0 avaliações0% consideraram este documento útil (0 voto)
177 visualizações13 páginas
Descrição:
PAGINA DO E, blogue editado pelo jornalista e advogado Enock Cavalcanti, a partir de Cuiabá, Mato Grosso, divulga inteiro teor da decisão da juíza Claudia Bueno Rocha Chiuzuli, da 1ª Vara do Trabalho de São Carlos, após Ação Civil Pública do Ministério Público do Trabalho, através do procurador Rafael de Araújo Gomes, que condenou a empresa ferroviária América Latina Logística Malha Paulista (ALL) foi condenada ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 250 mil por deixar de fornecer água potável aos trabalhadores da empresa, notadamente nas regiões de São Carlos, Itirapina e Rio Claro, no Estado de S. Paulo
PAGINA DO E, blogue editado pelo jornalista e advogado Enock Cavalcanti, a partir de Cuiabá, Mato Grosso, divulga inteiro teor da decisão da juíza Claudia Bueno Rocha Chiuzuli, da 1ª Vara do Trabalho de São Carlos, após Ação Civil Pública do Ministério Público do Trabalho, através do procurador Rafael de Araújo Gomes, que condenou a empresa ferroviária América Latina Logística Malha Paulista (ALL) foi condenada ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 250 mil por deixar de fornecer água potável aos trabalhadores da empresa, notadamente nas regiões de São Carlos, Itirapina e Rio Claro, no Estado de S. Paulo
PAGINA DO E, blogue editado pelo jornalista e advogado Enock Cavalcanti, a partir de Cuiabá, Mato Grosso, divulga inteiro teor da decisão da juíza Claudia Bueno Rocha Chiuzuli, da 1ª Vara do Trabalho de São Carlos, após Ação Civil Pública do Ministério Público do Trabalho, através do procurador Rafael de Araújo Gomes, que condenou a empresa ferroviária América Latina Logística Malha Paulista (ALL) foi condenada ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 250 mil por deixar de fornecer água potável aos trabalhadores da empresa, notadamente nas regiões de São Carlos, Itirapina e Rio Claro, no Estado de S. Paulo
AUTOR: MINISTRIO P!BLICO DO TRABALHO- PROCURADORIA RE"IONAL DO TRABALHO DA 15 RE"IO NO MUNIC#PIO DE ARARA$UARA RU: ALL - AMRICA LATINA LO"#STICA MALHA PAULISTA S%A I - RELAT&RIO MINISTRIO P!BLICO DO TRABALHO- PROCURADORIA RE"IONAL DO TRABALHO DA 15 RE"IO NO MUNIC#PIO DE ARARA$UARA' devidamente qualificado, ajuizou A(O CIVIL P!BLICA em face de ALL - AMRICA LATINA LO"#STICA MALHA PAULISTA S%A' sustentando que mediante fiscalizao constatou a ausncia de fornecimento dos garrafes de gua aos trabalhadores, que a aquisio ocorreu somente aps a intimao pelo Ministrio !"blico e que no houve comprovao da respectiva entrega aos trabalhadores# !ostulou em razo dos fatos e fundamentos que e$p%s a condenao do ru &s obrigaes de fazer elencadas a fls# ''(') e a condenao a t*tulo de reparao pelos danos sociais causados# +nstruiu a pea inaugural com documentos# ,m audincia de fls# -., o ru regularmente intimado apresentou defesa escrita sob a forma de contestao, arguiu preliminares e no mrito a improcedncia dos pedidos, impugnando/os conforme as alegaes de fato e de direito aduzidas na defesa# 0om a defesa vieram documentos# 1oram ouvidas duas testemunhas do ru# 2azes finais escritas pelas partes# 2enovada a proposta conciliatria foi recusada# 3 o relatrio# 4ecido# II ) *UNDAMENTOS PRELIMINARES IMPU"NA(O AO VALOR DA CAUSA 5presentou o ru, impugnao ao valor atribu*do & causa, requerendo sua 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- '('; reduo em conson<ncia com os pedidos formulados# =erifico que o valor atribu*do & causa no traz qualquer preju*zo ao rito empreendido na ao e acrescento que o valor atribu*do & pea vestibular ser substitu*do pelo valor arbitrado pelo >u*zo em eventual condenao ?art# 8-@, 0ABC, no acarretando qualquer preju*zo ao ru ou violando o direito & ampla defesa e ao efetivo contraditrio# 2ejeito a impugnao# ILE"ITIMIDADE ATIVA - INTERESSE A"IR - CAR+NCIA DE A(O Dustentou o ru que o autor no parte leg*tima para figurar no polo ativo da demanda, por no possuir legitimidade para postular interesses individuais homogneos# 5rguiu ainda que no h interesse de agir na hiptese dos autos# 5 tese alegada pelo ru no merece qualquer respaldo# 5 hiptese descrita pelo Ministrio !"blico do Brabalho no se enquadra no conceito de direitos individuais divis*veis, como alegado em defesa# !elo contrrio, configura/se como leg*tima defesa de direitos coletivos strictu sensu, cuja legitimidade ativa encontra guarida no prprio te$to constitucional ?artigo ')@, +++ da 01C# 1riso que se trata de leg*timo interesse coletivo, assim entendido como sendo os transindividuais de natureza indivisvel, de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrria por uma relao jurdica base ?art# -', pargrafo "nico, inciso +++ da Aei -#78-(@7C# Menciono o esclarecedor jurista Eisto Biago de Medeiros Feto ' , in verbis6 Diante dos elementos expostos, e situando-se os interesses coletivos strictu sensu em posio intermediria entre os interesses particulares e o interesse geral, pode-se enumerar como suas caractersticas marcantes !a" a transindividualidade, uma vez que se mani#estam por #ora da pr$pria coletividade, no se con#ormando ao %mbito individual& !b" a abrang'ncia de um n(mero de indivduos no determinado, por)m determinvel, alcanados pela integrao em torno do interesse indivisvel ou ao ente que congrega o interesse& !c" a exist'ncia de um vnculo associativo * uma relao jurdica base * ente os integrantes do grupo& e !d" a indivisibilidade do interesse, no podendo #racion-lo, em partes, entre os indivduos integrantes da coletividade, pois a#eto a todos indistintamente e a nen+um pessoalmente , =erifico no caso concreto a presena de todos os elementos indispensveis para a caracterizao dos interesses postulados pelo Ministrio !"blico do Brabalho como sendo de natureza coletiva strictu sensu, Fesse sentido destaco os seguintes julgados6 -./0 12324 567421-, 8292:;<=20 5674210 D0 ;=-7-4>0, D?