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FIEG ha SENAI-Departamento Regional de Goias Entidade de Formacdo Profissional (Criada e Mantida pela Industria eleir6nica bdsica diode semi condutor teoria fasciculo 41 i , , 7 ) 4 , r | ’ Sormucili Profitslanal Visa: Deseo iriry| 4 0,7V (Berreira de potencial) erva-ne que nesta condicao existe ‘um fluxo de portadores livres dentro do dio do, através da jungdo (fig.49). Tatieee ==> A polarizacao direta faz com que 0 diodo permits a circulacde de corrente elétri ca no circuito, através do movimento dos portadores livres (fig. 50 e 51). C A idmpada limita 0 corrente ‘70 circuilo Fig. 50 iw cuando o diodo esta polarizado diretamente, conduzindo corrente elétrica diz-se nue: 0 DIODO ESTA EM CONDUCAO im diods semicondutor polartaade diretamente ( tbe entra em CONDUGAO, permitinds a pavsagen de corrente els = importante observar aue a seta do sim- 5010 do dioda indica o sentido de circu- Jacdo convencional da corrente (fig-52)- >) POLARIZACAO INVERSA A polarizagao inversa de um diodo consis Seat te na aplicagio de tensde nasitiva no ma terial Ne negativa no material P (fig. - 83). Fig 52 Nesta situacdo os portadores livres de cada cristal sao atratdos pelos poten- ciais da bateria para os extremos do diodo (fig.54). Fig. 54 Observa-se que a polarizagao inversa pro yoca um alargamento da regiao de deple- xo, porque os portadores sao afastados da jungao (fig.55). 20 Nido existe fluxo de portadores através da junc3o, quando o diodo € polarizado in versanente, Portanto, conclui-se que a polarizagdo inversa faz com que 0 diodo ‘impega a circulaco de correnté no circuito elétrico, Quando 0 diodo esta polarizado inversamente, impedindo circulagao de corrente diz-se que: 0 DIODO ESTA EM BLOQUEIO (fig. 56 e 57) Fig. 56 Fig. 57 risado iwersanoatel PRE) pemitinds a paseopon de 2orvence EXERCICIO 2 CARACTERISTIOAS DE CONDUGAO E BLOQUEIO DO DIODO SEMICORDUTOR As caracteristicas do diodo fornecem informagdes sobre 0 seu comportamento nos circuitos eletrénicos durante os estados de condugdo ou bloqueio (fig.58 e 59). = Em conducéo —pl- Tr Fig. 58 - + Em bloaueio p+ Sem conduga serrente fips dugGo de corrente } 0 diads sexta Como diodo ideal se compreende um diodo que apresente caracteristicas especiais, conduzindo ou bloqueando completamente. a) CONDUGAO NO DIODO [DEAL £ CIRCUITO EQUIYALENTE Um diodo ideal, polarizadc diretamente, deve conduzir a corrente elétrica sem apresentar resisténcia, comportando-se como um interruptor fechado (fig.60). a eo Fig. 60 0 interruptor fechado € denominado de "circvite equivalente" do diodo ideal em conducao. 0s "circuitos equivalentes" sao circuitos com componentes simples (interruptores , resistores, capacitores) que através dos quais se obtém o mesmo efeito que com um Gnico componente mais complexo, erramenta" para auxitiar na compreensdo do comportamento de com S30 usados como ponentes mais complexos nos circuitos. b) BLOQUETO 00 DIODO DEAL Polarizado inversamente um diodo semicondutor ideal deve se comportar como um isolante perfeito, impedindo commletamente a circulasdo de corrente, A condi, pode ser denominada de corte do diodo, por que 0 diodo corta a circulacdo de corrente. go de blaqueio de um diodo tambd 22 Em circuito equivalente o diodo ideal em bloqueio pode ser representado como um interruptor aberto (fig. 61). SP LE tints tet ow soe oe Fig. 61 © diode semicendutor real. 0 diodo real apresenta algumas diferengas em relacao ao “diedo ideal". : Estas diferencas existem porque © processo de purificacao dos cristais semicondy tores para fabricacdo de componentes eletronicos nio @ perfeito. Apos a purificacio ainda existe nos cristais uma pequena quentidade de impurezas originérias da formacao do material na natureza. Estas impurezas, chamadas de portadores minoritarios, resultantes da deficiencia na purificacio fazem com que 28 caracteristicas de conducde e bloqueia dos dio- dos reais se distanciem dos ideais. 2) CONDUGAO NO DIODO REAL Dois fatores diferenciam 0 diodo real do ideal no sentido de conducao: - a barreira de potencial - a resisténcia interna A barreira de potencial, existente na juncao dos cristais, faz com que o diodoen tre em condugdo efetiva apenas a partir do momento em que a tensdo da bateria ex terna atinoe um valor maior que a tensao interna (fig.62). p= Diedo de Silico Barreira de potenciat ~0,7¥ 4 } t Fig. & vary A resistencia interna @ devida ao fato de que o cristal dopado ndo @ um condutor perfeito. 0 valor da resisténcia interna dos diodos na conducao normalmente @ menor que 12, 23 Assim, um circuito equivelente do diodo real em conducao apresenta os elementos representativos da barreire de potencial e da resisténcia interna (fig.63). +pye « = Bt— dodo reoi em condusio A | i ee ) Fesieténcio interna Borreiras interna Fig. 63 Na majoria dos casos em que 0 diodo @ utilizado, as tensdes e resistencias exter nas do cireuito sao muito maiores que os valores internos do diodo (0,7¥;12).As- sim, 5@ pode normalmente considerar 0 diodo real igual ao ideal no séntidode con dugdo, sem provocar um erro significative. No circuite da figura 64, por exemplo, a tensdo e resisténcia externa ao dodo s8o tao grandes, comparadas com os valores do diodo, que se pode considerar o mo delo ideal sem qualquer presutzo. CaN a Now Nov i 7 + — PP} — + oo soo 500.0 sovee :}[ [2224 ep sore 5 i f _ Fig. 64 y= 49:3 . 0.0328 1 = 78, = 0,0333 1501 ERRO = 0,0333 - 0,0328 = 0,0005A Erra despreztvel face a tolerancia do resistor. b) BLOQUETO NO DIOD0 REAL Devido a presenca dos portadores minoritarios resultantes da purificacao im- perfeita, o diodo real em bloqueio nao @ capaz de impedir completamente a e- xisténcia de corrente no sentido inverso. Esta cormente inversa que circula no dioda, denominada de CORRENTE DE FUGA, @ da ordem de alguns microampéres. Isto sig) iva que no sentido inverso o diodo apresenta uma resisténcia eleva d¥ssima { “;ias Megahons). 24 0 circuito equivalente do diodo real em SBE diode veo! om vioqeie bloqueio apresenta esta caracteristica configurada (fig. 65). TT RE Varios megonms Fig. 65 Como a corrente de fuga @ mito pequena comparada com a corrente de conducdoa resist@ncia inversa do diodo pode ser desprezada na analise da grande maioria dos circuitos, considerando-se 0 diodo como ideal. A eurda ot 0 comportamento dos componentes eletronicos pode ser expresso através de uma cur va caracteristica que permite determiner a condicao de funcionamento do disposi- tivo em um grande numero de situacdes. A curva caracteristica do diodo mostra o seu comportamento na condugao e no blo-~ queio. a) REGIAO DE CONDUGAO Durante a conducdo do diedo a corrente do circuito circula no cristel. Devido a existéncia da barreira de potencial e da resistencia interna no diodo veri- ficasse a presenga de um pequeno valor de tensao sobre o diodo (fig.66). Diode de Silievo Fig. 66 A curva caracterTstica do diodo em condugdo mastra 6 comportamento da queda de tensio em funcado da corrente que flui no circuito (fig.67). jer 1p teawene 25 Iptma) Analisando a curva caracteristica de con dugio —_-verifica-se que a tensio no dio- do sofre um pequeno aumento quando @ vor a rente aumenta (fig. ox dss ¥y(v) 68) Através da curva verifica~se também que enquanto a tens8o sobre o diodo esta a- baixo de 0,7¥ (no caso do silicia) a corrente circulante @ muito pequena (regiao "c" de curva). Isto se deve ao fato de que a barreira de potencial se opde ao fluxo de cargas no diodo. Devido a existéncia desta barreira de po tencial a regido tTpica de funcionamento dos diedos fica acima de tensdo de condu co caracteristica (ti9.69). b) REGIAO DE SLOQUEIO No bloqueio 0 diodo semicondutor n3o atua como isolante perfeito,permi tind a circulacdo de uma corrente de fuga, de valor muito pequeno (da ordem de micro péres), Esta corrente de fuga aumenta, a medida que a tenséo inversa sobre o diodo aumenta (Fig.70). Ioima) DO Ir aw” ay wwe pas =v,iw) = ioe dB Tensi a wov Corrente de toge -1#20 pa # wg vee “Ve B008 Fone 8 “nr Corrente de tugo -T 240 pA ip (ma) Fig. 70 A figura 71 apresenta a curva do diodo com os dois quadrantes: de condugdo e de bloqueio. plead (ole) YO a consuese sig) crcameeten Qs regimes maximos do diodo em CC estabelecen os limites da tensao e correnteque podem ser aplicados ao componente em circuitos de corrente continua, sem prove- car danos a sua estrutura. Analisande o comportamento do diado em conducao e bloqueio verifica-se que os fz tores que dependem diretamente do circuito ao qual o diodo esta conectado sao: a) corrente de conducao (Ip) b) tensao reversa (Vp) A tensao de condugao V, ndo depende do circuito (0,7 para silicio e 0,2 para ger namio) ea corrente de fuga também depende apenas do material do diodo (alguns microampéres). a) CORRENTE MAXIMA DE CONDUGAO A corrente de conducio maxima de cada tipo de diodo @ dada pelo fabricante em folhetos tecnicos. Nestes folhetos, a corrente maxima de conducéo aparece de- signada pela sigle Ip proveniente do idioma inglés: 27 ec CORRENTE Corrente maxima de condugao 1—-—— (FORWARD) DE CONDUCAG em regime continuo. Abaixo estao colocades dois diodos comerciais e suas caracterYsticas de corren- te maxima (I;). TIPO IF | SKE 1/12 4,0A 1N4004 1,0A b) TENSAO REVERSA MAXIMA As tensdes reversas colocam o diode em b> bloqueio.Nesta condicdo toda a tensio toov (ee) (| Gv) aplicada ao circuito fica aplicada sobre 9 diode (fig. 72). * Fig. 72 Cada diodo tem a estrutura preparada para suportar um determinado valor de ten sao reversa. Aplicando um valor de tensdo reversa superior ao especificado pa ra cada diodo a corrente de fuga aumenta excessivamente € o diodo @ danifica- do. Qs fabricantes de diodos fornecem em foThetos técnicos o valor caracteristico de tensao maxima que © diodo suporta sem sofrer a ruptura. Este valor aparece designado pela sigla Vp. Tensdo reversa méxima em regime contTnuo 28 Avaixo esto colocados alguns diodos comerciais © seus valores de tensdo reversa maxima. ExERCTCIO 3 r TIPO Vp 1N4001 50V By127 a00v BYXI3 50v SKEI/12 12000 caracteristicos 2 TESTE DE DIODOS SEMICONDUTORES. As condigdes de funcionamento de um diodo podem.ser verificadas pela medicdo de resisténcia através do multimetro. Os testes realizados para determinar as condigoes de um diodo se resumem a uma verificacio da resist@ncia do componente nos sentidos de condugdo e bloqueio,uti lizando a tensdo fornecida pelas baterias do ohmimetro (fig.73). vee Conducdo pe ED Boixa resisténcia interoo (ote 5002) Biogueio — PY — ED Altissime resisténcia iterre (votios KO) Fig, 73 Entretanto, existe um aspecto importante, com relagao ao multimetro,que deve ser considerado ao testar componentes semi condutores: Existem alguns multimetros que, quanda usados como ohmimetro tem a polaridade real das pontas de prove invertida com relagao a cor. Isto @ Em alguns: na eseala de ponta de prova preta mp positiva mu) timetros resistencia ponta de prova vermelha mj} negativa Para realizar o teste com sequranca deve-se utilizar um multimecro conhecido (cu. 38 nolaridade real das pontas de prova seja conhecida) ou consultar o esquema do multimetro para determinar as polaridades reais, 9 do teste Para determinar se 0 dioda est8 defeituoso nao & necessario identificar os ter- minais ancdo e catodo. Basta apenas colocar ut pontas de prova do multiteste sobre o diodo nos dois sen tidos posstveis (fig. 74 @ ~A). wa Perms eftTe Fig. 24 Fig. 75 Diodo em bor condi ySea Em uma das medidas o ohmimetro (em escala R x 10)deve indicar baixa resistencia e em outra medida alta resistencia (fig. 76 e 77).. BAIKA RESISTENCIA ALTA RESISTENCIA OBSERVACAD No multimetro usado como ilustracao neste material instrucio- nal a polaridade real das pontas de prova @ invertida com re- lacao a cor, na escala de medida de resisténcia. finde Se as duas leituras indicarem baixa resisténcia o diodo esta em curto, conduzin- do corrente elétrica nos dois sentidos. 31 As figuras 78 e 79 mostram as medidas em um diodo em curto. Baixa RESISTENCIA to (Intervompidy & abe! Letieanente) Se as duas leituras indicarem alta resisténcia o diodo esta aberto, bloqueando a passagem de corrente elétrica nos dois sentidos (fig. 80 € 81). 32 ( ALTA RESISTENCIA @ Catods de um diods tificagao de = fm mitas ocasides a barra de identificagdo do catada na corpo de um diodo se ~ apaga. estas ocasides os terminais do diodo poderdo ser identificados com auxilio do P nultinietro. = 0 diodo conduz a positiva € conectada ao anodo (fig. 82). {baixa resistncia) quando a ponta de prove com a polaridade real se as pontas de prova nas duas Tomando-se 0 diodo com identificagao apagada tests ando o multimetro indicar baixa resisténcia o seu anodo es posicdes posstveis. Qu tard conectado a ponta de prova com polaridade real positiva. 33 FIEG & SENAI-Departamento Regional de Goias Entidade de Formacao Profissional Criada e Mantida pela Industria eleir6nica bdsica retificagao de meia onda feoria fasciculo 42 é. Formagio Profissianal Visa: Descobrir, -@ a. sumario INTRODUGKO. . 04 RETIFICACHO OE META ONDA. 05 TENSNO E CORRENTE CC DE SATOA. 10 FONTE DE ALIMENTACAO META ONDA... 4 18 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS introducao xberelos eletronicos, ma sua grande majoria, necessitam de corrente continua sara 0 seu funcionanento. “a que Seja posstvel alimentar este tipo de aparelhos a partir da rede elétri- dowiciliar @ necessirio um circuito que transform a CA da rede em (C que 6 aparetno necessita. Este tipo de circuito & denominado de retificador. asten varios tipos de circuitos retificadores, dos quais o mais sinples Eo cir suite retificador de meia onda, que @ 0 assunto desenvolvido neste fascicula. Enbora o circuito retificador de meia onda tenha aplicagdes muito limitedas, a comreensio do seu funcionamento & indispensivel para o estudo de circuitos de selhor qualidade, como os utilizados em televisores, radios e outros aparelhos. Para ter sucesso no desenvolvimento dos contelides e atividades deste fasciculo voce j& devera ter conhecimentos relativos a: corrente continua corrente alternada diodo semicondutor transformadores RETIPICACAO DE META ONDA Retificac3o @ a nomé dado ao processo de transformacdo de corrente alternada em corrente continua. A retificagdo € utilizeda nos equipamentos eletronicos com a finalidade de perm tir que equipamentos de corrente continua sejam alimentados a partir da rede elé trica CA A retificagao de meia onda @ um processo de transformagao de CA em CC, que permi te o aproveitanento de apenas um Semiciclo da tensio de entrada na carga (fig.1) pe p. |O 1 ciclo —— © carga Giecuito retiticodor Entrode de moia onda Fig. 1 0 circuito retificador de meia onda com diodo & empregado em equipamentos que nao exigen uma tensdo contTnua pura, como por exemplo, os carregadores de bateria. Retifieugdo de neta onda com diode semicondutor As caracteristicas de conducdo e bloqueio do diodo semicondutor podem ser utili- zadas para obter uma retificag3o de meia onda a partir da corrente alternada da rede elStrica domiciliar. —D}—-—— A figura 2 mostra a configuraco de um circuito retificador de meia onda com = “4 €C meio onde diode. ee Fig. 2 Punetonamento a . | Rr Tomando-se como referencia o circuito re lcorgo tificador de meia onda com diode da figu 3 ra 3. Fig. 3 a) PRIMEIRO SEMICICLO Durante o primeiro semiciclo a tensdo € positiva no ponto A, com relac3o ao ponto 8. Esta polaridade de tensio de entrada coloca 0 diodo em conducio, per mitindo a circulagao de corrente (fig. 4). Diode Fig. 4 A tensdo sobre a carga assume a mesma forma da tensao de entrada (fig. 5). +--———_ | —_ i) = 6 valor do pico de tenso sobre a carga & menor que 0 valor do pico de tensio da entrada por que 0 diodo, durente @ condy ca0, apresenta uma pequena queda de ten~ 580 Vp (0,7 para silicio e 0,2 para ger manio) (Fig-6}. ‘Entretante, na maioria dos casos, 2 queda de tensao do diodo pode ser despreza- da por que o seu valor 8 muito pequeno em relacio ao valor total do pico de ten- so sobre a carga. A queda de tens’ sobre 0 diode deve ser considerada apenas quando o circuit re tificador for aalicado a tensdes pequenas (menores que 10V). b) SEGUNDO SEMICICLO Durante © segundo semiciclo 2 tensao de entrada € negativa no ponto A, com re lag§o ao ponto B Esta polaridade de tensao de entrada coloca o diodo em bloqueio, impedindo a circulagio de corrente (fig. 7). iodo Fig. 7 Nesta condigdo toda a tensao de entrada @ aplicada sobre o diodo que atua como interruptor aberto, e a tensdo na carga @ nula porque nio ha circulacao de cor- rente (fig. 8). Ven Fig @ Observa-se que para cada ciclo completo da tensdo de entrada apenas um semiciclo passa para a carga, enquanto o outro semiciclo fica sobre o diodo. Os graficos da figura 9 ilustram o que foi descrito. Venn Vee Tensio no entrada Tens3o no diodo de siticio Tensao na corge A forma de tensdo encontrada na carga @ denominada de tensao continua pulsante. Continu por que ‘a corrente, quando flui, flui sempre no mesmo sentido o que © uma carzeteristica do tensa continua e pulsante por que a circula¢ao de‘corren- te ocorre ent-forna;de pulsos. = Retifioagae de meta onia com tenado de aida nogati: ~ Depéndeiido' da ‘forma cono 0 dicdo esta colocado no circuito retificador, pode-se 7 obter uma tensa CC positive ou negativa en relacéo ao terra (fig. 10 e 11). - - aE ACK. " Deere s | 1. Forma’ de soide Fig 10 se soido regotivo For A polaridede da woida & sovartido EXERCICIO 1 Fig. 1, vewsko DE SAYDA A tensio de saTda de uma retificacao & vend e Mimetro continua, enbora seja pulsante. Para me- A fm Maltfmetro dir esta tensao de saida utiliza-se um voltimetro de CC ou miltimetro (fig. 12). Fin 2 Ao conectar-se um voltinetro de CC (ou multTmetro em escala de tensio CC)na sai- da de uma retificacdo » tensdo indicada pelo instrumento sera a média entre os periodos de existéncia e inexisténcia de tensao. 