Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Física V1 (Beatriz Alvarenga e Antônio Máximo)
Física V1 (Beatriz Alvarenga e Antônio Máximo)
‘most a fava cost evercco.
4} Desenre, em ume cia da figura, areagdo noe
mal 6a forga do atrto estat f, exoreeas
eo plano sobre 0 bico.
1) Nessa cépadesente,scbe os ehos mosrados
a feu, as comporentesretanguares Be,
0 peso de bozo.
€) Qual € 0 valor do drguo a mostrado na gua?
4 Calcul os valores do, #
Everio 20.
21. Suponna que 0 bioco do exericio anterior néo
‘este prestes a escorega.
2) Qual 6ovalor de ,?
1) Qual 6 o valor da reagéo normal 2
©) Ocoeteente deatito esto, ny, ent 0 blocoe
© plano poderia ser calulado dvdinco-se 0 re-
sutado obtido em (a) pelo resutado abtigo em
(by? Porque?Primeira e terse
um tépico especial para vocé aprender um pouco mais
4.5. isaac Newton
INFANCIA E ADOLESCENCIA
No dia de Natal de 1642, ano da morte de Galilen, nascia em
uma pequena cidade da Inglaterra Isaac Newton, o grande fsico e ma-
temitico que formulou as leis bisicas ca Mecinica, Sua mie, vtiva de um
fizendeito, sou-se novamente quando ele tinha apenas dois anos e,
mudando-se para outra cidade, deixow a educagio do pequeno Newton
a cargo de sua avé. Este abandono dos cuidados matemos durant a infin-
cia parece ter marcado a personalidade de Newton e ser o responsivel
pelo temperamento timido,introspectivo e, até certo ponto, intole~
rante que o caracterizou quando adulto.
‘Conta-se que durante a sua infincia era um menino retrafdo,tipica
crianca de fazenda, que gostava de construr e brincar com pequenos
aparelhos mecinicos. Além disso, parecia apresentar uma tendéncia
especial para a Matematica,
‘Com a morte de seu padrasto, Newton, embora ainda muito jovem, €
solicitado por sua mie para assumir a administragio da fazenda da familia, De-
‘monstrando muito pouco interesse no desempenho do encargo, dizem seus bié-
srafos que passava a maior parte do tempo no alto das érvores, absorvido em
Isiturase divagagées. Desta maneira, sua administragio se transformou em um.
grande fracasso.
Entio, aos 18 anos, em 1661, com a ajuda financeira de um tio, Newton &
caviado a0 Trinity College da Universidade de Cambridge (préximo a Londres),
ara prosseguir seus estudos. Ali, inicialmente dedicou-se ao estudo de Matemtica
(epicada& Astrologia!),revelando-se um aluno excelente e muito entusiasmado. Jé
«em 1664, 205 1 anos, escreviao seu primeiro trabalho (nto publicado) apresentado
sob forma de anotagbes, denominado “Algumas questéesfilossficas”,
um PER{ODO DE GRANDES IDEIAS
Em 1665, Londres é assolada pela peste negra (peste bubénica) que
dizimou grande parte de sua populagio, provocando a quase total paralisacio da
cidade e acarretando o fechamento de repartigSes pablicas,colégios ete. Como,
canseqiiéncia desta catistrofe, Newton retornow a sua cidade natal, refugiando-
se na trangiilafazenda de sua familia, onde permaneceu durante 18 meses, até
«que os males da peste fossem afastados, permitindo seu regresso a Cambridge.
Este perfodo passaclo no ambiente sereno ¢ calmo do campo foi, segundo
2s palavras do pr6prio Newton, o mais importante de sua vida. Entregando-se
totalmente 20 estudo e meditacio, quando tinka apenas 23 a 24 anos de idade,
cle conseguiu, nesta Epoca, realizar muitas descobertas, desenvolvendo as bases
de praticamente toda a sua obra. Entre os trabalhos elaborados por Newton em.
seurefigio, podemos citar:
| -Desenvolvimento em série da poténcia de um bindmio, ensinado atual-
mente nas escolas com o nome de “binémio de Newton”.
2-Criagio e desenvolvimento das bases do Gilculo Diferencial e do Céleulo
Integral, uma poderosa ferramenta para 0 estudo dos fendmenos fsicos, que
cle proprio utilizou pela primeira vez.
1
Copa do célebre obra de
"Newton: Picpos metemé
ese ls nara.Mmm
3 ~Estudo de alguns fendmenos éticos, que culminaram com a elaboragio dé
‘uma teoria sobre as cores dos corpos.
'4—Concepgio da I e da 2" leis do movimento (I* e 2 eis de Newton) lan-
‘gando, assim, as bases da Mecinica
5 —Desenvolvimento das primeira idéia relativas 8 Gravitago Universal (que
‘estudaremos no capitulo 6).