@?:- D? D2=?2;0: D2@A:0:, 104?;230: 0A 29D232DA-2: >080BC9?0:, 4?B2;282D-D?, -o 8inist)rio 5(blico compete, nos termos da 1onstituio @ederal vigente, promover o inqu)rito civil e a ao civil p(blica, para a proteo do patrimDnio p(blico e social, do meio ambiente e de outros interesses di#usos e coletivos !art, EFG, 222", 9esse sentido, assegura-l+e a 4ei 1omplementar nH IJ, de FK de maio de EGGL, como instrumento de atuao, a capacidade de promover o inqu)rito civil e a ao civil p(blica para !,,," interesses individuais indisponveis, +omog'neos, sociais, di#usos e coletivos !art, MH, 322, d", especialmente quando decorrentes dos direitos sociais dos trabal+adores !art, NO, 22", 9o mesmo tril+ar, alis, est o art, JH da 4ei I,LOI, de FO de jul+o de EGNJ, -ssim, det)m legitimidade o 8inist)rio 5(blico do ;rabal+o para, mediante ao civil p(blica, pleitear a tutela no s$ de interesses di#usos ou coletivos como tamb)m individuais +omog'neos, entendidos como decorrentes de uma origem comum, #ixa no tempo, correspondente a ato concreto lesivo ao ordenamento jurdico, que permite a determinao imediata de quais membros da coletividade #oram atingidos, !5=01, ;=;PEJQ =?B2/0 9H KKNMK-FKKE-KIG-EJ-KK-G =0 !FE,IENPFKKL-=0-F - =?4-;0= 4AR: 1-=40: 1S9D2D0 8-=;29: :0;?=0 D- :243-" 'in M,4,+2GD F,BG# Eisto Biago de# 4ano Moral 0oletivo, Do !aulo, AB2, )77:, p# ''8 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- )('; 29;?=?::?: 29D232DA-2: >080BC9?0: - 4?B2;282D-D? D0 8292:;<=20 5674210, Tuando o objeto da lide se re#ere a interesses que adv'm de origem comum, e ostentam natureza +omog'nea, est justi#icada a legitimidade do 8inist)rio 5(blico para #igurar no p$lo ativo da ao civil p(blica, o que vem con#erir celeridade na soluo dos casos de macro-leso e garantir maior segurana jurdica, evitando decisUes con#litantes,!5=01?::0 ;=;PEJQ =?B2/0 9, KELFF- FKKJ-KGE-EJ-KK-G - =?4-;0=- ;?=?V- -5-=?12D- -:;- B?82B9-92", 0s interesses individuais +omog'neos, segundo o 1$digo de De#esa do 1onsumidor, so aqueles de grupo, categoria ou classe de pessoas determinadas ou determinveis, que compartil+em prejuzos divisveis, de origem comum, ou seja, oriundos das mesmas circunst%ncias de #ato, embora em sentido lato os interesses individuais +omog'neos no deixam de ser tamb)m interesses coletivos, 0ra, a ao civil p(blica presta-se basicamente W de#esa dos interesses di#usos, coletivos e individuais +omog'neos, sendo inquestionvel que o 8inist)rio 5(blico det)m legitimidade, decorrente de legitimao extraordinria, 2sto porque a 4ei 1omplementar nH IJPGL, que regulamentou as atribuiUes do 8inist)rio 5(blico da Anio, no captulo que trata das atribuiUes do 8inist)rio 5(blico do ;rabal+o, estabelece, expressamente, no artigo NL, inciso 222, a legitimidade do Xrgo 8inisterial para propor ao civil p(blica no %mbito da Yustia do ;rabal+o para de#esa de interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos, ?, embora tal preceito seja omisso quanto aos interesses individuais +omog'neos, +aja vista que re#ere-se apenas a interesses coletivos, os quais, em princpio, abrangeriam somente os di#usos e coletivos stricto sensu, esta omisso ) sanada pelo artigo NO, da mesma 4ei 1omplementar nH IJPGL, o qual a#irma expressamente que ao 8inist)rio 5(blico do ;rabal+o incumbe exercer as #unUes institucionais previstas nos 1aptulos 2, 22, 222, 23, do ;tulo 2, sendo certo que no 1aptulo 22, do ;tulo 2, no seu artigo MH, inciso 322, alnea d, ) expressamente outorgado ao 8inist)rio 5(blico da Anio legitimidade para promover a ao civil p(blica para a de#esa de outros interesses individuais indisponveis +omog'neos, sociais, di#usos e coletivos, atraindo a concluso l$gica de que o 8inist)rio 5(blico do ;rabal+o det)m igual legitimidade no %mbito das suas atribuiUes, ? essa legitimidade ) ressaltada, de #orma inequvoca, quando, como no caso, os interesses individuais +omog'neos, esp)cie da qual ) g'nero o interesse coletivo, adquirem tal volume e import%ncia que acarretam transtornos sociais em desobedi'ncia W ordem jurdica, De resto, ) do $rgo judicial de primeira inst%ncia a compet'ncia para a prestao de tutela em mat)ria de interesses metaindividuais no campo das relaUes de trabal+o, nos termos do artigo MJE do diploma consolidado,,, !5=01?::0 ;=;PEJa,=?B2/0 9o,FKFNPFKKK-8:-G- =?4-;0= :-8A?4 10==?