0s multimetroe (em escala de Vy) ¢ 08 voltinctroa de CC nidicas sempre wn valor de TENSAO CONTINUA MEDIA. vn Na retificagao de meia onda se alternam B os periodos de existéncia @ inexistencie DY, » de tensdo sobre a carga (fig. 13). Fig. 13 Consequentemente, o valor de tense CC média sobre a carga (medido com voltime- tro CC na saida da retificagdo)esta mii to abaixo do valor efetivo CA splicado entrada do circuito (fig. 14). VELEN BE Medio cc 0 retinicssso mela onda Fig. 14 A tensdo média na satda @ dada pela equagao: (Ey. Y Veg = HGP) onde Veg = tensio continua média sobre a carga fy = tensio de pico da CA aplicado ao circuito (Ey = Ve, - V2) Vp = queda de tensio tipica do, diodo (0,3¥ ov 0,7V) 10 ORSERVACKO Os livros e publicacdes de eletrénica costumam denominar 0 valor “tensio de pico" (Vp) de “tensdo maxima" (£4). Por es- ta razao nas equacdes apresentadas sera utilizeda a notacdo Ey para a tensdo de pico. Quando as tensdes de entrada (Vpgef) foren superiores a 10V pode-ese eliminer a queda de tensdo do diodo que se torne desprezivel, reescrevendo a equacao confor me apresentado abaixo: ve >, ‘ante cr —— Simplificando os termes Y2_ obtéise 0,45; 1099: Veg = Veg » 9445 A seguir sao apresentados dois exemplos de calculo empregando a farmula comple- tae formula simplificada EXEMPLO 1 Dados: Voq = 6V (menor que 10V) 3 b Vp = 0,7V (silicic) SIE @ Ge Yeo * Yee = EXEMPLO 2 Dados: Veq = SOV (maior que 10V) 3 Mec; = Vea 9548 Vog = 50 . 0,45 we Vee = 22.5¥ A equacs 30 de satda € valida tanzo para retificacao com tensdo de satds positiva cow negative. n CORRENTE DE SATD4 Na retificagdo de meia onda a corrente de saida também € pulsante, uma vez que a tensdo sobre a carga € pulsante (fig.15). Corrente puisante ie 1S Tsaioa © média na sai o implica que @ corren da (sobre a carga) @ uma média entre os nertodos de existéncia e inexisténcia de corrente (fig, 16). 0 valor da corrente media de saida pode ser determinado a partir da tensdo média e da resisténcia de carga: Corrente media de saida 0 c3lculo da corrente media de saida @ muito importante porque serve como ponto de partida para a escolha do diodo que sera utilizado no circuito. Inconvententes 21 rerieagdo de meta onda A retificagao de meia onda apresenta alguns inconvenientes, decorrentes da sua condic3o de funcionamento: V2 1) A tensdo de sada & pulsante, diferindo sensivelmente de uma tensao continua pura (Fig. 17). +V ce pura CC mere onde Fig. 7 2) 0 rendimento 3 baixo (45%) em relacdo @ tensdo eficaz de entrada (fig. 18). 100V.. = > 45 V cc moq 10X0,45) Fig. 18 3) Nas retificagdes com transformador existe um mau aproveitamento da capacidade de transfornagao porque a corrente circula em apenas um semiciclo (fig. 19). 1 Cireulogdo opencs j ws nen | Fig. 19 EXERCICIO 2 FORTE DE ALIMENTACAO HEIA ONDA 3 circuito retificador de meia onda pode ser utilizado como fonte de alimentacdo para um circuito eletronico. Para que se tenha uma fonte de alimentagao completa deve-se acrescentar ao cir- cuito retificador. ~ uma chave liga-desliga - um fusivel de protegao - uma chave seletora 110/220V As figuras 20 e 2] mostram o esquema eo circuito de uma fonte de alimentagao meia onda completa. Este circuito pode ser dividido em 4 partes distintas (fig. 22). ~ entrada - controle e protecao rebaixamento ou elevacao da tensao Rena - retificagao 4 A Fig. 22 Quando uma fonte retificadora de meia onda apresenta defeito deve-se executar u- ma seqUéncia de medidas que permitem localizar a etapa com problema e posterior- mente o componente, Geralmente 0 defeito @ constatado ao realizar-se uma medida na satda do circuito. Se o'circuito apresenta defeito sio duas as possibilidades na saida: a) Existindo tensdo CA na satda pode-se imediatamente concluir que as etapas 1, 2 @ 3 estao corretas. 0 defeito provavel @ 0 diodo em curto. b) Ndo existindo tenso na satda existem muitas hipdteses para o defeito. Deve- -seé, entao, realizar um teste por etapas do circuito. - Jestar se ha tensao na saTda da etapa 3 (secundario do transformador). Sim: até a etapa 3 tudo esta correte. Defeito na etapa 4 —testar diodo (aberto) Nao: 0 defeito est antes da etapa 4 + Testar se ha tensao na entrada da etapa 3 (primario do transformador). do transformader). etapas 1 2 esta corretas. 0 defeito esta na etapa 3 (trans formador). Testar continuidade das bobinas do transformador com um ohnitmetro. o defeito esta nas etapss 1 ou 2 15 ~ Testar tensdo de entrada na etapa 1. Sim: etapa 1 esta correta, etapas 3.e 4 ja foram verifica- das. Defeito na etepa 2 (controle e protecao). Testar componentes e conexdes da etapa 2. Caso o fusi- vel esteja rompido descobrir a causa antes de substi- tuir. Nao: Testar cabo, pluguee verificar se ha energia na toma~ da onde a fonte esta sendo conectada. 0 procedimento parece dificil de ser executado. Entretanto, esta seqténcia fi- ca simples se for colocada em forma de fluxograma. aun_[ ows 2 veryan erga 23 of Xo1as0) 14 rewato ce na ‘anion pa trans 3 ‘saiba a tara? leraras 1€2 04 resrax taasronmaooe TERTAR COvONENTES tna Lox coneales ou evar 7° Ui Ga lo ni rensio cA ma fEvTRABA 9 CHAEVITD TesTAn can0. russe ‘Etomon oe enenes 16 * Se o defeito for fustvel rompido, verificar as causas do rompimento antes de substituir (diodo em curto, curto entre ligagdes, saida em curto). 0 rompimento do fustvel também pode ser causado pelo funcionamento anormal do circuito alimentado pela fonte, Aplicagao da rettficagao de meta onda A retificagdo de meia onda & utilizada quando a carga nao necessita uma CC pura para 0 funcionamento. 0s carregadores de bateria so um exemplo tipico de circuito onde a retificagzo de meia onda @ empregada. BXERCICIO 3 WV FIEG s. SENAI-Departamento Regional de Goids Entidade de Formacao Profissional Criada e Mantida pela Industria eletrénica bdsica retificagdo de onde completa teoria fasciculo 43 €.-- Protissional Visa: Descobrir, sumario INTROQUCAO. isis ~sccsceescerssicyratensctsne Seaderees vines 4 RETIFICAGAO DE ONDA COMPLETA. .....scseseeceveereereeeee 5 TENSAO E CORRENTE CC DE SATDA DA RETIFICACAO COM DERIVAGAD CENTRAL. 2. .sscasecevecstnsdaseceesesnene n RETIFICAGAO DE ONDA COMPLETA EM°PONTE............c0008 16 TENSAO E CORRENTE CC DE SATDA DA RETIFICACAO EM PONTE. ssssasces-sasese se eeeseeaee Weaeeeaecsen teenee . 20 FONTES DE ALIMENTAGAO DE ONDA COMPLETA...........4s005 6 3 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.........005 erates dsite gs 28 introducdo A retificacdo em meia onda tem aplicagoes muito restritas devido ao pequeno apro veitamento e a grande ondulacdo de savda. “Existem, porém, circuitos retificadores que fornecem uma CC de melhor qualidade na satda. Este tipo de circuitos, denominados de RETIFICADORES DE ONDA COMPLETA, sio empregados na grande maioria dos equipamentos eletranicos. Este fasciculo tratara dos circuitos retificadores de onda completa © abordando princtpio de funcionamento, calculo de parametros e pesquisa de defeitos, visan- do capacita-lo a utilizar e reparar este tipo de fontes de alimentacao, PRE-REQUIST POS Para ter sucesso no desenvolvimento dos contelidos e atividades deste fasciculo voce ja devera ter conhecimentos relativos a: - transformador = djodo semicondutor - retificacao de meia onda REDIFICAGIO DE ONDA COMPLETA COM DIODOS SEMTCONDUTORES £ um processo de conversio de corrente alternada em corrente continua que fezum aproveitamento dos dois semiciclos da tensio de entrada (fig. 1). | 7 Be a > a Entr230 Circuite retiticedor de onco completo Fig O circuito retificador de onda complete @ 0 mais empregado nos equipamentos ele- trénicos porque realiza un melhor aproveitamento de energia aplicads a entrada. A retificagio de onda completa com diodos semicondutores pode ser realizada de duas formas distintas: - enpregando um transformador com derivacio central @ dois diodes . = empregando 4 diodos ligados em ponte. Retificagao de onda completa com darivagao central Retificacao de onda completa com derivac3o central @ denominagao técnica do cir~ cuito retificador de onda completa que emprega dois diodos e um transformador com derivag3o central. A figura 2 apresenta a configuracao deste tipo de circuito retificador. Or neglE, Lk: bz Sere Fig. 2 Este tipo de retificag3o também @ chamado de retificacao de onda completa CENTER TAPE. A expressdo “center tape" @ inglesa e significa "derivacao central". Punctonamento 0 principio de funcionamento do circuits retificador de onda completa pode ser facilmente compreendido, considerando-se cada um dos semiciclos da tensao de en- trada isoladamente. : a) PRIMEIRO SEMICICLO Considerando-se o terminal centra] do secundario como referéncia verifica-se a formacao de duas polaridades opostas nos extremos das bobinas (fig. 3). Do "OV" (Referincia) “3 Corga Fin 3 Nesta condico verifica-se que 0 diodo D, @ polarizado diretamente, conduzindo, enquanto o diodo Dz @ polarizado inversamente, entrando em bloqueto. Substituindo os diodos por seus circuitos equivalentes ideais obtém-se a configu ragao apresentada na figura 4. + Fig. 4 A condic&o de condugio de D: permite a circulagdo de corrente através da carga do terminal positivo para o terminal de referéncia (fig. 5 ). Negotivo em reloedo 99 potencia! mais positive Fig. 5 A tensao aplicada a carga @ a tensao existente entre o terminal centre] do secun dario e 0 extremo superior do transformador (fig. 6). Tensdes iguais (instontoneamente) Fig. 6 Durante todo o semiciclo analisado o diodo Di permanece em condugdo e a tensao na carga acompanha a tensdo da parte superior do secundario (fig. 7). Conducdo ) SEGUNDO SEMICICLO No segundo semiciclo da tensao de entrada ocorre uma inversao na polaridade do secundario do transformador (fig. 8). Fig 8 Nesta condicdo o diodo Dz entra em condugdo e 0 diodo D: em bloqueia (fig. 9). Corga Fig. 9 A corrente circula pela carga, passando através de D: que esta em condugdo, no mesmo sentido que circulou no primeiro semiciclo (fig. 10). Fig. 16 A tensio aplicada a carga @ a tensdo da bebina inferior do secundario do trans~ formador (fig. 11). 3 Durante todo o semicicla analisado 9 diodo Dz permanece em condugao ea tensao na carga acompanha a tensao da parte inferior do secundirio (fig. 12). Tersdes iguais Lingtantanaamente) Fig 11 Vm. Analisando um ciclo completo da tensdo de entrada verifica-se que o circuito re~ tificador entrega dois semiciclos de tensao sobre a carga: = um semiciclo do extremo superior do secundario através da condugao de Oi. = um semiciclo do extremo inferior do secundario através da condugdo de De (Fig. 13). cal o ae a, 02 Fig. 13 EXERCICIO 1 10 Isto se deve ao fato de que, na retificagao de onda completa com ponto médio, ca da metade do secundario do transformador esta ativa durante um pervodo e inativa em outro. Observando atentamente este tipo de reti A ficagio @ possivel visualizar que o con- junto se constitui de duas retificaces de meia onda, cada uma atuante em um dos semiciclos conforme mostra a seqdéncia da figura 17, va rorat orb Fig. 17 Para tensdes de entrada acima de 10V/, pode-se desconsiderar a queda de tensao no diodo, desenvolvendo a equacao como: -V f= | desconsiderando Vp tém-se: Vee 2 y M Yer 2. = Yon = V2 Yeos 2° sinpliticando “2/, tense Vee =2 Von - 0545 Tensdo continua média > Yoo = Veq - 059 na saida ea cA * para valores de Vc, maiores que yOv. Corrente de satda A corrente média na saida da retificacdo de onda completa depende da tensao mé- diaz Corrente continua media 0 1. = “ec de saTda oe A seguir estado apresentados dois exemplos de calculo de tensao e corrente CC pa- ra a retificagao de onda completa com ponto médio. EXEMPLO 1 Tensao CA no secundario menor que 190V, logo ca Re Ko : E Veg = 2 - Ea= Yen. V2 v2 Ey = 8.46V 8,46 Veg = 2 | S286 = 07 cc 3.14 ] 7,76 . Veg = 2 - [ HR] Yoo = 2» 2.47 y, _ Mec 4.94 Tec = oR Tec = rooun = 494A c EXENPLO 2 Tensio no secundario maior que 10Voy ¥ re co ca > O88 Voc = 20. 0,9 OBSERVACAO A tensao de saida @ negativa devido a posic¢do dos diodos. Yee Res i -18v cc * RE BOR ct Toc = -21,9mA Relagdo entre fregilincia de entrada e frealléncia de vita Na retificagdo de onda complete cada ciclo da tensdo CA de entrada @ transforma- do em dois semiciclos de tensio sobre a carga. Desta forma, a freqlléncia dos picos de tensao sobre a carga €0 dobro da freqlén cia da rede (fig. 18)- C120 HE — (Pulsante) ca 60nr Fig. 18 EXERCECIO 2 6 RETIFICAGAO DE ONDA COMPLETA EM PONTE A retificac3o em ponte, com quatro diodos entrega a carga uma onda completa sem que seja necessario utilizar um transformador com derivagao central. A figura 19 apresenta a configuracao da retificagao de onda completa em ponte. Entrade Sarda Fig 19 fstet A retificagao em ponte pode ser feita sem a necessidade de um transformador de de retificagao também conhecido como retificagao por PONTE DE GRAETZ. entrada. Funcionamento a) PRIMEIRO SEMICICLO. Considerando a tensao positive no terminal de entrada superior (fig. 20). Papeoo CH) Nearono (— ) + Re Carga = Fig. 20 A condigao de polarizacao dos diodos se apresenta: D; - anodo positivo em relagao ao catodo = CONDUCAO Dz - catodo positivo em relacao ao anodo = BLOQUEIO Ds - catodo negativo em relagao ao anodo = CONDUCAO Ds - anodo negativo em relasio ao catodo = BLOQUEIO 16 ~ Substituindo-se os diodos pelos seus circuitos equivalentes ideais se obtem a configuracio apresentada na figura 21. 