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A Usura

Grande parte da intelectualidade ira abraar com firmeza a causa do proletariado, a


libertao do jugo do capitalismo, uma distribuio mais equanime de riqueza. E, nessa hora, a
publicidade estava do outro lado da cerca. Era 0 arauto do consumo, do patro, do poderoso.
Enquanto a arte estava buscando novos caminhos, aparentemente do mesmo lado das foras
progressistas da poca.


E 0 tempo do Titanic, da Torre Eiffel, das maravilhas tecnol6gicas. Nos Estados Unidos, que
irao desempenhar um papel importantssimo a partir da guerra hispano-americana, Henry
Ford reitera a revolu~ao industrial com sua linha de montagem. E crava mais urn prego na
construlfao da estrutura da sociedade de consumo. As cidades ligadas par telegrafos e servidas
de energia eletrica serao os novos centros de cultura e produ~ao, atraindo levas e levas de
pessoas que terao acesso a informa(j:ao e a educa~ao. E irao consumir, muito, e de tudo.
E as pessoas desejam coisas, sonham com conforto, buscam sadar sua sede de vida com 0
consumo. A publicidade nao vai decepdona-Ias, mas a arte sim.
A arte, nesse momento, entra em conflito direto com a sodedade, mostrando 0 que ninguem
deseja ver, alterando seu repert6rio basico, abrindo espa~o para a provoca(j:ao e para a
expressao individual. Os saloes mostram obras que chocam a sociedade, escandalizam os gran
des centros urbanos e atraem a ira dos criticos. Mais tarde, durante todo 0 seculo XX, a critica
manteni urn certo distandamento das questoes mais profundas da arte, com receio de errar
novamente, como errou com 0 impressionismo.

Toulouse lautrec Cartazes
Andy Warol pop art

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