- 4?2;?", !ortanto, inquestionvel o interesse processual e a pertinncia subjetiva do parquet para a pretenso deduzida na e$ordial, a teor do disposto art# .H, inciso =++, IdJ c(c -: da A0 89(@; e art# )' da Aei nH 8#;:8(-9 e art#-', inciso +++, da Aei#-78-(@7# 2ejeito as preliminares arguidas# MRITO *ORNECIMENTO ,"UA POT,VEL - AMBIENTE LABORAL !ostulou o autor a condenao do ru na obrigao de fazer, consistente no fornecimento de gua potvel e fresca aos trabalhadores em recipientes higinicos e gratuitos com a cominao de multa diria pelo descumprimento# 2equereu ainda, a condenao do ru & reparao por danos sociais causados em funo dos fatos e fundamentos que e$p%s na e$ordial e o ressarcimento a e$/empregados do valor pago para a aquisio de recipientes para a guarda de gua# ,m defesa o ru sustentou que garante a quantidade de gua prevista na F2 ): aos trabalhadores, durante a jornada de trabalho, que fornece um KLitK Maquinista aos trabalhadores que atuam nessa funo em deslocamento nos trechos da malha ferroviria# 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- ;('; Dustentou que durante o deslocamento h pontos de apoio, que asseguram aos trabalhadores o acesso & gua potvel e que procedeu a entrega das garrafas trmicas adquiridas aos trabalhadores por mera liberalidade, sendo indevidas as multas postuladas e o dano moral coletivo pretendido# Gbservo que houve a fiscalizao das condies de trabalho no ambiente laboral e que foi constatado o no fornecimento de garrafes trmicos portteis aos trabalhadores para manter a temperatura e potabilidade da gua que consomem durante a jornada de trabalho, conforme fls# ). e )8# Fo histrico do auto de infrao lavrado a fls# )8, relatou a auditora fiscal6 Z Durante a #iscalizao realizada em trec+os da lin+a #)rrea e nas bases de apoio e pernoite nos municpios de :o 1arlos, 2tirapina e =io 1laro, iniciada em EMPKJPFKEF, em entrevista com os trabal+adores que tem atividade na lin+a #)rrea, distante de gua potvel corrente, os mesmos declararam ter adquirido, por meios pr$prios, garra#Ues t)rmicos portteis a #im de manter a temperatura e potabilidade da gua que consomem durante a jornada de trabal+o, Dentre os trabal+adores entrevistados cito =onilson 4opes 5iresZ, +nicialmente cumpre esclarecer que a ao de fiscalizao dos auditores fiscais poder estar embasada na colheita de informaes dos prprios trabalhadores no local objeto da fiscalizao, pois nos casos em que no h qualquer documento a ser analisado os auditores fiscais no podero ser abster de verificar Kin locoK as condies reais de trabalho, sob pena de serem considerados omissos quanto a suas atribuies legais# Fesse sentido colaciono o seguinte acrdo do 0#BDB6 AGRAVO. DECISO MONOCRTICA. AFASTAMENTO DA DESERO DO RECURSO DE REVISTA. MANUTENO DA DENEGAO DE SEGUIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO POR FUNDAMENTO DIVERSO. AUTO DE INFRAO POR EVIDNCIA DE TERCEIRIZAO ILCITA. IMPOSIO DE MULTA ADMINISTRATIVA. POSSIBILIDADE. Ainda q! !"id!n#iada a #$%%!&a !'!&i"a()$ d$ d!*+,i&$ %!#%,a-. a'a,&and$/,!. a,,i0. a d!,!%()$ d$ %!#%,$ d! %!"i,&a. $ a*!-$ n)$ *%$#!d!. 1a2a "i,&a q! $ adi&$% 'i,#a- d$ &%a3a-1$. a&$%i4ad$ *!-a C$n,&i&i()$ da R!*53-i#a. !0 ,!, a%&,. 67. in#i,$, III 8di9nidad! da *!,,$a 10ana: ! IV 8"a-$% ,$#ia- d$ &%a3a-1$:. ! ;7 8%$- d! di%!i&$, d$, &%a3a-1ad$%!,. a-<0 d! $&%$, q! "i,!0 = 0!-1$%ia d! ,a #$ndi()$ ,$#ia-:. 3!0 #$0$ *!-a -!9i,-a()$ in'%a#$n,&i&#i$na- 8n$&ada0!n&! a q! #ida da &!%#!i%i4a()$:. d!&<0 a *%!%%$9a&i"a d! -a"%a% a&$ d! in'%a()$ #$0 a*-i#a()$ d! 0-&a *$% !"id>n#ia d! &!%#!i%i4a()$ i-?#i&a. d!"!nd$/,! %!,,a-&a% a *$,,i3i-idad! d! #$n&!,&a()$ d!,,!, a&$, &an&$ ad0ini,&%a&i"a0!n&! qan&$ 2di#ia-0!n&!. O P$d!% E@!#&i"$ &!0 a #$0*!&>n#ia ! $ d!"!% d! a,,!9%a% a 'i!- !@!#()$ da, -!i, n$ Pa?, 8a%&. AB. IV. CF:. 'n()$ q! %!a-i4a. n$ C03i&$ 2,-a3$%a&i"$. !n&%! $&%a, 0!dida, ! in,&i&i(D!,. 0!dian&! a #$0*!&>n#ia !@*-i#i&a da Uni)$ *a%a $%9ani4a%. 0an&!% ! !@!#&a% a in,*!()$ d$ &%a3a-1$8a%&. E6. FFIV. CF:. O adi&$% 'i,#a- d$ &%a3a-1$. #$0$ qa-q!% a&$%idad! d! in,*!()$ d$ E,&ad$ 8in,*!()$ d$ &%a3a-1$. in,*!()$ 'a4!ndG%ia. in,*!()$ ,ani&G%ia. !&#.: &!0 $ *$d!% ! $ d!"!% d! !@a0ina% $, dad$, da ,i&a()$ #$n#%!&a *$,&a = ,a anG-i,!. d%an&! a in,*!()$. "!%i'i#and$ ,! a-i 1G 8$ n)$: #0*%i0!n&$ $ d!,#0*%i0!n&$ da, %!,*!#&i"a, -!i, '!d!%ai, i0*!%a&i"a,. Na 1i*+&!,! da a&a()$ d$ Adi&$% Fi,#a- d$ T%a3a-1$. !,&! *$d! 8! d!"!: !@a0ina% a *%!,!n(a 8$ n)$: d! 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- :('; %!-a(D!, 2%?di#a, !nqad%ada, na, -!i, &%a3a-1i,&a, ! ,! !,&a, -!i, !,&)$ 8$ n)$: ,!nd$ #0*%ida, n$ #a,$ #$n#%!&$. a*-i#and$ a, ,an(D!, *!%&in!n&!,. A9%a"$ d!,*%$"id$. 89%i'!i: ! -g--2== - GMLOK-GI,FKKJ,J,KL,KEKM , =elator 8inistro 8auricio Bodin+o Delgado, Data de Yulgamento EJPKGPFKEK, MQ ;urma, Data de 5ublicao EJPEKPFKEK", , nem se diga que o auditor e$trapolou os limites de sua competncia, pois o art# '- do 4ecreto n# :#99)(7) prev as seguintes atribuies funcionais, dentre outras6 !,,," veri#icar o cumprimento das disposiUes legais e regulamentares, inclusive as relacionadas W segurana e W sa(de no trabal+o, no %mbito das relaUes de trabal+o e de emprego !inciso 2"& interrogar as pessoas sujeitas inspeo do trabalho, seus prepostos ou representantes legais, bem como trabalhadores, sobre qualquer matria relativa aplicao das disposies legais e exigir-lhes documento de identificao !inciso """#$ examinar e extrair dados e c$pias de livros, arquivos e outros documentos, que entenda necessrios ao exerccio de suas atribuiUes legais !inciso 3"& realizar auditorias e percias e emitir laudos, pareceres e relat$rios !inciso [3"& lavrar autos de in#rao por inobserv%ncia de disposiUes legais !inciso [3222"& analisar processos administrativos de auto de