi o primeiro a empregar a denomina- so *Direito Internacional Privado", ¢, nie aceitando a divisio da ‘matéria em estattos pessoas, reais ¢ mistos como o faziam oF autores europeus de sua époce, versa ot iniimeros temas separader ‘mente, como delineara em roa aula inaugural. A comitas gouium dos holandeses significado a gentileza ine ‘ernacional come justficadora de aplicagao de leis estrangeiras, fol substituida por Story pela nogio de que a 9 ‘strangeiro se faz na busca da boa justica, Em suas edigdes posteriores,Siory* tanscreve uma decisio da Suprema Corte norteamericana, no caso Bank of Augusta. Fala 55 CE NADELMANN, opt pi 2 H STONY ps ley 73 MENTA BUENO, o rine ar tee de ‘inp com retrts re Parers Se Bae asa es fem que o Justice Tane, 20 expor a razio para apicar lel estrangeia, disse que “€ ocieso enumerar os exemplos em que, na pritica sgeneralizada dos paises cviizados, a8 les de um pai, por cortesia ‘das nagdes, sio reconhecidas e executadas em territrio de pais estrangeiro. Os casos de contratos tealizados em pais estrangeiro io exemplos conhecidos e as cortes de justica os tém executado de acordo com asleis do lugar em que firmados, sempre que estas no sejam repugnantes as les locals. E um ato woluntirio da nagio que a oferece... centrbuindo tio poderosamente para promover & Justica entre os individuos ea produzir uma comunicaio amistosa entre as soberanics a que os mesmos pertencem, que as cortes de Justica 0 consideraram continuadamente como parte da lei volun- ‘ria das nagSes. Com toda verdade, et dito no “Confito das Leis de Story que ‘A fala de uma regra postiva que afirme ou negue, ‘ou restrinja os efeitos das leis estrangeiras, as cortes de jusica presume a adocio ticita das mesmas por seu governo, resalvado, quando seam reyognantes 3 sua politica ou prejudise aos us ‘Story reforca esta teoria com uma decisio de tribunal britinico no caso Warrmders. Warender,em que Lorde Brougham, apis tecer consideragées sobre a aplicagso de leis esrangeiras em materia ‘contratual, assim concluit: “Por conteguinte, as cartes em cujo pa surge a questio, ecorrem a lei do pais em que te fez o contento, ‘io ex comitate mai ex dbitajustitiae™ Story" se refere a um comentitio de Redfield que contribui para esclarecer a raz da aplicagio da lei estrangeira, dizendo que “nao se pode pretender que os tbunai, quando se referenn i lel do Estado estrangeiro, fzem-no por cortesia, assim como nie se pode dizer que quando alguém invoca uin diciondio estrangeiro tara melhor compreender 9 exato significado dos termosutilizados ‘ho contrato redigido naquela lingua estrangeira, lo por cortesia (© conhecimento da lingua estrangeira no & suais indispensivel ddo que o da lei exrangeira para a exata compreensio das termor soberania¢independcia nig proce por dese de obedience, stn plo sent ‘onto fren ane dane SStOR op. toc se prossegue Story™, exelarecendo mais ainda: “Se em wm caso perante corte americana, os direitos das partes dependem de wma, trannacio que teve lugar na Franca ea tansagio é de wm carter sobre o qual a lel francesa a lei norte-americana sio diferentes, apresentase a questio se a transagio se rege pela lei francesa ot rio, Se a corte decide que ela se rege pel lei francesa, extard ‘obrigada a aplicar esa lei ao far os direitos das partes, no por cortesia e urbanidade para com a Franca, mas porque a justica assim exige. Os direitos das partes dependem, em parte, das cir ccunstincias da transacio, e em parte, da lei que dew 3 transacio sua forea e seus efeitos. Seria to injusto aplicar uma lei diferente ‘como seria determinar of direitos das partes de acordo com wna ‘wansagio diferente da que foi realizads. Ao aplicar a lei francesa, 4 corte no concede a metma efeitor na América, mas apenas Feconhece 0 fato que teve efeito na Franca, (Aqui se encontra a nnatcente da teoria angloamericana dos west rights, pela qual no se aplca lei estrangeira mas Wo-somente se reconhecem os efeitos ‘que ela jf tenha produzido, que te casa com a outta teoria dos angloamericanos de que lei extrangeira €aceita como fatoe n como lei) ‘Ao estudar as vrias questdes juridlicas que se colocam dante 4o aplicador da lei, Story foi estabelecendo regras sobre a lela ser utilizda para cada setor do direito. Para o estado e a eapacidade fas pessoas fixou a regea geral do. domicilio, excetuada 4 eapact dade de contratar, para a qual adotava a let do local do contato; iF 0 casamento sujeltava a capacidade, a forma ea validade i let ‘do lugar da celebragio; em materia de regime de bess em havendo ‘contrato, respeitrse'ia o que tivesse sido pactuado, inexistindo acto, os moveis re regeriam pela lei dodomiclio conjugal, os Im6vels pela lei do lugar de sua siuacio. Para os contratos, let do lugar de sua feitara, com ressalvas para a lei do lugar de sua ‘execugio; os bens mévels pela lei do domiesio do proprietrio © (0s iméveis pela lei do local; sucesdes, a mesina ditincio. entre méveis © imévels.Estabelecen com clareza a resalva da ordem iio de leis estrangeiras repugnantes 20 6 STORY, opt ig 46/7 mi note ers A dh por}. Thora Grande fot a influgneia de Story nio $6 not Estados Unidos, ‘como tambéin na Europa. Foeix, autor do importante "Tite di Droit International Prive ou du confit des lois de différentes na- tions en matire de doit privé", publicado na Franca em 1843, feacreveu no preficio A sua segunda edigio: “este resultado a que ‘nos conduziram nossas pesquisas © nossas melitagoes, encontra moo confirmado e desenvolvido na sibia obra de Story, professor de direito na Universidade de Harvard em Cambridge ¢ juiz ds ‘Suprema Corte dos Estados Unidos da América do Norte” "A obra de Story influenciow marcantemente a consolidacio das regras de DLP. norteamericanas, elaborada em 1934 pelo Instituto do Direto Americano, sob a diregio do Professor Joreph Henry Beale, tamméim de Harvard, 0 Reteement ofthe Law of Confit of Lane. FRIEDRICH CARL VON SAVIGNY — Professor de Berlim, mem bbro do Instituto de Franca, escreveu S3stom des heutigen Romischen ‘Rechts Sistema do Direito Romano tual — em que se concentra zo direto privade de sua época com origem no direito romano. ‘0 oltavoe thio volume da obra foi dedicado pefo autor 36 questies decorrentes dos limites do império das regras de direito| no tempo € no expaco, em que sio expostas teorias que parecem Incomplets ¢ inacabadas "ndo por fraqueza do autor mas pela pnatureza expectal da diseiplina” Savigny foi o grande inovador do moderne Dieito Internacio- nal Privado, discordando com veeméncia das teorias territorialistas ‘de Huber ¢ de seas contemporsineos “Imtimeros autores", diz Savigny, “tentaram resolver eatas ques tet pelo prineipo da independéncia e soberania dos Estados, ¢ partem das seguiates duas premissas I) cada Estado pode exigit ‘que em toda extensio de seu territério nio se reconhecam outras leis que nao as sus: 2°) nenhum Estado pode estender a aplicacio de suas les além de seus nthecida no Bras riteipalmente pela wadveso frmcen de GUENOUR, ca Sequoia cag to pla cn Par 35» 180, SSTSAVIGAY. “Trl de Dro Roman" ose volume: pg. Savigny sustenta que quanto mais as relagdes entre os diversos ‘povos se ampliam mais nos devemos convencer da necessidade de Fenunciar 20 principio da exclusio, para adotar o principio con ttario, O interesse dos povos ¢ dos individuos exige igualdade no trstamento das questbesjuridieas, de forma que em caso de colisio de les, a solugio venha a ser sempre a mesma, eja em que pais se realizar 0 jolgamento. Isto, aie Savigy, decorre de um ponto de vista que ele deno- mina de “comunidad de direto ene 0s diferentes povos"” se- ‘gundo o qual para encontrar a lei aplicivel a cada hipétese ha que Geterminar para cada relaglo jurica 0 direito mais de confor midade com nature propria eessencial desta relagio".O direito mais conforme para cada relagio juridica € encontrado por meio da localizacio da sede da relagéo em caus. Ent sede € representada pelo domicilio das pessoas no que tange a seu extado © capacidad, pela localizagio da coisa para ‘qualficslae regélae pelo lngar da solucio das obrigagGes para as questdes juridieas delas decorrentes. ‘Savigny reconhece que ha excecBes 20 principio da comuni- dade de direito entre os povos, por forea de determinadas leis que cexistem em cada nagio € que tm natureza rigorosamente obriga- {Gria, nfo admitindo a excalha de leis de outrafonte, havendo, por outro lado, instiuigdes de certos paises que nio sio reconhecidas fem outros paises, nio podendo pretender reconheci tribunais destes {A poligamia, a proibigio de aquisi¢io de propriedade imobi- liéria por judeus,oinsinuto da morte civil ea excravido slo quatro institigdes exemplificadas pelo professor de Berlin como inaph- Civeis em foros que nio nas admitem, consttuindo-e assim em excegdes ao principio da comunidade, excegdescujo niimero, con ‘lui Savigny" haverd constantemente de diminuir, através do de- senvolvimento natural do direito no seio dos viios povos to dos 8 SAVIONY, op, pg 90. { SAVIGNY op, pe 109 €18 Vide no prime cpt dete bo, “ric (h Decpina"*O saad de SAVIONY wove reat tue na pn da ‘Sacre spend ESMINE, “erste ony PASQUALE MANCINI — Logo abaixo de Story e Savigny, € para ‘certos autores ombreando com eles, aparece a figura do italiano Pasquale S. Mancini, eriador do moderno Direto Internacional Privado italiano, fundador ¢ presidente do Instituto de Direito “Também Mancini falou na comunidade de direito ao defender 0 dlireito dos estangeiros. Em 1858 assim se pronunciou o mestre f homem pblica italiano perante o Instituto de Direito Interna- ‘ional: *O tatamento dos estrangeiros nao pode depender da ‘comitase da vontede soberana earbitrria de cada Estado. Aciéncia 6 pode considerar este tratamento como umn dever rigoroso de Justigainternacicnal, de que uma nagio nio pode fugir sem violar ‘odireito das genes, sem romper 0 lago que a une a espécie humana ‘dentro de uma grande comunidade de drt, fundada sobre a come hidade e a sociabilidade da natureza humana.” ‘A principal lio de Mancini em D.LP. consta de uma aula inaugural proferida na Universidade de Turim, iniciada em 1851 ce concluida em 1852, zob o titulo “Dalla nasionaid comme funda- ‘mono del dirs delle gene", em que estabeleceu a nadonalidade Como eriterio determinador da lel ser aplicada 3 pessoa em todas ‘as matérias atinentes 4 seu estado © & Sia capacidade, contrari ‘mente a0 principio de Savigny, que optara pelo domiciio. "Em Mancini hava o elemento politico. Batalhador pela wn cagio da Repibiica italiana, quis valoriar 0 direito italiano para fs itallanos, por forea do qual o italiano seria sempre regido por sa lei nacional, onde quer que se encontrasse. ‘A igualdade dos estrangeiros fol consagrada no artigo 3° do (Cédigo Ci italiano de 1865 ("Lo strani dammeso a garde ditt uit atiibutt of adina")* 0 principio da nacionalidade como {¢ HAROLDO VALIADAO, “in Inman Pao 10 Gtincrnatonal™ ug 697 etm obra foi dedicada peo autor franeéaa MANCINI fom aarguntemactae-*Desieo nes eniona Mancini membra do Palaets me istics alo rico te nora cen am rn ma ‘SPER prs ent sg 18h Pui rie in rare, liga 0 DLP. a0 Direito das Gentes, da qual se torna uma