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A Coruja e a guia A Coruja e a guia , depois de muitas zangas, resolveram fazer as pazes. Basta de guerra disse a coruja.

a. O mundo grande, e tolice maior que o mundo andarmos a comer os filhos uma da outra. - Perfeitamente respondeu a guia. Tambm eu no quero outra coisa, mas como posso distinguir os teus filhos? Coisa fcil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graa especial, que no existe em filho de nenhuma outra ave, j sabes, so os meus! A guia prometeu-lhe que no os comeria. Dias depois, andando caa, a guia encontrou um ninho com trs monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto. Horrveis bichos! disse ela. V-se logo que no so os filhos da coruja. E comeu-os. Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar ao ninho a triste me chorou amargamente o desastre e foi, muito aflita, justar contas com a rainha das aves. guia, tu foste-me falsa, porque prometeste que no comias os meus filhinhos, e mataste-os todos! Diz a guia: Eu encontrei uns pssaros pequenos num ninho, todos depenados, sem bico, e com os olhos tapados, e comi-os; e como tu me disseste que os teus filhos eram muito lindos e tinham os biquinhos bem-feitos entendi que no eram esses. Pois eram esses mesmos! - disse a coruja. Pois ento queixa-te de ti, que que me enganaste com a tua cegueira.

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