in#rao, noti#icaUes de d)bitos ou outros que l+es #orem distribudos !inciso [2[", ,m razo disso, houve a constatao Kin locoK pelos auditores fiscais, com base nos relatos dos trabalhadores, caracterizando um flagrante il*cito trabalhista e, por consequncia lgica a capitulao da infrao no art# '98, + da 0AB c(c item ):#8#'#) da F2/): do MB,# G ru, em contestao, tornou incontroverso que houve o fornecimento dos recipientes portteis ?gales trmicosC, aps a fiscalizao, em conson<ncia com os documentos acostados com a defesa, estando em descompasso com sua fundamentao que sempre assegurou e forneceu gua potvel aos trabalhadores, mesmo &queles que se encontravam em deslocamento nos trechos da malha ferroviria# ,m audincia a )M testemunha do ru afirmou6 Z quando era operador no recebeu o \it e quando era maquinista recebeu um \it& que no \it tem lenol, coberta, toal+a, prato, copo, gar#o e #aca& que ao que se recorda ) s$ isso que tem no \it& que recebeu o galo de gua, mas no sabe se #az parte do \it& que no se recorda a data que recebeu o galo de gua& que ao que se recorda recebeu F vezes o galo, como operador e agora quando c+egou uma nova sa#ra de galUes, mas no se recorda a data& que no se recorda se assinou recibo quando recebeu o \it& que assinou um recibo quando recebeu o galo desta (ltima vez, mas no se recorda a data, mas acredita que #az mais de um semestre& que quando c+egou essa nova sa#ra de galUes #oi distribudo para todos os maquinistas e para todos os operadores que estavam virando maquinistas& que acredita que #oi assim& que em FKKN, quando comeou, trabal+ava o maquinista e um ajudante, que no sabe que partir de qual data passou a ter somente o maquinista porque atualmente ) monoconduo& que o operador treina #azendo manobras para depois ser maquinista e ) o operador que mencionou ) o que c+amou de auxiliar de maquinista& que no registro em 1;5: consta operador de produo& que mel+or esclarecendo quem recebeu os galUes mencionados eram os maquinistasZ, G depoimento da testemunha, em seu relato, tornou evidente a esta >u*za que apesar do esforo de tentar convencer, ele prprio no obteve as informaes necessrias e no detm o efetivo conhecimento sobre o regular e correto fornecimento dos gales de gua potvel# 5ponto que embora a norma regulamentadora no indique especificamente que a gua potvel dever ser fornecida em gales trmicos, tal prtica foi introduzida pelo prprio ru, na medida em que h necessidade de fornecimento de gua potvel em recipientes portteis hermeticamente fechados de 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- 9('; material adequado para garantir o suprimento de gua nos locais de trabalho, em que os funcionrios estivessem efetivamente desempenhando suas funes# G ru sustentou que as situaes mencionadas na e$ordial eram pontuais, que havia a correta disponibilizao de gua potvel em quantidade m*nima prevista nos setores, pontos de apoio e a concesso dos recipientes trmicos para os trabalhadores maquinistas, de acordo com a norma regulamentadora, porm no se desincumbiu do %nus de comprovar suas alegaes ?art# ;;;, ++ do 0!0C# G sistema de fornecimento da gales trmicos de gua, apresentado pelo ru como medida de segurana da sa"de do trabalhador no traduz uma medida efetiva no ambiente laboral, notadamente porque no possui o espectro que o ru pretende demonstrar, demonstrando a falibilidade no fornecimento e na fiscalizao dessa medida# Aogo, constato a ausncia do efetivo acesso e fornecimento de gua potvel, de acordo com a jornada e do local em que os trabalhadores desempenhavam suas atribuies, em discord<ncia com o item ):#8#'#) da F2 ): do MB,# Fo tocante & segurana e sa"de do trabalhador no ambiente laboral, atualmente cabe ao empregador a adoo de critrios de prudncia e vigil<ncia com a finalidade evitar danos e leses mesmo que potenciais, denominado como Zprincpio da precauoZ, Bal princ*pio consiste em uma obrigao de resultado, ou seja, e$ige do empregador o dever de analisar, antecipar e avaliar os riscos de sua atividade empresarial para a adoo de medidas eficazes para prevenir os danos# 4escumpridos tais deveres pelo empregador ou prepostos h a obrigao de indenizar o dano# ,m conson<ncia com o princ*pio aludido e tratando de medidas efetivas de precauo o 4ecreto FH 8#.7), de 8 de Fovembro 4e )7'', que dispe sobre a !ol*tica Facional de Degurana e Da"de no Brabalho / !FDDB ao criar o !FDDB previu6 Z0bjetivos e 5rincpios 2 - a 5oltica nacional de segurana e sa(de no trabal+o 59::; tem por objetivos a promoo da sa(de e a mel+oria da qualidade de vida do trabal+ador e a preveno de acidentes e de danos W sa(de advindos, relacionados ao trabal+o ou que ocorram no curso dele, por meio da eliminao ou reduo dos riscos nos ambientes de trabal+o& 22 - a 59::; tem por princpios a" universalidade& b" preveno& c" preced'ncia das aUes de promoo, proteo e preveno sobre as de assist'ncia, reabilitao e reparao& d" dilogo social& e e" integralidade, !,,," Diretrizes 23 - as aUes no %mbito da 5nsst devem constar do 5lano nacional de segurana e sa(de no trabal+o e desenvolver-se de acordo com as seguintes diretrizes a" incluso de todos trabal+adores brasileiros no sistema nacional de promoo e proteo da sa(de& b" +armonizao da legislao e a articulao das aUes de promoo, proteo, preveno, assist'ncia, reabilitao e reparao da sa(de do trabal+ador& c" adoo de medidas especiais para atividades laborais de alto risco& d" estruturao de rede integrada de in#ormaUes em sa(de do trabal+ador& e" promoo da implantao de sistemas e programas de gesto da segurana e sa(de nos locais de trabal+o& #" reestruturao da #ormao em sa(de do trabal+ador e em segurana no trabal+o e o estmulo W capacitao e W educao continuada de trabal+adores& e 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- .