7 + - De Ca) = Gorge Fin 1 = Eliminando-se os diodos em bloqueio, que néo interferem no fun cuito verifica-se que D; e 03 em conducio fecham 0 circuito elétrico, aplicando a tensio do primeiro semiciclo sobre a carga (Fig. 22). ramento do cir - he ee Ss Recolocando-se os diodos na forma de componente (eliminando os circuitos equiva- lentes) observa-se como 4 corrente flui no circuito no primeiro semiciclo (fig. 23). Conduzide per vm. Die Ds Fig 2 cA at Dros WV >) SEGUNDO SEMICICLO No segundo semiciclo ocorre a inversdo da polaridade nos terminais de entrada do circuito (fig. 24). Fig. 24 A condigao de polarizagao dos diodos se apresenta: D, - Anedo negativo em relac3o ac catodo - BLOQUEIO Ds - Catodo negative em relagao ao anodo - CONDUGAO Dy - Catodo positive em relacBo ao anodo - BLOQUETO DB. = Anodo pusitivo em reTag3o ao catedo - CONDUCAD Eliminando os diodos em bloqueio e substituinde ogfiowos em condugao pelos seus circuitos -equivalentes ideais obtém-se a configuracao apresentada na figura 25. orga Fig. 25, = 0 cireuito elétrico fechado por Dz e Dy aplica a tensdo da entrada sobre a car- ga, fazendo a corrente circular na carga no mesmo sentido que no primeira semici, clo (fig. 26). Ae + Fig. 26 18 Recolocando os diodos na forma original observa-se a forma como a corrente circu Ja no circuito (fig. 27). cal A ponte retificadora entrega a carga os dois semiciclos, da mesma forma que a re tificagao de ponto central fig. 28). Entrose > h, - Soise | Lp, LY cA ce Pussante |fpios VZLD i Fig. 28 A freql@ncia da CC pulsante @ 0 dobro da freqléncia da rede. A ponte retificadora tambem pode ser re- presentada em esquema conforme mostra a figura 29. Fig 29 Nesta simbologia a barra do diodo aponta a satda positiva e a seta a satda negati_ va (fig. 30). EXERCICIO 3 19 TENSKO E CORRENTE CC DE SAIDA DA RETIFICAGAO EM PONTE Tensdo de saida A ponte retificadora de Grietz — fornece na saida o mesmo tipo de forma de onda que retificagao com ponto madio (fig.31). Pia 3 Ha, contudo, uma diferenga em termos de tensdo de pico sobre a carge, devido ao fato dé que na ponte retificadora em cada semiciclo existem dois diados em sé Desta forma o pico de tensdo sobre a carga @ 1,4V¥ menor que o pico de tensao na entrada (para diodos de silicio) (fig. 32). ceecrees=-- soret (Eu21,4) Fig, 32 A tensao CC média de satda @ dada pela equacao Tensdo CC media na saida Para tensdes acima de 20Veq na entrada da ponte pode-se desconsiderar as quedas de tensio nos diodos (2Vy) de forma que o desenvolvimento da equacao resulta em: Vee = Vea - 0-9 Sp para tensdes acima de 20Vc, na en trada da ponte 20 0 valor Voq de equecéo, para circuitos retificadores em ponte $0 valor da ten- so aplicado aos extremos dos diodos que compdem a ponte, conforme mostra a figu ra 33. ew. vee Vo" Pig. 33 Este aspecte determina uma vantagem da retificacdo em ponte sabre a retificacac com derivacdo central. Para uma mesma tensdo de sida, @ retificaggo em ponte usa apenas uma tensao "0 secundarto enquanto a retificagao com derivacao central necessita duas tensdes, com terminal central comum. A ponte, porém, usa 4 dindos As figuras 34 e 35 mostram claramente o que foi descrito + vee Vea 0,9 vee: 27 Vee =vea 0,9 vers 30 -0,9 Vees 270 Fis. 35 2 Consequentemente o transformador 6 melhor aproveitado nas retificagdes em ponte porque 0 secundario trabalha integralmente nos dois semiciclos. Corrente na satda A corrente média na sada @ dada pela mesma equagao utilizada na retificagao pon to medio: Corrente CC media D q Yeo na sada oe iy Fear ge. ee A seguir esto desenvolvides dois exemplos de célculo de tensao e correnteCC de satda para a retificacdo em ponte. Tensio CA menor que 20V Ey - 2 ve. = 2{ tt | ce * 2[ Ey = 21,2 @ 10 ¥ea me 300.0 Voc = 110 . 0,9 Voc = 99V 99V . Tec * 3005 Poche esa ExeERcICIO ¢ Tensao CA maror que 20V Ye Yon * 0,9 23 PONTED DE ALIMENTAGAO DE ONDA COMPLETA 0s circuitos retificadores de onda completa séo utilizados como fonte de alimen- tacao para circuitos de Freio eletromagnéticos, elimentagao de eletroimis, brin- quedes como carrinhos de autorama. As figuras 36 © 37 mostram os circuitos de fontes de alimentac3o onda completa com as etapas identificadas. . Entrada Controle € protecao Rebaixamento ou elevacio da tensio Ron os Retificagao 24 © teste de condicées e pesquisa de defeitos pode ser feito segundy o fluxograma @ seguir: ENTRADA DO Teste NiO HA Tesio Wa SalDA DA ETAPA 3 TFLUROGRAMAS DE TES Das erapas 1. 2 HGUAL A META hoa ck TENSAD CA NA carve ns Erara, 2 nao WA TENSAD CAMA sAtba DA Evapa 1 nao. ap Wh TENSAD CA NA ENTHADA DO CIRCUITO TESTAR CAMO, PLUSUE TUMADA DE ENERSIA ‘oni c COMPLETA FONTE Ox — Testa 1009 ~* rein ‘NDA etaras L 2. TESTER Yinshs manLH tesrag cunmonentes | Bn, EvaPa 2° eave fos 25 OBSERVACDES * Pode-se determinar se a saida esta em meia onda através da medida de tensao. onda completa Ver = Von - 059 meia onda Vee = Von - 0585 E possivel a saida em meia onda se apenas 1 dos diodos re~ tificadores estiver aberto. A Se 0 defeito for fustvel rompido, verificar as causas an- tes de substituir (diodos em curto, curto entre ligacées, curto na saida da fonte). 0 rompimento do fustvel também pode ser provocado pelo fun cionamento anormal do circuito alimentado pela fonte. [MPORTANTE: NaS. configuragoes de onda completa (com derivacado e ponte) quando um diodo entra em curto normalmente faz com que todos os outros tam- bém entrem em curto. Por isto costuma-se substituir todos os diodos da retifica¢ao quando se encontra um em curto, mesmo que no teste com ohmimetro os outros nao acusem defeito. A configuragio da ponte retificadora @ muito empregada em equipamentos eletroni- cos. Isto levou os fabricantes de diodos 3 produzirem as “pontes retificadoras” prontas. fstas pontes nada mais sao do que os 4 diodos ja ligados entre si, encapsulados em um sO “componente”. As figuras 38 e 39 mostram alguns tipos de pontes retifi- cadoras comerciais. XXB Fra. 39 26 Este tipo de pontes tem 4 terminais: dois para entrada da tensdo CA e dois pera a saida da tensao CC. Os terminais de entrada da CA normalmente séo identificados pelo simbolo “e os de saida em CC sdo identificados pelos sinais +e - (fig. 40 ¢ 41). ry _— 11 Fig. 4 Fig. 40 As designacdes inscritas no encapsulamento se referem a caracteristicas da ponte. XX - Duas letras que indicam o fabricante B - do alemdo BRUCKEN - ponte retificadora 80 - valor limite de tensdo CA eficaz que pode ser aplicada a entrada da pon te 1000/1 g99 - corrente média que pode ser obtida a partir da ponte: 1000 ~ com carga resistiva 1800 - com capacitor na sa¥da de CC da ponte A figura 42 mostra uma fonte retificadora montada com uma ponte semicondutora co mercial. 27 FIEG s SENAI-Departamento Regional de Goias Entidade de Formagao Profissional Criada e Mantida pela Industria eleirénica bésica filiros em fontes de alimentagao feoria fasciculo 44 2. sumario INTRODUGHO....... artes) bby Hale Ha bade LOU Nees once 4 0 FILTRO NAS FONTES DE ALIMENTAGAD.....++2e2e0reeer 5 A TENSHO DE ONDULAGKO.......ccssecreeereeeneerseeens 10 TENSHO DE SATDA NOS CIRCUITOS RETIFICADORES COM FILTRO. oc. sese cee esuueeeer \4 DETERMINACAO 00 CAPACITOR DE FILTRO..sesssesereeees 18 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.... introducdo Os circuitos retificadores de meia onda e onda completa fornecem tensdes cont? suas pulsentes na satda. Isto limita muito a sua aplicacao, pois a maioria dos equipamentos necessita de tensdes. continuas, tao puras quanto possivel. Para alimentar equipamentos eletronicos de CC acrescenta-se um FILTRO aos circui tos retificadores, que torna a forma de onda de satda da fonte mais proxima da ct. . Este fasciculo tratara do filtro, sua funcdo e forma de funcionamento, visando capacita-lo a montar uma fonte de CC com forma de onda proxima a da CC pura. PRE-ROQUISTTOS Para ter sucesso no desenvolvimento dos contelidos e atividades deste fascTculo voc ja devera ter conhecimentos relativos a: = armazenamento de energia em capacitores = retificacao de meia onda - retificagao de onda completa © PILTRO NAS FONTES DE ALIMewragHO As tensdes continuas puras se caraterizam par apresentarem polaridade definida @ valor constante ao longo do tempo. A figura 1 mostra o grafico de uma tensao continua pura fornecida por uma bateria —— hy tensdes fornecidas pelos circuitos retificadores ,tanto de meia onda como de on da completa sao pulsantes. fndora tenham a polaridade definida, as tensoes. forne> cidas pelos circuitos retificadores sofrem constante variacao de valor, pulsands conforme a tens3o senoidal aplicada ao diodo (fig. 2 ). Onda completa Meia onda Fig. 2 sana har com’ mento de filtragem + capacidade de armazenamento de energia dos capacitores pode ser utilizada como “ecurso para realizar um processo de filtragem na tensao de saida de um circuito -etificador. ) capacitor @ conectado diretamente nos terminais de satda da retificacao (fig. 5 26). Meio onda Onda completa "ae Nos intervalos de tempo em que o diodo conduz circula corrente através da cart @ também para o capacitor. ———— 4 =m AS conoucio RETIFIGAGAO FUTRO Nos intervalos de bloqueio do diode o capacitor tende a descarregar a energia ar- mazeniada nas armaduras , Como nao € possTvel a descarga através da retificacao, porque o diodo esta em blo queio, a corrente de descarga se processa pela carga ( fig. 8 ). : | C eM oo BLOQUEIO RETIFICACAO Portanto, a tensao continua pulsante fornecida pelos circuitos retificadores nao serve para a alimentacdo de equipamentos de corrente continua, devido as diferen gas entre sua forma de onda de saida e a forma de uma continua pura (fig. 3). CC Puisanres Oiferentes oa Ce | Pura Fig. 3 A necessidade de realizar a alimentacao dos equipamentos de corrente continua a partir da rede elétrica CA, levou a utilizacdo de circuitos de filtro. Qs filtros sao colocados entre a retificagao ea carga, e atuam sobre a tensao de satda dos circuitos retificadores aproximando tanto quanto possivel a sua forma a de uma tensao continua pura (fig, 4). : FILTRO fe CARGA Fig 4 As figuras 12 e 13 mostram uma comparacao entre a tensao de satda de uma retifi- cago de meia onda sem filtro e com filtro. A cargo recebe tensdo +V A carga recebe tenséo durante tego 0 tempo Tempo que @ carga 50 recebe fensao Fig. 13 Fig. 12 A presenca de tensdo sobre a carga durante todo o tempo, embora com valor varia- vel, proporciona a elevacao do valor médio de tensao fornecido ( fig. 14e 15). ww wv! Tensdo media Lr Y tenaho, mptig AZ Zena V com um copacitor de fiteo Fig. 14 Fig. 15 Sem filtro da tensa> média de cador, EXERCICIO 1 A TEWSAO DE ONDULAGAO 0 capacitor colocado em circuito retificador esta sofrendo sucessivos processos de carga e descarga. Nos perfodos de conducao do diodo o capacitor sofre carga e sua tensao aumenta. Nios pertodes de bloqueio o capacitor se descarrega e a sua tensdo diminui (fig. 16). Fig. 16 t; = tempo em que o capacitor sofre carga (sua tensdo aumen- ta). t2 = tempo em que o capacitor se descarrega parcialmente so- bre a carga (sua tensio diminui). & forma de onda da tensdo de saTda nfo chega a ser uma continua pura, apresentan do’ uma variacao entre um valor maximo e um minimo denominada de ONDULACAO ou RI- PPLE ( fig. 17). sait0 Veapaciior ‘Joven acto (cncunagna ou RIPPLE @ a variacado de tensao existente no topo | da CC fornecida por um circuito retificador com filtro. 10 A diferenca de tensio entre o valor maximo e minimo que a ondulagdo atinge & de- nominada de Tens&o de ondulagao depico a pico, abreviada por VOWDpp (fig. 18). Yon pe Fig. 18 A tensdo de ondulacao na satda de uma fonte também @ denominada de COMPONENTE AL TERNADA de saTda da fonte. Um dos fatores que definem a qualidade de um circuito retificador eo valor da componente alternada presente na sua saida. Quanto menon o valor da componente alternada prosenve na setde wna fonte melhor 4 a sua quali Fatores de influenctam na ondulapao A ondulagao na saida de um circuito retificador depende fundamentalmente de trés fatores: a - da capacidade de armazenamento do capacitor b - da corrente absorvida pela carga ¢ = do tempo que o capacitor permanece descarregando Observando atentamente os fatores se verifica que todos influenciam na descarga do capacitor, que resulta na ondulagdo. 0s fateres que tnfluenctam na ondulagGo sio aqueles que influeneiam na descarga do capacitor. - A capacidade de armazenamento de um capacitor @ expressa pela sua capacitan cia. Quanto maior o valor do capacitor, maior a capactdade de armazenamento. As- sim, um capacitor de filtro maior mantém a tensdo de safda mais constante, diminuindo a ondulagao (fig, 19 e 20). i L L ch 100 pF 2+ 200 pF : Lotito amg ! qT f oe —_ ee ees Fig. 19 Fis. 20 itro eom mator capactitancéa - TENSAO DE ONDU ‘A corrente absorvida pela carga € responsavel pela descarga do capacitor. Quando a corrente absorvida pela carga € meror o capacitor descarrega mais lentamente. Como consequéncia a redugao de tensdéo do capacitor € menor, ob- tendo-se menor ondulacao (fig. 21 © 22). 1) maior que Iz Youn; maior que Vonp, 12 Entretanto, a corrente de carga 8 o ponto de partida para o cdlculo da fonte. E necessario que o circuito projetado tenha capacidade de aVimentar a carga mesmo na pior situagao de consumo. Por esta raz8o nao se pode contar com modificagdes de consumo para meTharar 0 desempenho de saida de uma fonte de alimentacao. ¢ - O-tempo de descarga influéacia a ondulacdo, visto que quanto mais tempo 9 capacitor descarrega, menor a tensao nas suas armaduras. Por esta vazao, para uma mesma carga ¢ mesmo capacitor de filtro, os circui, tos de onda complete tem menor ondulacao (fig. 23 ¢ 24). MEA ONDA 5 ONDA COMPLETA Ru Fis 23 ' Fig. 24 Em onda connleta 6 capacitor & carregado duas vezes a cada ciclo de entradg (figs 25%. TeIcLo-- -pe—— 1 GICLO CARGA DO CAPACITOR vee TENSK2 WA SAIDA NOS CIRCUITOS REDIFICADORES COM FILTRO A tensao “C media de sada em circuitos retificadores com filtro & dada pela equa, Gao: onde Yeo D_tensHo CC na satda Ey Denso de pico Voq V2. desconsiderendo-se a queda nos diodos . Vantep tensao de ondulagao de pico = pico Quando ur Circuito retificador com filtro capacitivo esta sem carga néo hd ondula do, A tensdo de satda @ uma CC perfeita. A tensio de saida @, neste caso: Vi =onDpE como Yonopp = 9 tense 2 sin % Yeo Yq + V Isto é y«lido tanto para a retificagio de meia onda com filtro como para a onda completa com filtro (fig. 26 e 27). Yee = Ew Masion fs { Venta 4 ONDA COMPLETA ' MEVA ONDA ' ‘sem “Canca SEM. CARGA Fig. 26 a 14 Quando ndo ha carga na saida a tensa de saida dos cireuitos retifieadoras de moia onda e onda completa com filtro é a negna. ‘Un exemplo ilustra 0 comportamento da tensdo de safda de uma retificagao de meia onda com filtro sem e com carga. 15 Vca - Yee * Yon V2 = 15. 1,41 = 21,2V Conectando-se um osciloscOpio em modo DC i na satda da fonte a fomra de onda observa 212V da seria uma CC pura (fig. 28) | ee Fig. 26 Quando a carga & aplicada a ondulagdo aparece, fazendo com que a tensdo de satda cata para valores inferiores a Ey. A redugio na tensdo de sa¥da se deve a ondulagao, e sera tanto maior quanto maior for a corrente solicitada pela carga. faagdo da carga a una fonte proices . aparceinento da ondu resultando om wna redupGo da t de satda. ib 4amitindo-se uma carga que provoque — uma + + bndulagéo de 3V,,+ 15vea = | ‘Vonopp= 3V _ 2 Nog = 19,7 A forma de onda da saTda, cbservada em osciloscépio, em modo DC, seria. nostrads na figura 29. = 2,20 0 valor m@dio da tensao de sada CC, devido a ondulagao, cairia de 21,2V (sem car ga) para 19,7V (média entre 21,2 € 18,2) devido a carga. Obserinigdo da onintay: A ondulagao & uma componente alternada presente no topo da form de onda fornect da por uma fonte com filtro capacitive e carga na safda. 16 Como 0 valor desta ondulag3o @ normalmente igual ou menor que 10% do valor da CC fornecida pela fonte, tornasse dificil medir o seu valor exato usando o oscilosco pio no modo OC (fig. 30). Osclloscéplo MODO OC ONDULAGAO aa (Diffeit de medir com precisdo) REFERENCIA ~ Fig. 0 Para obter uma medida precisa da tensa de ondulacao de pico a pico utilize-se © modo AC. Neste modo de entrada a componente CC da sida @ eliminada de forma que © osciloscépio apresenta na tela apenas a ondulacio. Isto permite aumentar o ga- tho vertical, anpliando apenas a ondulagdo na tela. As figuras 31 e 32 mostram mesma saTda de uma fonte, nos modes DC e AC de entrada. LT i i | 1,5Vpp Chee MODO DC VERTICAL - 5 V/Div MODO CA VERTICAL - 0,5 V/Div Fic. 31 Fig, 92 diy gem preeiedo 0 valor da tenedo de ondulagao na sav wi fonte, deve-se utilizar o modo de entrada AU no BXERCICIOS 3 7 DETERMINAGAO DO CAPACITOR DE FILTRO A tensdo de satda de uma retificacao com filtro € dada pela equacao: Youbpp cc Pela equagao verifica-se que a tensao de satda depende da tensao de ondulacao. A tensdo de ondulago depende do tipo de circuito retificador (meia onda, onda com pleta), do valor do capacitor de filtro e da corrente da carga. Suserva-se que a tens3o de ondulacdo depende de varios fatores que estao relacic nados entre si. Esta dependéncia torna dificil a formulacdo de uma equacao exata que determine o valor de capacitor a ser usado para uma tensdo pré-estabelecide. Entretanto, devido a grande tolerancia de valor dos capacitores —eletrolfticos fat® S0Z) pode-se formlar uma equacdo simplificada para o seu calculo Esta equacao pode ser usada para calculo de capacitores de filtros para at@ 20% de ondulagdo de pico a pico sem introduzir um erro significative. A equagde simplificada para o calculo do valor do capacitor de filtro onde: valor do capacitor de filtro emu F ° T = periodo aproximado de descarga do capacitor meia onda T =.16,6 ns p/60H> onda completa T = 8,33 ns p/60H2 Imax = corrente de carga maxima em mA Yonopp * tense pico a pico de ondulacao en Yots. 4 fator T @ determinado em funcdo do tipo de retificacao usado (meia onda ou on- da completa), a corrente de carga maxima pela lei de OHM € a tensdo de pico a pi~ co de ondulacio assume 0 valor desejado ( Voypp, até 20% de Voc )- A seguir estado apresentados dots exemplos de emprego de equacdo para deterini na cao do capacitor de filtro. 