Eu quero exprimir com isso uma certa maneira de ter acesso ao objeto, o
"olhar", que to indubitvel quanto meu prprio pensamento, to
diretamente 103conhecido por mim !recisamos compreender como a viso pode "a#er$se de al%uma parte sem estar encerrada em sua perspectiva10& Em outros termos' olhar um objeto vir habit$lo e dali apreender todas as coisas se%undo a "ace que elas voltam para ele 10( )om o olhar, dispomos de um instrumento natural comparvel * ben%ala do ce%o+1+ , a#ul aquilo que solicita de+-3 mim uma certa maneira de olhar, aquilo que se deixa apalpar por um movimento de.nido de meu olhar Ele um certo campo ou uma certa atmos"era o"erecida * pot/ncia de meus olhos e de todo o meu corpo +-& 0i#er que tenho um campo visual di#er que, por posi1o, tenho acesso e abertura a um sistema de seres, os seres visuais, que eles esto * disposi1o de meu olhar em virtude de uma espcie de contrato primordial e por um dom da nature#a, sem nenhum es"or1o de minha parte2 di#er portanto que a viso pr$pessoal2 e di#er ao mesmo tempo que ela sempre limitada, que existe sempre em torno de minha viso atual um hori#onte de coisas no$vistas ou mesmo no$vis3veis +4& , desenrolar dos dados sens3veis sob nosso olhar ou sob nossas mos como uma lin%ua%em que se ensinaria por si mesma, em que a si%ni.ca1o seria secretada pela prpria estrutura dos si%nos, e por isso que se pode di#er, literalmente, que nossos sentidos interro%am as coisas e que elas lhes respondem &+- 5 por isso que di#emos que na percep1o a coisa nos dada "em pessoa" ou "em carne e osso" 6ntes de outrem, a coisa reali#a este mila%re da expresso' um interior que se revela no exterior, uma si%ni.ca1o que irrompe no mundo e a3 se p7e a existir, e que s se pode comprender plenamente procurando$a em seu lu%ar com o olhar &+- 8essas condi17es, as antinomias do pensamento objetivo desaparecem !ela re9exo "enomenol%ica, encontro a viso no como "pensamento de ver", se%undo a expresso de 0escartes, mas como olhar em posse de um mundo vis3vel, e por isso que aqui pode haver para mim um olhar de outrem, este instrumento expressivo que chamamos de um rosto pode tra#er uma exist/ncia assim como minha exist/ncia tra#ida pelo aparelho co%noscente que meu corpo &:1