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• Relação dose-efeito
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
A relação DOSE-EFEITO é um conceito essencial em
toxicologia.
Entre 1493-1541Paracelsus o fundador da
Toxicologia reconheceu que “todas as substâncias
são venenos, não existindo nenhuma que o não seja,
dependendo da dose”.
Deste modo existe uma dose de substância em que
não se observam efeitos e outra em que o efeito é
máximo.
A Relação DOSE-RESPOSTA envolve a
quantificação do efeito tóxico mostrando a sua
correlação com o tempo de exposição ao tóxico.
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• A toxicidade sendo um fenómeno relativo, tem
muitas técnicas para a sua determinação.
• O método mais simples é a medição da dose
que conduz à morte, definida pela dose letal 50
ou DL50 que representa o efeito tóxico de uma
dose que mata 50% dos organismos da
população em estudo, durante o tempo do
ensaio.
• Esta medida é relativamente grosseira e dá
pouca informação sobre as bases da toxicidade.
• A variabilidade de resposta é considerável e
depende dos processos bioquímicos envolvidos.
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• Outros tipos de definições permitem
efectuar diferentes técnicas que quando
minuciosamente observadas podem dar
informações sobre os possíveis
mecanismos de toxicidade.
• Dose letal mínima (DLM), que representa
a dose que produz a morte de um único
organismo da população em estudo
durante o tempo do ensaio.
• Dose máxima nunca fatal em 24 h (DMNF)
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• Dose mínima sempre fatal em 24 h
(DMSF)
• Toxicidade de exposição 50 (TE50 ) que
representa o tempo de exposição a uma
substância tóxica que origina 50% de
mortalidade da população em estudo.
Este tempo mede-se para um conjunto
de concentrações e requer um controlo
contínuo.
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• Dose efectiva 50 (ED50) é a dose que
apresenta um efeito efectivo
farmacológico, bioquímico ou fisiológico
produzido em 50% da população em
estudo.
• Dose tóxica 50 (TD50) é a dose que origina
uma resposta tóxica em 50% da
população em estudo.
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• Representando
graficamentee a
correlação dose-
efeito verifica-se
que as curvas
apresentam
aspectos
diferentes quando
os efeitos resultam
da acção de uma
substância
essencial ou de
uma não essencial
como se mostra
na figura 1 Figura 1- 1(1) Efeitos observados para uma substância
essencial à vida em baixas concentrações;
(2) Efeitos de uma substância não essencial.
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
A selecção do índice de toxicidade, na ausência
de lesões, torna-se bastante difícil porque pode
apresentar efeitos que não estão relacionados
com o mecanismo real da toxicidade do
composto em questão.
Uma dificuldade suplementar resulta de que,
em toxicologia, as doses letais individuais não
seguem um distribuição normal. Outra
dificuldade resulta das curvas serem sigmóides,
sem possibilidade de interpretação rápida entre
efeitos de diferentes doses.
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• Assim, a representação
gráfica dos testes
toxicológicos implica
uma dupla modificação,
a da variável e a da
função. A variável, dose
ou tempo, é substituída
pelo seu logaritmo. O
efeito quantal (sim ou
não), que são as
proporções de morte,
pelo seu “probit”, como
se mostra na figura 2
Tabela A
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• A mesma
relação dose-
resposta pode
ser usada para
efeitos
farmacológicos,
efeitos tóxicos e
efeitos letais,
como se mostra
na figura 4.
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• A inclinação da recta depende de inúmeros
factores, tais como:
• 1-Tipo de resposta
• 2-Sensibilidade dos animais aos tóxicos
• 3-Uso de espécies padronizadas
• 4-Condições ambientais padrão
• 5-Mecanismo do efeito tóxico
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• A comparação entre respostas diferentes produz
o conceito de Índice terapêutico (TI), que é dado
pelas equações 1 e 2
TD 50 Equação 1
TI=
ED50
LD50 Equação 2
TI=
ED50
Que relaciona a dose farmacologicamente efectiva com a dose letal. Quanto
maior o TI maior a segurança do composto
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• A margem de segurança é a razão entre a dose tóxica
para 1% da população em estudo e a dose efectiva para
99% da mesma população ou a dose letal para 1% da
população em estudo e a dose efectiva para 99% da
mesma população, como se mostra nas equações 4 e 5.
LD1
Margem de segurança= Equação 4
ED99
TD1 Equação 5
Margem de segurança=
ED99
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
Para ensaios de toxicidade aguda usam-se as espécies:
• O Nível Não
Observado de
Efeito (NOEL)
produz uma
aproximação,
por defeito, da
região do limiar
da toxicidade.
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• Durante a observação de um ensaio de
toxicidade o ponto final de toxicidade está
directamente relacionado com o tipo de efeito
observado e daí poderem ser classificados de
acordo. Temos assim pontos finais bioquímicos,
fisiológicos, comportamentais e histológicos.
• Os efeitos observados nos animais sujeitos aos
ensaios e as medidas relacionadas para cada
concentração são comparadas com resultados
obtidos em ensaios control
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
Equação 6
NOEL(mg/kg)/dia
ADI=
100
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• Outro conceito, o de Valor Limite Limiar
(Threshold Limit Value) (TLV) que é usado
para químicos sintéticos, representa um
factor, pelo menos, 100 vezes superior ao
ADI, de modo a ter em conta a resposta
de espécies diferentes, incluindo a
espécie humana.
Substâncias Mutagénicas
• Um grande número de substâncias sintéticas
lançadas no ambiente pode apresentar propriedades
mutagénicas, teratogénicas e cancerígenas, entre as
quais se encontram as substâncias do Quadro A.
Quadro A
• Bibliografia
• Jonh Timbrell, Principles of Biochemical
Toxicology, 3ª edição, Taylor&Francis,
2000