18 2 - Deseja-se montar uma fonte retificadora de meia onda pare tensio de saida 12¥ corrente de 150mA, com ondulacao de 2V,,. Qual o valor do capacitor de filtro? Dados - meta onda (T=16,60S) Tey = 150mA Yonnpp = 2° Imax “onopp C= 156 . Tank € = 1205,uF 2 Yop e—_———_—_ - b- A mesma fonte em cnda completa. Dados - onda completa T= 8 33ms Try = 150mA Yonopp = 2 25 iF Além da capacitancia do capacitor de filtro deve-se também especificar a sua ten- sio de isolagdo. A tensdo de isolacdo deve ser sempre superior 20 maior valor de tensio que 0 capacitor iri realmente funcionar. Por exemplo: Tensao do satda Tensio de isolagao a (sobre o capacitor) ser usada 12¥ 16v VW 25¥ 28y 40v w 0 capacitor de filtro ideat O capacitor de filtro ideal seria aquele que possibilitasse a obtengao de uma ten sio de saTda sem conponente alternada (ondulagao inexistente). Certamente o valor de capacitancia deste capacitor seria elevadissimo para que sua capacidsde de ar~ mazenamento fosse suficiente para manter a tensdo de satda absolutamente constan- te, Eentretanto a utilizagao pratica de um capacitor cono filtro implica em um com promisso entre alguns fatores: Dininuie 0 peruntual de endulagae obriga ao uso de capaci~ tores de mator eapacitaneia e portato mavor vviine Por esta razao, verifica-se até que ponto & compensador diminuir a tensao de ondu laca0 de pico a pico de 20% para 5% de CC em relagio ao custo e volume do capaci- tor. Na pratica, os capacitores utilizados como filtro sao normalmente eletroliticos Por que possuem maior capaci tancia por volume. Se uma tense de ondulagao da ordem de 10% de Vpp @ elevada demas pars que uma forte de alimentacio possa ser usada em um determinado equipamento, utiliza-se cir cuitos eletronicos destinados especificamente a regulag3o da tensdo de saTda, sem que Seja necessario aumentar a capacitancia do filtro. Eveectero 4 mats elevado. ‘ SN FIEG BB. SENAI-Departamento Regionalde Goias Entidade de Formacao Profissional Criada e Mantida pela Industria eletr6nica bdsica comparagdo entre circuitos retificadores feoria fasciculo 45 é... Profissional Visa: Descobrir, sumario INTRODUGAD, .ereepercessecssscrnerencns Seen 4 PARAMETROS DE COMPARACAO. 5 REGIMES MAXIMOS DO DODO EM CA.....eeseeeeeeeseeress un 20 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.....+ceesereeeseeeeeeere introducao Uma das condicdes mais importantes para que um aparelho eletronico tenha um desem penho Gtimo & a correta escolha ¢ dimensionamento da fonte de alimentagao. A fonte precisa ter condicdes de suprin a tensao e corrente necesserias a0 equipa mento, mesmo nas condicdes de funcionamento mais severas. Este fasciculo aborda os parametros 2 serem considerados na escolha de uma fonte de alinentacao e alguns aspectos do dimensionamento dos seus componentes, visando capacité-lo a optar corretamente pelo modelo de circuito adequado a cada situagéo, PRE-REQUISTTOS Para ter sucesso no desenvolvimento dos contetides e atividades deste fasciculo vo cé devera ter conhecimentos relativos a: + circuitos retificadores ~ filtros em fontes de alimentacio PARAMETROS DE COMPARAGAO A retificag3o da CA pode ser feita em meia onda ou onda completa, com ou sem fi1~ tro. Cada uma das formas tem caractertsticas proprias. Para que seja posstvel comparar os resultados obtidos com cada uma das formas e, por consequinte, avaliar o desempenho das retificagdes empregam-se alguns parame- tros: - tensdo saida com carga = percentual de ondulacao - fator de regulacao Tenado de satda 05 circuitos retificadores de meia onda e onda completa com filtro tema — mesma tensdo de satda quando nao ha carga na safda, porque nao hd ondulacao (fig.1 ¢ 2). Manion Veuve { nos compce ta 7 7 Sem “Camoa Stu" canon Fig 2 Entretaato, quando a carga @ conectada na satda, os dois circuitos, fornecem ten sdes de satda com uma pequena diferencga. Esta diferenca se deve 30 fato de que a tensaa de ondulacao @ diferente para meia onda e onda completa. £m meia onda, a ondulacao @ maior devido ao tempo de descar ga do capacitor ser maior (fig. 3e 4). 4 Aplicando @ equagio ¥._ = Ey - ‘ONDE as duas formas de onda conclui-se que, < a devido a menor ondulacao, a tensao de satda media em onda completa @ major (fig. 5e 6). Perventuatl de ondula A ondulacao @ uma caracteristice de todas as fontes de alimentacao. Uma vez que no existe um “capacitor de filtro ideal" toda a retificacao com filtro e com car ga apresenta uma componente alternada na saida; por menor qué seja (fig-7). Vexioa 4 _—_____- Quanto menor 2 componente alternada presente na saida de uma fonte, melhor a sua qualidade. 0 percentua) de ondulacdo @ um parametro que, relacionado a componente alternada eficaz @ con~inua na setda de uma fonte, exprime numericamente a sua qualidade. Matematicame’ te, 0 percentual de ondulaco € definido por: YoNDef__. 100 onde Yeo S OND % OND => percentual de ondulacao Vonbef=> valor eficaz da tensio de ondulacac v tensdo CC de saida com carga maxima Os percentue s de ondulacao destas fontes séo valores fixes. > Nas fontes r«tificadoras com filtro o percentual de ondulacao se reduz sensivel mente devids a redugao da ondula¢3o e aumento da tensao CC saTda. onda completa meia onda sem filtro 121% sem filtro Neste tipo de fonte, o percentual de ondulacdo depende do filtro, da cargae do tipo de retificagao. 0 percentual de ondulagao nas fontes retificadoras com filtro & determinado pela equacao: YonDpp ono = —Y12_. 100 Yoo onde % OND = percentual de ondulagao y - DNDEP = tensdo de ondulago eficaz (aproximago) ve Voc = — tensdo CC de saida com carga maxima As fontes de alimentacao de boa qualidade tem um percentual de ondulacao em torno de 5%. As fontes retificadores de meia onda e onda completa sem filtro tem um percentual de ondulac3o muito elevado, o que limita as suas aplicagdes a circuitos que nao necessitem tensbes continuas mais puras. Desenvotvendo-se a divisao na equacio obtem-se um forma mais simples. Percentual de ondulacio em fontes com filtro Esta equacao & valida para meta onda e anda completa com filtro Exemplo de emprego da equacao: Una fonte retificadora fornece, com carga maxima, uma tenséo CC de 11V. A tensao de ondulacSo € de 1,5Vpp- Qual € o percentual de ondulacao da fonte? 2 ony = —YONDOP_ _ 100 VI2.Vee sonp= 5, 190 = 5. 100 V2.1 38,11 % OND = 0,039 . 100 % OND = 3,95 Esta fonte pode ser considerada de boa qualidade. Fator de regulagdo da Fonte ) fator de regulagdo expressa a capacidade de uma fonte em manter a tensio de sai da constante em funcao da variag3o da corrente de carga. M temat! amente o fator de requlacdo @ dado por: saga maxima 190 ‘CC carge maxima © fator de regulacdo também @ um parametro que define a qualidade de uma fonte, Fontes com fator de regulacao de até 10% podem ser consideradas de boa qualidade. A seguir est@ apresentado um exemplo de calculo do fator de regulacao de uma fon- te. Un cireuite retificador fornece 6 Veo quando sem carga e 5.6 Vo¢ quando com carga nominal, Qual @ o fator de regulac3o desta fonte? ny + vce ~ 5+6¥cc «100 R= 0,071 . 100 5,6V oc R= 7,1% PESQUISA DE DEFEITIS Em vetificages de meia onds com filtro pode-se facilmente determinar se o circui, to esta funcionendo corretamente, desligando a carga e medindo: - a tensdo CA antes do diodo - - a tensao CC de satda (apds o diodo) (fig. 8 ) 22010 Ay cance loesi1os0% pepe =a Pelo valor de tensao encontrado na sa¥da se pode determinar se o funcionamento @ correto ( Vop = Voq - Y2)- Caso seja constatado um mau funcionamento pode-se testar em prineiro lugar o capa citor de filtro, desligando um dos seus terminais e medindo com olminetro. Caso o capacitor esteja em condigdes testa-se o restante do circuito (mantendo o capacitor desligado) como uma retificacdo de meia onda sem filtro. Quando o circuito & de onda completa € mais @’ficil determinar se o funcionamento & normal apenas medindo as tensoes CA e CC. Caso um dos diodos esteja danificado a diferenga na tensao de sada difilcimente & detetivel. (esta diferenca se devera apenas a uma ondulacado maior). Nestes casos pode-se seguir 9 seguinte fluxograma: DESLIGAR CAPACITOR DE FILTRO TESTAR CAPACITOR DE FILTRO SUBSTI TUIR CAPACITOR OK CAPACITOR SEGUIR FLUXOGRAMA DE TESTE PARA RE- TIFICACAO DE ONDA COMPLETA TESTAR DIoDOs* * Quando o capacitor de filtro esta danificado (em curto ou com fuga) os diodos podem ter sido orejudicades. por isto devem ser testados antes de religaro cir cuito. REGIMES MAXIMOS DO DIODO EM CA Os regimes maximos em corrente alternada determinam os limites de corrente de con dugdo e tensdo inversa dos diodos empregados em circuitos retificadores. Tensac inversa do diode Nos circuitos retificadores o diodo esta sujeito a um regime intermitente de ci- clos de condug3o e bloqueio. Durante semiciclos de conducao a tensao sobre 0 dio- do @ um valor tYpico que depende do material semicondutor (fig. 9 e 10), Durante 0s semiciclos de bloqueio a ten s80 sobre 0 diodo e assume a forma senoi dal de CA (fig. 11). “% Fis A maxima tensio inversa sobre 0 diodo ocorre no pico do semiciclo de bloqueioffig. 12). TENSAO INVERSA MAXIMA i Lien SOBRE 0 DIODO W iste valor acontece sobre o diodo a cada semi perfodo de bloqueio, de forma repetitiva (Fig, 13). Os folhetos técnicos de diodos, fornecidos pelos fabricantes, trazemo valor de tensio inyersa de trabalho maxima que o componente pode suportar. Esta ‘informacgao & designada pelas letras VRWM que significa: VRWM u — tensio reversa trabalho ’ maxima A tabela 01 apresenta alguns diodos comerciais com seus respectivos valores de VRWM= BIO0DO VRWM 14004 400v SKE 1/12 | 1200V sy 127 | 1250¥ es Wz CORRENTE MEDIA NOS DIODOS Os diodes utilizados nos circuitos retificadores conduzem corrente em ciclos in= terminentes (fig. 14). p Ia =Io Vea Estes picos de corrente se traduzem em va Jor de corrente media que circula para a carga atraves do diodo (ou diodos)(fiq.15). Os folhetos tecnicos, fornecidos pelos fabricantes, trazem o valor de corrente mé dia que cada diodo pode suportar. Esta corrente @ designada pela siga Ip,, que significa: Le corrente direta media (AVERAGE) A tabela 3 apresenta alguns diodos comerciais com suas caracteristas Tray? 13 CORRENTE DE PICO NOS DIOLOS Nos circuitos retificadores com filtro o diodo retificador conduz apenas durante um pequeno perfodo de tempo, para recarregar o capacitor (tempo de carga fig.16). Te= TEMPO OE CARGA 00 CAPACITOR (1000 EM conpu¢éo) Fig. 16 Durante 0 curto perToda de tempo que 0 diodo conduz o capacitor recebe toda a car ga perdida durante o perTodo de descarga. Isto faz com que a intensidade de cor rente durante a condugao do diodo seja elevadissima (fig. 17). TENSAO CE SAaiDA 20 cIRcUITO CORRENTE DE PICO NO DI0D0 \ : Fig. 17 ta corrente @ denominada de Corrente de pico repetitiva‘do diodo, sendo forneci_ 4a nos catalogos @ manuais de diodos. ista corrente & dificil de determinar matematicamente, porque depende de muitos Yatores. Porém, deve-se lembrar sempre que quanto major o capacitor de filtro ma- “or 0 seu valor. “4 A corrente de pico repetitiva @ a razdo pela qual nao se pode aumentar indefinida mente o capacitor de filtro de uma fonte. Tabela de equapSes de circuttos retificador A tabela 4 apresenta as equagdes para o calculo dos principais parametros das fon. tes retificadoras. Os valores que aparecem na tabela sao: Voge ~ tensdio CC na sada, desconsiderando a queda nos diodos. Vee ~ tensao CC na satda com carga maxima e considerando a queda nos diodos. = F IF5 annie iedot Eq ~ tensdo de pico da CA ( Yoq . V2) aplicada ao(s) diodo(s), Vp = queda tipica em um diodo (0,3V ov 9,7¥). Yownpa” tense de ondulacao de pico @ pico (desejada ov Tida en um osctloscépto) Ven, ~ tens8o de savda sem carga. Imix - corrente de carga maxima em mA, RL ~ resist@ncia da carga em 2. Ip > corrente de carga. As tensdes de sa¥da fornecidas nao levam em consideracao a resisténcia interna dos transformadores, quando usados. Esta resisténcia pode causar diferencas da or dem de 10% para menos nas tensdes de saTda. As tensdes de pico inversa encontradas através das equagées da tabela so os valo res reais aos quais a diodo est’ sujeito. Ao selecionar 0 diodo deve-se usar um com tensdo reversa repetitive maxima maior que o valor encontrado no calculo. 16 4 2 ow 4 z ak As = 43) age + 4 Wn 4 i) z we Dy aip e at ow ea, Map oot * aig, | | Wana, *4]* Wy Tin, * — = wal 2 z a0 wa outs “449 16 A seguir estao apresentados 2 exemplos de utilizacao da tabela EXEMPLO 17 Circuito retificador de onda completa em ponte, sem filtro, tensio de entrada ¢ 8V, carga 272. Diodos silicio. Tensao de sada E necessario considerar a queda nos diodos ( Von < 20V) Yee no mn i - 0,636 . 9,9 entual de ondulagao Valor fixo = 42 Tensao _reversa de trabalho em cada diodé Yer = boy Vere Corrente média em cada diode Tey = tit Tonys Se3V = 6.30 Us aR FAVS 2278 ban Igy = 117m Poderia se utilizar, por exemplo. um diodo com as seguintes caracteristicas: Yawn = 25¥ Ipay = 200mA EXEMPLO 2 Vircuito retificador de onda completa com derivacao central, diodos de silfcio, com filtro, tenséo CA de entrada 35V, carga 230mA, ondulagao desejada 5Vop- Tensao de saida Wo @ necessirio considerar a queda nos diodes (Voq)10¥ ) ee _ | Yonopp i “ec 4 2 Ey = Yo, V2 Ey = 95. 1,41 Younpo = SV (fornecida) [Mee = 46.90] . i SV log = 49.4 - 1 :onn= SY. 100 (12.469 ond = 2%. 100 x onp= —2¥___. 100 3,46.46,9V 162,2v Percentual de_regulacao oR Veen (retificagao onda completa) deen, = 49.40 Veg = 46,9V (com carga) R= 49.4¥ = 46,3V | 190 eRe 25 _ . 100i 46,9V 46 ,9V Calculo do capacitor de filtro Imax Vonopp T = 8,33 ms = onda completa Imax = 230mA (fornecido) Yonppp ~ 5¥ (valor desegado forneci do) C=T. C= 8,33. 230 5 Usando valores comerciais © capacitor poderia ser de 470uF, 63V. Tensao Reversa de trabalho em cada diodo Vem = 2Ey, Veun = 2-49,4¥ aun = 9858V Corrente média em cade diodo “Ja Teqy = 230mA Poderiam ser utilizados. por exemplo, 2 diodos com as seguintes caracteristicas: RWM 150V Tray = 200mA EXERCICIO 2 FIEG &. SENAI-Departamento Regional de Goias Entidade de Formacao Profissional Criada e Mantida pela Industria eleir6nica bdsica diodo emissor de luz teoria fasciculo 46 jo Profissional Visa; Descobrir, INTRODUCHO.....00000eeeeee DIODO EMISSOR DE LUZ...... REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS sumario introdu¢ao Os aparelhos eletronicos mais antigos, tais como radios e amplificadores, utiliza vam pequenas lampadas incandescentes para indicacdo e sinalizacao. Atualmente, na grande matoria dos aparelhos eletronicos, as lampadas de sinaliza a0 esto sendo substituidas por um componente semicondutor capaz de emitir luz, denominado’ de Diodo LED € a indicacdo de estéreo em radios FM. Este fasciculo trataré dos diodos LED, apresentando seu principio de funcionamen to e suas caracteristicas, visando capacita-lo a usar corretamente um LED. PRE-REQUISITOS Para ter sucesso no desenvolvimento dos contedos e atividades deste fasciculo voce devera ter conhecimentos relativos a: - polarizacao de diodos DIODO EMTSSOR DE Lue £ um tipo especial de diodo semicondutor que emite 1uz quando'é polerizado direta mente. dindo emissor de luz, identificado co- 4 mumente como DIODO LED & representado pe aa lo simbolo apresentado na figura 1. b | Fin.) Os diodos LED sao encontrados com as mais diversas formas e dimensdes. A figura 2 apresenta alguns tipos construtivos de diodos LED. Fig. 7 2 cetodo de um diodo LED pode ser identificado por um “corte” na base do encapsu- jamento' (fig. 3°). @ CATODO VISTA DE BALXO Fig. 3 0 dindo LED @ utilizado principslmente em substituic3o as lampadas incandescentes de sinalizacao, devido a una série de vantagens que apresenta, tais como: > baixo consumo = nenhum aquecimento - alta resisténcia a vibracoes ~ grande durabili dade CORREWTE DIRETA NOMINAL ( Ip } E um valor de corrente de condugao indicedo pelo fabricante no qual o diodo LED apresenta um rendimento luminoso Stimo {normalmente 20mA). TENSKO DIRETA ROMINAL (Vp ) Especificagdo que define a queda da ten- s&o tipica do diodo no sentido de condu- 1h 30. A queda de tens8o nominal (V-) ocor. re no componente quando @ corrente dire- ta tem valor nominal ( Ip ) (fig. 4)- Fig 4 Para valores de corrente direta diferentes do valor nominal ( Ip ) a tensio dire ta de condugdo sofre pequenas modificagdeg de valor. TENSHO INVERSA WAXIMA ¢ Vp Especificacdo que determina o valor de tensio maxima que 0 diodo LED suporta no sentido inverso sem sofrer ruptura. A tensdo inversa maxima dos diodos LED @ pequena (da ordem de 5¥) uma vez que es tes componentes nao tem por finalidade a retificagao. A tabela 2 apresenta as caracterTsticas de alguns diodos LED. TABELA 2 amarelo Led bicolor 0 led bicolor consiste, na verdade, de dois leds colocados dentro de uma mesma capsila. Estes LEDs tem trés terminais (fig. 5 € 6). LIGACAO INTERNA Fig. 6 Fig. 5 Un dos terminais € comum aos dois LEDs. Dependendo da cor que se deseja acender. polariza-se um dos diodos (fig. 7 © 8). ACENDE UMA COR ACENDE OUTRA COR ~ Fig. 7 Fig. & LED INFRA-VERMELHO A luz infra vermetha @ um tipo de luz que nado @ vistvel ao olho humano, Este tipo de luz @ usado principlamente em alarmes contra roubos e circuitos do genero. Existem diodos leds que emitem luz infra vermeTha. Estes Teds funcionam como os outros, porém ndo se pode observar visualmente se estao ligados ou nao. TESTE DO DIODO LED 3s diodos LED podem ser testado como um diodo comum, usando um multTmetro na es~ cala de resisténcia. =m um sentido o teste deve indicar paixa resisténcia e, em outro, alta resistén- cia. (fig. 9 e 10). Fig. 10 OBSERVACKO: Em alguns casos, capendo do muttimetro utlizado para o teste, o LED acende duran te o teste com polarizacio direta. A indentificagao dos terminais anodo e catodo também podem ser feitos com o mul tT metro, da mesma forma que um diodo comum. FUNCIONAMENTO Quando 0 diodo LED € polarizado diretamente entra em condugao, permitingo a circu Jago de corrente (fig. 11). resistor para LimiTacho DA CORRENTE I = = Fig 1 A circulagao da corrente se processa pela Tiberacao de portadores livres na es~ trutura dos cristais. 