A espada de Dmocles ao pescoo ignorou O homem que cego a sua destruio pavimentou. Sfaro penetro o insondvel, Incauto, latejo sobre o inefvel. Ser a ignorncia remdio saudvel, Neste mundo onde s o mal permanece imutvel?
As vicissitudes na minha poesia narradas So as tenebrosas amarras Que retractam as injustias caladas. De referncias abusivas ao Divino So as minhas quadras acusadas. Destruidoras da doutrina da recompensa e castigo Pela religio endeusadas.
Do Cristianismo no sou inimigo Tudo que foge razo da existncia desprezo. Desde novo consciente e imune ao perigo, Na qual a crucificao da lgica o no pensar foi o prego. Insalubre como sadio caminha, O ser que de si a humanidade desarreigou.
Primitivos, vivemos na escurido. Longe do amor, Abandonamos a esteira da Iluminao. A vida sempre fora palco da competio Onde a Ganncia a desigualdade outorga.
Abundncia a qualquer preo, A directriz que todo o nscio move. De vazio no semblante impresso representam uma gerao que a eternidade no comove. Tu que desse lado inercio permaneces, Que o lema: Mais a ele que a mim propagas, Aprecia hoje que amanh te despedes Dos pilares da sustentabilidade abalados por estas pragas.
Com a despreocupao coexistes, E em ser antagonista da igualdade insistes. Desapega-te da personalidade E d corpo e pedestal conscincia e verdade.
Deixando a poesia de lado, Tenho um apelo para te fazer. Abandona a caverna de Plato, Vislumbra alm do Horizonte e das tuas necessidades. Somos todos filhos da mesma Me, a Humanidade. Hoje o teu semelhante, amanh sers tu. No ests imune epidemia da avareza Daqueles que mandam em ti. s uma marioneta, e eu tambm sou! A diferena que sou consciente disso, E vejo as cordas pelas quais me movem e enforcam-me. Acorda!