manifestagio. ‘No método individual emprega-se a Lei, a Doutrinae a Juris prudéncia nacienais, jf no segundo método, o universal Internacional, aLei Uniforme eo Tratado so as principaisfontes, 5°]. JETTA, op. Spa 21 Dati explea as dua excolas asim: 08 “particulaistas” (seguir ove do mio nda cnseram ie blend DILP ao proprios de eada Estado, por isto as solugbes dever ser Chcontadar nas Tonics inernay © fonterimerhacionss a6 se dive recorrer para marie epecicas,copatiuindo excegies & fegra dat 0 DA. ser umna dcp nacional, ot “univeraliss” Pensam que os problemas vedo pelo DLP. concernem a sode {ede incrnacionale portant tem naturera internacional, deven- {fo reebersolugd interact ‘i Loussouarn e Boure tm outraexplanacio: os “universe lisa aceite na vneagio do DILP, he na possbidade de regrasuniformizadas de DLE — o DLP uniformizado — dal a ppimazia dat fontesinternacionais or "paticularstas” negam a posibildade desta nifermivagio Para lex DIL. €uma projeeao {So alretoimerao no plan imernacional e foro o dirtios inter nos io diferentes igure diferentes correspondem projegiex ferentea “Antoine Pile 6 conheeido como defenjor do universalimo © da sobminio do DLP. x0 Diteito International Pubic, tendo erideado a prefertnca deta pelo regime particular, que de- fui no metodo individual Piles quelecionou epublicou nos séculbe XIX e XX, claborou a veoria do fan socal ds leis que clenifiava em tetitoials © ctstrritriaia Aquels ttm apbeacio gers, para todo, act i pero € em detcrminado espace, eats tm aplegio permanente Bars algons rena no top "A el pode conicr as duas caracternicas, mat nas relacBct internactonats uma dean terd que se sacrfcar em prol da outa AODLP. ‘ioral Para ato que ex investiga a fngdo sek te drige fundamentalmente pars proteger ox invdvos ov para Zeta pea ordem socal Aquela sorio exteaperiorian apican do 403 pence onde quer que se encontre Assegundsssfoteritorais tem apleag a todos que se encontram sobye o mesmo treo, sbrangidon pela novus que vs proeger» prem soi $1 HENRY RATIFFOL © PAUL LAGARDE, opt ig. 24 Sr LOUSSOUARN BOUREL, “Dro Ineratona ine, ig 22 [As normas extraterritorial cuidam do individuo, de sua pro- tecio, sio as nonnas respeitantes 20 estado, 4 capacidade, As rela- {es de familia e de sucesso. As teritoriss io as leis politicas, morais, de seguranea, pro- priedade, crédito pablico, faléncia, wibutos.* Depois de Jita e Pille, a moderna doutrina de Direito Inter- nacional Privado € examinada & luz destes dois métodos — 0. luniverslita e o paricularista: 0 método universalist, de horizon tesamplos, preocupado com o homem na Sociedade internacional, 4 procura de tohigdes internacionais, a serem definidas por Con- veneer ¢ Tratados (tanto as que indicam ar opedes entre dunt legislagdes come as que as uniformizam), 0 Direito Internacional Privado como diciplina orientada pelos prinefpios do Direito In- ternacional Pablco, e, método particularist, que vé 0 DLP. como a splicagio do direito posit interno sobre as relagdes privadas no plano internacional, para o qual a principal fonte € 8 legislagdo interna de cada pats. 5s Otmervoue a anclhanga com 2 primera © a trees enteprin de it ‘Seley de MANCINI a les rian plo pinion seconaade 0 i ihocae Natee btn que FRET Sper aeraius quam 30 ‘nevada D-League ange aca acing, pts toncetrs ‘Sundin ma xtento teen dace on eager como ome ‘eae sgn ne no primete epi cada Dap). Capitulo VIL NACIONALIDADE, [Nacionaldade e Dito Internacional Privado Pontes de Miranda! sustenta que a nacionalidade € um direito substancial, integrado no direito publico. “Nao se expliea que se insira nos programas de Direito Intemational Privtlo — salve como matéria introdutéria — disciplina tio diferente. O Dircts Internacional Privo € um superdireto das leis de dreito privado, ‘Tratase, pois, de um vicio impunido, a corrigitse™ Em seus comentarios 4 Constituicio de 1967/1960! Pontes é ia preciso: "Nem existe, no Direito Internacional Privado, qual. ‘quer notma sobre as leis de nacionalidade; nem as leis sobre he, onalidade io les de dteito privado, Falta Iberia, portanto, qual quer wm dos dois caracteres das regras de Dircito liternacionel Privado: a) serem regras juridicas sobre regras jurilieas, les sobre leis, direito sobre direito:b) serem tas regras juridicay, tai les, tal Alireito, direito privado, As leis sobre a aquisicio e a perda da nacionalidade pertencem ao direlto substancial {direito materiale direito formal juer ramo do sobredireito, seja 0 {ntemacional privudo, seja0 administrative internacional 4, TONTES DE MIRANDA “Nacional de Orgem ¢Naturtiaco no Direto Io”, pretcio, ade JAGON DOLINGER (c sue“ Comenaion s Eoee inc a prio SS racine aera eae Pic em senda pies cabs incorprcia no dee senses E PONIES DE MIRANDA, “Comemas!Consiaicie de 967 coms Enea ‘Toda 100? somo Mpg S90 [No sew tratado eapectfico sobre a diciplina, Pontes faz uma tigeita concessio programétiea, “como a aplicagio da lei nacional poe que se aaa qual a nacionalidade da pessoa, convém, nos Cursos € uatados, resolver s questio preliminar. Mas este expedien- Ter de ondem prétea, que justfiea, a certo ponto, ineluirse 0 ‘pita Kminar sobre nacionalidade, nao muda, nem pode mudar ‘fnatureza do assunto.." ‘0 reconhecimento da nacionalidade como matéria preliminar aa questses de Direito Internacional Privado — eis que em muitos paltes 0 status pesoal & regido pela lei da nacionalidade — Evidentemente a mais cSmoda justificativa para introduzir a maté- fia nos cursos de DLP 'A objecio de Pontes de que as leis sobre nacionalidade nio so leis de direito privdo no constitu problema para aescola que Aceitaintroduszie no DLP. questses ligadas ao dreito pablico, como © processal, 0 penal, 0 administrativo, o fiscal, e outros mais. Jé inocu eh a en se sae ames meee foes ates area ree a ese te cra meer ne pace eee eee ere ee ei eee ec aera oc arom ae sma 1,FONTESDEMRANDA "Hat de Dio ntrmanl Pde 1° pONTES DE MIRANDA, idem, pig 37. 