0. deslocamento de portadores da banda de condugio provoca a liberagao de energia(@ missio de fétons) em forma de luz (fig. 12). CARACTERISTICAS DOS DIODOS LED As caracteristicas importantes do diodo LED sao: - corrente direta maxima (Ip) - corrente direta nominal (Ip) = tensdo direta nominal (Ve) = tensdo inversa maxima (Vp) CORRENTE DIRETA MAXIMA ( Try ) Especificagao que define a corrente maxima de conducao do diodn LED sem prejuizo para sua estrutura. UTILTZAGAO DO DIODA LED EM CC A aplicagao do diodo LED em tensoes continuas exige a fixacao da sua corrente di- reta nominal ( Ip ). A limitagao da corrente pode ser feita através de um resis- tor. Afigura 13apresenta um circuito retificador de onda completa que utiliza 0 diodo LED como indicador de fornecimento. —* 1 LED INDICADOR DE =a “FONTE L1GADA" 0 valor do resistor limitador & dado pela expressao ge Mec VE onde Vog = tensao de saida da fonte Ip Vp = tensdo nominal de condug3o do diodo LeD Ip = corrente nominal de condugao do dio do LED Tomando-se como exemplo a fonte retificadora da figura com os sequintes valores V = tensdo de satda da fonte = 10V (por exemplo DIOD0 LED FLV 10). cor Tp (mA) | Vp Cv) | Tm (ma) vermelho 20 147 50 0 valor do resistor seria -V F p= 12? . as. ip 0,02 399" ou 4702 em valores padronizados. A poténcia do resistor seria aproximadamente. = VR - IR 8,3V . 0,02A = 166mK para trabalhar a frio Pa = 0,5W EXERCICIO 1 FIEG . SENAI- Departamento Regional de Goias Entidade de Formacao Profissional Criada e Mantida pela Industria elefrénica bdsica Circuito impresso - processo manual teoria fasciculo 47 | _ armagao Profissional Visa: Descobrir| sumario TNT RODUCAQ. yo gcc ss canst wmest cet een e tan meee ne enereeee 4 CERCUTTO INPRESSO. cc. cs cse cess seumnaci ene ener ene mae 5 PROJETO. DE CIRCUY TO IMPRESS. ooo. ccc ces eee onan cece R CONFECCAO DE CIRCUITO JMPRESSG POR PROCESSO! MANUAL «14 sc:cseqwenevewsccionenaweeearen cence 27 REFERENCIAS BYRLIOGRAFICAS .. 2... ccc ccusmceuereweneens 36 introducao Antiganente os componentes de um circuito eletronico produzido industrialmente eran montados sobre pantes isolantes. Alguns aparelhos de radio e televisao montados desta forma ainda estao funcionan. do nes dias de hoje. Entretanto, con a evolucao dos processas de fabricacao e a exigéncia de miniatu- rizagdo, suraiu o circuito impresso, que apresenta muitas vantagens em relagao 0S processes de montaqem anteriormente utilizades, Este fasciculo tratara do projeto de circuitos impressos e sua confeccao por pro cesse manual, visando capacita-le a produzir 0 circuitos impressos para as nonta gens simples. CIRCUITO IMPRESSO 0 circuito impresso € constituido por filetes de material condutor, fixos numa chapa de materia) isolante. Os filetes substituem os condutores elétricos, nas ligacoes entre componentes,dos circuitos. Algumas vantagens que o circuito impresso apresenta. em relacdo 3 montagem con- venciona?, sao: Eliminacdo da fiagao de conexao entre os componentes. Padronizacao na montagem de circuitos em linhas de produgo Unifarmidade na disposicao dos componentes. Economia de espaco. Acessm facil aos componentes para medicdes. Melhoria do acabamento final do circuite. A figura 1 apresenta uma moAtagem realiza da em placa de cir- cuito impresso. Mardri A mat@ria prima para confecccao de um circuito impresso @ uma chapa de material i snlante recoberta em uma das faces por uma lamina de material condutor (fig. 2). material tolante (ou 03 ¢ 2 mm! Kiming o> moterial condutor 10," a espessere! Fig. 2 5 processo de fabricacao o cobre € removido de determinadas regioes da placa. 0 esultado @ a formacdo de trilhas de cobre que percorrem @ placa (fig. 4)- [Bil ogises oa permardincio do cobre [Ly Pecises onde 0 coore to: remondo Fig 4 is trilhas. chamadas de “filetes”. serao resnonsaveis pela interligacao dos com- vonlentes que compoem o circuito. Todos os componentes que forem soldados. a um filete de cobre estarzo ligados e- letricamente entre sii como se houyesse um condutnr de interTigacac. ds fiquras 5 e 6 ilustram como acontece a substituicao de ume Tigacao por condu- jaca através de circuito impresso. tor por uma Ti Fig 5 A figura 7 apresenta uma vista em corte de ligacdo por Filete entre os terminais de dois componentes. PROJETO DE CIRCUITO IMPRESSO 0 projeto de um circuito impresso consiste da elaboracZo do conjunto de desenho e ‘informagdes que servirao como base para a execugio do processo de fabrica¢ao e mon tagem de um circuito em placa de fenolite ou fibra de vidro cobreada. Material necessario para o projeto - Folha de papel quadriculado em milimetros ov décimos de polegada (fig. 8 e 9). ig Fig. 9 Esquema do circvito elétrico ou diagrama esquematico. Componentes ou catalogos com suas dimensdes, necessarios, para que o projeto do Circuito impresso seja feito levando em consideragdo 0 tamanho reel dos compo~ nentes, . Lapis Borracha e ou lapis borracha. Papel transparente (vegetal ou poliéster). Regua Gabarito de cTrculos. Conteuda do projet 0 projeto da placa, denominado LEIAUTE, consiste de um conjunto de desenhos e in formagoes . Qs desenhos e informacdes que constituem o leiaute devem ser corretos e comple tos, de forma a conterem todas as indicagGes necessarias para a montagem do cir- cuito e sua ccnexdo com outros circuitos, fontes, paineis, etc. A seguir estao apresentandos alquns exercicios de desenhos e informagdes conti. dos em um leiaute. Desenhos Do esquema do circuito eletronico (fig. 10). Do lado cobreado do circuitc impresso denominado de chapeado (Fig. 11). Fig. 10 Fig 1 Do posicianamento dos commonentes visto pelo lago dz chape de feneliiy. denomi- nada ap "sistema equinade” Fig 12 De detalhes construtives e or Trascac (fig. 13). Informagées Lista de componentes. Observacdes de esclarecimento e manutencio. Por exemplo: - tensSes © sinais de entrada = tensdes e sinais de saida - cuidados esneciais Opcionalmente, pode-se inclui hho do posicionamento dos coi um dese entes visto pelo lado cobreado da placa, a presentados em forma de simbologia (fig. 14). Fig, 14 10 A primeira providéncia com relacao ao projeto do circuito impresso diz respeito a0 circuito elétrico. Muitas vezes a forma de distribuicao dos componentes no esquema nao permite uma visualizacdo da funcao do conjunto (fig. 15). 150 5W o——[ fp paraene 300mA ov Ban 2W Re ‘s8i08 Dv 150ma. Nestes casos deve-se proceder na reestru- turacdo do esquema ordenantic os Sampanen- tes para que o circuits anresente uma con a ia ° Fiquracdo que vermita idontificar fac ene wei mente a finalidade de cada um das campo- ‘ey | SY Ges nentes no circuito. “T A figura 16 apresents o sircuito de figu- ra 15 reestruturado. @ posstve! nerceber claramente a canfiguracao de um divisor de ten~ Na figura 1 sio. We at = Dimensdes dos Componentes: © prajeto da placa deve ser realizado de acordo com a dimensag real dos components que serao utilizados na montagem do circuito (fig. 17). sab ; el Q | sa-sw s Fig. 17 | j larguea - 7 mm 330 I c 1 (ow EXEMPLOS | comarimanto «18 mn 330-20 erent n ~ Largura dos Filetes de Cobre: A largura dos filetes de cobre depende da corren- te circulante. A tabela 01 apresenta a corrente de trabalho dos filetes, de apr do com sua larqure Largura do filete | corrente em mm em mA Tabela valida para chapa de cobre de 306 0,1nm de espessura (chapa convencio 612 nal) (fig. 18). 965 1220 1540 1950 a 2450 10 3000 13 3900 W 5000 ¢ & nH pono Fig. 18 No Circuito do divisor de tensao as ligacoes de entrada operam com corrente de 300mA e as ligacbes de saida com corrente de 150mA. tm, menos de tim De acordo com a tabe- Re ee la 07 as ligagoes de aoe ff entrada devem ser de / 1 t = \ Ime as Ifgecies de = safda, menos de Imm \ (fig. 19). / o—\—___1_f_, Fig, 19 oa Para facilitar 6 désenho no papel milimetrado nao se deve adotar medidas "quebra- das". Para o projeto do circuito impresso do divisor de tensao apresentado, pode s@ usar filetes de ‘mn em todas as conexdes. Esta simplificacao @ muito utilizada porque facilita todo o orejeto de circuitos imnressos., : = Distanciamento entre dois filetes: A distancia entre os filetes depende da ten- Sao existente entre eles. \ vedida que a tensao entre dois filetes € mais elevada torna-se necessério au- vents o afastamento entre os filetes para que haja uma isolacao adequada entre Adota-se como regra uma distancia de Imm para cada 100V de diferenga de tensdo en tre os filetes. Isto significa que dois filetes adjacen- tes com uma diferenca de tensdo de 200V devem ser separados por 2m no minino (Fig. 20). Fis. 20 Esta regra também @ valida para circuitos onde existem picos de tensao, No circuito do divisor de tensao apresentado, as tensdes envolvidas estéo todas abaixa de 100V. Pode-se entao. neste caso, adotar como regra: ma entre os filetes - Imm Distancia mv = Sistema de Fixacao: Aq executar o projeto de um circ jmrresso deve-se pre- hapa sera fixada ao chassi ou @ base de uontagem, ver a forma com a De acordo como sistens escolhide serg feita a previsae dos nontos de_ fixacdo na chapa de circuito impresso. Os sistemas de fixacao mais utilizedos sao: - parafusos com espacadores (distanciadores) (fig. 21). ‘errcuite imprasso poretuso Fig. 21 espapador |. . -—chsai - 20r calcos: de fixacae fia. **), eolco Fig 22 chass, + em "RACKS" (fig. 23). lara @ utilizagao do sistema de fixacao sor "rack" todas as entradas © saidas da nlaca devem estar em um dos lados do cir suite impresse. Fig, 23 = nor distanciadores de press.in (Fin. 74). Fig, 14 OBSERVACAC Quando os contas de fixagdo forem distantes cufte inp utili placas de fibra de vidro. -Imerligacao da Placa: Ao ¢xnutar o projeto da placa deve-se gio a forma como serao reajicadas as conexdes des condutores o circuito. ess vstiver sujeita a vibracoes e ea placa de cir- esforcos deve-se levar em considera de ligacao para o Qs. sistemas mais usuais de ‘mterliqacao da placa de circuito impresso com o res tante do circuito sao: através de fios (figs. = através de terminais para circuito impresso (fig. 27). Fig, 27 - através de conectores (fiqs. 28 e 29). OBSERVACAO A utilizacao destes sistemas implica na colocacao de todas as entradas @ satdas da placa em uma sd reaiao da placa, normal- mente um dos lados. Rraougao a Observados os Ttens necessirios antes da execucdo, ja tém-se pré-estabelecidos: - a larqura dos filetes distancia entre os filetes tino de placa cobreada a - 0 sistema de fixagao a © sistema de conexdo A partir destas informicovs node-se executar 0 projeto da placa do circuito impres $0 no papel milimetrade. 18 Tomando como exemplo o divisor de tensdo apresentado na figura 30 - largura dos filetes : Imm 15 Sw = distancia entre os filetes: Imm no mint — es /+—— mo or = - sistema de fixag@o: parafusos e espaga— cores eomoe cate] [P22 san - tipo de placa: fenolite ov fibra ~ Sistema de conexan: terminais para cir- cuito impresse OO Disnor 0s componentes sobre 6 papel milimetrado procurando ocupar o espago da me- Inor forma possivel. Este orocedimento cer mite determinay a area anroximads de chape . 8 e astmativa de area cessaria para execucas imi hecessiie do circuita — impres sp (fia. 3 Fis 37 Cortar o papel milimetrado om dimensoes maiores que © tamanho estimaao (1 cm 3 fiers em cada lado} (fig. 32 Fig. 32 16 As bordas do papel milimetrado devem ser cortadas no esquadro, aproveitando as 1i. nhas do papel com guia. 3? Etapa Gortar um papel transparente com o dobro da drea do pape) milimetrado (fig. 33). Fig, 33 30 Oobrar o papel transparente no meio (no esquadro) e introdu-ir o papel milimetra- do entre duas faces (fia. 34). Papal transporte Pape! mamen os 7 Através da transparéncia do papel pode-se visualizar as linhas do papel milimetra do que servirao como quia para a tragado do desenho do sistema equipado e da face cobreada do circuito (fig. 35). Brat Tracar sobre 0 pape] transarente ns canternos da chapa conforms 9 tamanho estima do, desenhado no milimetrado yfid. 46). ‘en 69 Beans Definir os espagos para fixocac da placa, no desenho sobre o papel transparente, indicando o centro dos furas para fixacdo (fia. 37). spccoebo ao carro Fie. 37 feo tare (eee © 18 Definida a area de chapa.e os espagos para fixacdo esta determinada a drea Util da chapa para o projeto do circuito impresso (fig. 38). Desenhar os componentes sobre o papel transparente, no tamanho real e na posi¢ae em que deverao ficar na placa (fig. 39). Fig. 39 8% Btapa * Definir a posigdo dos furos para entrada dos terminais dos componentes. Estes fu- ros devem ficar afastados do corpo do componente no minimo 2nm para que os termi- nais possam ser dobrados corretamente na montagem (fig. 40). ig 9% Ftapa Definir a posicao dos terminais de entrada e satda para interligacgo da placa de circuito impresso (fig. 41). terminass 0B entrod, A posicao dos terminais depends do sistema de interligagdo adotadc. Quando o sis- tema de conexéo for por conectores todas as saidas e entradas deverao ser posicio nadas em um dos lados da placa (por exemplo conforme a fiqura 42°. Conclufdas as etapas anteriores o projeto da placa vista pelo lado dos componentes (sistema equipado) estara concluida. Passa-se entao ao projeto da face cobreada {chapeado) do circuito impresso. 29% Blane Retirar o papel milimetrade de meio do papel transparente. “6 Virar o papel transparente. dobrado, com a face desenhada para baixo (fig. 43). face em branco 40 papar ‘transporente ee Fig 43 _ {0ce ence esta desenhodo 0 sistema eouipade Pela transparéricia do papel @ possive) visual equipado (fia. 54). <> Fin 43 NS Tragar na face er) branco do panel transparente, oso as areas de fi P levenente o Gesenho de sistema ornes da chapa de impress, cad) Ee Centro tara os furos de Fixacao. utilizande a Lransparen- cia do papel (fig. S87. Fen ab ral 13% Beapa Marcar a posic#o dos terminais de entrada e sa¥da do circuito e a posicao dos ter minais dos componentes (fig. 46). 122° grape Colocar o papel milimetrads no interior do papel transparente (fig. 47). Etape: Estabelecer, com tracos leves 1 interligacdo entre os componentes sobre o papel transparente, usando como guin as linhas do papel milimetrado. r as Migagdes no esquema e no desenho para faci- Se for necessaria, pode-se nuy litar a identificagao (fig. As interligagdes entre os componentes devem ser sempre paralelas es bordas. Se is to nio for posstvel pode-se utilizar ligagdes inclinadas a 459. No exemplo do divisor todas as ligagdes entre os componentes podem ser feitas por Vinhas paralelas as bordas. 