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Análise Financeira

da
Electricidade dos Açores, S.A.
1. OBJECTIVO

•O presente trabalho teve como objectivo fazer a análise económico-


financeira da empresa Electricidade dos Açores, S.A., abrangendo a
actividade entre 2006 a 2008.

•Para tal, foram analisados os seguintes documentos e indicadores:

ØBalanços (Analítico e Funcional);


ØDemonstrações de Resultados (Analítica e Funcional);
ØMapa de Fluxos de Caixa;
ØRácios.

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2. O SECTOR ELÉCTRICO EM PORTUGAL
•O sector eléctrico em Portugal tem sido marcado por um regime
monopolista por parte das empresas que nele actuam.

•Até há muito pouco tempo, existiam apenas três empresas em Portugal


de produção, transporte, distribuição e comercialização de energia
eléctrica: a EDP (que actua no mercado de Portugal Continental), a EDA
(que actua no mercado da Região Autónoma dos Açores) e a EEM (que
actua no mercado da Região Autónoma da Madeira).

•A EDP é a única empresa que não é monopolista no mercado Português


em que actua, uma vez que, a partir de 2007, passou a concorrer com
empresas Espanholas. No entanto, esta concorrência passou também
para o lado de lá da fronteira já que a eléctrica Portuguesa também
actua no mercado Espanhol.

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3.O GRUPO EDA
•A EDA surgiu com a necessidade de se criar uma empresa regional que
fosse capaz e suprir as necessidades do subsector energético – a
electricidade, que se encontrava em grandes dificuldades.
•A empresa foi constituída a 18 de Agosto de 1981 com o objectivo do
estabelecimento e da exploração de serviço público de produção,
transporte e distribuição de energia eléctrica no arquipélago dos Açores.
•Actualmente o grupo EDA actua em áreas estratégicas como as
telecomunicações, os sistemas de informação e a manutenção eléctrica e
mecânica.

•Em 2008, o grupo EDA empregava cerca de 700 trabalhadores e teve um


volume de negócios de 158 milhões de Euros.

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•A EDA é detida em 50,1% pela Região Autónoma dos Açores, 39,7% ESA,
SGPS – Energia e Serviços dos Açores e em 10% pela EDP Gestão da Produção
de Energia, S.A. e detém as seguintes participadas:

ØEEG - Empresa de Electricidade e Gaz, Lda. (detém 99% do


capital próprio);
ØSOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores, S. A. (detém
99,31% do capital próprio);
ØGEOTERCEIRA - Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S. A.
(detém 50,04% do capital próprio);
ØSegma - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda.
(detém 90% do capital próprio);
ØNORMA AÇORES - Sociedade de Estudos e Apoio ao
Desenvolvimento Regional, S. A. (detém 50,125% do capital
próprio);
ØGLOBALEDA - Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.
A. (detém 60% do capital próprio).

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•No sector eléctrico, verifica-se uma crescente aposta nas energias
renováveis, de acordo com os objectivos definidos pelo Governo dos
Açores, e a EDA tem acompanhado essa evolução contribuindo para a
independência energética e para o desenvolvimento do arquipélago.
•Prova do descrito no ponto anterior são os 300 milhões de Euros de
investimento que o grupo EDA tem previstos para os próximos 5 anos, dos
quais 200 milhões serão assegurados directamente pela empresa mãe.
•Esse investimento terá uma importante componente em energias
renováveis possibilitando o aumento em 120% da actual capacidade de
produção instalada. Este aumento de capacidade irá evitar a emissão de
cerca de 160 mil toneladas de CO2 por ano e aproximará dos 50% a
produção de electricidade com origem renovável.
•É de realçar que, para garantir investimentos desta dimensão, será
necessário recorrer a financiamento. No entanto, a EDA não deverá ter
dificuldade em obter os montantes necessários graças à boa notação de
rating (“A3”) dada pela Agência Internacional Moody's.