136 ‘Assim sendo, mesmo que as regras sobre a nacionalidade nio sejam exracteristiamente de D-LP, tem com est dsciplna juridica considerivel afindade ‘De mais tai, os programas de Direito Consttucional e de Direito Internacional Pablico de nossas Faculdades de Direito tém, ido muito breves sobre a matéria, provavelmente confiantes de {que 2 cadeira de Direito Internacional Privado dela culdarapro- prisdamente, Seesta nlo o fizer, 0 curso juridico ficaré desfalcado So esuido de um dos mais importantes capiulos da ciéneia juries: f estudo da nacionalidade, seguido do estudo da condigao juridica do estrangeito SR afericio da nacionalidade de cada um é importante pois icingue entre nacionais e estrangeiros, cujos direitos nao sio os Imesmos, Nos plses que adotam o-eritério da nacionalidade para +o estatuto pessoal, a nacionalidade € pressuposto da maior importincia para o Direito Internacional Privado, e a protegio, iplomtica das pessoas quando no exterior depende igualmente ‘da determinagie de sua naconalidade. ‘Avnaciomalidade é geralmente del cofplideo que hgre lMinIdUG 3G Esado, ou, en ‘0 elo entre a pesos fiiea e um determinado Estado. alidade comporta duas Hatado a que pertenes, Qu 0 (Gscrano: que ontén uma sie de obrigagBes do fndvfduo para ‘om a Baldo (og lesldade, servic militar, et), com ‘arid da prow dplomavea que o Endo etende hae quer que © eneone no estngeio? Extn dimensdo jr fico poi: Es uur dimensio és horizontal, que fz do nacional steno dum: comunidad, da popelogzo que conrbtio Estado Aguiadimenb ecole {UL LAGARDE, “La National Frames” i 5 POnTES DE MIRANDA, “Comentiriont Comatigio de 1967, com Binenda flee eo WS le pees mca oreote Nacionalidade ¢ Cidadania A confusio entre nacionalidade e cidadania parece advie os norteamericanos, conforme acentuado por virios autores?” Dar. ‘deat invoeaa Emenda XIV Constimicio americana que proclama (que: “todas as pessoas nascidas ow naturalizadas nos Estados Uni- dos, c sujetas& sua jurisdicio sto cidados dos Estados Unidos." fem que 0 voesbulo cidadao tem o mesmo valor que nacional Tim verdade nio é bem assim, ei que a intencio do legslador americano com esta Emenda Constitucional aprorada em 1868 fol ‘alvaguardar 0s direitos do negro amerieano que acabara de ser Uhertado da escravidio, detxando bem claro que todor sio cfetiva- mente cidadion? ‘A Enciclopedia Britinics? distingue entre “national” ¢ “cit zen", explcando que a “nacionalidade € distinta da cidadania, termo is vezes uado para denotar 0 status dos nacionais que tem todos 0s privilégios politicos. Antes que 0 Congreso americane thes concedesse cidadania, no sentide total da palavra, os indios americanos eram referidos ie vezes como “noncitven nationals” jeattaecchuas tatiana metarrarananeas eae eee aa i Rvp ae i oe i a ns i tse fee erat eel Se ‘ambin ido do xtado ee ede (edo d eeracio norteamericia) oo {ae pag 11/4,reteemoe dtincdo que xia ere o ian american Awualmente os autores americanos realmente confundes cionalidade e eidadania, como se pode observar ao longo dos vos textos de Diseite Internacional Publico utlizados nas Paculdades fe Direito norteamericanas" Hans Kelsen, que vivew a ultima ‘apa de sia vids nos Estados Unidos, também confunde os dois "Entre nés a dstingio € clara e praticamente aceita por todos fo autores, no seatido de que a nacionalidade-&a-xineula juridico ‘que une, liga, viacula_o.individuo a0 Estado e a cidadania repre Fen om contetdo adicional, de cariter polio, que fculta 3 "pesoi ceftor direitor politicos, como 0 de volar ese eleito ‘A cidadania pressupdeanacionalidade, au sea, para srt {dos direitos polfcos, ha de se ser nacional, enquanto que 0 nacio- nal pode perder ou ter seus direitos politicos suspensos (artigo 15 dda Constitnicio), deixando de ser cidadio. A excecio entre nés diz respeito aos portugueses, que podem oxercer certos direitos politicos sem serem nacional, Por outro lado a nacionalidade acentua 0 aspectointernacio nal a distinguir entre nacionais e estrangelros, enquanto que a / eidadania valoiza 0 aspecto nacional.” "Nossa Conatituigdes distinguem a nacionalidade da cdadania 2 Constituigio de 1946 isto ficou precisamente colocado em seu titulo IV "Da Declaragio de Direitos",cujo eapitlo Ise inttulava “Da Nacionalidade eda Cidadania”,cuidancdo os artigos 129 ¢ 150 ‘ds aquisigo e ds perda da nacionalidade brasileirs, enquanto que FONTS BE MIRANDA. em ny cnn somtintonal i, ies se nemo ine ‘aio dr grrr) frocdimento to erase Sete co pica wan €— quan oo deo 12 'Em eles elevational Lan, dc HANS KELSEN de pg 872 « 78 “tet rnaiaty ede nan of nda wo op clogs fo {in te Stari. many ae ene irl hn porcio nd no ogut 8 duce lncrscona 1 Vldcsrepese JOSE FRANCISCO REZ Le Dr International de Nati. ae Recor tomo 198 pu Ste RLIMIANOEL GENS DE MOURA RAMOS "Do Dus Portauts da Neconaiade” gy 475. 