Deve-se observar que um trabalho t2o extenso e profundo, idealizado em
{0 pouco tempo, por uma tnica pessoa ainda muito jovem, s6 poderia ser fruto
de uma mente geni
NEWTON PUBLICA SUA GRANDE OBRA:
PHILOSOPHIAE NATURALIS PRINCIPIA MATHEMATICA
Retornando a Cambridge, em 1667, Newton dedicou-se a desenvolver as
{dias que havia concebido durante o tempo que permaneceu afastado da uni-
‘versidade.Iniciava-s, entio, sua brilhante carreira sendo convidado para lecio-
nar Matemtica na propria Universidade de Cambridge e, mais tarde, aos 30 anos,
sendo eleito membro da Real Academia de Ciéncias de Londres, a mais alta
hhonrara cientifica da Inglaterra.
Nesta época, além de apresentar na Real Academia varios trabathos de
pesquisa, publicou seu livro Teoria da luz e das cores. As idéias defendidas neste
livro foram contestadas por outros cientistas, envolvendo Newton em uma
‘grande polémica, principalmente com os fisicos R. Hoole ¢ C. Huyghens. Es-
tas discussdes magoaram tio profundamente o retrafdo cientsta que ele tomou
‘ resolucio de munca mais publicar os resultados de quaisquer de suas pesquisas.
Seus bidgrafos comentam que a timidez de Newton e sua aversio por polémicas
‘ram tio grandes que se el tivesse que enfrentar o ambiente hostilem que viveu
Galilen, possivelmente nao teria publicado uma linha sequer de sua vasta obra,
Doze anos apds estas controvérsias (em 1684), Newton foi procurado por
seu amigo E. Halley (o cientista que determinon a érbita do cometa que leva
seu nome), que Ihe soliitava orientagdo em questdes relativas a problemas de
‘Mecinica. Halley verificou, com surpresa, que Newton foi capaz de esclarecer
todas as suas dividas, tendo jé em mios, completamente estruturado,
[LEX Corpus omne persoverare
in ‘statu suo _quiescendi_ vel
‘um tratado sobre Mecinica ea Gravitagio Universal
‘Apesar do propésito de Newton em nfo publicar estes trabalhos,
‘movend! unformitr in atecum, | Halley conseguiu dissuadi-lo, encorajando-o e se comprometengo,
tsi quatenus a vinbus impressis| inclusive, a custear a publicacio. Apés dois anos de intensa atividade,
ogi statum lium mutere. em 1686, Newton apresentava, pronta para ser impress, aI*edigio de
LEX I Mutetionem motus| Sua famosa obra Principias matemdticos da filosofia natural, Como
proportionalem esse ui motrice} acontecia com as obras dos grandes pensadores da época, 0 livro de
Impressae eter secundum tneam| Newton foi escrito em latim, sob o titulo Philsophise Naturalis
recta qua va imptimtuc Principia Matbematica. A publicacio dos Principia (como resumida-
LEX M Acton’ contaram semper] ™e8ke é conhecida esta obra) em pouco tempo consagrou Newton
| etacqualem esse reactonem:she| como um dos maiores génios da historia,
| corporum duorum actiones in se
mutuo semper esse aequales et in] NEWTON TAMBEM OCUPA CARGOS POLITICOS E
artes contrarias ain. ADMINISTRATIVOS.
4s id as de Newton or Alguns anos apés a publicagio dos Principia, Newton teve uma
sites em lim fol P., teremos E > P. Este € o caso em que o corpo sobe no Iiquido,
aflora em sua superficie até atingir uma posigio de equilibrio, parcialmente
mergulhado, na qual E = P.
Com esta andlise poderemos prever quando um solido flutuaré ou afundaré
em um liquido, simplesmente conhecendo as suas densidades. Consultando a
tubela 7-2, podemos concluir, por exemplo, que a cortiga ftua em gasolina, mas
tum pedago de gelo afundaré nela e flutuaré na digua (como voce jé sabe). O ferro
afundard na gua mas flutwaré no mercGrio, enquanto 0 ouro e a platina
afundario neste liquide,
Esta mesma andlise nos permite coneluit que, se um submarino esté
submerso, em equilibrio (fig. 7-28), sua densidade média € igual 3 da égua do
mnar.E fil conclur, também, que um balio sobe na atmosfera porque sua
densidade média & menor do que a doar (Bg. 7-32).
‘Naturalmente, como a densidade do ar diminui com a altitude, o valor do
cempuxo sobre o balio também diminuiré enquanto ele sobe. Assim, em uma
cera altura ele atingiré uma posigio de equiibrio, na qual E =
Exemplo
Um ctncro metic, cya area da base é A = 10 om* e cya altura mede H = 8,0 cm,
‘et futuando em mere, como mesiraa fig 7-33. pete do clindro merguhada nolinuiso
tem uma aura h = 6,0 om.