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4.Análise do Equilíbrio Financeiro
•No Sentido de elaborar os documentos necessários à análise do equilíbrio
financeiro, procedeu-se à reordenação do Balanço Contabilístico, tendo se
obtido o Balanço Funcional para os exercícios de 2006, 2007 e 2008
apresentados no quadro seguinte:
(Valores em €)

BALANÇO FUNCIONAL
2006 2007 2008
Capital Próprio 150.252.912 169.965.964 176.325.926
Capital Alheio Estável 256.374.683 249.275.022 250.278.468
Capital Permanente 406.627.595 419.240.986 426.604.394
Activo Fixo 420.120.080 440.025.877 465.527.280
Fundo de Maneio Funcional -13.492.485 -20.784.891 -38.922.886
Necessidades Cíclicas 95.025.926 51.863.321 65.836.017
Recursos Cíclicos 16.446.840 35.800.743 36.271.178
Necessidades de Fundo de Maneio 78.579.086 16.062.578 29.564.839
Tesouraria Líquida -92.071.571 -36.847.469 -68.487.725

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ØNa análise aos Balanços Analíticos, foram feitas algumas correcções na
classificação das rubricas de forma a criar o Balanço Funcional:

§Respeitando ao imposto sobre rendimento, no capítulo do Activo, procedeu-se


à alteração da rubrica “Activos por impostos diferidos”.

§Por outro lado, no capítulo do Capital Próprio e Passivo, respeitando ao


imposto sobre rendimento, na rubrica “Passivos por impostos diferidos”,
considerou-se que o valor a pagar é de prazo superior a 12 meses e por
conseguinte tratou-se como um passivo a médio e longo prazo (CAE)

§Analisando os Acréscimos e diferendos, no Capítulo do Activo, na rubrica


“Acréscimos de proveitos”, optou-se por classificar como Necessidades
Cíclicas (NC): a energia a facturar e os custos associados à convergência
tarifária. Quanto aos proveitos financeiros e outros considerou-se como
Tesouraria Activa (TA).

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ØNa análise aos Balanços Analíticos, foram feitas algumas correcções na
classificação das rubricas de forma a criar o Balanço Funcional:

§Já no capítulo Capital Próprio e Passivo, na rubrica “Acréscimo de custos”,


considerou-se o fundo de pensões como CAE, enquanto que a estimativa de
custos a facturar de obras encerradas e o ajustamento da compensação tarifária
foi considerado como Recursos Cíclicos (RC).

§Os restantes acréscimos de custos foram considerados como Tesouraria Passiva


(TP).
§Na rubrica “Proveitos diferidos”, que inclui Subsídios para o investimento,
mereceu um cuidado especial. Assim, à excepção dos proveitos diferidos
relativos às licenças de CO2, todos os subsídios para o investimento foram
classificados como CP, de acordo com o SNC.

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4.1 Análise do Balanço Funcional
a) Fundo de Maneio Funcional

•O Fundo de Maneiro Funcional é apurado pela diferença entre os capitais


permanentes e activo fixo e pode ser um instrumento de avaliação do impacto
da estratégia financeira sobre o nível de segurança da empresa.

•O facto de ter um Fundo de Maneio negativo significa que parte dos fundos não
estáveis está a financiar os activos fixos, o que é um factor de risco.

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a) Fundo de Maneio Funcional

§Verifica-se que o Fundo de maneio Funcional apresenta valores negativos,


com uma tendência de evolução ao longo dos três exercícios, derivado do
aumento do activo fixo, principalmente:

ØO aumento de 49 M€ de equipamento básico;

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a) Fundo de Maneio Funcional

ØO aumento de 10,8 M€ de imobilizado em curso;

ØO aumento de 11,4 M€ de investimento financeiros em partes de


capital em empresas do grupo;

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b) Necessidades de Fundo de Maneio
ØAs Necessidades de Fundo de Maneio são um meio de avaliação financeira dos
esforços da gestão operacional.
ØNFM = Necessidades Cíclicas – Recursos Cíclicos (saldo das contas relativas ao
ciclo de exploração: Compra, produção e distribuição).
ØComo o valor das Necessidades de Fundo de maneio é positivo, nos exercícios em
estudo, representa as necessidades de financiamento do ciclo de exploração.

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b) Necessidades de Fundo de Maneio
§A grande diminuição do valor das Necessidades do Fundo de maneio verificada
do ano de 2006 para o ano de 2007 está relacionada:
ØCom a diminuição das necessidades cíclicas, no valor de 32 M€, relacionados
com os Custos associados à convergência tarifária do ano de 2006.
ØCom o aumento dos recursos cíclicos, pois existiu um elevado aumento de
acréscimos de custos – exploração, devido ao ajustamento da compensação
tarifária de 2007 no valor aproximado de 15 M€.

