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Juliano Moreira & Afranio Peixoto Gostaramos de abordar brevemente um trabalho pioneiro de Juliano Moreira e Afrnio Peixoto, pioneiros

da psiquiatria brasileira que no texto A paranoia e as sndromes paranoides, elaboram a ideia de autofilia primitiva na delimita !o e "ausa da paranoia# $este trabalho os autores pre"oni%am em v&rios "ara"teres a elabora !o de 'reud sobre o nar"isismo e as rela (es deste "om a psi"ose# $o presente estudo Juliano Moreira e Afranio Peixoto, intentam delimitar as demar"a (es "lni"as e psi"opatol)*i"as que permitissem desta"ar de forma mais r*ida e exata a diferen a entre a paranoia le*tima e as "hamadas sndromes paranoides +P,-,.-A, /001, p#234# 5 trabalho destes autores foi publi"ado em al*umas vers(es diferentes nos anos ini"iais do s6"ulo 77, e uma delas foi fundamental para os estudos de 8a"an9 Aquela referida por 8a"an havia sido apresentada por Juliano Moreira no ano de 230:, em 8isboa, por o"asi!o do ;on*resso Mundial de Medi"ina# 8a"an men"iona tal interven !o a partir de um arti*o de <enri ;laudel e Mar"el Montassut, publi"ado em 23/: na revista L Encphale e intitulado =6limitation de la paranoia le*itime# ,le re"orre >s posi (es de ;laude e Montassut, bem "omo as de Moreira e Peixoto, para sustentar a ne"essidade de demar"a !o da paranoia le*tima em rela !o aos demais quadros paranoides, o que no "ontexto de sua tese "onstitua um elemento de"isivo, uma ve% que essa abordava n!o os estados paranoides em *eral, mas espe"ifi"amente a psi"ose paranoi"a +P,-,.-A, /001, p# 0/4# Passemos ao arti*o de Moreira & Peixoto, o qual os autores ini"iam pontuando a situa !o inst&vel em que se en"ontrava o "on"eito de paranoia, "onfi*urando uma verdadeira Babel de defini (es, interpreta (es e os v&rios sintomas atribudos9 =e estados a*udos e transit)rios a ideias fixas ou obsess(es, de "on"eitos arra%oados em sistemas a dem?n"ias "om ideias residuais de *rande%a ou perse*ui !o, at6 mesmo estados em que tais delrios faltam por "ompleto, tudo tem sido des"rito sob a mesma rubri"a, sendo "orrente ouvir@se falar de paranoia a*uda, rudiment&ria, perse"ut)ria, ambi"iosa, reli*iosa, er)ti"a, masturbat)ria, indiferente, at6 +M5-,.-A & P,.75A5, p#024# Afora o montante de "lassifi"a (es, nomes e sintomatolo*ias diversas, os autores desta"am a tend?n"ia *eral da 6po"a para expli"ar a "ausa da paranoia na "onta da

de*enera !o, o que era "onstante para quase todas as patolo*ias e at6 mesmo para expli"ar as in"id?n"ias "riminais# A doutrina da de*enera !o, ap)s Morel +2B03@2B1C4 tomou de assalto a psiquiatria, re"orrendo@se amiDde a esse dia*n)sti"o#

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