Ed

04.o. 85 - A
ut.2 no
009 2

SE A CANOA NÃO VIRAR,

OLÊ, OLÊ, OLÁ
 O livro ainda é um produto caro, por mais que exista
aí um quê de generalismo. Não é de se admirar que os e-
books, versões em Word ou PDF desses livros, estejam ga-
nhando muito espaço na Internet. Já são milhares de títulos
disponíveis para download gratuito, desde lançamentos a
raridades, de paulocoelhos a shakespeares. Por mais que
seja desagradável a leitura no computador, é uma alterna-
tiva a quem quer fazer pesquisas, ler aquele livro que falta
de algum autor, e, principalmente, aos que querem economizar. E
estão chegando os audiobooks, livros inteiros lidos e/ou recitados...
O livro também é caro na outra ponta. Imprimir 100, 200, 500 có-
pias no atual mercado gráfico e editorial de Cascavel ou é uma mis-
são impossível ou inescrupulosamente inviável. As empresas reivin-
dicam uma realidade econômica muito distante. Ou o
artista desembolsa R$ 6 mil por mil livros ou o engaveta
o trabalho por tempo indeterminado. A segunda opção
tende a ser a mais atrativa, quase incompreensível.
E os que pagam pelo milheiro seguem para uma segunda
jornada: vender a produção. Tudo começa com um lança-
mento, no qual o autor investe mais R$ 500. Divulga, convi-
da e escreve dedicatória nos 30 livros vendidos. O quadro
se inverte: saem os investimentos entram os gastos. Não há
lucro para pagar o coquetel que desapareceu em minutos
e nem para cobrir o desgosto de ter de usar o restante dos
pode ajudar a reverter
alguma coisa é da Aca-
demia Cascavelense de Letras. Em verdade, do presidente,
Antonio de Jesus, que tirou uma grana do próprio bolso e
comprou uma impressora de médio porte que deve facilitar
aos novos escritores a impressão de pequenas tiragens.
Ainda está sendo formalizada uma editora, até agora fo-
ram feitas apenas duas impressões internas. A revista his-
tórica Foto e Memória e 250 exemplares da Revista anual
da ACL. “Mas já tem gente pedindo orçamento”, comenta
Antonio de Jesus, que nessa semana recebeu o título de
cidadão honorário de Cruzeiro do Oeste.
O preço do papel, o gasto de luz e tonner, além de uma por-
centagem de manutenção somados devem fazer do preço
unitário do livro chegar a uns R$ 10, valor um tanto acima do
Desde o primeiro domingo em que este caderno
foi publicado, a intenção deste espaço, intitulado
Emblogado nas noites em que a cabeça deva-
neou para criá-lo, foi mostrar espaços interessan-
tes – ou mesmo denunciar os desinteressantes –
que a Internet pode oferecer. O trabalho é árduo
à medida que é complexa a teia formada pelas
informações infindas da rede (sempre pensei ser
mais difícil escolher quando existem possibilida-
des tão diversas quanto é nosso gosto por duvi-
dar). Da mesma forma, é interessante e sempre
surpreendente procurar pelo que não se espera.
Afinal, é essa a busca a que nos fiamos.
Outro ponto importante que gostaríamos de
frisar desde o início é o fato de a produção da
blogosfera da nossa região não é de se envergo-
nhar. Há mais gente do que se pensa querendo
dizer o que vem à mente, fazendo o peixe ven-
der, contando aquilo a que a vida os apresenta.
É certo que não em tantos momentos este
espaço se dedicou a contar o que fazem
esses vizinhos de presença física na
grande rede, mas não é por isso
que os perdemos de foco.
Acontece que a Internet
dá a impressão de
que todos são
próximos;
que o virtual
é a esfera que nos tor-
na juntos sem que, realmente,
tenhamos que ser.
Numa lista que não acaba aqui
e que aceita sugestões, e-mails,
tuítes e afins, nos aventuramos
por terras de cá no mar de to-
dos. Acessem.
,GHLDV
Sobre trabalhar
no ALT.