189 ‘© artigo 191 versava sobre os eleitores brasileiros, matéria ainente 2 eidadania, 'Na Constiuigio de 1988, exemplo da carta anterior no titulo relaivo aoe direitos fundamentals, figura um capitulo dedieado & “nacionalidade” outro aos “direitos politicos", compondo estes a caracteriticas da cidadani, 'No capftulo sobre a nacionalidade enunciam-4e quem sto brie slleitos, come se adquire quando se perde a nacionalidade bra: Sileira (artigo 12), e no capitulo intitulado “Dos Direits Politico Ccuidase dos direitos de volar eer cleito — expreswoes da cdadania (artigo 14) — e da sua perda e suspensio (artigo 15) [No artigo 1° dentre os fundamentos da Republica Federativa {do Brasil como Estado Democrdtico de Dieito entunciam-se a so. bberania ea cidadania, esta como manifestagao dos direitos politicos dos membros componentes do povo, conforme o parigrafo dinica ‘do mesmo artigo, No artigo 22, incso XML, exabelece a Constituiczo a compe- ‘éncia da Unio para legiar sobre "nacionalidade, cidadania « naturalizagao™, em que a naturalizagio € redundante, ela que im. cluida na nacionalidade, entre os atos legislativos para os quals a Consttuicho veda a delegacio — artigo 68, § 1" — Fgura a legisacio sobre nacionali- dade sobre a cidadania (incizo I), que estio igualmente diseri- ‘minados no inciso LXXI do artigo 5* 20 tratar do. mandado de injungao. $6 0 cidadio — e no 0 nacional — tem legitimidade para propor acio popular (artigo 5%, inci LXXII}), para propor leis ‘complementares ¢ ordingrias (artigo 61) e para denunciar iregu- laridades perante 0 Tribunal de Contas da Unido (artigo 74, § 2), “Apesir dea Constituigio #6 enunciar a condicio de “edadio"™ para 08 cargos de Ministro do Supremo Tribunal Federal artigo 101) para os membros do Consetho da Repiibliea (artigo 89, inci Vil) para o Advogado-Geral da Unita artigo 131.81"), ¢evidente {que a mesma condigio se aplicaa cargos em que a Constituigio #8 fala em “brasileiros", como os Ministrox do Tribunal de Comtas da Unio (artigo 73, § 19, Ministros do Superior Tribunal de Justa {artigo 104, parigrafo tinico), Juses dos Tribunais Reyionaia Pede- tas (artigo 107), Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (ars ‘igo 111,§ 19), Ministros do Superior Tribunal Militar (artigo 128, srgrfo inc}, «tm para os utes dot THs Regonas {fo Tabaino (ari 115) nest nem tend fio tte & si naconaiade rae “Adem condicio de cdadlo & cequsto para © suaiquer cargo pibles,conforneaigo SY da Copataet. ago 18 que ciioa da prda‘ou shapes dos dren polos ettine Hace hipciers: A primei pula dn perda Se aclonaldade (ancclamenio da naturales preva Lo artigo 12,844 ntl donde atonar qu oimeto ccorrerd pare quem perder a naionaldads porter adguisdo outa naconaidade por Fatratiagaowelunira (al do mento artigo 12 § 4) — te ism af se dard perda dos etn plc qu perida a taclonaldade perdida eas hada Au outas qtr hptesce de perda ou mtpenio de cio polices, ectfadasnetcse Ia V do arige 1a, s6 totam de peda da cdadana, mas nfo de petda da naconaldade (are Nereis fe "H¢momeno deo form ve es alg deter analy oie Sigs ne mae oa Siento ea nacinalve detvads ov recta ota Sirs ATE fr me de dl Ccurior aoe inde ne ernenta to rvcnen a a= Satie 'Semudoaliade do pau em quem ce eos “Sawa te acne opt ca ds sa toto «ques wie se conan em Cao ces, aor ‘aban ipo oa spun oma com oe reno fan ano seta depts to main eter dom unui combat om eae ie {oar seu combnadoom sain no pts opt pa coi dsp ‘Rctonalade devas ca core por va de uur aun pense yor med cae iGo dome sr te npc ene se Sete nana ‘Tus songuinis — Provém da antiguidade o sistema pelo qual os fihos adquirem a nacionalidade de seus pais, aedorosamente defendida ‘nos tempos modernos por Mancini, na Telia, no afi de manter as Fania italianas no exterior ligadas 4 maeparia* [Neste sistema o fiko adquire a nacionalidade que os pais tinham a época de seu_nascimento, no sendo.afeide por cien= ‘uals mudaneas de nacionalidade que posteriormente ocorram a seus pais. Tendo os pais nacionalidades diferentes, o filho seguir nacionalidade do pai, seguindo a nacionalidade da me em caso ‘deserfilho natural ou de ser desconhecido opal. Ignorados ambos (8 pals, o filho tera sua nacionalidade fixada pelo critério do oe Os paises emigratérios mantiveram-e fis a este ertéro, ‘Temse sugerido substituir a denominacao ‘us samguins pl dle “critério da filiagio", els que nio € @ sangue, mas a nacionall- sade dos pais que fica a nacionalidade do Filho, ‘us soli — Neste sistema a nacionalidade origindtia se estabelece pelo wento, independentemente da naci sistema que vigiu no regime feudal, em que o homem ‘estava lgado a terra, e que foi abolido na Europa, tendo renascide ‘no continente amerieano, composto de paises de imigracio, que ‘desejaram integrar 0s filhos dos imigrantes & nova nacionalidade € cvilar o desenvolvimento de comnidades estrangeiras que st ctermizariam caso mantide o criterio do jus songuinis us domicli — Houve quem defendesse o domietio como eritésio. autdnomo para a aquisicio de nacionalidade, como que um “unt ‘apiio aquisitvo” a favor de quem se encontrasse domieiiado em pals por tempo determinado.” Mas 0 que se admite na prétiea € \omietio como elemento componente da aquisicao da nacional dade, tanto originria como secundéria. Na-originiia temos crea MANCIN om 1874 no CLUNET, 3 pig 286. no se quer pete Homenagem te wader de somo el sepa mer hoe foal ‘Sore drat sgl a Set ct ee ame Poe {que deverd a leginlacio deste wrvitivio rer alguéim Que al meu, ¢ rato de ‘onto penal rpm asa iprehatse Mele PENNA MARINITO,“Trmdo soe Nasndiade ol 4g hipdtese do flho de braslecos que-natce-no exterior © que vem no Brasil antes de atingir a maioridade (Constiulcio da Repabiica Federaiva do Brasil, artigo 12,1, «) € na nacionalidade secundiria, © domietio é elemento assegurador da naturatizagio. (Constituigao, artigo 12,1, 8). No plano internacional, domietio, serve para solucicnar certas confitos de nacionalidade. A melhor itustragio € 0 artigo 