2) Qual € 0 valor do empuro sabe o claro (considere g = 10 mis?
Sabemos que 0 empu20 6 dado por
E=p.Me
Em nosso cate, p, 62 donsidade do merc, Pela tabela 7-2, adteros,
1, =13,6 glom* = 13,610" kein™
\ representa o volume de merciro desiocadopatociindro.€ claro que V, seré igual 20 vol
‘eda parte do clinro que se encontra submersa no mercio, Prtanto (i. 7-33):
Vp=An=10x60 YY, = 600m? = 6010?
‘Substtunde 0s valores de p, Ve & exxess0s 9 Sistema Intemaconal(.),em E = pve,
‘obieremos 0 valor do emp, expresso em newtons. ASSim:
= (13,6X10)x (60x 10")}x10 donde
=816N
26
5.7.93: Pera o exemple
ecb0 75.') Qual 60 veloc do peso do ciindro meta?
Come © elncro ost futuando, em repouso, 0 seu
‘peso est sendo equilorado pelo empuro racebiéo
‘60 mereiro. Poranto, tenes.
ocd 6 deve ter ouvid fo-
lar que, no mor Morte,
fhe Poesting, ume pesos
Pode flutuer focimente,
Com parte consierdvel de
feu corpo fora do opuc
Quel ¢ propredade ex
Preiea deta’ pve gee §
{ora ito postive?
PaE donde P=8,46N
©) Qual 60 valor da densidade do cilindro?
‘A densidad p, do ein ser dada por p. = m/e»
‘onde m,é@ sue massa e V,60 sau volums.
‘A massa do clindro seré obtida didindo-se 0 seu peso, R pela aceleragéo da gravidede g
(que estamos consderando igual a 10 nv"). Endo
P86
donde m, = 0,816 ke
(Gasca gs bog ace aS ene, othe TET
‘Ovolume do clndo sod fi 7-33):
V.=AH=10%8,0 donde V_ = 80 ¢m* = 80x10 m?
Portanto, vr:
extn OBIS conn p, 9102410" tam «202 on?
Figh Os densinevs
Ss funcionaments|
‘do no principio de
edeMideeststiea
26, Um loco sido encontza se merguado em um
Fudan posig mosrade na fgira dete eer
tio Onaigemce por flys de pres
82 pl iio rose super eo eee por
fry depression oe tora
2) Desenne, em ua cia de fae, o= vetoes
| oer
0) Foe, menor ou igi a?
¢) Como voce calcularia o valor do empuxo E
|” Glee plo tqigo ste loo a par dos
| sacresaeFse
Exerc 26
27, Suponha que 0 blo do exercco anterior fosse
| 7 destcado, dento co tquido, para uma profuna
dade um poueo mei.
2) Oval de F, aumentaria,diminuira ou néo so
fren erage? e valor oF?
») O valor do empw € questa no boeo auren
{ata diminuin au nio soe aeraglo?
28, Como vinos, 0 navo a fig. 7-31 ests futuando,
emeauiio.
2} O empuro que cle ests rocebendo da dgua &
rai menor ou gua a0 seu peso?
2) A densicoce méda co nav 6 mal, menor ou
igual 8 consicade ca gua?
29, Um bao, culo peso 6 800 , desce navegando
fem um foe chega ao rex
2) Qual o alr do empuao que ele ectia undo
esta no ro?
») Quando ester navegando no mar, qual o valor
do empuro que le esta reoebendo?
«A panesutmersa co haeo aumenta, dininu ou
‘no eats quando ee passa do io para omar?
20. Umbece de madera, cj volume de 101 ext
‘and em deus, com meta de seu ume submes.
18} Qulé,em ives, o volume ce deve deslocada
pele boca?
Sc @xelClicios de fIXAgaO Excl-Ciles cei
Antes de passar ao estudo da préxima seccio, responda as questes seguintes,
consultando 0 texto sempre que julgar necessario.
) Qual, em ht «peso desta dua desocada?
6) Lembrando do prinio de Aquimedes, ign
aul é, em kg 0 empuno gue 0 Bocd esté
reoobonds?
4 Ero, qual 6 em kf, 0 peso co boca?
31, Suponha que vot empurasse o bloc do exrciio
anteor fundando-ocomattamante na 60.
2) Qual sere, em lias, 0 volume de qua que ©
ooo estatia deslocando?
>) Qual sens, em Wg 0 valor do empuxo que ate
‘iano boca?
©) Qual valor da foca cue vot estaraexerendo
para mente 0 O29 sitme'so?
£3 Amasso de um eno 6 de 80 ge seu volume & de
s00en?