1e 9 Etapa Desenhar Tevemente um pequeno circulo (denominade de itha) envolvendo os pontos onde serao soldados os terminais dos componentes e os terminais de entrada e sat~- da (fig. 49). Qs cfrculos podem ser desenhados usando-se um gabarito. O alargamento das areas ac redor dos furos permite a obtencdo de uma super f7- cie maior, para aderéncia da solds na montagem do circuito. 17% Btapa Desenhar levemente as ligacoes entre os pontos usando como guia os tragos leves que determinam as interliaacdes entre os pontos no desenho. As Vigacdes devem ser feitas com a largura estabelecida em funcao da corrente do circuito. No circuito exemplo do divisor, os file- tes devem ter Imm de Targura (fig. 50). 23 Os filetes podem ser mais larqos que Imm, porém no mais estreitos, no exemple do divisor (fig. 51). Retirando-se o papel milimetrade € observando-se 0 panel transparente debrado, so vistveis ao mesmo tempo o chaneado e 6 sistema equipado. Odservando-se o desenho pele lads do sistema equipado, & possivel conferir facil mente o projeto (Figs. 52 © #4). ENTRADA Fig, $4 24 Abrindo-se 0 papel transparente estdo configurados: = 0 chapeado (is. 58) = 0 sistema equipado cHapEADO i] es CREJ | 5 \ i . SISTEMA EQuIPADO : i | Et i | Fis. 5 do de projete Complement Além do esquema elétrico e dos desenhos do chapeado e sistema equipado, fazem par te do projeto final: - detathes de fixagao - lista de materiais (completa) = informagies técnicas que auxiliam na montagem, ligagdo ou reparagao do circuito. A pagina seguinte apresenta o projeto final completo do circuito impresso para o divisor de tensao, 25 Projeto de eireuito impresso para divisor de tensdo DETALHE DE Fixag4o i evan A zi | SISTEMA EOUIPADO t sti0e Lista de Materiais Ri - resistor 152 X 5W - 1 Ro - resistor 33% X% 2W- 1 Entrada - 10V terminais para circuito impressc - 4 Saida - 5Y - 150mA parafusos de latao 1/8" % 1/2" - 4 porcas de latado sextavadas 1/8" - 4 Informagdes téenteas espacadores - diametro Smm arruelas - comprimento 7m - 4 EXERCICIO : : » CONFECGAO DE CIRCUTTO IMPRESSO A “confeccio de circuito impresso" @ a rea lizagao de um conjunto de procedimentos que resulta em uma placa com tamanho, fi- letes.e furagdes adequadas a montagen de um circuite eletranico (fig. 56). See? Fia. 56 oo So a> A confeccas de uma placa de.ci cuito impresso envolve uma seqiencra de procedinen tos, realizados a partir do projeto sré elaborada: = Corte da chapa de fenolite = Preparacdo fava a pinture = Pratura - Corros: - Selagem ~ Furacao Corte de placa de fm! tr. Com 0 projeto em maos determina-se « tananho de placa necessirio para a fabricado do circuito impresso. SORTADOR O corte da placa pode ser realizado com um arco de serra, com uma lamina stiada, com uma guilhotina ou com cortador (fig. 57). A quilhotina @-o methor equipamento para © corte das placas, mas narmalmeniy sa & utilizada dustrialmente Fig 52 Tuendo se utiliza a git chatina cove-se tomar cuidado para ovitar sua lamina. 27 Apds 0 corte costuma-se lixar levemente as bordas da chapa para dar um melhor aca bamento ao trabalho. Preparagao para a pintura Antes de realizar a pintura a chapa deve sofrer um processo de limpeza do Tado co breado. A limpeza tem por Finalidade eliminar poeiras, gorduras e Gxidos da face cobreada que podem prejudicar a pintura. A limpeza se divide em duas fases: ~ fisica - eliminacao de Gxidos e poeiras. = quimica - eliminac3o de gorduras, aplicando-se um solvente na face cobreada. A limpeza quimica normalmente @ realizada apenas nos processos de fabricagao irdis trial de circuitos impressos. OBSERVACAO: Apas a limpeza nao se deve tocar a placa com os dedos para é- vitar a deposicao de gorduras na placa. Pintura da A pintura @ feita sobre a face cobreada. As regides de cobre cobertas pela tinta So aquelas onde o cobre deve pernanecer na placa. © projeto da placa traz o dose, nho das reqiées de cobre que devem perma necer e das que devem ser retiradas (fig, 58). A pintura pode ser ~ealizsda de varias formas. Entre elas citam-se: = processo manual = foto aravacao — impressao seriarafica (silk-screen) 28 Pintura por procese: A pintura por processo manual @ muito utilizada para a confecgdo de um pequeno nd mero de placas de circuito impresso. Consiste do tracado dos contornos sobre a face cobreada posterior preenchimento dos espacos com tinta apropriada (fig. 59 e 60), ‘caneta pare ‘exrcuifo moreso Fig. 58 Fig. 69 Os processos de silk-screen e fotouramacao sdo utilizados na produgdo industrial de circuitos impressos. OBSERVACAD Antes de prossequir no processo de fabricacdo do circuito im- presso deve-se aquardar que a tinta esteja bem seca. Corrosao € 0 processo quimico que retira da chapa o cobre que néo estS coberto por tinta. A corrosao @ feita, normatiente por um pre parado quimico denominade PFRCLORETO DE RRO. 0 percloreto de frre é um sal com ido que dissolvide ew Squa realize teor 3 retirada do cobre des reyioes desprote- aidas da placa. Nos precussos industriais 9 acido @ jogado sobre 2 face cobreada da alaca (fig. 61). edt 29 Nos processos de fabricacio em pequena escald o percloreto & colocado em um reci- piente de material nao metalico. A placa @ depositada na superficie da solucdo, com a face cobreada para baixo (fig. 62). 9g mguonere ance soucwe peccloreto reciovente okfreo ~ Fig. 62 0 percloreto de ferro nao deve ser colocado ou armezenado em recepientes metalias porque provoca a corrosdo do vasilhame, contaminando-se. nz 0 pereloreto nde 0 un prepare vo elevads, deve-se ¢ 2 contate eer, reu (pas, metais € prinotpainente_com a pele < os otiws A corros30 n&o tem um tenpo definida porque depende da concentrac3o do corre Bio também do seu grau de utilizacdo anterior. Pode-se acelerar o processo de corras: aquecendo a solucdo de percloreto de ferro. O controle & feito por observagio, exeminando-se a placa de tempo em tempo que O° cobre tehha sido totaimente removido das regides descobertas. Apds, retira-se 4 placa da solucdo e realiza-se una Tinpeza com um pano linpo erdebido em alcool ou solvente. A figura €3 aovesente o de une placa corr = limpa. 8 30 . Devido a imperfeicdes na pintura da placa, principalmente quando @ feita por pro cesso manual, podem acontecer algumas imperfeicdes nos filetes, apds 2 corrosat A seguir est3o listados os principais defeitos e as tolerancias admissiveis. Estneitamento - 0 filete nfo pode ter um estreitamento maior que 20% da sua largu ra final endo pode ocorrer em mais de uma vez no mesmo filete (fig. 64). Reantaaneia - A largura de um filete nao pode ter reentrancia maior que 40% de lar gura final do filete endo pode ocorrer mais de duas vezes no mesmo filete (fig. 65). Pénho£e - A largura de um pinhole no po- de ser maior que 40% da largura final do filete e ndo pode ocorrer mais de duas ve zes no mesmo filete (fig.66). A€argamento do Sifete - A largura final de um filete ndo pode ser maior que 20% da Jargura nominal, n&o podendo ocorrer mais de uma vez no mesmo filete (fig.67). SaliGneia - 0 aumento da larqura final de um Filete, causado por uma saliéncia nao cont?nua n2 borda, nado pode ser maior que 40% da largura nominal € no pode ocorrer mais de duas vezes no mesmo filete ( fig. 68). eSrReirauenro Fig. 64 feewmninca cha O° ~~) l Fig. 67 2) Je 2 pen Fig. 68 a Tokenancia de posicionamente dos Vcc aumenta Fig. 10 Dara consequir que a tensao CC fornecida aos circuitos eletronicos alimentados pe a rede CA seja constante, sio utilizados circuitos reguladores com diodo zener. A sequir estS descrita a forma como circuito regulador atua quando ocorre varia- sao na tens3o de entrada, tomando como referencia um circuito na condi¢ao normal” ae funcionamento (fig. 11). e5v sv mR conpigdo woRMaL Fig 1) Aunento na tensao de entrada Quando ocorre um aumento na tensao de entrada este aumento tende a se transferir para a carga. Entretanto, o zener em paralelo com a carga mantém a tensao na carga constante; a do zener diminui, permitindo a circulacao de um valor de corrente zener maior (VW, = Rb. It )(fig. 12 e 13). TENSAO DE ENTRADA maion Tensic DE eEwTRADA NORMAL Fig, 12 Resumindo: - Como aumento na tensao de entrada. a) a tenszo e corrente na carga permanecem praticamente constantes. b) a corrente do zener aumenta. A soma das correntes do zener e carga (1, + Ip.) Circula no resistor limitador. Com aumento na corrente do zener aumenta também a corrente no resistor limitador (ip + Tz 4 = Ips t)- Com acréscimo da corrente no resistor limitador a sua queda de tensdo aumenta com vensando © aumento na tensao de entrada (fiq. 14 ¢ 15). MaIOR TENSAO) NO. RESISTOR ‘MAIOR TENSAO) DE ENTRADA PEQUENO AUMENTO Ure) AUMENTA 7 | : Fig 4 =t— Fig. 5 Na pratica, observa-se um pequeno aumento na tensdo zener (por exemplo de 6V para 6.1N). A figura 16 ilustra o comportamento do circuito regulador com o aumento da tensao de entrada. o—L_}— Yn Va PERMANECE Vent AUMENTA Vent PRATICAMENTE CONSTANT oe Fig. 16 Sedugio ne tensio de entrada Quando ha uma reducdo na tensdo de entrada o zener Se comporta de forma inversa. Embora a tensdo de entrada diminua, o zener em paralelo com a carga mantém a ten sao de satda constante. Para que a tensdo no zener ( e na carga) permaneca constante a resistencia inter na do zener aumenta, de forma que a corrente zener diminui (¥, = P2t+ Iz4) (fig. 17 e 18). connigdo NORMAL +s— I} * + +e = aay i.| @) xv -— = = a = Fis. 17 tig 18 1 - Com a diminuicao de I, a corrente que circula no resistor limitador ( 1, + IpL ) se reduz, Isto provoca a reduc&o na queda de tensao no resistor limitador, com pensando a reducdo na tensao de entrada (fig. 19 © 20). GPP =p 7 le ~ le le ° = — Fig, 19 Fig. 20 Verifica-se que a tensdo sobre a carga permanece praticamente constante ( 6V @ 5,9V) mesmo que a tensdo de entrada diminuva significativamente (&,5V nara 7,5Y). A fiaura 21 ilustra o comportamento do circuito reguiador com a redugao na ten- s3o de entrada. (Cove piminat >) of} PERMANECE PRATICAMENTE CONSSANTE Conelusdo Analisando as duas situagdes de requlacao, conclui-se que as diferencas de ten- sdo de entrada ficam sobre o resistor limitador, permitindo a carga receber uma tensdo praticamente constante (fig. 22). variagSES DE TENSAO ‘wsio ‘CONSTANTE Fig. 22 EXERCICIO 1 - n REGULACAO DE TENSAO COM CORRENTE DE CARGA VARIAVEL As variagdes de tensio de alimentacao em fungao da corrente de carga ocorrem,prin cipalmente, devido as caracteristicas dos filtros utilizados nas fontes retifica- doras. A variagdo na tensao de ondulacdo na saida das fontes provoca alteracdes na tensao fornecida em fungdo da corrente consumida pela carga. 0 diodo zener pode ser utilizado, formando um circuito regulador, que possibilita © fornecimento de tenso constante, independentemente do consumo de corrente pe- Ja carga. A seguir @ analisada a forma como o diodo zener se comporta frente as variagbes da corrente de carga, tomando como base um circuito na condicdo normal, com valor de carga média (fig. 23). 25u (earGa meDIA) Fis, 23 Considerando-se que a tenso de entrada seja constante pode-se afirmar que a ten- sao sobre a resistor limitador @ constante (fig. 24). Vas CONSTANTE ENQUANTO Vi FOR CONSTANTE Re Fin 24 Isto implica em que a corrente que circula através do resistor limitador tenha um yalor constante indépendente das variagdes de carga. Resumindo, node-se dizer: constante=> Vj, constante I cons tante RS RS Como Ips € dado pela soma I, + Tp Pode-se escrever: Tensio de entrada + IR. = constante constante A partir desta concluséo pode-se analisar 0 comportamento do circuito quando a corrente de carga varie. Aumento na corrente de carga Quando a corrente de carga aumenta, a corrente no diodo zener diminui, porque a soma de 1, + Ip @ Sempre constante. Iz + Ipy = constante Tp! + Iz} = constante As figuras 25 e 26 ilustram o que foi descrito. 140 ma Ome. = 1 | w carne son ee comnts jem CONDIGAO NORMAL CONDIGAG MODIFICADA Fig. 25 Fig. 26 aunentou 20mA diminuiu 20mA Ips = permanecem constante = Diminuigao da corvente de carga Quando a corrente de carga diminut, a corrente no zener aumenta, fazendo com que a corrente no limitador permaneca constante. I, + Tp = Constante Ip} + Izt = constante : 3 As figuras 27 28 ilustram o comportamento do circuito com redugao IRL- +o C4 + +o—_{_} is 7 iz mf ] [eons : vr constant oul | vt consranre won rome conoigao NORMAL conoigo MopiFicaDa Fig. 27 Te Tp = diminui 20mA 1, = aumentar 20mA Ips = Permanecem constante Observando as duas situacdes de variacio da corrente de carga se observa que 0 ze ner absorve estas variagdes, de forma que a tensdéo sobre a carga permanega cons- tante (fig. 29) waRragOEs DE CORRENTE CORRENTE CONSTANTE REGULAGHO DE TEWSRO GOM CORRENTE DE CARGA & TENSHO DE ENTRADA VARIAVEIS Na maioria dos casos os circuitos reguladores estdo sujeitos a variagdes simu]ta- meas de tensdo de entrada e corrente de carga. Nestas condicdes 0 comportamento do circuito pode ser resumido em duas si tuacies: 14 ~ as variagées de tensdo de entrada aparecem sobre o resistor Vimi tador. = as variagies de corrente de carga se traduzem em variagoes fa corrente do zener (fig. 30). vaniacOES DE TensEO vaRiacOES DE CORRENTE DE caRGa Fig. 30 EXERCICIO 2 ary FONTE DE ALIMEWTAGAO CoM TENSAO DE SATDA REGULADA A DIODO ZEKER Uma Fonte de alimentagao com tensdo de saida regulada 8 diodo zener se compie ba~ sicamente dos trés blocos apresentados na figura 31. REGULAGAO RETIFICAGAO FUTRO com ZENER o Tensio cc REGULADA — - A retificagio transforma a CA em CC oman, podendo ser meia onda ou onda completa. - A Filtragem aprosima 2 forma de tensao de saida a CC. + A requlagéa recete a tensia filtrada, que conten uma ondulacae e que varia em funcdo da carga e da CA de entrada, entregando na saida uma tensio — constante (fig. 32) REGULAGAO ewrRapa Fig. 92 A figura 33 mostra o chapeada de uns placa de circuito impresso para uma fonte de GC com tensdo de said2 regulads 3 zener, identificando os blocos do circuito. RETIFICAGRO. FILTRAGEM ESTABILIZAGRO OBSERVACRO Ndo aparecem no circuito a chave liga-desliga, o fustvel, a chave seletora 110V/220V e 0 transformador parque estao fora da placa de circuito impresso. 1 Caso sefa necessario reparar ou testar uma fonte deste tipo, pode-se utilizar o Fluxograma de teste colocado a seguir. Cireutte para o fluxograma me aengewta nos (on)orouana rarmsacw ExTRADA nente Tensho ve saiza Vs VERIFICAR TEWSAO Vi A ENTRADA XO ESTAGLO RECULADDR ESLIGAR CIRCUITO REGULADOR TesTaR RETUFICACIO © FILTRAGEN STESTAR DIO0 ZENER € feS:stOR LINtTABOR ‘DerEITO sxconTe D0 1i0_| ventercan enonutna Wa CABG sim Jconnicie & TestaR Ww FIEG & SENAI-Departamento Regional de Goias Entidade de Formacao Profissional Criada e Mantida pela Industria eletrénica bdsica . dissipagao de poténcia € correntes de fuga no transistor teoria fasciculo 55 | eal B fo Profsanal Vi sumario INTRODUGAO, .....2s0seene Sma bca nds sone de eeeeeeeeeeeeee DISSIPAGAO DE POTENCIA NO TRANSISTOR. DISSIPACHO MAXIMA NO TRANSISTOR, ....ssseeenereereceeee CORRENTES OE FUGA NO TRANSISTOR........005 va geedenaees introducdo Pode-se dizer que o transistor determinou o final do “reinado" das valyulas ele- tronicas, porque permite ume operagao com baixas tensGes, montagens compactas, @- Yém de tornar desnecessaria a substituicao por envelhecimento que nas valvulas era ‘inevitavel. Zontudo, o transistor tanben tem a suas limitagdes. Um dos fatores mais importan tes com respeito ao transistor corresponde @ limitagao de aquecimento. Este fasciculo discorre a respeito do aquecimento do transistor e das suas corren tes de fuga, visando permitir que voce utilize o componente sempre de forma corre ta, exigindo apenas aquilo que ele pode fornecer. PRE-REQUISTPOS Para ter sucesso no desenvolvimento dos conteldos e atividades deste fasciculo vo ce ja devera ter conhecimentos relativos a: - Dissipacio de potencia .