5* da Convencio sobre Nacionalidade da Hats, 1980, que dispGe que em um terceiro Estado, o individuo que possi varias nacionalidades, tera reconhecida a nacionalidae do pals no qual tenfa sua residéncia habieual ¢ principal, ue, domi ‘ii, formula iguilmente adotada pelo CAdigo Bustamante. em seu artigo 10. us lnbris — Hi legislagbes que admitem o servico cm prol do Estado.como elementa favorecedor¢ failitador para aconsecucio «a naturalizacio." Na legislagso brasileira, ter prestado ou poder DrestarservigosFelevantes a pais redr do quatro para um ano © prazo de residéncia no Brasil como requisito para 4 naturalizagie (Lei 6.815 /80, artigo 113, I, pardgrato nico) e eatrangeiro que Liver wabalhado dez anos ininterruptos em representagio diploma {ica ou consular brasileira no exterior fea inteiramente dispensado {do requis da residéncia no pas para obter sa naturalzagao (Let 5.815, artigo 114, 1), Muclanca de Nacinalidede A liberdade individual na aquisigio secundaria de nacion ade € a expressio dos direitor de mudar e de néo mudar de nnacionalidade, facaldades extas que asim se subsividem: ‘a—direito de perder (renumciar) b—direito de adquicir — direito de nio adquirie 2. Direito de mio mudar_ {1 Sci de ndo air ipso de Pender — Quando um individo-reques naturalizacéo.em uum pais, geralinente se_Ihe-exige-que-renuincie 4 nacionalidade anterior. Certas legislagSes admitem a remtncia teita, que Ocorre 1. Direito de mudar 16 Vide ILMAR PENNA MARINHO, opt pg. 78/0 quando o cidadio naturaizado volta a seu pais de origem © lt permaneee além de determinado periodo, considerandose ter re- hhunciado & nacionalidade que adquirira mediante a naturalizacao, ‘O diseito de perder € reconhecido por quase todas as legisla Dina de Adpuirs — 2 tgor le um diceito ubjetivo, ‘cirque, geralmente, a outorga de nacionaldade derlvada depende {de fancesto dos governos, que + decidem dscricionarlamente, Ihavendo, contudo,hipdteses de naturaliagio constitucional, que no dependem da dcrieio do govern, como a do artigo 12,11, Ieera ha atval Constitiggo,« do artigo 145, I, & n® Le 2 da Consiuigdo de 1967/60. Dirto de no Adguirr— Bate direto se manifesta principalmente ne caos de cessio e anexacio de tervtério de uma para outra soberania, geralmente como conseqiéncia de guerra e de tratados de paz. Na Europa era comum a noxa soberania impor sua nacie. nalidade dr pessoas domiciladas no texritério anexado, 0 que repre sentava grave desrespeito3-autonomia da vontade do individuo,” "Narra Hans Kelsen™ que no caso Romano ¥. Comma, julgado pela Egyptian Mixed Court of Appeal em 1925, foi decidido com Felagio a0 Estado papal, ufo terior fora anexado pela Ilia em 1870, que todos os nacionas do Extado anexado haviamac tornado automaticamente cidadios do Estado anexador, sem necesidade de uma declaragio expressa de sua parte, nio havendo opcio de ‘acionalidade nor cabs em que 0 antigo Estado desaparece intel ramente. mente, caberia conceder i pessoa a opeio entre cellar a nacionalylade do Estido anexador ou tomnarse aparida fe que protegem {Rdoe det dpte nara i tines "a de cota Ede eve pre ‘que, no caso de fihow de connules de carrera ou de funnies de pases ‘Retgsto encarregudcs de mie ic pore Covers oe poe das ‘Bese repatio ou prot made nana do pie. onde ston ‘tos con, on, se conermem mcm ew pi pie 75/6 " ve Dieta de ndo Prr— Na bipStesedo-teretrioanesad,cabe 3s pesons ne domiciadas petmanceer com a nac © Hor desde quc oyspeatve Estado nao senha desapaecido com a anexaci. Exe dirt nio fo respetado em muitos perfodos da Insta moderna Veremos adinte ax questes suscidas por dis posiivos de nossa Consttuigio Imperial e pela primeira Const ‘Bo Republicans” Poder tm Etado desis wm cidad de sia nacionalidade? Aponta Kelien® para o carater modesto da Convencio pare a Reducio da Apatdia, patrocinada pela ONU, cujo artigo apenas dispde que “os Eaadoscontratante nfo desta uma pesos de sis nacionalidade se into car sua apatrdia™ ‘A rigor o principio eat imanente no artigo 15 da Declaracio Universal dos Dirctos do Homem, aprovada pela Assembéia Geral das Nagies Unidas em 10 de desembro de 1948 que dspde: "1. Toda pesioa tem direto a uma nactonalidade. 2. Ninguém poders see privado arbitrariamente de sia nacio- nalidadee a ninguéim seri negado 0 dieito de trocar de nacionaliade.” ‘A primeira parte da alinea 2 impede que um Estado retire arbitrariamente a nacionalidade de um eidadtio x ‘Ji parte final € de diel implementagio, eis que a toca de nnacionalidade implica em perder uma e adquiie outta A primeira parte, como vimos, deve ser livre, mas 2 segunda parte depende 2 A Convene see Nacionaldade de Monteridéainads 228 de desemteo {de Tosa cpromalgeia no Brant plo Deere 2573, de 18 de tll de 158 ‘ips em tu argo que "no coo de wansfertnca de ma pre do tris ‘om non n+ des oe pr ana 2 Hare PABLO A RAMELUA, op. sag B4 que “quando Unio Soni, fot Deccs de edenembo de ope de Sn stone or rfapados ‘tet quem eaconumam no cerangeir es Alemania dpts por Dect de 25 ‘ihe “international Lagat Marta”, 1381/1207, ireitos ¢ Deverce do Homem provada em Bogotd, em 1948, foi redigida mais consentancamente ‘com a realidade, Reva seu artigo 19 que “Toda pessoa tem dirita {A nacionalidade que legalmente Ihe corresponda, podendo muds- late amsim o deacjan, pela de qualquer outro pals que estiver disposto a concedeta" E a Convencio Americana sobre Direitos Humanos (Costa ‘ica, 1969), em seu artigo 20, diz que: “1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 2. Toda pessoa tem direito i nacionalidade do Estado em exjo territério houver nascdo, se