('; g" promoo de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurana e sa(de no trabal+o& !,,," =esponsabilidades no Smbito da 59::; 3 - so responsveis pela implementao e execuo da 59::; os 8inist)rios do trabal+o e emprego, da sa(de e da 5revid'ncia social, sem prejuzo da participao de outros $rgos e instituiUes que atuem na rea& 32 - cabe ao 8inist)rio do trabal+o e emprego a" #ormular e propor as diretrizes da inspeo do trabal+o, bem como supervisionar e coordenar a execuo das atividades relacionadas com a inspeo dos ambientes de trabal+o e respectivas condiUes de trabal+o& b" elaborar e revisar, em modelo tripartite, as 9ormas =egulamentadoras de :egurana e :a(de no ;rabal+o& c" participar da elaborao de programas especiais de proteo ao trabal+o, assim como da #ormulao de novos procedimentos reguladores das relaUes capital-trabal+o& d" promover estudos da legislao trabal+ista e correlata, no %mbito de sua compet'ncia, propondo o seu aper#eioamento& e" acompan+ar o cumprimento, em %mbito nacional, dos acordos e convenUes rati#icados pelo Boverno brasileiro junto a organismos internacionais, em especial W 0rganizao 2nternacional do ;rabal+o - 02;, nos assuntos de sua rea de compet'nciaZ, G mero fornecimento aleatrio dos recipientes portteis ?gales de gua potvelC no atende as peculiaridades dirias do trabalho realizado nas linhas frreas e dos funcionrios que se encontram em deslocamento# 5lm disso, demonstraram que tais medidas somente foram tomadas aps a fiscalizao e constatao das irregularidades no local de trabalho, sem que houvesse o cuidado com a regularidade na entrega e o efetivo cumprimento da Forma 2egulamentadora# !elo e$posto, condeno o ru & obrigao de fazer consistente em6 -.1 / fornecer aos trabalhadores gua potvel e fresca, sempre que necessrio em recipientes higinicos que devero ser entregues gratuitamente aos funcionrios, sob cominao de multa diria de 2N )#777,77, pelo descumprimento da obrigao, revers*vel a projetos, iniciativas e(ou campanhas que revertam em benef*cio dos trabalhadores coletivamente considerados em munic*pios abrangidos pela circunscrio dessa =ara do Brabalho, que sero oportunamente indicados pelo 4# 2epresentante do M!B, submetida & apreciao do >u*zo da ,$ecuo# RESSARCIMENTO "ASTOS%DESPESAS A$UISI(O RECIPIENTES !ostulou o autor o ressarcimento aos empregados e e$/empregados dos gastos para a aquisio de recipientes para a guarda de gua, acrescidos de juros e correo monetria, pelo per*odo imprescrito# Gbservo que o pedido no foi fundamentado em qualquer avaliao quantitativa ou indicou par<metros monetrios para o ressarcimento postulado# 5 indenizao decorrente por dano patrimonial pressupe a leso aos bens materiais que compem o patrim%nio do lesado, sendo estes bens valorveis economicamente ao patrim%nio do indiv*duo# G ressarcimento postulado caracteriza/se como indenizao individual por danos materiais, que devida se constatado o dano emergente ?preju*zoC ou os lucros cessantes ?o valor que comprovadamente dei$ou de ganharC, a conduta lesiva do agente e o ne$o de causalidade# Aogo, incab*vel, no bojo da ao civil p"blica, o ressarcimento dos valores postulados, pois no verificados os elementos para indenizao pleiteada# 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- 8('; +mprocedente o pedido formulado no item KcK da inicial# DANO MORAL COLETIVO G dano moral configurado pela leso aos direitos da personalidade refletindo um dano imaterial e a compensao por dano moral somente cab*vel na seara trabalhista quando o empregador, no e$erc*cio de seu poder de direo, fere a imagem ou a honra do trabalhador, violando o preceito constitucional contido no art# 9H, =, da 01(--# Oma concepo contempor<nea e mais consent<nea com os princ*pios consagrados na 0onstituio da 2ep"blica afirma que constitui uma ofensa & dignidade da pessoa humana, direito esse *nsito ao ser humano, e que portanto, anterior e superior & prpria e$istncia do ,stado# ,, por ser tratar de um direito to relevante, que a dignidade da pessoa humana est inserida no art# 'M da 0onstituio 1ederal como um dos fundamentos do ,stado 4emocrtico de 4ireitos e como um direito fundamental constitui o n"cleo central da ordem constitucional, irradiando seus efeitos sobre os demais direitos previstos no ordenamento jur*dico# Fesse vis, por se tratar de ofensa a direitos imateriais, tem/se que o dano decorre inevitavelmente da gravidade da prpria ofensa, no sendo e$ig*vel a prova da dor, ve$ame ou humilhao# ,$iste in re ipsa, de modo que provada agresso, restar demonstrado o dano por consequncia# Fo esteio desses posicionamentos se observou uma modalidade de dano de carter coletivo nas relaes trabalhistas, que se configura por intermdio de uma leso generalizada a valores e$trapatrimoniais de uma gama de trabalhadores e constatada no ambiente laboral# Aeciona >os 5ffonso 4allegrave Feto ) que6 Z1onsiderando