Você está na página 1de 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU UFPI

DEPARTAMENTO DE CINCIAS JURDICAS DCJ


ESTGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I
PROFESSOR: NESTOR ALCEBADES MENDES XIMENES

EXERCCIO ALEGAOES FINAIS POR MEMORIAIS

PEDRO PEREIRA PINTO foi preso em flagrante delito, pois no dia 10 de janeiro do
corrente ano, por volta das 10 horas, fazendo uso de arma de fogo, tentou efetuar
disparos contra seu vizinho ANTONIO MIRANDA. Foi denunciado pelo
representante do Ministrio Pblico como incurso nas sanes do art. 121, caput,
c/c o art. 14, inciso II, ambos do Cdigo Penal, porque teria agido com animus
necandi. Segundo o apurado na instruo criminal, uma semana antes dos
fatos, o acusado, planejando matar Antonio, pediu emprestada a uma colega de
trabalho, uma arma de fogo e quantidade de balas suficientes para abastece-la
completamente, guardando-a eficazmente municiada. Seu filho, a quem
confidenciara seu plano, sem que o acusado percebesse, retirou todas as balas do
tambor do revlver. No dia seguinte, conforme j esperava, Pedro encontrou
Antonio em um ponto de nibus e, sacando a arma desmuniciada anteriormente.
Dos autos consta o laudo da arma apreendida, a confisso do acusado e as
declaraes da vtima e do filho do acusado. Por ser primrio, o juiz de primeiro
grau concedeu ao acusado o direito de defender-se solto. Pedro apresentou defesa
escrita de prprio punho, pois no tinha condies de constituir advogado. . A
audincia de instruo e julgamento foi designada e Pedro compareceu
desacompanhado de advogado. Na oportunidade, o juiz no nomeou defensor ao
ru, aduzindo que o Ministrio Pblico estaria presente e que isso seria
suficiente. As alegaes finais de acusao foram oferecidas pelo representante do
Ministrio Pblico, requerendo a condenao do acusado nos exatos termos da
denncia (PROC. 32456/2013). Como advogado de Pedro, elabore a pea
pertinente.

TESES: 1.Preliminar de nulidade por ausncia de nomeao de defensor ao ru
que no constituiu advogado para apresentar resposta acusao (art. 396-A,
2., do CPP).
2.Preliminar de nulidade por falta de nomeao de defensor ao ru presente que
no o tiver, segundo art. 564, III, c do CPP. Smula n 523 do STF: no
processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua
deficincia s o anular se houver prova de prejuzo para o ru. O art. 261 do
CPP prev que nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, ser
processado ou julgado sem defensor.
3.Trata-se de crime impossvel, art. 17 do Cdigo Penal, posto que a arma
desmuniciada configura ineficcia absoluta do meio. O fato no punido, sequer,
a ttulo de tentativa.
Pedido de declarao de nulidade e absolvio sumria (art. 415, CPP).

Você também pode gostar