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CATRE
Fevereiro de 2009.
LEI 11.769
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o O art. 26 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescido do seguinte § 6o:
................................................................................................
§ 6o A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2o deste artigo.”
(NR)
Art. 2o (VETADO)
Art. 3o Os sistemas de ensino terão 3 (três) anos letivos para se adaptarem às exigências estabelecidas nos arts. 1o e 2o desta
Lei.
• Escassez de professores especialistas contratados para ensinar a disciplina música nas séries iniciais
do curso fundamental nas escolas do ensino regular
• À promulgação da Lei 11769/2008 segue-se a polêmica quanto ao veto do parágrafo segundo, que
exigiria do professor de música o curso de Licenciatura na área. Ao mesmo tempo, o artigo 62 da
LDB prevê a formação em nível superior em curso de licenciatura para atuação na educação básica.
.
• Os conteúdos da educação musical nos diferentes níveis de escolaridade deveriam ser
disponibilizados através de atividades de Criação, Execução e Apreciação. É recomendável que se
estabeleça um equilíbrio entre estas atividades, proporcionando vivências que permitam reflexões e
elaborações acerca de materiais musicais diversos, pré-existentes ou construídos pelos próprios
alunos.
Objetivos:
• Incorporar a educação musical como parte integrante da formação do indivíduo, fortalecendo a idéia
de que música faz parte da cultura e atinge direta ou indiretamente todos os indivíduos, contribuindo
para o desenvolvimento da sensibilidade e possibilitando o aprimoramento do senso estético;
• Propiciar ampla discussão sobre o papel da música na sociedade, resgatando conceitos estéticos de
diferentes origens, incluindo música de diferentes povos, estilos, épocas, e tendências;
• Desenvolver sistematicamente conceitos e habilidades musicais através da criação, realização e
apreciação de obras musicais através do estabelecimento de conteúdos significativos adequados à
realidade escolar;
• Estimular a pesquisa musical nas diversas localidades escolares, estabelecendo vínculos com
músicos locais e profissionais ligados à música, promovendo aproximações culturais, demonstrando
perspectivas de mercado e produção musical, e estimulando a formação de novos profissionais;
• Prestigiar e freqüentar atividades musicais diversas, geradoras de vivências e questionamentos,
compreendendo tais atividades de forma ampla, incluindo apresentações folclóricas, concertos,
recitais, palestras, vídeos, e outros.
• - percepção sonora
• - timbre, altura, duração, intensidade, melodia, ritmo, forma, textura, outros
• - exploração de variados meios de produção sonora
• - de sons ambientais até tecnologia sonora
• - elementos de acústica básica
• - propagação sonora, relações material-som, tamanho-som, outros
• - exploração de diversos sistemas musicais
Capacitação 2009 “Sucesso Junto ao Mestre” 6
Professora Vânia Kruger
• - modal, tonal, atonal, outros
• - registros gráficos convencionais e não-convencionais
• - sinais, códigos, símbolos, leitura, escrita
• - habilidades motoras
• - corporais, vocais, instrumentais
• - execução, improvisação, recriação, arranjos
• - elementos musicais diversos, músicas diversas
• - apreciação significativa
• - audição, comparação, discussão
• - participação em apresentações que envolvam música
• - música ao vivo, gravações, outras manifestações com música
• - usos e funções da música no cotidiano
• - música como lazer, entretenimento, profissão, devoção, terapia, outros
• - pesquisa sobre música e músicos
• - mercado de trabalho, produção musical, profissionais da música
• - música(s) da(s) cultura(s)
• - classificação, análise, reflexão, posicionamento crítico
• A aula deve ser iniciada com atividades simples e pequenas. Uma pequena canção ou atividade
rítmica podem auxiliar o professor a organizar a sala de aula e tornar o ambiente alegre e propício para
outras atividades musicais ou não;