~ Correntes no transistor - Estrutura cristalina de semicondutores DISSIPAGAO DE POTENCIA NO TRANSISTOR Todo 0 componente sujeito a uma diferenca de potencial e percorrido por uma cor- rente elétrica dissipa uma determinada poténcia (P= V. I). Pode-se citar, por exemplo, uma 1ampada que ao receber tensao sobre seus termina- is & percorrido por uma corrente, dissipado energie em forma de luz e calor. , = - No transistor também existe uma dissipacao de potencia, A circulacao de corrente el€trica através das juncdes do transistor, provocada pela aplicacéo de tensoes 208 seus terminais, da origem a uma dissipagao de poténcia no interior do conpor nente: Esta dissipacdo se di em forma de energia térmica, ou seja, producdo de calor, re sultando em um aquecimento do transistor. 4 disstpagao nas jungles A dissipagao de poténcia, em forma de calor, ocorre nas duas jungoes do transis- tor, Estas potEncias dissipades sio denominadas de Potencia de coletor Pc} e Po- téncia de base (Pg). A poténcia total dissipada no transistor @, portanto: Potencia total = Pe +P, Entretanto, analisando as tensdes e correntes presentes nas duas jungdes verifica ~se que a tensdo e corrente presentes na jungio base emissor (Vpp @ Ip) sd0 mito pequenas, comparadas com a tensdo e corrente presentes na juncao coletor base (og @ Ig) (Fig. 1). Por esta razdo, a poténcia dissipada na jungao base-emissor é muito pequena compa rada com a poténcia dissipada na jun¢ao base-coletor. Poténcia Total = P. + P, muito pequena comparada com P, Assim, a poténcia dissipada na base do transitor @ desprezada e se considera que a poténcia total dissipada no transistor & a propria poténcia dissipada no cole- tor: =P Protal = Pc A poténcia de coletor depende da tens3o de coletor & base (Vjg) e da corrente de coletor (Ip): Po = Vee + Ie Por questoes de facilidade pratica e objetivando a resolugao de circuitos transis torizados através de curvas caracteristicas, esta equagdo € substituTda por outra aproximada, cujo erro @ desprezfvel. POTENCIA TOTAL DISSIPADA NO TRANSISTOR Exerotcra 3 DISSIPAGAO MAXIMA NO TRANSISTOR 0 calor produzido pela dissipagdo de poténcia (Pc = Veg - Ic) provoca a elevacao da temperatura dos cristais semicondutores que compée o transistor, podendo leva- Jo a destruigao. OBSERVAGRO Os cristais dos transistores de germinio nao devem ultrapassar a temperatura de 900C e dos transistores de silicio n&o devem ultrapassar 1200C. Para que o transistor nao seja destruido pelo aquecimento excessive do cristal a poténcia dissipada @ limitada a um valor que permite o funcionamento do componen- te. Este valor, denominado de Poténcia de dissipac&o maxima (Po ,3,) @ fornecido pelo fabricante do transistor nos manuais e folhetos técnicos. Poténcia de disstpagdo mixima 0 limite de dissipagdo que un traisistor pode suportar sem sofrer dinos por sobreaquecimen- to. Fatores que influencian na disstpagao maxima D limite de dissipacao da poténcia @ estabelecido em funcao de dois fatores: a) resisténcia térmica do encapsulamento b) temperatura externa ao transistor 3) RESISTENCIA TERMICA: A resisténcia térmica consiste na oposicao apresentada por um material ao fluxo do calor. Em termos de transistor, a resistencia térmica do encapsulamento, representada pela notacdo Rthj-a, diz respeito a oposicao imposta pelo encapsulamento 2 transmissdo do calor gerado internamente para o meio ambiente (fig. 2). Regio de transmissdo de color Produgai tee “ apresentondo resisténcia térmica de calor Fig. 2 Ds transistores fabricados para capacidades de dissipacao mais elevada (denomina- 3os de transistores de potencia) s3o normalmente encapsulados em invGlucros meta- “icos. (Fig. 3). Fig. 3 Js encapsulamentos metalicos se caracterizam por apresentar uma baixa resisténcia ) TEMPERATURA EXTERNA AQ TRANSISTOR: Além da resistencia térmica, a transmissao de calor entre dois pontos depende também da diferenca de temperatura entre es tes pontos. Para que haja transmissdo um ponto deve estar a temperatura mais alta que o ou tro (fig. 5). = Pp 50°C P2 50°C © ies | etme fumperoture- sem tranamistdo de calor P2 30% @ Tronsmissdo de color 68 P: pora Pz davido @ diterenco de temparoture A quantidade de calor transmitida & maior quando a diferenca de temperatura & gran de entre os dois pontos, e menor quando a diferenca @ pequena. Isto explica por exemplo porque uma xicara de café esfria mais rapidamente no inverno que no vera. A partir desta dependéncia entre a quantidade de calor transmitido e a diferenca de temperatura se conclui que: 4A quantidade de calor tranomitida da junpdo do transistor pa-~ 12 0 ambiente depende da diferenga de tenperatura entre a jun gio e o anbiente. Quanto mais baixa a temperatura do ambiente, melhor a transmissdo de calor do in- terior do transistor para fora, menor o seu aquecimento. Assim, dois transistores trabalhando com as mesmas tenses e correntes (mesma po- téncia dissipada PC) irao sofrer aquecimentos diferentes se estiverem funcionando em temperaturas diferentes. 0 transistor que estiver funcionando em um ambiente mais quente sofrera maior a- quecimento porque a quantidade de calor transmitida para fora & menor. Devido a influénota da temperatura na trasmissdo de calor a especificagio de poténcia méxima de dissipagds do transitor & dada em funpdo da temperatura. Por exemplo: TRANSISTOR BC547 POTENCIA DE DISSIPAGRO MAXIMA S0mH 3 25°C ou menos OBSERVACRO As poténcias de dissipacio maxima fornecidas pelos fabricantes sempre si0 referentes a temperatura de 25°C, a menos que haja outra temperatura indicada especificamente. REDUCKO DA POTENCIA DISSIPADA EM FUNCAO DO AUMENTO DE TEMPERATURA AMBIENTE Em mitas ocasides se faz necessario utilizar transistores em circuitos que rao funcionar em temperaturas superiores a 250C. Nestas ocasiGes & necessario considerar que o valor de poténcia de dissipacao ma- xima fornecida pelo fabricante nao pode ser empregado porque é valido somente até 2500, 2 aumento de temperatura ambiente pode ser compensado, fazendo com que o transis- tor dissipe uma poténcia menor, gerando uma menor quantidade de calor, internamen ze e evitando a destruigdo por aquecimento excessivo. TEMPERATURA AMBIENTE POTENCIA DE DISSIPACAO MENOR MAIOR QUE 25°C QUE O VALOR NOMINAL (a 25°C) 2D grau de redugao que a poténcia nominal deve sofrer em fungao do aumento de tem- deratura varia de transistor para transistor. Js fabricantes fornecem um grafico de dissipaco total de poténcia em funcdo da temperatura ambiente (Prot = Tagy) Que indica a poténcia maxima no transistor pa~ ra os diversos valores de temperatura anbiente (fig. 6). Dissipogdo total de potincia Ponte) = 0 Fis. 6 ° 30% out tpt A figura 7 ilustra o emprego do grafico, ~~ (TINIIT determinando a poténcia de dissipacdo mi * it xima dos transistores 8C546, BC547,BC548 Paw méima BC546, temperatura ambiente de 500C. i _ para uma temp * h i eS Fin? . : 6 we EXERCICIO @ + —- 0 CORRENTES DE FUGA NO TRANSISTOR Qs transistores so fabricados com materiais semicondutores Pe N. Estes materi- ais sofrem um processo de purificacio e dopagem para conterem as Tacunas e elé- trons livres. Entretanto, os materiais P e N nao sio perfeitamente puros, de forma que cada ma- terial contenha apenas um tipo de portadores. 0 material tipo P apresente ume grande quantidade de lacunas e apenas uma pequena quantidade de elétrons livres. Por esta razio, no material P, as lacunas sao deno minadas de portadores majoritarios (principais) e os elétrons livres de portado- res minoritarios (fig. 8). PeL ® pertocores mopeds fam moioe qvontidode) © pertador minoritdrie O material do tipo N apresenta uma grande quantidade de elétrons livres, que sao 0s portadores majoritarios e um pequeno numero de lacunas que sao os seus porta~ Nte dores minoritarios (fig. 9). © portodores moporitérioe (om maior quantidade) © pertedor minoritéve n + existéncia dos portadores minorit@rios nos materiais semicondutores se deve fun zamentalmente a dois fatore = Imperfeigio nos processos de purificagao dos cristais que sempre apresentam um pequeno grau de impurezas. = a rupture das ligagdes quimicas pela energia térmica (aque- cimento) (fig. 10). MATERIAL Fig. 10 Movimento des portadores miro cdrios ‘ds portadores minoritarios sofrem a influancia das tensdes externas aplicadas ao comporente semicondutor, novimentando-se no interior da estrutura cristalina, Zomo no caso dos dicdos, c movimento dos portedores minoritarios s6 € importante suando a juncao entre os cristais esta inversamente polarizeda. ‘so caso dos ‘diodos, durante 2 polerizaco inversa, o movimento dos fortadores mi- roritarios 48 origem 2 ums pecuena corrente de fuga (fig. 11). rocamzacko omer [eorrnere de fuge 4m um diode, provecade pelos portedores minovitérion rouamtacio mvensa # Fig 0 os transistores © movimento dos portado- “es minoritarios @ importante apenas na jungdo base-coletor porque esta juncao es 23 rormalmente com polarizacic — inversa “fig. 12). 1 0 movimento dos portadores minoritarios na jungdo base-coletor, inversanente pola rizada, df origem a uma pequena corrente de fuga entre base e coletor (fig. 13). Pequeno corrente de fuga entre coletor 6 base Esta corrente & representada pela nota¢ao ICBO que significa: corrente de fuga en tre coletor e base com emissor aberto (fig. 14). Ic80 ~ Corrente de fuga entre coletor e bose com emissor aberto EMISSOR ABERTO ‘Influéneia de ICBO na corvente de coleror A corrente de coletor depende diretamente da corrente de base. Esta dependéncia esta matematicamente expressa na equacao que define o ganho de corrente do tran- sistor: = - dc hre = Boc Ie Dperando esta equacac se obtém a expresso para determinacdo de Ic a partirde IB: Bx = Fe Ic = Boc. Is A partir desta equacdo se verifica que com corrente de base Ig = 9 @ corrente de coletor Te &: Ie = Boc. Is se Is=O Ic = Boc.O=0 3 Ou seja, quando nao hd corrente de base a corrente de coletor deve ser nula. Entretanto na pratica isto nao ocorre. Aplicacao de tensao e coletor e emissor do transistor (VCE), mesmo sem corrente de base (I, = 1) provoca a circulacezo de uma nequena corrente de coletor denominada de corrente de fuga entre coletor é emis- sor com a base aberta, representada pela notacao ICEO (fig. 15}. Tee0 = corrente de fuga entre coletor oe @ emmssor com base eberte ABERTE Fig 15 Esta corrente de saturatzo reversa (1CEQ) € provocada oela corrente ar “iga ICBO. rrente ICBO provoca ume recombina- can de Ao circular através da juncao base-coletor a « ceo ob portadores na bese ue tem um efeito resultante semelhante a aplica corrente de base no transistor, gerando a corrente ICED. ICEO &, portanto, ume corrente aproximadamente P (BETA) vezes mininr que TO89. ICEO = ICBO . Boc te fator tem determinado uma crescente utilizacan dos transistares ae silfcro en substituigao aos transistares de german j disnara térmico, também denominado de AVALANCHE TERMICA. & um fenomeno que ocor -e no transistor devido a corrente de fuga Togo t due pode leva-los a destruigao dor aquecimenta excessivo. A medida em que o transistor funciona em um circuito eletrdnico ocorre um aqueci- vento das. juncdes. pela dissipacto de poténcia (Pp = Vee - Tg )- J equecimente da juncac provoca um aumento na corrente de fuga Ipgq- somo a corrente de coletor € composta de duas parcelas Tp + Flg * A ggg © aumento He Iggy resulta em 1, maior. com Ic maior « poténcia dissipada aumenta (Yop . I¢* = Pp t) @ @ transistor sofre novo aquecimento, A maior temperatura da juncdo provoca novo aumento em Tcgq- 14 A equacio mostra que a corrente de fuga ICBO @ amplificada pelo transistor da mes ma forma como corrente de base. Nos circuitos a transistor a corrente ICEO (provocada pela corrente de fuga ICBO) ea corrente Ie (provocada pela corrente de base 1,), circulam ao mesmo tempo no terminal "coletor" do transistor (fig. 16). Saath Proves por Tes te ceo a Ali: Fig 6 = Conclui-se, entdo, que @ corrente real de coletor de um transistor @ sempre a so- ma destas duas correntes. Ic = (Roc. Is) + ( Bo CBO) OBSERVACAG ‘A corrente de fugé entre coletor e emissor com a base aberta ICEO @, em valor exato, igual a ICBO (8 + 1). Porém devido ao fato do Boe dos transistores ser normalmente elevado ( maior’ que 100) pode-se na pratica desprezar o acréscimo da unidade considerando ICED = 1080 X Bye- Influencta da temperavum na corrente de coietor 0 aquecimento @ um dos fatores responsaveis pela geragio de portadores minorita- rios nos materiais semicondutores, provocando o rompimento das ligagdes covalen- tes do cristal. A partir do momento em que um transistor sofre um aumento de temperatura o maior nimero de portadores minoritérios na estrutura provoca um aumento na corrente de fuga ICBO (que @ constituTda pelo movimento destes portadores). 5 A figura 17 apresenta uma curva caracteristica de transistor que mostra o compor- tamento da corrente de fuga ICBO frente as variacdes de temperatura. Corts mie win et te fea ten 304 “ c40,2048 ° 5 re 5 —e Através desta curva verifica-se claramente que a corrente ICBO aumenta a edida que a temperatura do transistor se torna mais elevada. A corrente de fuga 1CB0 do. bra a cada 109C aproximadamente nos transistores de silfcio e 60C nos de germanio, Uma vez que parte da corrente de coletor € causada por ICBO (I, = 1-8 + 1080.6 ) os aunentos de ICBO provocados pelo aumento de temperatura do transistor se refle tem num acréscimo em Ip. ior do trmsistor sofre influéncia da tem- Enbora a variag3o da corrente de fuga ICBO com a temperatura seja aproximadamente a mesma (a cada 600 no gemminio ¢ 100C no silfcio), os transistores de silfcio se caracterizam por apresentarem um valor inicial de 1¢B0 até 500 vezes menores do que os transistores de germanio na mesma temperatura. 16 Fecha-se um circulo vicfoso: Aquecimento Potncia dissipada Nesta condigdo o transistor pode provocar uma auto destruicio, Por este motivo de ve-se, sempre que posstvel, evitar que os ‘transistores trabalhem proéximo a sua po tincia maxima de dissipagao. EXERCICIO 3 Ww FIEG . om SENAI- Departamento Regional de Goias Entidade de Formacao Profissional Criada e Mantida pela Industria eletr6nica badsica transistor bipolar - ponto de operagao teoria fasciculo 56 A\Formagao Profissional Visa: Descoprir, B sumario INTRODUGAO CONFIGURACUES DE LIGAGKO DO TRANSISTOR...... aeaeeeens 5 CARACTERTSTICA DE SATDA EM EMISSOR COMUM - RETA DE CARGA.. PONTO DE OPERACAO CURVA DE DISSIPAGAO MAXIMA. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS, introducdo Os componentes eletranicos se caracterizam por poderem operar com os mais diver sos valores de tensao € corrente nos seus terminais. Esta "versatilidade" resulta em uma dificuldade: como prever as condicdes de fun- Cionamento de um componente quando forem aplicados determinados valores elétricos en um circuito, Esta € a razfo pela qual o comportamento dos componentes eletronicos, na sua gran de maioria, @ expresso através de curvas caracteristicas. Através destas curvas, que normalmente so fornecidas pelo fabricante, pode-se determinar com boa preci- 830 0s valores de tensao e corrente que se estabelecerao em um circuito transisto rizado no momento em que for alimentado. Este fasciculo apresentara as curvas caracterTsticas do transistor, a reta de car ga € © ponto de operacao, fornecendo as informacdes necessarias para que vocé u lize 0s transistores corretamente. PRESREQUISITOS Para ter sucesso “no desenvolvimento dos conteudas e atividades deste fasciculo vocé f8 devera ter conhecimentos relativos a: = Transistor bipolar: principio de funcionamento ~ Relacdo entre os pardmetros Vers Ig, Vegy Ip CONFIGURACORS DE LIGAGAO DO TRANSISTOR No transistor a corrente de base atua como corrente de controle, determinando a corrente de coletor que poderia ser denominada de corrente controlada. Em princtpio, a circulacao de duas correntes de valores diferentes em um componen te pressupoe a existencia de quatro terminais (dois terminais para cada corrente) (fig. 1). 