que para n$s o conceito de dano moral ) aquele que se caracteriza pela simples violao de um direito de personalidade, o c+amado dano moral coletivo ) aquele que decorre da o#ensa do patrimDnio imaterial de uma coletividade, ou seja exsurge da ocorr'ncia de um #ato grave capaz de lesar o direito de personalidade de um grupo, classe ou comunidade de pessoas e, por conseguinte, de toda a sociedade em potencial, !,,," 9esse quadro, gan+a import%ncia #undamental o papel das aUes coletivas como #orma de tutela aos direitos transindividuais e as macro lesUes pr$prias de um tempo em que as lesUes se massi#icam ,,,< nesse conjuntura que se inclui a tutela dos danos morais coletivosZ, G poder diretivo do empregador constitui um conjunto de prerrogativas destinadas a organizar a atividade empresarial e a prestao dos servios com as orientaes necessrias, concentrando a fiscalizao e o acompanhamento da prestao de servios respeitadas as normas de sa"de e segurana estabelecidas# Gs empregadores no podero simplesmente tratar das normas de sa"de p"blica e da responsabilidade social como se fosse um IstandardJ e atribu*rem tais deveres somente ao encargo do ,stado# Bratando do tema responsabilidade social empresarial a Ministra do BDB Maria de 5ssis 0alsing ; mencionou a Forma +DG ).777 e esclareceu6 Z a responsabilidade social no ) uma ao isolada e no se re#ere W #ilantropia ou ) in 45AA,P25=, F,BG# >os 5ffonso# 2esponsabilidade civil no direito do trabalho# ;M ed# Do !aulo6 ABr, )77-, p# '9.# ; in 4ireitos coletivos do trabalho6 na viso do BDB6homenagem ao Ministro 2ider Fogueira de Qrito( Rtia Magalhes 5rruda e Salmir Gliveira da 0osta# coordenadores# / Do !aulo6 ABr, )7'', p# ')7/');# 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- -('; assistencialismo, mas considera um conjunto de valores integrados W viso e misso da organizao para que seus administradores e empregados, como tamb)m as demais partes envolvidas ou interessadas, possam orientar suas decisUes e aUes de modo a alcanar os resultados programados e esperados, !,,," Z:e partirmos do pressuposto que qualquer organizao no pode ser considerada um #im em si mesmo, mas sim um instrumento de alcance do bem comum, como este artigo tem procurado demonstrar, no + mais lugar, nos dias de +oje e com vistas a um #uturo bem pr$ximo, para uma empresa ou organizao que ten+a a viso curta e simplista apenas de seu interesse pr$prioZ, 3 relevante acrescentar que a +DG ).777 : estabeleceu as diretrizes da responsabilidade social das organizaes trazendo em sua introduo o que segue6 Z0rganizaUes em todo o mundo, assim como suas partes interessadas, esto se tornando cada vez mais cientes da necessidade e dos bene#cios do comportamento socialmente responsvel, 0 objetivo da responsabilidade social ) contribuir para o desenvolvimento sustentvel, 0 desempen+o da organizao em relao W sociedade em que opera e ao seu impacto no meio ambiente se tornou uma parte crucial na avaliao de seu desempen+o geral e de sua capacidade de continuar a operar de #orma e#icaz, 2sso, em parte, re#lete o recon+ecimento cada vez maior da necessidade de assegurar ecossistemas saudveis, igualdade social e boa governana organizacional, - longo prazo, todas as atividades das organizaUes dependem da sa(de dos ecossistemas do mundo, -s organizaUes esto sujeitas a uma investigao mais criteriosa por parte de suas diversas partes interessadas, - percepo e a realidade do desempen+o em responsabilidade social da organizao podem in#luenciar, al)m de outros, os seguintes #atores - sua vantagem competitiva& - sua reputao& - sua capacidade de atrair e manter trabal+adores ePou consel+eiros, s$cios e acionistas, clientes ou usurios& - a manuteno da moral, do compromisso e da produtividade dos empregados& - a percepo de investidores, proprietrios, doadores, patrocinadores e da comunidade #inanceira& e - sua relao com empresas, governos, mdia, #ornecedores, organizaUes pares, clientes e a comunidade em que operaZ, , ainda a Forma supramencionada fez meno e$pressa &s prticas trabalhistas considerando as seguintes questes6 M,O,E,E 0rganizaUes e prticas de trabal+o -s prticas de trabal+o de uma organizao incluem todas as polticas e prticas re#erentes ao trabal+o realizado dentro, para ou em nome da organizao, inclusive trabal+o subcontratado, -s prticas de trabal+o vo al)m da relao da organizao com seus empregados diretos ou as responsabilidades que uma organizao tem em um local de trabal+o que possua ou controle diretamente, -s prticas de trabal+o incluem recrutamento e promoo de trabal+adores& procedimentos disciplinares e de queixas& trans#er'ncia e recolocao de trabal+adores& resciso de emprego, treinamento e capacitao& sa(de, segurana e +igiene industrial& e quaisquer polticas ou prticas que a#etem as condiUes de trabal+o, especialmente a jornada de trabal+o e a remunerao, -s prticas de trabal+o tamb)m incluem o recon+ecimento de organizaUes e de representantes de trabal+adores e a participao de organizaUes trabal+istas e patronais em negociao coletiva, dilogo social e consultas tripartites !ver 7ox N" para tratar de questUes sociais relativas ao emprego, !,,," M,O,O,F -Ues e expectativas relacionadas !,,," M,O,M Tuesto O das prticas de trabal+o :a(de e segurana no trabal+o !,,," M,O,M,F -Ues e expectativas relacionadas 1onv)m que uma organizao ]JK^]JE^]IK^]IF^]NM^]NI^]NN^]NG^]GK^]GG^]EKK^]EKE^]EKL^]EKO^]EKJ^ ]EEF^ - desenvolva, implemente e manten+a uma poltica de sa(de e segurana no trabal+o baseada no : FG2M5 Q25D+A,+25 / 5QFB FQ2 / +DG ).777 / !rimeira edio 7'#''#)7'7 / =lida a partir de 7'#')#)7'7 / 4iretrizes sobre responsabilidade social / Puidance on social responsibilitT # 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- @('; princpio de que normas de sa(de e segurana e desempen+o organizacional s$lidos se ap$iam e re#oram mutuamente& - compreenda e aplique princpios de gesto de sa(de e segurana, entre os quais a +ierarquia de controles eliminao, substituio, controles de engen+aria, controles administrativos, procedimentos de trabal+o e equipamentos de proteo individual& - analise e controle os riscos W sa(de e W segurana envolvidos em suas atividades& - comunique a exig'ncia de que conv)m que os trabal+adores sigam todas as prticas de segurana o tempo todo e garanta que os trabal+adores sigam os procedimentos adequados& - #ornea os equipamentos de segurana necessrios, inclusive equipamentos de proteo individual, para a preveno de lesUes, doenas e acidentes ocupacionais e tamb)m para lidar com emerg'ncias& - registre e investigue todos os incidentes e problemas de sa(de e segurana, visando minimiz- los ou elimin-los& - contemple as #ormas espec#icas como os riscos de sa(de e segurana no trabal+o !::;" a#etam di#erentemente mul+eres !como as que esto grvidas, deram W luz recentemente ou esto amamentando" e +omens, ou trabal+adores em circunst%ncias especiais como pessoas com de#ici'ncia e trabal+adores inexperientes ou mais jovens& - o#erea igual proteo W sa(de e W segurana para trabal+adores em regime de tempo parcial e temporrios, assim como para trabal+adores terceirizados& - es#orce-se para eliminar perigos psicossociais no local de trabal+o que contribuam ou levem a estresse e doenas& - proporcione para todo o pessoal treinamento adequado em todos os assuntos relevantes& - respeite o princpio que no conv)m que medidas de sa(de e segurana no local de trabal+o envolvam gastos por parte dos trabal+adores& e - baseie seus sistemas de sa(de, segurana e ambiental na participao dos trabal+adores envolvidos e recon+ea e respeite os direitos dos trabal+adores a - obter in#ormaUes tempestivas, completas e precisas re#erentes a riscos W sa(de e W segurana e Ws mel+ores prticas usadas para en#rentar esses riscos& - livremente perguntar e ser consultados sobre todos os aspectos de sua sa(de e segurana relacionados ao seu trabal+o& - recusar trabal+o que seja razoavelmente considerado trabal+o que o#erea perigo iminente ou grave W sua vida ou sa(de ou W vida e sa(de dos outros& - buscar aconsel+amento externo de entidades sindicais e patronais e outras que sejam especializadas& - relatar assuntos de sa(de e segurana para autoridades competentes&participar de decisUes e atividades de sa(de e segurana, inclusive da investigao de incidentes e acidentes& - estar livre da ameaa de represlias por realizar qualquer um desses atos ]EN^]EG^]LM^]LN^]JJ^]JM^ ]JI^]JN^]MN^]MG^]IF^]IL^]NK, Fo que tange &s normas de sa"de e segurana no ambiente laboral so de cumprimento compulsrio pelo empregador, a teor da disposio contida no art# '98 da 0AB preconiza6 Z-rt, EJI, 1abe Ws empresas 2 * cumprir e #azer cumprir as normas de segurana e medicina do trabal+oZ, 0onstato pelos documentos acostados e pelos depoimentos das testemunhas que no havia o correto cumprimento das normas previstas para o fornecimento de gua potvel, em conson<ncia com a previso contida na F2 ): do MB,, demonstrando o descumprimento das normas de sa"de, higiene e segurana do trabalho com carter de norma cogente# 5crescento que as relaes laborais devero pautar/se pela boa f objetiva, consubstanciada na transparncia, na confiana e no dever de informao que deve ser respeitado por ambas as partes do contrato de emprego ?arts# :)' e :)) do 00(7) c(c par# "nico do art# -H da 0ABC# Dob o aspecto da compensao do dano social, elucida 5le$andre 5gra Qelmonte 9 6 9 in Q,AMGFB,# 5le$andre 5gra# +nstituies civis no direito do trabalho# :M ed# 2io de >aneiro# 2enovar, )77@, p# .7;## 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- '7('; Z- indenizao deve ser signi#icativa, segundo as condiUes pessoais do o#ensor e do o#endido e consistir em montante capaz de dar uma resposta social W o#ensa, para servir de lenitivo para o o#endido, de exemplo social e de desestmulo a novas investidas do o#ensor, - indenizao no tem carter retributivo ou reparat$rio e sim compensat$rioZ, 5 qualidade no meio ambiente laboral destaca/se como um como direito transindividual e a sua violao traz por consequncia a leso ao patrim%nio moral da coletividade# G ru beneficiou/se da fora de trabalho em condies lesivas ao ambiente sadio de trabalho e furtou/se de investir neste aspecto, causando infrao &s suas obrigaes como empregador, princ*pio bsico do direito do trabalho, como o dever de tutela, preveno e precauo dos riscos# 4esse modo, julgo procedente o pedido formulado a t*tulo de compensao por danos sociais e levando/se em considerao o grau de culpa e informao, a conduta e os meios utilizados, a condio econ%mica das partes notadamente o capital social e o faturamento anual do ru, o espectro do dano efetivo e o carter preventivo e punitivo da condenao permeado