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Duas v um tanto
e mais
DIRETOR-GERAL Marcos Formighieri DIRETOR ADMINISTRATIVO Guilherme Formighieri
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EDITOR-CHEFE Paulo Alexandre JORNALISTA RESPONSÁVEL Anderson Costa
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REVISÃO E COLABORAÇÃO Julliane Brita COLABORAÇÃO Oniodi Gregolin
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PROJETO GRÁFICO/ILUSTRAÇÕES Jeferson Richetti
CMYK
Toda noite a Gata Amarela sentava-se à ja- É... era mesmo um amor desses alcançasse os sentidos de Noel. Assim
nela e esperava ansiosa pela chegada do de dar desatino na ideia de qualquer bi- passaram-se meses, passaram-se anos,
seu beija-flor. Toda noite? Sim, aque- cho. A dona da Gata não abria a janela com até que um dia a dona da Amarela
le beija-flor preferia chegar com medo que ela escapasse. Noel bicava com toda mudou-se e levou junto Ela. Noel
o orvalho, tecendo entre uma sua masculinidade para abrir a porta dos braços, ou não sabia, na verdade nem Ama-
“Liberte Dorian
bicada e outra poesia com melhor, dos abraços da Amarela. E era nessa hora que a rela. Continuou todas as noites
o pólen recém-umedeci- dona fechava ainda mais a janela da Amarela. – Já pensou se a bicar na janela, a tocar jazz
do. Poesia para sua Gata o beija-flor entra? Já pensou que triste cena, a Amarela abo- em seu ninho para Ela. Noel
Amarela. Achava a luz do canhando e dando fim a esse pequeno? Pobre Dona, não sabia se encheu de um vazio tão
O drama ficcional de Oscar Wilde apro- sol um tanto incomoda- nada mesmo dos encantos e encontros do amor... denso que, parecia, estoura-
seu livro Gray
xima-se do mito de narciso ou do mito tiva. É que o Beija-Flor ria a qualquer instante seu
faustiano, no qual, em prol dos prazeres Tinha gente que fazia piada, tinha gente que atiçava, tinha
Noel não saía beijando peito de dor. Um peito que
mundanos, abdica-se da alma. Dorian, um gente que não parava, só não tinha gente que acreditava. E É
todas as flores ofereci- sempre lhe pareceu tão peque-
jovem e belo aristocrata inglês da era vi- Amarela ronronava mais e mais alto que qualquer pulmão que
das que se abriam em no, desatinado, havia se trans-
toriana, apaixona-se pelo próprio retrato felino conseguisse. Ela explicava de todas as formas que ela não
pétalas perfumadas e formado num abismo de pavor.
da gaveta”
pintado por Basil Hallward e deseja pro- podia que não abocanharia, mas amaria, amaria, ama- resistia à
aveludadas. Noel preferia Não aguentaria... Amarela mudou
fundamente que aquela beleza se perpetue nele e que a velhice do corpo se reflita ria. Mal sabia Amarela que isso era bem a cara dela. melancolia do
a noite porque não gostava de janela, mas não saía dela, mesmo
no quadro, com a condenação de nunca mais poder contemplá-lo. Que isso ela já fazia. Amava Noel mesmo pela ja- som do jazz e aquele Beija-
de ser tão pequenino, e com nova, diferente e mais alta, olhava ago-
nela. Não havia amor de todo tipo nesse mundo? flor era tão azul... E os olhos tão fir-
E ao vender a alma pelos prazeres da juventude eterna tem início a decadência de a luz da lua sua sombra se es- ra dia e noite a procura de seu beija-flor.
Amor de Internet, de portão, de parente? O mes que ela teve certeza que eram os
Dorian Gray. “Paradoxalmente, o retrato passa a revelar cruamente a leviandade de palhava gigantescamente na ja-
dela era amor de janela. Mal sabia Amarela Foi quando uma ventania, dessas que olhos que a carregariam para sempre.
Dorian, que nos leva à reflexão sobre os padrões de beleza em cada sociedade, em nela da Gata Amarela.
livros como brinde ou pre- conseguindo em uma que Noel amava e amava e a amava mui- fazem as folhas secas brincarem no ar e Noel aproximou-se com milhões de
cada época; envelhecimento versus juventude; a Ninguém entendia como era pos- to, mesmo assim, com um vidro se- as sacolas plásticas dançarem pelas cal-
sente aos amigos. gráfica, que pode fi- batidas de asa para manter-se pai-
procura de novas e prazerosas sensações a qual- sível ela, altiva, tão dona de si, tão parando, mesmo começado de re- çadas esquecidas pela rotina, que o per-
car em R$ 5 e R$ 6, rando como uma dobra no tempo
Uma iniciativa que quer preço; o crime e a punição”. persa, tão macia, tão nobre, tão felina, pente. Porque era assim mesmo fume de Amarela chegou à sua retina. É
porém, o investimento total será bem menor. daquela felina. Mas o descompasso
não escolher um bichano para ronronar que se fazia possível beijar Ela. que Noel entendia de perfumes, podia mais forte era o tum-tum-tum de seu
A Companhia de Teatro Hierofânico da Unipar
O presidente nos inteirou sobre as habilidades da má- seu amor. Bem, talvez seja porque ela não desenhá-los se assim o pedissem. coração que encantou ainda mais
apresenta hoje, às 19 horas, no Centro Cultural Às vezes Noel simplifi-
quina enquanto apontava as primeiras produções. “Ela tenha escolhido. Essas coisas a gente não que qualquer jazz, até mesmo Blues
Gilberto Mayer, a peça O Retrato de Dorian Gray, cava, chamava Amarela Descabido, descompassado, atordo-
faz praticamente tudo. Com ajuda de um programa in- escolhe mesmo, quando percebemos já fo- (Amarela amava Blues).
