Você está na página 1de 2

Bazar - Ceclia Meireles

Panos Panos flutuantes de todas as cores s portas portas do vento, no umbral da tarde. E olhos negros. ardins bordados! roupas, sand"lias como escrnios de seda para alfanges. E negros olhos. Molhos de penas de pav#o. Colares de nardo a morrerem do pr$prio perfume entre tufos de fios de ouro. E os delicadssimos dedos. Pratos de doces verdes e corcor-dede-rosa! pistache, c%co, am&ndoa, gulab. '"bios de veludo. Cai(as, bande)as, aguamanil, sineta, e o mundo do bdri! noite de chumbo e lua. E olhos negros. E negros olhos. Pingentes, borlas, *bano e laca, feltros feltros vermelhos, pulseiras de mica, filigranas de marfim e ar. E os dedos delicadssimos. Cestos cheios de gr#os. +rigideiras enormes. ,randes colheres. Muita fuma-a. Muitos past*is. '"bios de veludo. Corolas de turbantes. Brin.uedos. /apetes. 0 homem .ue cose m".uina, o .ue l& as Escrituras. 0lhos negros. Portais encarnados, cor de mostarda, verdes. 1elhos ourives. 2i, ,olconda3 E uma voz bordando m4sicas tr&mulas. 5egros olhos. Bigodes. Balan-as. Barros, alumnios.

Muitas bicicletas! por*m o passo rtmico das mulheres ma)estosas. 2roma de fruta, incenso, flor, $leo fervente. 6edas voando pelo c*u. E os nossos olhos. 0s nossos ouvidos. 5ossas m#os. 70b)etos 70b)etos banais.8

Você também pode gostar