8) Quol 6a densidde deste como?
5) Conse tabela 7-2 6 veique se 0 como
anda ou tua na gasaina era gicerna,
33. A fgua deste exerico mestra um clinéo, cya
40a d9 base & A= 10 cm, futvando em Um I
‘uso cujadensidgde 6 |p, =30 ger (ou
= 30x10" kg’). Lembvando que o emo.xo
poe Ser calelaco pola expessao E = pl.g.
respond
2) Qualé, mm
pe cinaro?
volume Vo quid deslocado
Exerccio 33
34, Considerando o elindro do exercicio anterior, ce
termine:
2) Sua massa (em
') Sua densidad (er g/om.
26Macs
Fig. 7-34:A expr de Arie
imeder ere um diporiive
Pr sevogao de pve.
um t6pico especial para voce aprender um pouco mais
7.6. Arquimedes
QUANDO E ONDE VIVEU ARQUIMEDES
(© grande cientista ¢ inventor grego, Arquimedes, como
vimos neste capftulo, foi o descobridor do principio que nos
permite ealealar 0 valor do empuxo que atua em um corpo
mergulhado em um fluido, Embora esta tenha sido sua desco-
berta mais importante no campo da Fisica, sua obra é muito
‘extensa,apresentando outras contribuigdes notiveis, nfo 6 na
Fisica, como tambérn na Matematica ena tecnologia.
Arguimedes viveu no século IIa.G,, na cidade de Siracu-
sa, uma col6nia grega situada na Sicfia, sul da Italia, Tendo
estudado em Alexandria, no Egito, que era 0 grande centro
cultural da época, adquiriu uma sélida formagio em Mate-
tica um grande interesse pelasciéncias.
AAs engenhosas invengSes de Arquimedes tornaram-se muito populares em
sua cidade natal, chegando ao conhecimento do Rei Hieron, parente de Arqui-
rmedes. Uma das grandes preocupagbes de Hieron era a defesa da cidade de Si-
racusa, constantemente ameacada de invasio pelastropas romanas. Foi por isto
que ele contratou Arquimedes para projetar e construr dispositivos de guerra,
destinados a defender a cidade e contr2-atacaro inimigo. Arquimedes conse-
«guiu desempenhar brilhantemente sua misslo, criando miquinas engenhosas
‘que causaram sérios danos as legides romanas.
Desereveremos, a seguir, algumas das principais invengSes e descobertas
feitas por esse grande sibio.
ALGUMAS INVENGOES DE ARQUIMEDES
‘Uma de suas invencoes mais populares € conhecida como parafuso de
Arquimedes (ou espiral de Arquimedes), usado para elevar gua, como mostra
fig, 7-34. E facil perceber que, fazendo girar 0 parafuso, a Agua sobe ao longo
do tubo oco ¢, portanto, pode-se considerar este dispositivo como a primeira
bbomba de elevagdo de dgua da histri. A espiral de Arquimedes foi muito usada
em irrigucfo e para retirar gua de minas, nio s6 em Siracusa mas também em
virias outras cidades.
Arquimedes foi a primeira pessoa que construiu e usou um sistema de rol-
danas com 0 qual ele podia deslocar grandes pesos, exercendo pequenas for-
as. Conta-se que, para mostrar a eficiéncia deste dispositivo, ele preparou
luma espetacular demonstracdo experimental: um navio da frota real foi tirado
da agua, com grande esforgo, por um grupo de soldados e colocado sobre a
areia da praia. Ligando o sistema de roldanas ao navio, Arquimedes convidou
‘ Rei Hieron para puxar pela extremidade livre da corda (fig. 7-35). Sem
realizar grande esforgo, Hieron conseguiu, sozinho, arrastar 0 navio sobre a
areia, causando surpresa geral ¢ fazendo aumentar ainda mais o prestigio de
Arquimedes junto ao rei.Fig. 7.37: Uo dor mais
importantes descobertos
de" Arguimedes fol © tet
Gor clovancer, exe hoje
“mplomente emprero
Fig. 7.38: “Se me derem
ae" apoio, deslocare! 0
Fig. 7-29: Pare desapertar
0 perafuse de
‘pete. foré um
{Sforce menor te ur wma
slovance mats compre,
CConsidere uma barra rigid, isto 6, uma
alavanea, apoiada no ponto O (fig. 7-37),
tendo um corpo de peso Fsspenso em uma
de suas extremidades, Arquimedes descobriu
que uma pessoa consegue equilibrar este
eto se cxcrer, na outa extremidade daala-
vvanea, uma forga F; tal que
Fa, = Fd,
onde d ed; sio as distancias mostradas ma
fig. 7-37. Eevidente, por eta equasio, que,
sed, 5d, temos F< Fouscs, €poatel
‘usando uma alavanca, equilibrar um certo
‘peso com uma forga inferior a ele,
Arquimedes pereebeu que, por maior que fosse 0 peso F, seria sempre
possivel equilibré-lo (ou deslocilo) desde que se aumentasse convenien-
emente a distineia d,, O entusiasmo que esta conclusio provocou em
Arquimedes 0 teria levado a formular a célebre frase: “Se me derem uma
alavanea e um ponto de apoio, deslocareio mando!” (ig. 7-38).