adaptação de roupagem contemporânea assinada de Ela, num verso aqui, ado, Noel voou o mais alto que pode,
tegrado, ela diagrama, imprime e intercala. Apenas o aca- mos escolhidos e envoltos e seduzidos e já é
pelo ator e diretor Sidnei de Oliveira. O ingresso numa música, numa bateu em galhos, machucou a asa,
bamento o autor terá de fazer em outro local” e explica O pequeno Noel saiu voando sem
custa R$ 5 e um quilo de alimento, que será desti- tarde demais, ou quem sabe muito cedo. Cedo
que só para essa finalização teria de ser adquirida outra pintura de aquarela. voou ainda mais rápido preenchido dizer nada, abandonou aquela gata
nado ao Lar Esperança. A encenação conta com fi- para ronronar uma história nova. Tarde para
máquina, cujo valor é superior ao da impressora. Noel era artista, ou do encantamento que lhe provo- apaixonada no parapeito do terceiro an-
gurino desenvolvido pelo curso de Design em Moda desistir antes de começar.
pelo menos tinha cava o perfume daquela gatuna dar. Amarela não acreditava, pensou até
Problema com solução encaminhada, nos falta pensar da Unipar, e cenários criados por Kaibers, da Asso- As passarinhas da vizinhança cantarolavam alma de poeta, alma que lhe roubara o canto. em se atirar! Grande fora a surpresa, ao
nos detalhes, porque precisamos de milhares deles. Bem ciação dos Artistas Plásticos de Cascavel. o dia todo canções de amor a Noel na vã espe- de quem transborda
Noel só pensava em beijar se virar, dar de cara com tal proeza, coisa
fala a jornalista altiana Julliane Brita: em Cascavel, temos rança de tocar o coraçãozinho daquele Beija-Flor sensibilidade pelos mais linda estava para se inventar... Eis que
quem escreve, falta quem os leia. Ela e achou finalmente a ja-
lustroso e azul. Noel nem ouvia, ou quem sabe poros. Amarela era surge Noel com uma margarida, tão bran-
nela, nela uma fresta para
ouvisse, mas levantava um pouco mais o volume lisa e passavam todo ca, tão macia, fez Ela suspirar, um suspiro
o amor. Amarela, enter-
do jazz no seu ninho e punha-se a praticar notas o tempo perfume nela. que meio tímido foi criando força e forma,
necida, colocou a frágil
incríveis em seu saxofone, notas macias, notas Ela até que gostava, por- tomou outras proporções, tomou conta dos
cabecinha para fora,
longas, doloridas de tanta beleza para chegar que, assim, espirrava e dois, ela olhou para baixo, preparou bem as
empurrou seu corpo
ninando a Gata que não saía da janela. espalhava seu cheiro num quatro patinhas, ele desesperado com medo
num lapso de medo
ar bem alto, bem longe que da queda, acompanhou em câmera lenta os
e de ardor.
movimentos da felina até o chão.
Era a primeira vez
Insert mais raro do que poderia ser, esse já M-eus Outros que os dois pairavam Amarela machucou uma pata. Mas decidiu
é um diferencial considerável. (m-eusoutros.blogspot.com) tão perto sem vidros. ser gata de rua e de Beija-flor. Assim, Noel
(fatosinseridos.blogspot.com)
O único espelhamento cantava, cantava, cantava, mas agora não
Sidnei de Oliveira movimenta cultura em Na mesma toada do anterior, este blogue é mais em janelas, só em portas, as pessoas
que se fazia intenso agora
Cascavel por meio da arte dos palcos. Na Cia. Pergaminhos puro lirismo. Somos fãs de Tere Tavares desde abriam e viam Ela, lá posta, esperando
era o reflexo um do outro nas
de Teatro Hierofânico, da Unipar, já apresen- (pergaminhosolivan.blogspot.com) que a descobrimos, e agora que a plataforma um prato qualquer. Depois, saciada,
retinas de cada um. Amarela até
tou diversas peças e adaptou outras tantas. de trabalho dessa escritora e artista plástica saíam em uma saga à procura de
Quando disse região, falei sério. olhou para trás para se despedir da
A nova empreitada do ator é o Insert, um cascavelense foi por ela expandida não dei- uma fl or feia. Amarela era posses-
Não é à toa que um representante de dona. Mas gato não nasce pra viver
“blogue de notícias e informações que tem xaríamos de segui-la. Ela conta os poemas siva, mas Noel também precisava
Quedas do Iguaçu bateu à porta do preso, a menos que
como objetivo inserir conhecimento de fatos pelos quais já nos apaixonamos, e conta um se alimentar, então, com uma
ALT de forma a ser muito bem-vindo. seja preso pelos
interessantes”. O espaço ainda está no início, pouco a vida que a inspira. Um blogue de patada Ela esmigalhava aque-
O poeta Solivan Brugnara já é um co- beijos de um
mas parece uma boa aposta. Sidnei apresen- alma bonita – sim, isso também se vê na rede las fl ores abertas, Noel se
laborador de longa data e agora pode Beija-Flor.