18 Corrente de controle =, Fig. 1 Como o transistor nao dispoe de quatro terminais (dois de entrada e dois de sai- da) sua ligacao aos circuitos eletronicos @ feita de forma que um dos terminais seja comum a0 Circuito de entrada’e de saida simul taneamente. Quando o terminal emissor @ uti) izado co mo terminal comum, a forma de Vigacao do SAIDA transistor € denominada tecnicamente dé CONFIGURACAO DE EMISSOR COMUM (fig. 2). ENTRADA OBSERVACAO As baterias de polarizagdo nio foram colocadas para dar maior clareza a figura. Configuragao de base comin Quando a base @ utilizada como terminal co mum, a forma de ligacao do transistor é de nominada de configuracdo de base — comum © ENTRADA SAIDA (fig. 3). Configuragao de eoletor come Ea denominacao dada a forma de 1igacao em ENTRADA que o coletor do transitor € comum a en- sAtDA trada e a satda do circuito (fig. 4). as curvas earactertsticas de wi transietor Quando se analisa o comportamento de um componente eletronico rocura-se colo- car este componente sob as mais diversas situacdes em termos de correntes e ten- ses. No diodo semicondutor, por exemplo, a corrente circulante depende do valor e da polaridade da tensao aplicada aos seus terminais. Assim 8, por exemplo, como o diodo zener. Aplicam-se diversos valores de tensao di- reta e reversa aos seus terminais e mede- se a corrente circulante. A figura 5 mostra a curva caracterTstica de um diodo zener. 0 comportamento do transistor também @ expresso através de curvas caracteristi~ cas. As curvas caracteristicas sao gréficos obtidos através de medidas elétricas no transistor em varios circuitos, sob condicoes de tensdo e corrente controla- das. . ‘AS curvas caracterfsticas do transistor assumem grande importancia no projeto de Circuitos porque expressam o comportamento do componente em uma ampla faixa de condigdes de funcionamento, levando em consideracao a forma como o transistor est ligado. Farinetros elétrioos nas curvas caracteristicas do transistor Nos componentes semicondutores com apenas dois terminais (diodo — semicondutor, diodo zener) sao necessdrios apenas dois parametros elétricos para expressar 0 comportamento em grafico: = tensao entre os dois terminais (Ex.: Vp). = corrente no dispositivo (Ex. Ip). No transistor, pelo fato de serem 3 terminais, existem 6 valores em jogo: Ig: corrente de coletor Ip: corrente de base Ig: corrente de enissor Vgg: tensao de base a emissor Vog! tensio de coletor a enissor Vegi tensdo de coletor a base A figura 6 mostra os parametros elétricos do transistor. Fin 6 Com base nestes valores e ainda outros nao elétricos, tais como a temperatura, podem ser levantadas uma série de curvas caracterTsticas que expressam 9 compor- tamento do transistor nas mais diversas condicoes. ExERCICIO 2 CURVAS CARACTERISTICAS WA CONFIGURAGAO DE EMISSOR COMUM A configurac’o de ligacao do transistor mais utilizada @ a de emissor comum, ra- zio pela qual as curvas coracteristicas dos transistores, fornecidas pelos fa- bricantes, sao relativas a esta forma de ligagao. A figura 7 mostra um esquema jlustrativo de um transistor ligado em emissor co- mum. Ic Vee vee { 4 I Fig. 7 Analisando a figura se verifica que, na configurac3o de emissor comum quatro parametros s80 fundamentais: Tp» Vee @ Ie ‘be Os valores Vgp € Ig so denominados de parametros de entrada e os valores Vo_ e€ Ig de parametros de sa¥da da configuragao emissor comum. Portanto, para representar através de araficos o comportamento do transistor em emissor comum sao necessarias duas curvas caracteristicas: - uma que expressa 0 comportamento dos parametros da entra~ da do transistor, denominada de CURVA CARACTERTSTICA DE ENTRADA. = uma que expressa o comportamento dos parametros de saida, denominada de CURVA CARACTERISTICA DE SATDA. Caracteristica de satda do transistor em emisscr comun Do conjunto de curvas caracteristicas que pode ser levantado a partir dos valo- res elétricos do transistor a curva que assume maior importancia @ a curva ca- racteristica de satda, também denominada de caractertstica de coletor. Os parimetros de sada do transistor sao I, © Vop- Entretanto, sabe-se que os va lores Veg € Ic dependem do valor de 1g. A-curva caracterfstica de saTda @ construida de forma a permitir que se relacto- nem as grandezas Tos Veg @ Tg em um nico grafico. RELACAO Ip Ic Vee CARACTERISTICA DE SAIDA EM EMISSOR COMUM A figura 8 mostra a caracteristica de safda do transistor BC 547. Corocteriation Ge sofa Tee flVee), Tmt Porimetre ma weer (00 maT TT . Te | 0) osm) oo 20] As curvas mostram a dependéncia da corrente de coletor (Ic) em fungao da tensao coletor-emissor, mantendo a corrente de base em um valor constante. Nos manuais esta curva & identificada como Icf (Vog) Ig pardmetro (1é-se: corrente de cole- tor em funcio da tensio coletor-emissor para valores fixos de corrente de base). Deve-se observar que nos transistores PNP os parametros nas curvas sdo negati- vos: -Ip, @ Veg (a5 correntes Ig © Ic no transistor PNP saem do transistor € 0 coletor & negativo com relacao ao emissor) (fig. 9 e 10). ma 10 7ag/ OF na de I { 9 Cau « «| “TT ° Fig. 10 We Outro aspecto importartissimo a ressaltar com relac3o as curvas caracteristicas fornecidas pelo fabricante de um transistor € que estas curvas representam o com portamento médio de um grande niimero de transistores testados. Isto significa que, na pratica, o comportamento do componente pode apresentar al guna diferenca com relagdo a curva. Ae cumvas caracterietioas fornectdas por un fabricante re~ presentar 9 somporzanento médto de un grupo de componertes de meana especi ficagto, Apticagdo da earacteristiva de satda em emissor comum A caractertstica de saida em emissor comun encontra a sua maior aplicacao na de~ terminacao das condicbes de funcionamento de um transistor em um circuito. Dispondo de valores do circuito tais como a tensao de alimentagao eo valor do resistor de coletor traca-se a "“reta de carga" que permite determinar graficamen te 0 comportamento transistor em um circuito. n Corgcteristica de safdo mau ae Ag? Mice), Tg peedenenre: * Boos? rpyRET A reta de carga & tracad* sobre a curva [KY tT caracteristice de sotda 20 transitor, par ba nitindo que se determine graficamente 2s wl a tensdes presentes sobre » transistor @ 50 bre o resistor de coletes @m fungdo da cor a ae rente de base (fig. 11)+ | orm PS al 11 ° 6 2 80 ty Fig NE grapade da reta de “argc 0 tracado da reta de carge Teve en conte dois fatores: = tensao de alimentacéo do circuito. = u valor do resistor de coletor. Isto significa que para cada transistor, e em cada circvito, existe uma reta de carga espect fics. para tragar a reta de carga utiVizan-se dois pontos que ocorren en duas situa is do transistor: = panto de corte goes espec = ponte de saturagao © ponto de corte € a situacao em que o transistor est sem corrente de base. Wando as equagdes do transistor se verifica o seu comportanento nesta situacao: ip eps 8 cond Ig = 0 1, +0 tp Ie como Tp = 0 Vag = 9 Yee = Yoo - Yee ‘como Vp¢ = 0 tem-se Vg Vee = Voc Ic Nec Oo Estes dois valores representam um ponto na curva caracterfstica de safda do tran sistor. Tomando como exemplo 0 circuito da figura 12 0 ponto de corte fica na po sigdo mstrada na figura 13. Ey Fig. 19 Este & um dos pontos da reta de carga. BC547 pays oy wae || rT ery | 1 | | | tercesme ro ° © sopy se 0 ponto de saturacao & a situacio em que se aplica ao transistor uma corrente de base suficiente para fazer com que a tensao de coletor a emissor te a zero, Considerando a tensao de coletor a emissor como “zero" tem-se: Yee = Meer Mac mmo Wop 0 YRC ee Re Vee = Ie « 1, Vac = Yee como, RC” caia praticamen 3 Na situag3o de saturacgao a corrente de coletor assume o seu valor maximo, como se o resistor de coletor estivesse liga~ do diretamente 2 fonte de alimentac3o. Este valor de corrente de coletor € deno. minado de CORRENTE DE SATURACAO. VceE Te sat = Re No circuito tomado como exemplo a tensao de alimentacao @ de 30V e o resistor de coletor @ de .4702. Portanto a corrente de saturagao @ : . Nee 3ov teat: Taro Estes dois valores dao origem a outro ponto solire a curva caracterfstica do transistor (fig. 14). Nesat = 63mA ec s47 REE a ru 1] i F Sate t - t 4 Tt Fig. 14 E importante salientar que tanto o ponto de corte com o de saturagio dependem fundamentalmente da tens3o de alimentacdo e do valor do resistor de coletor. Ca- so estes valores sejam modificados, os pontos de saturacdo e corte tem a sua po- sigdo alterada sobre a curva caracterfstica. 4 0s pontoe dr saturagéo e corte dependom da tensdo de alimentagao e do valor do resiator de coletor. ste € 0 segundo ponto da reta de carga. Unindo os dois pontos tém-se arreta de -arga do circuit usado como exemplo (fig, 15 @ 16). fe 4700 oa ecne7 19 cay pape oxinw 11 le Jorma ve tata reta de carga serve apenas para o Circuito apresentado: transistor 3C 547, deg = 30V.€ Re = 4705. 1aso 0 transistor, a alimentacdo ou o valor do resistor de coletor sejam modifi nados deve-se tragar outra reta de carga de acordo com os novos dados. aarea Apricapio da neta de ma vez tracada a reta de carga pode-se determinar graficamente os valores da ten 150 Vog. da tensdo sobre o resistor de coletor € da corrente de coletor do tran- sistor, para cada valor de corrente de base, lomando-se 0 cireuito de exemplo (transistor BC 547, Vee = 30V.e Rr = 4708) po- Me-se determinar as tensbes e correntes na matha dé coletor quando a corrente de vase for, por exemplo 100uA. w A resposta @ obtida através do ponto de encontro entre a reta de carga e a curva de corrente de dase 0,ImA (fig.17). Projetando o ponte encontrado até o e1xo horizontal encontra-se o valor do Voge do transistor (fig. 18). Encontra-se também a tensao sobre 0 re- sistor de coletor do circuito (fig. 19). Nce= —NRe Nee = Mec Nee 6 199 faaxy pagyG Ox, Oza » 70m] 1 | ® Smt \ oxaas | 9 « air t biome “ + oa i brocena| Fig. 18 t | . i oe) woo LI hii vors13V 180 Ie {| * « 20 Fig 19 Bc 547 os 0° 6 oxona TT desma Ie = i | Projetando o ponto encontrado até o eixo 0) 8 vertical, encontra-se a corrente de cole tor do transistor (fig. 20)- | oe etal rH Te-ocina| 1 ohn - =| Fi Lt oY vee A seguir, estdo aoresentados dois exemplos de reta de carga e determinagao de pa rametros de um circuito através da curva caracterTstica de sefda. o. BCIa6 SOE a5r vermeino Ig Ffvoteres tpicos (a fp 2008) s50pA] Ig = _100_ vA ona) Yop = 34 : Vpe * 2:6 ‘SOpA) RE Ip = 21,5. mA 25yAl 8 |e 0 re 7 alg (rma) 40 20) Oo 32 5 Me™) 10 EXERCICIO 2 18 PONTO DE OPERAGTO Ponto de operacao ou ponto quiescente @ a denominacao dada ao conjunto de valo~ res de tensio e corrente que se estabelecem automaticamente em um circuito a par tir da sua alinentagao. Sema Afigura 21 nostra um circuito com um Fe, transistor no ponte de operacao: . + . 8 = Vpg = TOV = aw Vee = 14V . 1g = S2mk I Fis. 21 Uma vez estabelecidos os valores do pontto de operacao, se nenhuma modificagao for realizada no circuito, os valores permaneceréo constantes. A escolha correta do ponto de aperacio é fundamental, na medida em que todo o funcionamento do circuito se dard em torno das condicdes estabelecidas por este ponto.. Infludneta do ponto cuiescente no cireuito 0 ponto de funcionamento determina, em outras palavras, a condicdo normal de fur cionamento de um circuito, qua se estabelece @ partir da alimentacio A importancia do ponto de operagao de um circuito eletronico pode ser comparada, por exemplo, a importancia do ajuste da posicao de referencia do trago do osci- loscépio para uma medida de tensdo CC. Se a referéncia esta mal ajustada, todas as. medidas realizadas estario erradas. 0 mesmo ocorre com os circuitos eletrénicos. Se o ponto de operacao estiver mal pasicionado, todo o funcionanento do circuite estara prejudicade. A eszoika do ponte de operapao 0 ponto de operagao de um circuito com um transistor sempre estar sobre a reta 19 de carga deste circuite. Logo, pode-se afirmar que o ponto de funcionamento de- pende dos fatores que determinama reta de carga (fig. 22 e 23) - transistor utilizado - tensdo de alimentagao ~ resistor de coletor Corcctarfstie de sotto Goeth, sree os vcs Tem = «= Sand a Re 2700 C337, * = mv dosed = = Veo = 24v De acordo com a funcao que o circuito ira desempenhar, o ponto de operacao pode se situar em qualquer posig3o sobre a reta de carga do circuito. As figuras 24, 25 @ 26 mostram 3 exemplos de ponto quiescente. Ie Ie ! Ie ‘eo Vee C ve ° Vee Fig 24 Fig. 25 Fig 20 Na naioria dos circuitos eletramicos 0 ponto de operacio & localizado na regigo central da reta de carga (fig. 27). Fig. 27 A partir do momento em que o ponto quiescente € lecalizedo sobre a reta de carga ficam automaticamente estadelecidos os valores da malna de coletor. Tonando cono exemplo o circuito apresentado a seguir (fig. 28 e 29). Re 2700 Fig. 28 a Coroctaristica de soido Tg cel Ip» perSmatre £ peas? cr Escolhendo um ponto de operacao na re- Pett giao central da reta de carga, conforme + mostra a figura 30. Basra] ‘ohne ‘biom Fig. 20 yo Oma Deste ponto quiescente se obtém: a) a tensio entre coletor-emissor (fig. 31)- b) a queda de tensao no resistor de coletor (fig. 32). ¢) a corrente de coletor (fig. 33). Ie L | Vee Vow vec Fig. 33 n Fig, a 22 Estes valores sao valores do ponto quiescente, razao pela qual sao denominados de: Corvcteristice de soida Tet Wee) Ip = pata ry ecar % a dant Veen 2 tense coletor-emissor no ponto Saba. ceo x ' quiescente. t aR Yacg 2 queda de tenséo no resistor de co » aaa Jetor no ponto quiescente. « Cit Ipq _: corrente de coletor no ponto vies 160 se * cente (fig. 34). a 2 19] Fig ° | ee vee -veea-L-vreo— No exemplo utilizado estes valores sao: = 10,5 Vacg. * 135¥ leg = 50nd Veeq OBSERVACRO Pequenas diferencas devido a imprecisdo grafica © esnessura dos traces no desenho nao sao significativas. Para obter os valores quiescentes (Voeqs Vacg & leq) & necessdrio aplicar a0 tran sistor uma determinada corrente de base quiescente (Igq). 0 valor desta corrente de base @ obtido diretamente do grafico. 23 Corocteristica de scio Ig? tWvcgh lg * pordmatte acssr —r ae BB eSES 8B No grafico da figura 35, utilizado como exemplo, o ponto de operacdo esta coloca do sobre a curva de Ip = 0,2mA. Esta @ a corrente necessaria para obter as con- dicdes desejadas. Fig. 35 EXERCICIO 3 24 CURVA DE DISSIPAGHO MAXIMA Utilizando o valor de poténcia de dissipacao maxima do transistor e€ 3 equa- co Po = Veg « Ip pode-se tracar sobre a curva de saida do transistor o limite de dissipacao ponto a ponto. Nia equac3o Po = Veg - ‘Ic 0 velor de Pr & dado pelo fabricante. Tendo 0 valor de Pc € escolhende diversos valores pare Vig acha-se os valores de Tg mlximo. Por exemplo ~ Transistor BC547 PC ~ 500mM a 259C. esocthends algww valores pare Von > 5V 3 10V 3 20V ; 40v « ponto 7 Nee - ew Ga = 100k | Veg = BY gre *% Tega = 100m ponto 2 = Me O.5W _ 52 smn Veg = 10V 15H lov ceax > Om SY Veg = 20 045M. 5m, 20v Pp = 0,5H 20v 25mA a ov 25M 12 smn aov Po = 05H ov 12 ,5ma 25 Colocandu-se os pontos em dois eixos Ie Veg tans @ curva de dissipag3o maxima no transistor & 259C (500mH) (fig. 36). Fig, 36 A regio da caracteristica de saTda acima da curva tracada de dissipacao excessiva e a regiao abaixo da curva tracada namento #f49: 37). denominada de regiao a) om a regiao de funcio- Regido de dissipagdo excessive 20 IJ= Regido de funcionomento ow 8 5 40 BOV Fig. 37 Se for necessario determinar a redugdo da poténcia de dissipacdo maxima, pa ra funcionamento em temperaturas maiores que 250C, usa-se o grafico Phot = (Tamh) @ depois realiza-se o tracado sobre a caracteristica de saTda utilizendo o valor encontrado (fig. 38 e 39). TRACADO DA CURVA LIMITE DE POTENCIA TRANSISTORES BC 413, BC 414 3 SO9C Dissipogdc toto! da potincic Coracteristica a eat: Prot Tomb) Tet Mea tps eorma , # BCI _ Bom os Or Saad, roy sr Prot ee f f a os! f : i | exes O24) eo} brea Oe Ct - f Curve mite de . of “Soc — 280m i ° a °o 6 Fie 0 a Fis 99 4 rete ds carga e @ curva de dtestpapao de poréncia maxima A reta de carga expressa todas as possibilidades de funcionamento de um tran: tor para um determinado valor de resistor de coletor e de tensdo de alinentacao. Como a curva de dissipacio de noténcia maxima estabelece o limite da regiao de fun cionamento para um transistor, faz-se necessdrio que a reta de carga esteja sem pre situada abaixo desta curve. A figura 40 mostra a curva caracteristi- ca de sa¥da do transistor BC 413 com a curva de dissipagio maxima a 509C(240nW). 27 Os resistores de coletor (Rc) @ as tensdes de alimentacdo (Vc) devem ser seTe~ cionados de modo a darem origem a retas de carga que se situam sempre abaixo da curva de limite de dissipacao (fig. 41 e 42). ee « = "Sasa, ‘0° 1800 bee : Pa 4 a { : . i el T rT . ae Voc = 12V - Tomax * 65 mA We ‘Rov a Quando a reta de carga esta abaixo da curva limite de dissipagdo qualquer ponto de operac3o escolhido podera ser utilizado sem o risco de provocar dissipacao ex cessiva no transistor. 28

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