• Uma atividade que esteja em perfeito alcance da criança pode aumentar a auto-estima e ser um
fator importante para a construção da confiança em si mesmo e na escola;
• Repetir muitas vezes as músicas que as crianças já conhecem e gostam de cantar e se movimentar,
pois isso cria um clima de segurança e relaxamento, já que as crianças estão participando de uma atividade
familiar;
• Usar todo material que foi trazido para a sala de aula, de forma a não criar expectativas e
frustrações desnecessárias;
• Cantar em vez de falar, fazer gestos para se comunicar, usar dramatizações e expressões faciais
que podem ser recursos criativos na sala de aula. A Criança aprende melhor quando há alegria envolvida;
• Usar materias variados como gravura, bonecos instrumentos musicais, mascaras, diferentes tipos
de papeis, pedras, panos, massa de modelar, brinquedos, materiais sonoros e coloridos etc. todo esse
material deve ser manipulado e o contato com ele envolve diferentes tipos de sensações;
• O planejamento deve incluir capacidade especificas de cada um dos alunos. Isso poderá encorajar
sua dependência e criatividade;
• Participar das atividades com os alunos é importante para se criar vínculos afetivos. O professor
também aprende quando faz junto com o aluno;
• Planejar mais atividades do que se imagina necessário pode permitir que o professor seja flexível
e que atenda melhor as necessidades e preferências de seus alunos;
• O ritmo, o canto e o instrumento são elementos que deveriam estar sempre presentes no
planejamento do professor;
• O professor precisa buscar constantemente uma renovação no que se diz respeito ao seu
repertório musical, aos métodos e materias didáticos que têm disponíveis. É importante que a alegria do
contato com a música seja sempre renovada por meio de um ensino criativo dinâmico e atual;
Crianças de 02 a 03 anos:
Importante estabelecer uma relação dos itens que serão trabalhados na faixa de 02 a 03 anos com
situações ou relações concretas pertinentes ao universo da criança (ex.: animais, objetos, etc.).
Altura do som: Grave e Agudo
Como: Através de estímulos sonoros produzidos por objetos ou instrumentos que estejam de acordo
com as alturas propostas.
O que fazer: Cada criança deverá ter um objeto ou instrumento referente às alturas a serem
exploradas, que serão percutidas conforme o estímulo solicitado. Poder-se-á estabelecer um código,
como por exemplo: andar rastejante no grave. Na ponta dos pés no agudo.
• Pulso: Deixar a criança acompanhar uma música livremente, batendo palmas ou percutindo algum
objeto ao ritmo (pulso) da melodia.
• Histórias: Utilizar livros com figuras grandes e bem próximas da referência real. Contar
histórias utilizando canções referentes às figuras.
Crianças de 04 a 06 anos:
• Movimento do som ascendente e descendente: (Na realidade o som não sobe nem desce, porém a
idéia de subir e descer é sem dúvida, associada).
O que fazer: As crianças deverão movimentar-se (corporal) ou manipular objetos ao estímulo proposto.
Como: Utilizar uma flauta, sons vocais etc.
Obs.: Quando falamos ou cantamos, formamos uma sequência de sons. Ex.: cantar, cantar e cantar! O
canto deverá sempre ser trabalhado.
• Altura do som: Introduzir o som médio da mesma forma que foram trabalhados sons graves e agudos.
• Histórias: Introduzir dramatização com sonorização (cantada ou percutida). Explorar sons vocais e
corporais.
• Acento: Na palavra falada à acentuação recai sobre a sílaba tônica. Na acentuação musical a sílaba
tônica seria correspondente ao 1º tempo de um compasso.
Como: Use um instrumento de percussão para marcar o pulso de algumas músicas de roda.
Marcando sempre a batida mais forte no 1º tempo e um mais fraco.
Como: Buscar atividades que possam levar os alunos a falar sobre música(s), ouvir e apreciar as
músicas existentes, da sua e de outras culturas, criar músicas de diferentes formas, apreciar
criteriosamente suas composições, executar musicalmente com a utilização da voz, do corpo, de
instrumentos percussivos e alguns melódicos.
