Cultura da convergncia quando uma pea de entretenimento, por exemplo, integra
mltiplos textos que acabam criando uma narrativa to ampla que no pode ser contida em uma nica mdia.
Bruxa de Blair: convergncia em nvel mais simples. Antes de o filme ser lanado, havia um site na internet com informaes sobre s supostas bruxas e o desaparecimento dos personagens dos filmes (como se fossem reais). Apesar disso, possvel e relativamente fcil compreender Bruxa de Blair sem ter acesso ao site.
Matrix: convergncia em nvel altamente complexo. A compreenso da histria passa pelos filmes, jogos de computador, quadrinhos, curta-metragens, etc. Cada mdia fortemente interligada outra para explicar o texto. Acontecimentos nos filmes parecem inexplicados ao espectador que no mergulhou nas outras mdias.
Quanto mais mdias envolvidas, mais difcil ser para o pblico acompanh-las. Nem todas as pessoas se interessam por explorar as outras formas de narrativa. Assim, h a chance de se restringir muito o pblico de uma obra, diminuindo sua possibilidade comercial. O interesse por Matrix definhou, aps atormentar os fs com tantas possiblidades. Para o consumidor casual, Matrix exigiu demais. Para o f, ofereceu de menos. (pgina 182).
Quanto mais camadas voc coloca em algo, menor o mercado. Voc est exigindo que as pessoas intencionalmente invistam mais tempo na histria que voc est tentando contar, e esse um dos desafios da narrativa transmdia. (Neil Young, em citao na pgina 181).
Na convergncia, o jogo no um extra ao filme, por exemplo. uma extenso, uma parte do todo, e no uma simples pea promocional (como a caneca ou a caneta).
Franquias diferentes seguem sua prpria lgica: algumas desenvolvem o universo na primeira parte e permitem que as sequncias evoluam em histrias diferentes no interior daquele universo (X-Men), outras introduzem novos aspectos do universo a cada nova sequncia, para que mais energia seja dispendida em mapear o universo do que em habit-lo (Alien, Living Dead).