nio tiver dieito 4 outra 3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua naciona- Tidade nem do direito de muds.” Dito Brasileiro da: Nacionalidade: Nacioalidade Origindria [No Brasil como na maioria dos palses da Amériea Latina, a nacionalidade tem sido materia de direito constitucionl, regula: mentada por leis ordingrias. Ja Consuuicio do Imperio ocupa- ‘vase em caracterizar quem eram os edadoe brasiliros.Dizin em. ‘seu artigo 6 que "sio cidadios brasleiros os que tverem naseido rho Brasil, quer sejam ingénuos ou hibertos, ainda que © pai seja ‘strangeiro, uma vez que este nao resia por servigo de sia magi" Ea nacionalidade origindria que prods brasleinos nator, stabelecerase assim o principio do ius sol Em seguida diia a Constituiezo que também seriam brasleiros “os flhos de pat rasiliroc os ilegitimos de mie brasileira nascidos ‘em pais estrangeiro, que vierem ertabelecer domiciio no Impéri™ FFexse, assim, uma concenso parcial a0 ts senguins, dandothe Torea desde que acoplado ao ius domici 'A terceia hipétese de cdadania brasileira (Ielase nacionall- ‘dade brasleirs) ¢ a de “Sihos dle pai brasileiro, que extivesse em pals estangeiro, em servico do Impeério, embora eles nio venham Stubelecer domieiio no Brasil 1 0 jus sanguin combinado com 0 elemento funcional A Constituicio Imperial falava nos “nascidos em Portugal © suas posseasdes que, zendo j residentes no Brasil na €poca em que se proclamou a independéncia nas provinclas, onde habitavam, aderiram a esta, express ou tacitamente, pela continuacio de sua residéncia” Esta aceitagio ticita da nacionalidade brasileira baseada em continuagio de resdéncia no pats que acabara de proclamar sua Independéncia fot ampliada na Constiuicio de 1891, cujo artigo 69 enumerava entre or cladior brasileiror “om estrangeiros que, achando-se no Brasil aos 15 de novembro de 1889, ndo declararem, dentro em seis meses depois de entrar em vigor a Consttuic3o, 0 into de contermr a nacionalidade de origem", representando ‘um reflexo da residade européla, em que multas populagGes ha- ‘iam sido forcadae a novas nacionalidades como conseqiiencia de cessbes e anexagies de terrtéro, ‘Na Consiticio de 1801 davase a0 estrangeiro 2 opcio de clara que conservava a nacionaliade de origem, enquanto que 1a Carta Imperiala continuacio da residéncia no pais pelos ports {gueses era suficierte para importhesa nova nacionalidade. No atual regime da nacionalidade brasileira a manifestarso express da on" {ade ¢emencal para qualquer troca de nacionaldade, tanto quando te watar de adquitiea brasileira, como de toca por outra “A primeira Constimicio Republicana também estendia 2 na- Cionalitade brasileira aos “estrangeiros que possuirem bens imé- ‘eis no Brasil e forem casados com braaleiros ou tveren flhos brasileros, contanto que residam no Brasil, salvo se manifestarem sintencio de nao mudar de nacionalidade”. Fsta forma de nitica de nacionalidade brasileira cetsou com a Const fuigio de 1984 (art 106, lera 0. ‘Avsalmente = nacionalidade & regida pelo artigo 12 da Cons: tivaigdo de 1085" e pela legslacio ordindria, Proclama o artigo 12 da Constuigio: “Sao brasliron: 22 0 Thal Federal de Recanosjlando2Aptcio hel 933995 ce Migs Serine 0 Se eng Ge 176 colton nce Goff Gomme de ‘last mo sala de que dopo nr on Coy de, ini pc cpl ean no nome dea Ging n't enade do Gomi, cmpors ccs Henne Se Fc ans spl cme ao 1d Conn en ACOH DOLINGER 1 ctr Camtemetnf Consrgi”, vol, page 99 1. 7 1 —natos 8) or narcidos na Repablica Federativa do Brasil, ainda que de paisestrangeiros, desde que estes no estejam a servico de seu pas” Ea regra decorrente do principio ius sol, em que a Repiblica Federativa clo Brasil deve ser entendida como toda extensio terres: tre, vial, Iacustre, maritima © aérea delimitada pelas normas do Direito Internacional Pablico. © Brasil nio toma em consideracio a nacionalidade dos pas, ‘excenuada a hipdtese de estarem no Brasil a servigo de seu pals ‘quando se reconhece 2 aplicacio do su sanguinic: ‘A referéncia aos pais no plural — “ainda que de pals estran- {elros, desde que estes nio estejam a servic de seu pais”, no significa necessariamente que ambos pais estrangeiros devem estar aservigo de seu pals, para que o filho aqui nascido ndo seja brasi- Teizo, bastando que wm deles — pai ou mie — esteja a servigo de seu pais para exclu o filho aqui nascido da regra sobre a nacio- nalidade adquirida ius sot Als, para excluir a operagio do fus sli ‘asta que um dos pais sia extrangeiro © esteja a servigo de seu pais, ‘mesino que 0 outro genitor sea brasileiro, Esta interpretagao da letra a se harmoniza com a regra contida na letra 6 que trata da hipotese inversa — filho naseido no exterior, de pai ou me brasi- Teito representando o Brasil no exterior, que resulta na nacional dade brasileira origindvia do filho. Voltaremos a tratar da letra a6 {a polémica que mecta na doutrina, ao discutiradiante o dispost tivo do artigo 2 da Lei S18 de 1049, sob o tépico ~iptete Incons- ‘ucional de Nacionalidade Brasilia” b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ow mae bra sileira, desde que qualquer deles extejn 8 servigo da Republica Federativa do Brasil” Entenslemos que este dsposivo guarda simetria com a parte final da alinea a assim como reconhecemos que o filho do extran- sgeiro que se encontia no Brasil a servico de feu pafe nao adquire ‘nossa nacionalidade pelo fato de ter nascido em terrtéri brasil +, também o filho do brasileiro a servigo de noo pais exterion, ue Hf nasce, € considerado brasileira nato. Esta regra combine © us sanguints com o elemento