Reflexão filosófica por Carolina Monteiro e Frederico Santos,10º A3, sob orientação da professora Carla Sardinha.
Biblioteca da Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, Tavira.
Reflexão filosófica por Carolina Monteiro e Frederico Santos,10º A3, sob orientação da professora Carla Sardinha.
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Direo de Servios da Regio do Algarve ES/3EB Dr. Jorge Augusto Correia; EB 2,3 D. Paio Peres Correia; EB1 n2 Tavira; EB1/JI Conceio; EB1 Cabanas
FILOSOFIA POLTICA: tica e direito
No dia 1 de dezembro de 1955, quando regressava a casa aps mais uma jornada de trabalho, Rosa Parks recebeu ordens do condutor do autocarro onde viajava para ceder o seu lugar a um homem branco. Recusou o pedido, o que levou a que fosse presa e multada em 14 dlares. Este caso, em que desafiou a lei para lutar por um direito pessoal e pela sua dignidade, fez com que os afroamericanos de Montgomery se organizassem num movimento pacfico contra a discriminao racial. Para tal, foi organizado um boicote aos transportes pblicos na cidade para que nestes no houvesse mais segregao racial. Um at ento desconhecido sacerdote, chamado Martin Luther King Jr., envolveu-se na contestao e chamou a ateno do pas para a injustia que se vivia. Entretanto, os negros da cidade, com a ajuda de alguns brancos, organizaram-se de modo a transportar para o trabalho as pessoas que faziam o boicote. O boicote, que teve a oposio das autoridades da cidade e do Estado do Alabama, durou 382 dias, ou seja, at 21 de dezembro de 1956. Nessa altura, tanto Rosa Parks como Martin Luther King j eram heris nacionais nos Estados Unidos da Amrica. O Supremo Tribunal norte-americano, entretanto, declarou que era inconstitucional existir segregao racial em transportes pblicos. Rosa Parks, in Infopdia, Porto Editora, 2003- 2012.
Com base no texto transcrito na pgina anterior, relaciona tica e direito.
O texto demonstra uma afastada relao entre direito e tica. Nos anos cinquenta (e anteriormente), os negros eram vistos como inferiores aos brancos: tinham menos direitos, menos oportunidades e sofriam de discriminao social e legislativa. Esta situao no era de todo moral, no respeitava o princpio tico da igualdade entre todos os cidados. As leis no eram justas e no protegiam a dignidade dos negros. No entanto, manifestaes foram feitas com vista a uma relao mais estreita entre as leis e a moral, entre o direito e a tica. Num Estado, o direito e a tica devem ter uma relao prxima para que cumprir uma lei no seja desrespeitar uma obrigao moral e respeitar uma obrigao moral no seja desrespeitar a lei. S assim um Estado pode ser justo e promover uma vida feliz e boa aos cidados. Frederico Santiago, 10 A3
A tica pretende responder, tal e qual como a poltica, questo: O que devemos fazer para viver bem? e distingue as nossas aes morais das no morais. O direito consiste na formulao de leis de modo a que os indivduos tenham obrigaes legais e que sejam punidos com sanes caso desobedeam a essas mesmas leis. Num Estado bem organizado a ligao entre a poltica, a tica e o direito imprescindvel, de modo a que haja um equilbrio, uma harmonia entre os indivduos. Porm, como est evidenciado neste texto, nem sempre a tica e o direito esto de mos dadas, nem sempre esto de acordo. Por exemplo, neste texto, Rosa Parks recebe ordens do condutor do autocarro onde viajava para ceder o seu lugar a um homem branco e, quando recusou, foi presa e multada. Segundo as leis desse mesmo estado, a ao praticada pelo condutor est de acordo com o direito, com a lei, ou seja, uma obrigao legal, porm uma ao moralmente incorreta, pois evidencia a discriminao tnica, desrespeitando o princpio tico fundamental da dignidade humana. Carolina Monteiro, 10 A3
Trabalho orientado pela professora Carla Sardinha. Junho 2014