‘Como voce ji deve ter visto iniimeras
vezes, 0 principio das alavancas € empre-
ado em grande mimero de dispositivos en-
contrados em nossa vida didria. Por exem-
plo, quando uma pessoa tenta desapertar ©
parafuso de uma roda de automével, quanto
« maior for a distincia d mostrada na fig. 7-39,
menor sera o esforgo que ela deverd fazet
P para conseguir seu intento.
EUREKA! EUREKAt
‘Uma das hist6rias mais conhecidas sobre os trabalhos de Arquimedes
refere-se genial solugio dada por ele a0 Problema da corea do Rei Hieron.Hideoststica pe 269
O rei havia prometido aos deuses, que 0 protegeram
em suas conquistas, uma coroa de ouro. Entregou, en-
tio, certo peso de ouro a um ourives para que este con-
feccionasse « coroa. Quando o ourives entregou a enco-
menda, com o peso igual ao do ouro que Hieron havia
fornecido, foi levantada a acusagio de que ele teria subs-
titufdo certa porgio do ouro por prata. Arquimedes foi
encarregado, pelo rei, de investigar se esta acusacio era,
de fato, verdadeira. Conta-se que, a0 tomar banho (em
‘um banheiro pablico) observando a elevagio da gua &
‘medida que mergulhava seu corpo, percebeu que pode-
tia resolver 0 problema. Entusiasmado, saiu correndo
para cas, atravessando as ruas completamente despido €
sritando a palavra grega que se tornon famosa: Eureka!
Eureka! (sto 6: “acheit achei!”),
E realmente Arquimedes conseguiu resolver 0 pro-
blema da seguinte maneira:
1+ Mergulhou em um recipiente completamente cheio
de gua uma massa de ouro puro, gual i massa da co-
roa, erecolheu a gua que transbordou (ig. 7-40-
2 Retomando o recipiente cheio de agua, mergulhou
rele uma massa de prata pura, também igual a massa
da coroa, recolhendo a fgua que transbordou. Como
aadensidade da prata é menor do que ado ouro €ficil
perceber que 0 volume de égua recolhido, nesta 2*
operacio, era maior do que na I* (fg. 7-40-b).
3*—Finalmente, mergulhando no recipiente cheio de
‘gua a coroa em questio, constatou que o volume
dde gua recolhido tinha um valor intermediério
centre aqueles recolhidos na Ite na 2* operagées (ig.
7-40-0). Ficou, assim, evidenciado que a coroa nfo
cera realmente de ouro puro. Comparando 0 trés Pie 7a oecrs coon
volumes de gua recolhidos, Arquimedes conse- her. ra
‘guiu, até mesmo, calcular a quantidade de ouro que fei ae ala erate
ourives substitu por prata. {econo do ide Soci.
A MORTE TRAGICA DE ARQUIMEDES
Sitiada durante cerca de ts anos pelas legides romanas, comandadas pelo
General Marcelo, a cidade de Siracusa acabou sendo invadida, apesar dos
«sforgos do Rei Hieron e das armas eriadas por Arquimedes. Embora 0 co-
‘mandante romano tivesse ordenado que a vida do grande sébio fosse poupada,
sua casa foi asaltada por alguns soldados que nio 0 reconheceram. Arquimedes
encontrava-se no quintal, desenhando distraidamente sobre a areia complicadas
figuras geométricas, quando tum dos soldados, pisando sobre os desenhos, cles-
twuiu parte das figura. Advertdo e empurrado por Arquimedes, 0 soldado reagiu
violentamente,trespassando o corpo do velho fil6sofo com sua lang, dando-
The morte imediata,35,
37,
26.
iNaccc exeleleios de fiKag3e Cxcl-Cicivs Ges
‘A figura deste exerccio é um mapa abrangendo 0
‘sul da Euroa e o norte da Atica. Nee esto assi-
nalados com os nlmeros I Ill @ 1 loa relaco-
dos com a vida de Arquimedes, Procure identf-
at, entre 05 locaisassinaados:
2) Aguele onde viveu Arquimedes.
1) A cidade onde Arquimedes estucou
©) A cidade-estado cujas tropas constantemente
‘ameagavam invade Sacus
©) A topo sade da chilzagdo que estabeleceu a
colina de Siracusa,
Exerciclo 35,
Orientando-se pela fig. 7-34, procure const um
Parafuso de Arquimedes, usando manguera de
plstico ou boracha. Coloqueo dispositive em fun-
‘onamento e observe que ele constitu uma espe.