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b) Necessidades de Fundo de Maneio
§O ligeiro aumento do valor das Necessidades de Fundo de maneio de 2007 para
2008 prende-se com o aumento das necessidades cíclicas:
ØDeve-se ao aumento verificado no fuel com a necessidade de garantir o nível
de stock de segurança adequado.
ØO aumento face ao saldo evidenciado a 31 de Dezembro de 2007, no
montante de aproximado de 9 M€, resulta dos valores facturados à REN em
2008 serem significativamente superiores aos de 2007

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4.2 Tesouraria Líquida

§ A tesouraria Líquida obtém-se através da relação fundamental do balanço,


resultando TRL = Fundo de Maneio Funcional – Necessidades de Fundo de
Maneio.

§Esta relação quantifica e caracteriza de uma forma mais rigorosa a definição


de equilíbrio financeiro.
§

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4.2 Tesouraria Líquida

ØA situação, dos três exercícios em análise, indica a existência de


investimentos permanentes a serem financiados por financiamentos de
curto de prazo.
ØNos períodos em análise a empresa apresenta um desequilíbrio
financeiro.

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4.2 Situação Financeira

ØA Eda, S. A. apresenta, nos exercícios em estudo, o Fundo de Maneio negativo, as


Necessidades de Fundo de Maneio positivas e Tesouraria Líquida negativa.
ØEsta situação é muito delicada e de elevado risco, pois os capitais estáveis são
insuficientes para financiar o activo fixo.

ØPodemos concluir que a EDA, S.A. não possui activos de curto prazo suficientes
para cobrir os compromissos de curto prazo.

ØEsta situação de liquidez não chega para concluir o


      2006 2007 2008
desequilíbrio da empresa, indica sim as dificuldades de
satisfazer compromissos de curto prazo com activos    
circulantes. Liquidez Geral 0,50 0,37 0,36

Liquidez Reduzida 0,48 0,35 0,33

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5.RENDIBILIDADE ECONÓMICA E FINANCEIRA
•A análise das rendibilidades económica e financeira foi feita com base
nas Demonstrações de Resultados por Naturezas e Funcional e com base
em alguns rácios.
•Os principais valores da Demonstração de Resultados Funcional são os
seguintes:
D EM ON STR A ÇÃ O IND IV IDU A L DE R ESU L T AD OS FU NC IO NA L
(V alore s e m E uros)
 
RE N D IM E N TOS E GA ST OS PE R ÍOD O S
200 6 2007 2008
Ma rg em bruta 4 6.22 6.96 9 5 1.80 9.042
  50.1 36.55 5
Resultado operacio nal 1 2.70 1.11 0 1 9.60 9.918
  18.2 54.44 2
R esultado corrente 5 .6 70 .1 53
  7.8 27.47 6 5 .69 0.7 61
 
R esultad o antes de impo sto s 1 0.01 4.50 7 1 1.88 4.349
  10.4 46.46 0
R esultado líquido do perío do 8 .7 71 .7 98
  1 1.27 3.943
  9 .61 0.9 15
 

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•O quadro anterior permite concluir que:

ØOs valores são todos positivos e sofreram um aumento mais


significativo de 2006 para 2007 e, posteriormente, uma ligeira
redução para 2008 (o aumento deveu-se aos ganhos das
empresas do grupo);

ØTendo em conta os resultados líquidos, a EDA melhorou a sua


eficiência económica de 2006 para 2007, mas piorou um pouco
em 2008. Apesar desses valores serem sempre positivos ao longo
dos três anos em análise, muito se devem aos ganhos
extraordinários (referentes às comparticipações financeiras do
Estado relativas à convergência tarifária).

•Foram também analisados os seguintes rácios:

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RÁCIOS

ECONÓMICOS 2006 2007 2008


Rendibilidade Operacional Vendas 0,10   0,14   0,12  
Rendibilidade Líquida das Vendas 0,07   0,08   0,06  
      
FINANCEIROS 2006 2007 2008
Autonomia Financeira 0,15   0,19   0,19  
Solvabilidade 0,17   0,24   0,24  
      
ECONÓMICO -FINANCEIROS 2006 2007 2008
Rendibilidade do Activo 0,03   0,05   0,04  
Rendibilidade Líquida do Activo 0,02   0,02   0,02  
Rendibilidade do Capital Próprio 0,11   0,11   0,09  

•O quadro anterior permite tirar algumas conclusões, como por exemplo:


ØCom a excepção dos financeiros, os rácios analisados tiveram
uma evolução pouco significativa entre 2006 e 2008;

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ØOs rácios económicos permitem concluir que a rendibilidade das vendas é
baixa, uma vez que quer os resultados operacionais quer os resultados líquidos
não são muito dependentes das mesmas;
ØA variação dos rácios financeiros deveu-se essencialmente ao aumento do
capital próprio (devido aos resultados transitados) e à diminuição do passivo
(devido à redução das dívidas de curto prazo a instituições de crédito). No
entanto, o rácio da autonomia financeira demonstra que a EDA tem poucos
meios próprios para financiar os seus investimentos e o rácio da solvabilidade
demonstra que a empresa tem pouco capital disponível para fazer face aos seus
compromissos.

