Você está na página 1de 1

Ginzburg se contrape a vises pessimistas, como a de Roger Chartier, para quem a leitura feita na tela

no computador fragmentria, algo que o Google fomentaria pela quantidade e pela velocidade da
informao que se acumula. Mas para o historiador italiano qualquer leitura sempre fragmentria; isolar
frases de seu contedo amplo original, descontextualizar trechos e captulos, ignorar a data de escrita, so
atitudes que o leitor faz a toda hora independentemente do suporte do texto - e mesmo do tipo de texto.
Aos pesquisadores e historiadores nada disso novidade, o Google intensifica a quantidade de
informao, mas no muda as categorias tradicionais nas quais podemos ler, pensar e digerir tal
informao. Como salienta o autor na sua conferncia, as escolas precisam da internet, bem como a
internet precisa das escolas onde ocorre verdadeiro ensino. Em outras palavras, a internet no
autossuficiente nem faz mgica na rea do ensino.

Você também pode gostar