Cle de bomba elevatéra de Sgua (usando material
twansparente, voe# poderé acompanhar a subida
a dgua na manguota).
-Arquimedes, como dissomos, fo a primeira pessoa
‘a constr € usar um sistema de rldanas. Neste
‘exercicio vooé val analsar sistemas de roldanas
‘semetnantes ao de Arquimedes.
2) Na figura (a) deste execicio tomes um corpo de
100 kgf ligado a um sistema constituido por
uma roldana mével eur roldana fxs. Obsanve
‘que 0 peso do corpo esta dstrbuido nas duas
cordes Ae B que o sustentam. Suponna as
duas cordas aproximadamente paraleles, des
reve 0 peso das roldanas @ 06 ats @ respon
(a: qual aforga que atua em cada ura des cor
as Ae B e qual o valor da orga F que uma
Pessoa deve exercer para sustentar 0 peso
suspenso?
) No sistema de roldanas mostrado na figura (8),
‘bsewve que © corpo suspense & sustentado pot
quatro cordas A,B, C€ D. Qual 6, ento, 0 valor
da forga F exercica pela pessoa para manter
‘8uspenso 0 corpo e400 Kg?
38,
39.
a,
Antes de passar ao estudo da préxima sec¢io, responda as questdes seguintes,
consultando o texto sempre que julgar necessario.
Co)
Earcielo 37.
‘Tendo om vista a anise feta no xeric antorio,
‘observe a fig. 7-35 e responde: Se o Rei Hieron
‘esivesse exrcendo na corda um forga de 400 N,
‘qual seria 0 valor da forga que atuarie no nave,
seslocando-o sobre a aeie?
‘Na fig. 7-37, suponha que o corpo suspense ne
‘alavanca tenha um peso Fy = 120 kgf. Realzardo
‘medidas na figura, determine 0 valor da orga F,
‘ue 8 pess08 esté exercendo para manter a ale
‘vanea na horzental
. Nesta seceBo fi citada a célebre frase de Arqu-
modes: “Se me derem ume alavance e um pont
{de apoio, deslocarei o mundo!” Imagine que ele
‘tonha conseguide obter um corpo de massa igual 8
massa da Tera (6 x 10"kg) © que esse corpo te-+
na sido suspenso na earemidade de uma alain.
‘a, 81m do ponto de apoio. Suponha que a frgs
‘maxima que Arquimedes poderia exercerna outa
‘@aremidade de elavanca fosse de 1000 N.
8) A.que dstincis do pono de anole Arquimedes de-
‘era exer ess orga para equi a alavanca?
1) O comprimento da alavanca que Arquimedes
‘teria que user seria maior ou menor do que 8
sténcia da Torra ao Sol? Quantas vezes?
(Consulte tabel no final deste volume.)
(Observe, na fg. 7-40, uma rpresentacto do recc-
Cinio de Arquimedes para resolver o problema da
corea do rel ce Siracusa,
1) Na fig. 7-40-a, em que ele colocou na gue
‘ume massa de ouro igual & da cores, suponna
‘ue teninam sido recohicos 30 om? de qua,Midrostétien oe
(Qual era a massa da coroa? (Conse a dens: | 42. Suponha que a massa da cova fosse constulda
dade do ouro igual a 20 fem”) or 70% de our 30% de prata. Qual teria sco,
b) Supondo a densidade da prata igual a 10 ger fentéo, 0 volume recohide por Arquimedes na
‘qual tra sido 0 volume de égua recolhido na fig, 7-40:c? (Considere para as densidades da
fig. 7-40-02 rata edo ouro os valores do eerie anterr)
© valor do empuxo e as leis de Newton
Os princfpios da Hidrostitica foram obtidos experimentalmente, antes de
[Newton estabelecer ast les biscas da Mecinica,Entretanto apéso trabalho
4éeNewton, consatou-se, como deviamos esperar, que aqulesprincpiospodiam
ser obtidos pela aplicagio dessas leis a0 caso dos fluidos em equilfbrio.
Na seogio 7,3, essa aplicagio foi feita no estabelecimento da equagio
fundamental da Hidrostética. Mostraremos, a seguir, que também o
principio de Arquimedes pode ser obtido de maneira semelhante.