ta retratos de uma forma possível somente com olhos de vontade – que merece ser visto. deleitava com o pólen,
ser lido no papel virtual que escolheu
por meio da subjetividade de um olhar que Obrigada por tê-lo feito, Tere. mas agora de forma
para contar poemas, imagens e histó-
se compadece, que consegue se colocar no diferente. Ela, uma
rias. Além de conhecer o escritor por
lugar do outro. meio dos dois livros já publicados por Mirian gata muito esperta,
Muito ele – Incoerências (2007) e Encanta-
Cineclube Silenzio Conci* umedecia com sua
(cineclubesilenzio.blogspot.com) FLORIANÓPOLIS | SC língua áspera de
dor de Serpentes (2007) –, é possível
Quem gosta mesmo de cinema em Casca- felina o pólen es-
acompanhá-lo no blogue atualiza-
vel já deve conhecer esse blogue ou ao me- palhado para seu
do com frequência. Prestígio virtual
nos deve conhecer o projeto que o originou. amor. Noel pre-
também é válido para incentivar
O Sesc Cineclube Silenzio, realizado aos sába- feria, porque era
aqueles que se viram como
dos, a cada 15 dias, às 19h30 no Sesc, foi cria- assim que sentia
podem para alimentar
do com a “intenção de difundir o cinema-arte o gosto da sua
a arte pela qual se
a partir da projeção de filmes nunca lançados gata esparra-
apaixonaram.
no Brasil e daqueles que foram esquecidos mado com o
por aqui”. No blogue do projeto, você se in- pólen doce de
forma antes de ir assistir ao filme e se prepa- uma flor.
ra para a discussão *Professora
que ocorrerá por lá
depois do filme. O
prato completo.
Dos detalhes
crônicas feita pelo autor.
Talvez essas 50 não sejam
as melhores, mas é possível
afirmar que são as essen-
ciais da obra de Rubem Bra-
que nos faltam
ga. Edvaldo Pacote, jornalista
Oniodi e amigo de Braga, o definiu
Gregolin em algumas palavras: “Era
CASCAVEL | PR
preciso ser muito seu amigo
para que ele entreabrisse uma
porta de sua alma. Ele só era
Sebos têm um status importante no Por coincidências da rede, parei Crônicas Escolhidas (2009, 168 p.), e do menos contido com as mulhe-
comércio de livros devido aos preços no site da Editora Record (record. segundo, 35 Noites de Paixão – contos res.  Quando não estava apai-
baixos e pela possibilidade de encon- com.br) e fui verificar os lançamen- escolhidos (2009, 168 p.). xonado por uma em particular,
trar perdida por alguma prateleira tos. Há uma diversidade de livros estava apaixonado por todas”.
Rubem Braga é sem dúvida um dos
uma raridade. A Internet tornou- que chamam atenção pelo título, Dalton Trevisan, por sua vez, dis-
mais sutis e refinados cronistas do
se nos últimos anos um território mas ao se tratar de preço ficam a pensa comentários nesta coluna
País desde Machado de Assis. A obra
muito mais amplo para encontrar desejar no quesito acesso facilita- devido à quantidade de vezes que
dele pode ser descrita como a crônica
obras já não mais editadas e que do. Grande parte dos livros da edi- foi citado e comentado. A nova
poética, dotada de lirismo que pou-
não são fáceis de encontrar e tora tem o preço acima dos R$ 30. coletânea acrescenta apenas dois
cos conseguem trazer para o gênero a
com um detalhe: preços baixos O que considero deveria ser bem novos contos à anterior, 33 Contos
partir de acontecimentos cotidianos.
