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AS MINHAS ILUSES

Hora sagrada dum entardecer


De Outono, beira mar, cor de safira,
Soa no ar uma invisvel lira...
O sol um doente a enlanguescer...

A vaga estende os braos a suster,
Numa dor de revolta cheia de ira,
A doirada cabea que delira
Num ltimo suspiro, a estremecer!

O sol morreu... e veste luto o mar...
E eu vejo a urna de oiro, a balouar,
flor das ondas, num lenol de espuma.

As minhas iluses, doce tesoiro,
Tambm as vi levar em urnas de oiro,
No mar da Vida, assim... uma por uma...

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