Os alunos podem também construir jogos e livros infantis que subsidiam as práticas pedagógicas nas
escolas. Esses trabalhos são realizados com base na linguagem musical, ou seja, a música tem
significado a partir do que a constitui. Na confecção de instrumentos musicais com materiais
alternativos, explorando diversos elementos de produção sonora: timbre, intensidades e alturas, entre
outros. Com esses instrumentos realizamos experiências que podem ser mobilizadas no processo de
confecção e utilização dos instrumentos
O que fazer: Quando iniciamos um trabalho com música na escola, uma das primeiras atividades a
ser realizadas corresponde ao conhecimento da realidade musical vivida pelos alunos. Basicamente, os
diálogos com os alunos são conduzidos por algumas questões centrais, entremeadas por outras delas
decorrentes:
• Que cantores e/ou grupos musicas vocês mais gostam de ouvir? Por quê?
• Quais os programas de rádio e televisão que vocês mais gostam? Por quê?
Esse contexto, quando analisado criticamente pelos professores, contribui para que se conheça
melhor o universo musical dos alunos e seja possível elaborar aulas de música não desligadas de
conhecimentos vividos e, de alguma forma, internalizados. Dentro dessa análise, podemos trabalhar
conteúdos como: Influência da música no nosso dia, corpo e mente; Gêneros e estilos músicas englobando, a
música clássica, gospel, popular; Hinos patrióticos; Histórias dos compositores; Música descritiva; Paródias;
Classificação das vozes etc.
Considerações Finais:
Podemos afirmar que através da música as diversas áreas do conhecimento podem ser estimuladas.
Temos na musicalização uma ferramenta para ajudar os alunos a desenvolverem o universo que conjuga
expressão de sentimentos, idéias, valores culturais e facilita a comunicação do indivíduo consigo mesmo
e com o meio em que vive.
Como educador Adventista maior é a nossa responsabilidade com os nossos alunos, pois temos a
Bíblia e o Espírito de Profecia como instrumento dado por Deus, portanto cabe a nós buscarmos a maior
variedade de informações e aplicarmos o conhecimento no nosso dia a dia para que assim influenciemos
positivamente e levemos aos alunos ao verdadeiro mestre dos mestres
Gostaria de terminar com as palavras da escritora E. White. “A música pode ser um grande poder
para o bem;... A música deve possuir beleza, poder e faculdade de comover... Corretamente empregada, é
um dom precioso de Deus, destinado a erguer pensamentos a coisas altas e nobres, a inspirar e elevar a
alma. É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais”.
Os textos deste trabalho foram retirados de práticas docentes, de pesquisas realizadas em cursos de
mestrado e doutorado ou de estudos sobre temas específicos do conhecimento e da vivência musical.
Sugerimos que os professores se dirijam às fontes primárias e a outras publicações para realizar leituras
subsequentes que ampliem seu conhecimento em relação aos conteúdos apresentados.
Professora: Lindevânia Kruger.
BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003.
DEL BEM, Luciana e HENTSCHKE Liane. Organizadoras. Ensino da Música – propostas para pensar e agir em sala de aula Ed
moderna, 2003.
FIGUEIREDO, S. L. A Legislação Brasileira para Educação Musical nos anos iniciais da Escola. Comunicação In: XVII
UNESP, 2007.
GAINZA, Violeta Hemsy de. Estudos de Psicopedagogia Musical. 3. ed. São Paulo: Summus, 1988.
HARDER, Rejane. EDUCAÇÃO MUSICAL E LEGISLAÇÃO BRASILEIRA – LDB e PCNs. Sergipe: UFS, 2008.
MÁRSICO, Leda Osório. A criança e a música: um estudo de como se processa o desenvolvimento musical da criança. Rio de
OSTERMAN, V Eurydice. O que Deus diz sobre a música. 2. ed. São Paulo: Unaspress, 2003
SNYDERS, Georges. A escola pode ensinar as alegrias da música? 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
WEIGEL, Anna Maria Gonçalves. Brincando de Música: Experiências com Sons, Ritmos, Música e Movimentos na Pré-Escola.