também. A comodidade da In- pelo contrário, até mesmo com Escolhidos, formando os 35. Ler Dal-
Certa vez Rubem foi solicitado pelo
ternet muitas vezes se opõe incentivos e subsídios do governo ton é estar numa atmosfera impeca-
amigo e escritor Fernando Sabino a
ao oficio de livreiro cercado para que o preço fosse mais baixo e velmente descrita no estilo conciso.
escrever sobre si mesmo, declarou:
pelos milhares de obras. Há que estimulasse o acesso à leitura. Uma atmosfera da escória, das putas,
Iniciação à “Sempre escrevi para ser publicado no
quem não abra mão de um Mas quem procura encontra. No
ácil linha editorial os dia seguinte. Como o marido que tem dos mendigos, dos drogados, dos ex-
n ã o é f T. som s, sebo, há outros que prefiram mesmo site de preços exorbitan-
,
Olha r ao AL Não oso que dormir com a esposa: pode estar cluídos. Dalton nunca escreverá sobre
a a enci ficar em casa. Nesta semana, tes me deparei com dois livros: um
cheg ada até tend enas achando gostoso, mas é uma obriga- a donzela na janela; seu objeto de es-
tr ns ap
e n o u vos. este espaço dá uma folga de contos e outro de crônicas por
Da , sã s. pati ção.  Sou uma máquina de escrever tudo é a pura marginalidade esquecida
ç ã o
par t i c i
apenas R$ 12,90. Rubem Braga, um
reda rredore para o rodízio de sebos de com algum uso, mas em bom estado no submundo. Ler Dalton é tornar-se
13 co Cascavel e parte em busca dos mais aclamados cronistas bra- Dalton. Vampiro preciso que não vacila
),0 de funcionamento”. A nova antologia
de outros meios de se ter sileiros e Dalton Trevisan, meu pre-
acesso a uma boa leitura dileto contista, saltaram aos olhos
editada pela Record reúne crônicas ao cravar dentes. Ficam as indicações ba-
publicadas entre 1935 e 1977, retira- ratas e de importância grande nas biblio-
sem gastar muito. com novas edições. Do primeiro, 50 tecas pessoais: já tenho Dalton.
das de uma seleção de 200 melhores
CONTATO alt@gazetadoparana.com.br Os textos de colaboradores e as
t
04 ou
09
www.gazetaalt.com | Rua Fortunato Bebber, 868 opiniões neles expressas são de
20
Jardim Pacaembu | Cascavel - Paraná - Brasil responsabilidade dos autores e não
CEP 85808-360 | PABX: +55 45 3218-2543 expressam a opinião do jornal.
 Desmaia o sol por trás das nuvens.
Há dias que ele não é visto. Nos cau-
dalosos rios de asfalto não passam
barcos, mas se chovesse um pou-
co mais o intuito do empresário
que visitei seria útil. De barco
sespero: não se assemelhava
entendo pouco, o tamanho
à coisa com formato de barco
– grande ou pequeno – ape-
mais parecendo um amontoa-
nas isso. Nunca me esmerei
do de garrafas de refrigerante
por este assunto, já que a
que eu havia imaginado.
mim parecia inútil, e que
me serviria apenas para “Quando foi que lhe surgiu da espuma. Se eu
contestar alguém algum esta vontade de criar um bar- tivesse comprado
dia em alguma calorosa co?”, pergunto a Osmar. “Foi no um barco de alumí-
discussão. Mas eis que ano passado, em novembro. Eu nio, eu já teria eco-
chega o dia em que sinto comprei um terreno no alaga- nomizado muito.
culpa da parcimônia com do da Usina de Salto Caxias, em Até agora este barco
que me aprofundei neste Boa Vista da Aparecida. Come- já me custou o do-
tema. Cascavel não é ape- cei a construir uma casa e surgia bro do que custa um
nas soja, como pensa o res- a vontade de ter um barco. Mas barco comum de alu-
tante do Brasil. Aqui, Osmar não queria um barco de alumínio mínio já motorizado,
Gasoto, empresário de 65 comum, porque não tem estabili- e olha que ainda não
anos, acordou um dia e resol- dade. Pensei em construir um pró- comprei o motor des-
veu fazer um barco. prio e assim começou tudo”. Sem te que deverá ser bem
conhecimento algum de constru- potente para dar con-
Parto para a rua como quem
ção de barcos, Osmar pesquisou na ta”. A conta do estaleiro
procura destino. Na altura na
Internet as medidas de um barco improvisado de Osmar
Rua Erechim, movimentada pelo
para se ter estabilidade e, princi- já ultrapassa os R$ 6 mil,
Almir Feijó, em 1978, fluxo de carros que se destinam
palmente, boiar. “Eu peguei na In- mas ele ainda faz graça
perguntou a Paulo Leminski da região Oeste a Leste, Velotec,
ternet as medidas; com os materiais desse fato: prefere assim,
qual era a bronca dele com o conto. Afinal, um a empresa especializada em velocí-
necessários eu já sabia trabalhar”. “E gastar um pouco mais para
literato, signo de virgem, de 24 de agosto de 44, nascido em metros de veículos é meu destino.
