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O DEBATE SOBRE OS FUNDAMENTOS DO SER A PARTIR DA NEGAO DE CATEGORIAS HISTRICAS FUNDAMENTAIS Menezes, Jean Paulo Pereira de.

Departamento de Cincia Poltica e Economia _ Unesp Marlia.

fafica_95@yahoo.com.br Diante do quase abandono acerca dos fundamentos dos seres, proponho aqui o debate sobre cinco pontos fundantes (fundamentais) para um entendimento do ser em perspectiva ontolgica a partir de Karl Marx. So eles: a)- A negao da totalidade: O entendimento de que determinados eventos devem ser entendidos diante de uma totalidade complexa abandonado pelo intelectual ps-moderno a favor da micro histria, a preocupao com o fenmeno em si. b)- A negao das grandes narrativas: Entendemos as grandes narrativas como propostas de entendimento de determinados fenmenos que levam em considerao a longa durao, os fundamentos ontolgicos de constituio dos seres e suas relaes diversas. c)- A centralidade do objeto: Para o intelectual ps-moderno o objeto que detm a centralidade interpretativa, pois o sujeito se encontra fragmentado diante da totalidade social, cabendo assim a compreenso de que a centralidade est no objeto, de que ele no centralizador, pois ele a centralidade, ou ainda, de que a centralidade est nele. d)- O pluralismo metodolgico: Acredita-se que o pluralismo metodolgico a expresso das diversas vises de mundo, deixando assim os seus diversos olhares sobre os fenmenos sociais. A pluralidade aqui faz coro com o ideal de diversidade que defende a mxima: de que quanto mais, melhor, para entender os fenmenos, ou seja, mais rico ser o olhar daquele que observa. e)- A defesa da alteridade: Ciro Flamarion Cardoso observa o conceito de alteridade, bastante presente entre os trabalhos de cincias humanas de carter etno-histricos, nos remetendo ao relacionamento diante do outro, se identificando ao no idntico, ou seja, apresenta-se uma perspectiva de identidade a partir do no ser o outro. Diante deste apresentar de palavras trocadas, a idia de alteridade, mesmo que reconhea a existncia do diferente, o entende como parte constitutiva do ser diante desses outros o que pode sugerir uma espcie de harmonizao diante das representaes do outro, o que por sua vez pode nos levar ao velamento dos conflitos sociais de classe antagnicas, pois a pluralidade de outros seria o campo privilegiado da construo da identidade do ser.

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