ØOs rácios economico-financeiros são também baixos e com evolução


practicamente constante e aparentemente denunciam uma contribuição muito
superior do capital próprio do que do activo para os resultados líquidos. No
entanto, é de referir que a forte política de investimento da EDA assenta em
grande parte em capitais alheios.

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6.POLITICA DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO
ØO triénio em estudo caracteriza-se por um grande investimento em termos de instalações e
equipamentos, como o aumento de 49 M€ de equipamento básico, com uma forte aposta na
melhoria de processos e produtividade.

ØA EDA, S.A. aplica uma estratégia arriscada. Desta forma, os capitais permanentes são
insuficientes para financiar o activo fixo (Capitais permanentes < Activo Fixo) e, em
simultâneo, apresenta Tesouraria Líquida negativa (TRL<0).

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7.MEDIÇÃO DO RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E TOTAL
•No caso da EDA, S.A. o GAO tem evolução praticamente constante.

RISCO DO NEGÓCIO 2006 2007 2008


Grau de Alavanca Operacional (GAO) 3,64 2,64 2,75

•Verifica-se que, nos exercícios em estudo, os custos fixos são praticamente


constantes o que implica:
• A diminuição verificada no GAO de 2006 para 2007 é o reflexo do aumento de 6,9 M€
nas vendas e serviços prestados.
• O aumento do GAO de 2007 para 2008 está associado, principalmente, a um aumento
de 20 M€ nos custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas.

•Como o valor do grau de alavanca operacional é reduzido, podemos afirmar que


a EDA, S.A. tem um risco operacional reduzido.

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7.MEDIÇÃO DO RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E TOTAL

•O Grau de alavanca financeira (GAF) permite analisar e concluir se o


endividamento está ser favorável ou prejudicial à rentabilidade dos capitais
próprios.

•No caso do risco financeiro, o panorama da EDA apresenta valores razoáveis, que
evidenciam uma certa segurança para o investidor.

RISCO FINANCEIRO 2006 2007 2008


Grau de Alavanca Financeira (GAF) 2,24 2,51 3,21

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7.MEDIÇÃO DO RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E TOTAL
•O grau de alavanca combinado mede a sensibilidade do resultado corrente às
variações do volume de vendas

•Pelo que já foi exposto, será quase óbvio prever o risco global da EDA, pois o
rácio de cálculo para o Grau de Alavanca Combinado (GAC) articula o GAO e o GAF.

•O risco global não é elevado, fruto, sobretudo do bom GAO da empresa. Contudo,
é de realçar a variação de 2006 para 2007, com uma redução em 19%, pelo já
citado aumento de 6,9M€ nas vendas e serviços prestados.

RISCO GLOBAL/COMBINADO 2006 2007 2008

Grau de Alavanca Combinada (GAC) 8,15 6,62 8,81

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8.EFEITO DE ALAVANCA FINANCEIRA (EAF)
•O efeito da política financeira sobre a rendibilidade dos capitais próprios designa-
se por efeito de alavanca financeira.

•Efeito de Alavanca Financeira (EAF), este é sempre superior a 1, isto significa que
o efeito tem impacto positivo na Rendibilidade dos Capitais Próprios,
demonstrando a investidores que, neste período, o endividamento é benéfico para
a empresa.