funcional. "A serviga da Repiblica Federativa do Brasil” abrange toda e qualquer missio do governo federal, dos governos estaduais e municipais, bem assim das ene ppresas de economia mista, pois controladas pelo aionista governs ‘mental, suas atividades encerram interesse publica, 6) 08 ascidos no estrangeiro, de pai braileiro ou de mie brasileira, desde que venham a resdir na Repablica Pederativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira’ Esta tereeira hipitese de aquisicio origindria de nacionalidade brasileira tem sido objeto de sucessiva alteracBes, cabendo fazerse ‘uma retrospective para melhor compreensio da matéra, ‘A Constituigio de 1967, dspés em seu artigo 140, I, letra eque slo brarileiros natos “os nascidos no estrangeiro, de pal ou mie brasileiros, nao estando éstes a servigo do Brasil, desde que, regi trados em reparticio brasileira competente no exterior, ou no registrados, venham a residir no Brasil antes de lingir maforida- de, Neste caso, aleancado esta, deverdo, dentro de quatro anos, optar pela nacionalidade brasileira"; a carta de 1968, manteve a mesma orientacio, alterando ligeiramente a formulacio que cou ‘asim no artigo 145, I,¢ "or nascdos no estrangeiro, de pai bras leiro.ou mie brasileira, embora nao estejam éster a servigo do Brasi, desde que registrados em repartcio brasileira competente no exterior ob, nio registrados, venkam a residir no terrt6rio nacional antes deatingit a maioridade; neste caso, alcancada esta, deverio, dentro ce quatro anos, optar pela nacionalidade brasil ‘a Basicamente, como se vé,a mesma regra se continha em ambas Cartas constitucienais, amas igualmente obscuras na parte exen- dal, que se prestra a das interpretagdes:regisirado ou no regi- trado em reparticio brasileira competente no exterior, deveria 0 fiho vir resiir no Brasil e optar pela nacionalidade brasileira, ou dirseia que a exigéncia de rexidéncta, eguida de opcio, 36 vsara a hipétese de no ter sido registrado no exterior, mas em tendo Sido registrado, sto seria sufiiente para que fosse considerada brasileiro nato "Haroldo Valladio® crticou a orientacio de aceitaroregitrono ‘exterior como sufciente para ser considerado brasileiro nato dizen- ‘do que “nunca #0 direito bratileiro 0 Fegistro civil das pesoas 25 HAROLDO VALLADAO, DIP 1.14. lig 292 LUIS ROBERTO BARROSO, ‘Se A Nom Conaioe 3 Dir netetna™, rgd por cob Do sein ecrerc em abn so ola "Duss Guests Conon abe [Dirt Dante ds Naionalidde” p47. "Cam le, parece mustentive {qe mapromencn to ancin coma an epara turcrstca pee pre EScpnragaveatesraeyemnins re nara naturss foi meio de aquisgio de nacionalidade, mas serve apenas ‘de prova dus condiges estabelecidas pela Constitaio para tl fim, fej local de nascimento ou filiagao. E jamais o registro feito pelo, pa daria 20 filho a nacionalidade brasileira que € rigorosamente pessoal em nosso dirito, legal, doutrinria e jurisprudencial. Desde © Império cua wn adquirea ou perdea por si para si nem 0 pal pelo filho nem o marido pela mulher”. Pontes de Miranda" consi Aerou que com o dispost na letra eo Brasil adotou o us sanguinis sem abandonar 0 ius sal, eserevendo que *€ interessante notarse ‘como o Brasil, que no artigo 145, 1, consagrou o fur sa, xe vole, ‘com tanta dlecisi, para teoria oposta do fs sanguin” ‘AJurisprudéncia, apés alguma hesitagio, aceitou esta intepre- tagdo, entendendo desnecessirias a residencia © a opgi0, que #6 setiam exigidas na hipétese de nao ter havido registro no exterior” "A Constituigio de 1988, em redagao mais precisa, corright a ‘obscuridade contida nos textos de 67 € 69, assim dispondor “om hnateidos no estrangeito, de pai brasileiro ou mie brasileira, desde ‘que sejam registrados em reparticio brasileira competente, ot Yenham a residir na Repablica Federativa do Brasil antes da maio- Fidade e, aleangada esta, optem em qualquer tempo pela naciona Tidade brasileira”. Ficou, assim, confirmada a interpretagio dada 0s textos das cartas anteriores, claro que 0 pal ou mie brasileros, que o registassem ‘competente, seria brasileiro nato, independenjemente de vit 20 Brasil e/ou exercer opcio. Assim, o registro civil seria suficiente para outorgar ao nascido no exterior a condiio de brasileiro nat aplicacio de jus sanguinis puro e simples. Ficamos na ae] ‘celética de aplicarmos a nacionalidade originéra tanto pelo crite Fio do fus sali como do sus songuinis. Neste regime havia manifesto ‘eselibrio nite as das hipotesescontdas na mesma eta edo 12 FONTES DE nIRANDA, “coments & Cnn de 12cm eed {2 Vide MIGUEL, JERONVRO FERRANTE, cm “Naconadade aero Ne {ove Nmuratet, pg 9, onde creve gue “nes pee io debs (pochte trices — fore sachanmetia prs Si angen Vide bunal Federal de Recuron no icc eros a 79071, Disa ‘Mipcmo tbonl Feder we Hertel Fauacnliire 96518 Rents reas, ‘texto constinucional para efeto de aquisicio de nacionalidade bra- sileira origindria: I) registro em reparticao brasileira competente 4ap6s-0 nascimen'o no exterior (consulado brasileiro), ¢ 2°) resi- ‘déncia no Brasil antes da matoridade, acrescida da opcio, depots {do registro no Brasil cis que 2 opeio €forgosamente precedida do registro para comprovacio de identidade. Porque, entio, pergun- tivamon 0 rogisire realizado no exterior € sufllente para earacte- riaar o staturde brasileiro nato, enquanto que a residéneia no pai acreseida de regitro nio € sifciente e pede a opcio pela nacio- nalidade brasileira? Havia nisto, aryumentivamos, grave incon sgruencia, ‘AEmenda Consttucional de Revsio n*3, de 7 dejunho de 1994,

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