alguém com conhecimento na área obter aquilo que deseja do

Um ponto
Curitiba, que vivia literatura pelos poros, era contra uma nem seríamos capazes Ainda não conhecia a figura que me
forma da arte em que foi mestre. Novidade não é que ele lhe ajudou nesta empreitada?”, “Não, modo que concebeu. Ele me
de o encaixar num determinis- receberia e nem imaginava que fos-
pensava a forma como poder, e este era especificamente o apenas o meu filho no início, mas ele explica todos os detalhes da
mo menor. Quando nos perguntam quem se um senhor simpático de 65 anos.
ponto que o movera, que o fez movimentar uma passeata contra o é leigo, como eu”. construção do barco, mos-
foi Paulo Leminski, dizemos apenas, com variações insigni- Levo comigo câmera, gravador e mais
conto e carregar um cartaz que dizia: ficantes, que foi aquele que nos deu esperança. trando minúcias que só mes-
alguns objetos inúteis. Nos ânimos, O desenho do barco começou ain-

do conto
mo quem inventou é capaz
O CONTO Injustificável até determiná-lo com números e histórias não trago o mesmo fôlego de quem volta de da na cabeça de Seu Osmar. Já com
de perceber. E se perguntam
MORREU! nossas. Entretanto, é necessário dizer aquilo que já disse no uma batalha; sem perder a compostura, o casco pronto e todas as medidas
se vai boiar, ele é rápido: “Já
começo e retirei da descrição que o brasileiro Paulo Leminski salto na rua e me dirijo à empresa indica- conferidas para que nada desse erra-
testamos, colocamos quatro
A bronca, de fato, disse o Polaco, referia-se à facilidade gerada pela Filho fez dele mesmo. Filho de Paulo Leminski – por sua vez, da. No balcão da oficina, Osmar conversa do, foi iniciada a confecção do detalhe
filho de poloneses da província de Naráyow – e de Áurea Perei-
homens todos de um lado e a
forma do texto que conta uma história mais curta que o romance. com a esposa, que se dedica a um trabalho que, acredito, não apareça em nenhum

que não ra Mendes, filha de um paulista e de uma paranaense, faleceu água nem chegou ao meio do
“O conto representou, no Brasil, a mesma coisa que o Volkswa- manual típico de mulheres: o crochê. Sem outro barco. Começo a tirar fotos e o
gen representou, em termos, digamos, vários. O Volkswagen colo- na mesma cidade em que nasceu, no dia 7 de junho de 1989, casco”. Pergunto ao construtor
muitas apresentações, o retorno do casal inventor resiste ao flash da câmera.
cou a classe média sobre rodas e o conto deu a todos a ilusão da aos 44 anos. Na precocidade bela dos poetas, Leminski diz ter qual a motivação dessa cruzada
é inesperado. Como se já tivesse intimida- Peço que ele embarque na pequena nau
possibilidade de uma carreira literária, que é uma coisa bem mais feito o primeiro poema aos oito anos, “O Sapo”, “cuja temática por um barco. “Ah! O objetivo é
de, sinto-me entre os meus, sem que possa e sente-se e um pequeno banco que há,
complicada. E o conto tomou conta. Foi amarrado por concursos remetia à vida campesina e bucólica do interior do Brasil”. se divertir, é um hobby. Depois de

se conta
haver qualquer constrangimento. “Você vai mas ele se nega e diz que apenas em-
patrocinados por estados da Federação. Por entidades oficiais. Por certa idade a gente tem que curtir
escrever sobre o barco dele?”, me pergunta a barcará quando estiver tudo pronto e já
revistas particulares. Foi cercado de todo um poder de tal forma que Entre detalhes talvez refutáveis e esmeros de nossa parte a vida”. “Gosta de pescar?”, “Opa,
esposa incrédula, “Sim, sobre o barco que ele puder navegar, antes não. Nas laterais e
hoje é o gênero hegemônico, o gênero no poder no Brasil. É aquele com relação ao ídolo recrutado a figurar em nossas páginas, claro”, “E quem te acompanha?”,
está fazendo”. “Aquilo é uma coisa, é muito no fundo, o barquinho tem dezenas de
que conta com o maior número de facilidades editoriais. É aquele que gostaríamos de lembrar que a vida de um poeta é, por ve- “Ah! Os filhos e os netos”, “Onde o
feio”. “Mas não precisa ser bonito, tem que ser garrafas pet. “Nos dois lados, em pé, tem
encontra abertas as portas das editoras. É aquele que é contemplado zes, o mais refinado poema deixado por ele. Fomos em uma senhor gosta de ir pescar?”, “Ali no
equipe afinada buscar as entrevistas que apresentaremos funcional”, retruco a investida de desânimo que 45 garrafas de cada lado e no fundo 200”.