2006 2007 2008

Efeitos de encargos Financeiros RC/RO 0,44 0,39 0,37

Múltiplo da estrutura Financeira AE/CP 6,7 5,16 5,2

Efeito Alavanca Financeira 3,01 2,06 1,62

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10.ANÁLISE DOS FLUXOS DE CAIXA
10.1. Análise de fluxos de caixa das actividades operacionais
Mapa de Fluxos de caixa
Rubricas
2006 2007 2008

Fluxo de Caixa das actividades operacionais -


Método Directo

Recebimento de Clientes 97.405.893 208.501.840 168.157.256


Pagamento a Fornecedores -92.050.983 -96.004.803 -121.022.412
Pagamento ao Pessoal -25.949.879 -27.394.558 -28.220.460
Caixa Gerada Pelas operações -20.594.969 85.102.479 18.914.384
Pagamento/Recebimento de impostos sobre o -2.277.252 1.583.127 -9.679.574
Rendimento

Outros recebimentos/Pagamentos 6.880.247 7.514.798 9.541.386


Fluxo de Caixa das Actividades operacionais (1) -15.991.974 94.200.404 18.776.196

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10.1. Análise de fluxos de caixa das actividades operacionais

ØO elevado aumento dos Fluxos de caixa de 2006 para 2007 está associado:
• Um aumento de 53% de recebimentos por parte dos clientes, correspondendo a um
acréscimo de 111 M€ em 2007.

ØA regressão que se verifica do ano 2007 para 2008 deve-se:

• Uma diminuição de 23% no recebimento por parte dos clientes, resultando em um


decréscimo de 40M€.

•Um aumento de 20% no pagamento a


fornecedores

•Um aumento de 83% no pagamento de


impostos sobre o rendimento

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10.2. Análise de fluxos de caixa das actividades de Investimento
Mapa de Fluxos de caixa
Rubricas
2006 2007 2008
Fluxo de Caixa das actividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:
Activos Fixos Tangíveis -32.490.675 -18.643.191 -29.729.689
Activos Intangíveis -180.242
Investimentos Financeiros -833.164 -201.173
Recebimentos provenientes de:
Investimentos Financeiros 921.480
Subsídios de investimento 1.870.061 1.360.193 2.013.086
Dividendos 380.938 385.579 570.006
Fluxo de Caixa das Actividades
-31.253.082
investimento
-16.897.419
(2) -26.426.290

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10.2. Análise de fluxos de caixa das actividades Investimento

ØPodemos verificar que o fluxo de investimento diminui de 2006 para 2007:


• Diminui sensivelmente 51%, isto acontece porque os pagamentos respeitantes a activos
fixos tangíveis foram reduzidos.

ØNa transição de 2007 para 2008 verifica-se um aumento:

• Aumento e 35% dos pagamentos respeitantes a activos fixos tangíveis.

ØDesta forma podemos dizer que nos


últimos três anos a empresa pagou
cerca de 85 M€ por activos fixos
tangíveis, concluindo que a política
de investimento da empresa é forte.

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10.3. Análise de fluxos de caixa das actividades de Financiamento
Mapa de Fluxos de caixa
Rubricas
2006 2007 2008
Fluxo de Caixa das actividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos Obtidos 262.447.676 477.760.413 336.021.046
Empréstimos concedidos às participadas 816.000
Juros e Gastos Similares 539.478 1.357.526 597.853
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos Obtidos -206.525.335 -540.172.297 -312.185.619
Empréstimos concedidos às participadas -137.635
Juros e Gastos Similares -8.609.651 -12.701.349 -12.619.040
Dividendos -3.150.000 -4.900.000
Fluxo de Caixa das 48.530.533 -76.905.707 6.914.240
Actividades
financiamento (3)

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10.3. Análise de fluxos de caixa das actividades de Financiamento

ØNa transição 2006 para 2007 tiveram uma queda acentuada de 125 M€, devido
principalmente a pagamentos de empréstimos bancários obtidos.

ØNa transição de 2007 para 2008 verifica-se um aumento acentuado do Fluxo de


investimento, pois os pagamentos referentes a empréstimos bancários obtidos
diminuem perto de 227 M€.

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10.4 Mapa de Fluxos Caixa

ØA análise do ciclo de operacional e de investimento mostra um desequilíbrio forte


em termos de fluxos, uma vez que, os fluxos gerados no ciclo operacional de 2006 e
2008 não são suficientes para cobrir os fluxos consumidos no ciclo de investimento.
Ø
ØA geração de fluxos de caixa criada pelo ciclo de operação e de financiamento é
suficiente para compensar o défice de fluxo apresentado pelo ciclo de investimento.

Mapa de Fluxos de caixa


Rubricas
Variações de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 1.285.477 397.278 -735.854

Efeito das diferenças de câmbio 0 0 0


Caixa e seus equivalentes no início do período 59.630 1.345.108 1.742.385

Caixa e seus equivalentes no fim do período 1.345.107 1.742.386 1.006.531

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