pelo princ*pio da razoabilidade e proporcionalidade ?art# @:: do 00(7)C fi$o a compensao no importe de 2N )97#777,77 ?duzentos e cinquenta mil reaisC# Fo tocante & destinao da compensao, aponto que a reparao do dano Zin naturaZ mostra/se mais efetiva se destinada & prpria sociedade e ao local onde foram constatadas as leses# 4esse modo os valores da condenao por danos morais coletivos sero destinados a projetos, iniciativas e(ou campanhas que revertam em benef*cio dos trabalhadores coletivamente considerados em munic*pios abrangidos pela circunscrio dessa =ara do Brabalho, que sero oportunamente indicados pelo 4# 2epresentante do M!B, submetida & apreciao do >u*zo da ,$ecuo# TUTELA ANTECIPADA - OBRI"A(O DE *A.ER ,m ju*zo de cognio e$auriente, constato os requisitos para a concesso da antecipao da tutela de mrito espec*fica, a teor do disposto no art# )8;, + e art# :.', U ;H do 0!0# 5ponto que a tutela espec*fica poder ter carter inibitrio com a finalidade de prevenir a ocorrncia do il*cito e das leses decorrentes ou impedir que tal situao permanea, sendo suscet*vel de continuar a provocar danos ?art# :.', U 9H do 0!0C# Fa hiptese dos autos, no comprovado nos autos o correto e regular fornecimento dos gales trmicos, de acordo com as necessidades dos trabalhadores e dos locais de trabalho, a ausncia de imediatas medidas preventivas poder ocasionar novas leses e continuar a provocar danos aos trabalhadores, caso tais obrigaes sejam concretizadas e cumpridas somente aps o tr<nsito em julgado da presente deciso# Aogo, defiro a antecipao dos efeitos da tutela de mrito para o cumprimento da obrigao de fazer supramencionada no /012 -.1# G prazo fi$ado para o cumprimento das obrigaes de fazer ser contado da data da intimao dessa deciso, sob cominao de multa diria de 2N )#777,77, pelo descumprimento da obrigao, revers*vel a projetos, iniciativas e(ou campanhas 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- ''('; que revertam em benef*cio dos trabalhadores coletivamente considerados em munic*pios abrangidos pela circunscrio dessa =ara do Brabalho, que sero oportunamente indicados pelo 4# 2epresentante do M!B, submetida & apreciao do >u*zo da ,$ecuo# 3UROS E CORRE(O MONET,RIA 0onsoante o disposto no U 'H do art# ;@ da Aei -#'88(@', os juros devero incidir a partir da data do ajuizamento da ao at o "ltimo dia do ms da conta da atualizao, correspondentes a 'V ao ms, calculados pro rata die, de maneira simples, sobre o valor da condenao corrigido monetariamente ?D"mula )77(BDBC# 4ever ser observado, para fins de atualizao, o *ndice da correo monetria do ms subsequente ao da prestao de servios, a partir do dia 'H, conforme D"mula ;-' do BDB# Fo tocante & condenao por danos sociais, a atualizao ser a partir da data desta deciso e os juros incidiro desde o ajuizamento da ao ?D"mula :;@(BDBC# ,m razo da natureza da deciso proferida no h descontos previdencirios e fiscais a serem recolhidos# III - DISPOSITIVO 5nte o e$posto na A(O CIVIL P!BLICA ajuizada pelo MINISTRIO P!BLICO DO TRABALHO- PROCURADORIA RE"IONAL DO TRABALHO DA 15 RE"IO NO MUNIC#PIO DE ARARA$UARA' contra ALL - AMRICA LATINA LO"#STICA MALHA PAULISTA S%A' rejeito as preliminares arguidas e no mrito julgo PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos para condenar o ru &s seguintes obrigaes6 -4 O56/7-89: ;1 <-=16: -.14 fornecer aos trabalhadores gua potvel e fresca, sempre que necessrio em recipientes higinicos que devero ser entregues gratuitamente aos funcionrios# G prazo fi$ado para o cumprimento da obrigao de fazer ser contado da data da intimao dessa deciso, sob cominao de multa diria de 2N )#777,77, pelo descumprimento da obrigao, revers*vel a projetos, iniciativas e(ou campanhas que revertam em benef*cio dos trabalhadores coletivamente considerados em munic*pios abrangidos pela circunscrio dessa =ara do Brabalho, que sero oportunamente indicados pelo 4# 2epresentante do M!B, submetida & apreciao do >u*zo da ,$ecuo# 54 O56/7-89: ;1 >-7-6: 5.14 a compensao no importe de 2N )97#777,77 ?duzentos e cinquenta mil reaisC# Gs valores da condenao por danos morais coletivos sero destinados a projetos, iniciativas e(ou campanhas que revertam em benef*cio dos trabalhadores coletivamente considerados em munic*pios abrangidos pela circunscrio dessa =ara do Brabalho, que sero oportunamente indicados pelo 4# 2epresentante do M!B, submetida & apreciao do >u*zo da ,$ecuo# 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- ')('; 4eciso l*quida, nos par<metros da fundamentao que integra esta deciso e nos limites dos pedidos formulados# >uros de mora, a razo de 'V, de forma simples, contados da data da distribuio da ao ?art# --; da 0AB e art# ;@, U 'H da Aei nH -#'88(@'C, computados aps o crdito devidamente corrigido ?D"mula )77 e ;-'(BDBC# Fa condenao por danos sociais, a atualizao ser a partir da data desta deciso e os juros incidiro desde o ajuizamento da ao ?D"mula :;@(BDBC# ,m razo da natureza da deciso proferida no h descontos previdencirios e fiscais a serem recolhidos# 0ustas da reclamao trabalhista de 2N 9#777,77 ?cinco mil reaisC, pelo ru, calculadas sobre 2N )97#777,77 ?duzentos e cinquenta mil reaisC, valor arbitrado & condenao# +ntimem/se as partes# Do 0arlos, '. de maio de )7':# CLAUDIA BUENO ROCHA CHIU.ULI 3?@=- ;: T6-5-AB: 5utos6 50! 777789:/))#)7';#9#'9#777- ';(';