com as mais polpudas premiações estaduais, premiações já milioná- lago onde tenho o terreno”, “E pega
por estas páginas em uma terra muito diferente apesar dos ela me lança. “Na verdade aquilo nem é barco, já “E por que o senhor usou garrafas, é para
rias. É uma verdadeira loteria literária que o conto proporcionou bem ali?”, depois de muitos risos ele
no Brasil. Sou contra isso que se faz em torno do conto e com o quase 400 quilômetros que nos separam dela. A cidade de parece mais um submarino”. boiar?”, “Na verdade não. O espaço entre
responde com dúvida: “É... uma frita-
conto. Obviamente, não sou contra uma forma, apenas. Aí se trata mais do que uma forma. nome inspirado em Londres nos encantou pelo Londrix – Fes- as garrafas é preenchido com poliuretano,
Osmar me chama para descermos ao porão da da”. “Qual é a idade do senhor?”, “Es-
Se trata de todo um negócio. Um grande negócio que se fez em torno do conto. Pra mim, em tival Literário de Londrina, realizado de 22 a 27 de setembro. semelhante a uma espuma de isopor. Eu
oficina onde trabalha com a esposa. Lá embaixo, o tou com 65, já está na hora de pescar,
Julliane detrimento, digamos, da produção propriamente literária. Da produção textual”. A quinta edição do festival relembrou os 20 anos da morte de barco está guardado numa espécie de estaleiro sem
queria economizar, porque este é um ma-
né!?”. É inevitável não sorrir diante das
Brita Leminski e nos ofereceu duas oportunidades únicas se considera- terial bastante caro, por isso usei as garrafas
Leminski, intelectual multimídia que tratou da linguagem como ponto central do trabalho que mar. A chacota da esposa de Osmar e mais as infor- brincadeiras de Seu Osmar. “E na inau-
CASCAVEL | PR mos nossa pífia localização geográfica: ouvir sobre Leminski e parti- para economizar no espaço que precisaria
exerceu em muitos campos, tinha uma visão evolutiva da literatura. Pensava ele que o texto, o mações que recebi anteriormente me assustam um guração vai ter champanhe?”, “Claro, vai
fazer literário, evolui como a ciência. E ele estava comprometido com essa evolução. “Acho que cipar de um evento literário – coisa inexistente por aqui –. Um evento, pouco. Não fazia a menor ideia de como seria aquele ter direito a tudo”, “E já tem nome para o
o conto é acadêmico, que ele retarda essa evolução. Retarda porque principalmente do modo por sinal, patrocinado pelo governo do Estado e pelo município de Lon- barco. Juntando os cacos: ele o construíra a base batizado?”, a resposta vem rápida acom-
como ele vem sendo encarado no Brasil, é uma espécie de última defesa do sistema literário drina, que fizeram o que não se vê com frequência: incentivaram e não de garrafas pet, parecia um submarino se- panha de risos: “Ainda não, mas estou
que está completamente bichado pelos grandes meios de massa em volta dele e que tendem atrapalharam com pedantismo e verborragia. Sobrepôs-se, então, a ótima gundo a esposa, isso me assustava. aceitando sugestões”.
a dissolvê-lo. (...) O conto é um fator da involução textual. Tem funcionado como uma força direção de Christine Vianna e Marcos Losnak, e a colaboração de muitos ou- Cruzei os dedos e pedi no fun- * Mande também sua sugestão de nome para o barco de
conservadora e retrógrada. A existência dele impede que o texto ganhe a dinamização que tros nomes que foram mais braços, pernas, cérebros e vontades.
do dos meus desejos que me Seu Osmar para alt@gazetadoparana.com.br.