CConsideremos a fig 1, na qual mos um recipiente contendo wm
liguido em equilbrio. Consequentemente, qualquer parte desse iqui-
do estard também em equilfbrio, Imaginemos, entio, uma porgio
qualquer do Ifquido, como aquela mostrada na fig. I, e analisemos as
forgas que atuam sobre ela. Na superficie dessa porcio atuam as forcas
de pressio exercidas sobre ela pelo restante do liquido, as quais jé fo-
ram analisadas na seogio 7.5 (fig. 7-24) se distribuem sobre a super-
ficie da maneira mostrada na fig. I. Como vimos, essas forgas tém
maior valor na parte inferior da porgio do que em sua part superior €
slo dirigidas para o interior da porgio. A resultante dessas forgas de
pressio estaré, entio, dirigida para cima e jd sabemos que essa resul-
tante € 0 empuxo E que o restante do Iiquido esté exercendo sobre @
porgio que imaginamos isolada, A outra forga que atua na porgio é 0
seu proprio peso P, (veja a fig. 1). Como cla esté em equilfbrio, a
resultante de & e P, deve ser nula e, assim, E e P, devem ter 0 mesmo
médulo e a mesma diregio, porém sentidos contrérios. Chegamos,
portanto, 3 seguinte conclusio:
resent do ligudoexerce sobre a porto supast isolada wm empu
vertical, de baixo para cima, de médulo igual ao peso da porgio.
Suponhamos, agora, que um corpo de peso P, coma mesma forma
a porgio, fosse colocado em seu lugar, sem que o restante do liquido
sofresse qualquer alteragio (fig. II). Conseqiientemente, as forgas de
_pressio ndo seriam alteradas, porque elas slo exercidas pelo restante do
Iiquido. Concluimos, entio, que sobre 0 corpo atuaré 0 mesmo
‘empuxo E que atuava na porgio liquida, Em outras palavras:
Quando um corpo & mergulbsado em wm liquide, atua sobre ele um
empuxo vertical, dirigide para cima, de médulo igual ao peso do Hguida
deslocado pelo corpo.
Essa conclusio é exatamente o resultado obtido experimental-
‘mente por Arquimedes, constituindo o conhecido prinefpio enunciado
por ele muito antes da época em que viveu Newton. E possivel chegar a Fig. 1: Um corpo mergue
ese principio exclusivamente a partir das leis de Newton, aplicando-as ets be a ashe
‘um liguido em equilfbrio, da maneira que fizemos aqui. tate dot orton de promt
a
retunante ¢ 0 empuxesempre que tiver dividas.
4. 2) Oqueéum Mido?
') O que voce entende por visosidade?
©) DB exemplos de fuldos pouco e muito viscosos.
2, @) Escrova a equagdo que define a pressdo, Exp
‘que o signficago dos simbolos que figuam nes:
ta equagéo.
1b) Qual 6 unidade de presséo no $..?
1) O quo a prosedo.d0 1 mmHg? e a presto do
Lat?
38) Escreva'a equagéo que define a massa expecit-
2 ou densicade absoluta. Expliqueo signifcado
dos simboos que figurem nesta equagéo.
|») Quais as cuas unidades de densidade que fo-
‘am cltedas no texto?
©) Qual a reiagdo entre estas dues nicades?
4. a) Oque voct entende por pressto atmostérca?
') Desereva, com suas palavras, a expordncia de
Toricel.nterprete oresutado desta exprincia,
|e) Como se denomina um apareino usedo para
| medi a presséo atmostéica?
5. Dizer como se modifica a altura da eoluna fauid,
a experdncia de Torcel, se ela fr realzada:
a) Em alttudes cada vez meiores.
1) Usandio quis de censidads diferentes.
6. a) Escreva a expressio que nos fomece o aumento
de presso, quando passamos de um panto pa
‘2 cut mais profunde no interior de um qui.
) Explique o significado de cada simbolo que f-
ura nesta expresso.
7. Considere arelagéo P= p, + ph que foi obida na
seogio 7.3.
4) Expligue © significado de cada simbolo que
‘igure nesta relagio,
As questées seguintes foram formuladas para que vocé faca uma revisio dos
pontos mais importantes abordados neste capitulo. Ao respond.
s, volte ao texto
1) Interpret caca uma das parcelas desta ela
{Veja 0 comentiro 2 da secgo 7.3)
| ©) Faga um desenho mostrando © aspecto do
| gation px h
8. a) Descreva algumas aplicagdes dos vasot
comunicantes.
') Expresse, com suas palawas, 0 principio de
Pascal
©) Baseendo-se no principio de Pascal, descreva 0
funcionamento da prensa hiravlica.
‘8. Considere um corpo mergulhado em um qui:
8) Qual 6 a dregso € o sentido do empuxo que 0
liquide exece no orp0?
1) Comparando as presses enercidas pelo liquid
as partes superior inferor do corp, explque
er que aparece o empuro sobre el.
©) Segundo o principio de Arquimedes, quel 6 0
valor do ernpustoreoebico pelo corpo?
40. Um corp 6 totalmente mergunado no Inter de
tum liquide abandonado a seguir. Poderéo ser
‘cbservacas,entéo, as seguintes sities:
12). 0 compo permanece em repouso na posto
‘onde & abandonado,
2) O corpo atunda
'5}) 0 corpo sobe no interior do quo.
4) O compo aflora, passando a futar, em equ-
Norio, na superficie do fquico.
Para cada uma dessas stuagées, ler se
42) O.empuro sobre o corpo & msir, menor ou igual
‘20 s0u peso.
1) A densidade do corpo & mio, menor ou igual 8
ensidade do quid,
algumaS experi€ncias simples
Para vocé fazer
Primera Experiéncia
1°) Dissemos, na secg60 7.2, que a pressto atmosté-
ric ¢ capar de esmagar uma lata no interior da qual
foi feito 0 vicuo. Voc8 poderd verifear que isto &
possivelrealizando a experiincia seguint.
2%) Tome uma lata de secede retangular e coloque
‘um pouco de agua em seu interior (cerea de
‘Lem de altura). Aqueca a agua até ferver, man-
tendo-a em ebuligéo intensa durante cerca de
2 minutes. 0 vepor de gue, ao escapar, arastaHideestétiea
para fore grande parte do ar existente no interior
(2 lata,
3 Retiro a font de calor tape cucadosamente al
‘a, de mado a impedir que oar vole 20 seu itarion
Cologue-a sb um jato de dus fa, para que o vapor
de dgua se condense, redusindo 8 preeedo interna.
Nests concodes, a pressio externa (pressdo tmos-
‘6nc) se tornard muito superor& presso interna,
come voc8 poderécbsensar, alata serd esmagada.
Sogunda Exporiéneia
Realvando esta experéncia, voc® poderé obser um
eto também interessante provocade pela pressao
amesttica,
Encha um piros com agua. Queime alguns pedagos de
ape! denvo ca xicara. Em vinude do aquecimento, 0 ar
se diataré ea massa de ar que permanece no interior da
ara toma-se menor. Um poueo antes de terminar @
‘ombustéo, invert a ricararepidemente sobre o pres.
Deste mado a chama se apaga, a temperatura ciminul,
‘oeasionando uma queda na presséo interna, Obsene
‘que a dgua 6, entdo, forcada a penetiarno interior da
cara. Explque porque sto acontece.
‘Tercolra Experiéneia
11) Para obtro valor da pressdo atmosféica em sua c=
ade, voce poderd realizar uma experiéncia seme-
‘nante& de Torcell, mas usando dgua em lugar de
merce (que é ume substincia de custo elevado e
‘ue exige um carte cuidado ao ser manuseads)
Tercera experlénci,
2 Teme uma manguea de pst transpaente(Sessas.
sds para gar jr), cy comptmento sa crea
e 11 m. Apds enché-ia completamente com ia &
ear muito Dem as cuas extremidades, tomendo cide
o para que no fque boa de ar no interior d8 mar
‘ra, sua em um local stuado a uma ata prima,
6 10 m (oro, tore de ijn, cava dag ee)
Estenda a mangueia vericalmente, como mostra a
‘igura desta experiénca e peya a um colega que ito
‘za aextroidadeiferorem um recipient contenido
‘gua. Depo's de certiicarse de que a mengueia ests
na vera, seu colega deverh aba exreridad infe-
fore, asim, a Sgua descers,estacionardo em um
cet rel, como na experiencia de Total
31) Assinale, na mangueira, 0 ponto B (nivel onde @
{aqua estacionou na mangueia)e su cologaassina-
lard ponte A (rivel da dgua do reciente), Deste
‘modo, voeé est indicando, na mangueia, a aura
de dgua correspondente & pressao atmostérca no
local da expriécia. Estenda a mangueira no chao e
mega o valor deh
4°) Usando 0 resuitado de sua medida, responds:
8) Qual 6, em metros de dua, © valor da prosso
samosténca em sua cidade?
) Eipresse, em emf, esta presséo stmostéica,
6) Deternine, aproximadamenta, a aliude de sua cr
dade lembre-se de que epressio atmosfércadimi-
‘uk cerea de 2 erg para cada 100 m oe atitud).
‘Quarta Experiéncia
1) Realzando medidas com uma balanga e usando o
Prinepio de Arquimedes, € possiel determinar 0
volume de um corpo sdido de forma ireguar e,
conseqdentemente, obter 0 valor de sua densida-
de. Nesta experiéncia voo8 ir usar este método
ara media densiade de uma pedra.
25 Voce vai usar uma balanga de verdurero, como
aquea ulizada nas experincias do capitulo 5. Por
Isto, procure ter uma pedra pesando de 2.23 kg
9, sustentando-a por meio de um barbante,deter>
‘mine sou peso com a balanga (se veo possuir um