vem dos grandes meios de massa e que tenderiam a transformá-lo numa outra coisa, já, O dia que nos recebeu foi a sexta-feira, 25 de setembro, em que o jornalista Toni- aparecesse algo interessante, já
inclusive, para além da própria categoria de literatura, que não me interessa nho Vaz, escritor da biografia de Leminski O bandido que sabia latim (2001), discursou que de estética não poderia es-
mais. Pra mim, a literatura não passa de um fetiche universitário”. com o título “Introdução à Poética de Paulo Leminski”. De quebra, assistimos à mesa perar nada. Acredito que a falta
Antes que afoitos recriminem um comentário que não entendem, com os escritores Marco Vasques, Rodrigo Garcia Lopes e Maurício Arruda Mendonça, de expectativa é o que motiva
Leminski renegava a literatura da forma que estava sendo produzida de tema “O Universo Leminskiano”. Todos muito solícitos e dispostos a relembrar Leminski para
a surpresa. É claro que a esposa
– e não podemos dizer que muito tenha mudado desde lá –. O com- que o mito não vire superficialidade.
de Osmar queria me desmoti-
prometimento do “bandido que sabia latim” passara a ser, àquela As entrevistas e o conteúdo das palestras oferecidas em Londrina figurarão nas próximas edições var apenas para me surpreender.
altura da vida, já aos 34 anos (dez antes da morte prematura), com do Gazeta ALT. Nem em conto nem em haicai, forma oriental de poesia breve muito utilizada por Sem maldade alguma. A revelação
uma coisa para ele mais complexa, a cultura. Se ele gritou que o Leminski, mas em palavras sinceras que pretendem reviver uma história que não morre facilmente do barco traz alento ao meu de-
conto morreu, uma forma tornada descaminho e involução, é por- e esgueira-se sutilmente humorada por mentes sedentas. Para o ponto ser lembrado e pedir mais,
que a inquietação gritou mais alto. Da mesma forma que berrou a um trecho da entrevista de Maurício Arruda Mendonça.
vida inteira nos ouvidos de bigode e sagacidade linguística.
“Paulo Leminski foi um grande poeta, prosador e ensaísta brasileiro. Sua marca, creio, foi conseguir
Chamaremos Leminski, neste caderno, de “escritor”, “poeta”, “in- unir informação de alto teor teórico e artístico com linguagem clara e ágil, capaz de dialogar com lei-
telectual”; mas a amplitude da aura que exala a obra e os contados tores especialmente os jovens. A formação de Leminski é uma proeza. Uniu os conhecimentos adqui-
da vida desse paranaense parecem fugir ao campo semântico de ridos em Seminário Beneditino (fortes no latim, grego e línguas modernas); conhecimento de história
quaisquer dessas palavras. É preciso, entretanto, dizer. Que há vin- do Brasil, pensamento contracultural, conhecimento das vanguardas lite-
te anos ele deixou a vida-poesia que vivia de forma ressoante, mas rárias dos anos 50 e 60, a própria teoria marxista, o estruturalismo e, espe-
a linguagem foi tão pensada que o conta até hoje. E nós o contaremos também, pelas próximas cialmente, o ativismo cultural, já que era um excelente polemista. Como
edições, com entrevistas exclusivas de pessoas que conheceram ou que ad- podemos ver, um perfil que nos falta hoje em dia, e que foi momentane-
miram e estudaram a obra profícua. Deixa-nos um tanto menos amente ocupado por figuras polêmicas como um Gerald Thomas por
preocupados o fato de que o próprio sui generis ofereceu-nos exemplo (naquilo que ele teve de mais criativo). Estudando uma de suas
algumas autodenominações, que usaremos sem pedir licença: obras-primas, o romance-ideia Catatau em meu mestrado, fiquei surpre-
“cachorrolouco”, a “besta dos pinheirais”, o “ex-estranho”, “o que so em constatar a quantidade de referências literárias, históricas
chegou sem ser notado”, o “anarquiteto de desengenharias”, o e culturais que Leminski conseguiu reunir, uma coisa que, Onio
“bandido que sabia latim”. hoje, só se conseguiria com a Internet. Portanto, Leminski é Gregodi
Semelhante trajeto de palavras-definição fez o poeta Haroldo sim um dos grandes intelectuais formados na leitura longa C A SC li
AVE n
de Campos quando o determinou o “Rimbaud curitibano com e meditada de muitos e muitos livros. É como eu digo: Le- L | PR
físico de judoca, escandindo versos homéricos, como se fosse minski faz muita falta hoje, e creio que, se vivo, teria um dos
um discípulo zen de Bashô”; o chamou ainda de “intelectual blogues mais acessados de nosso País. Ele era talhado pra
completo”; Helena Kolody, suavíssima poeta paranaense que esse tipo de mídia”.
bem o conheceu, nele identi-
ficou “um marco original e luminoso
em nossa literatura”. Se Augusto de
Campos, outro de nossos poetas, o
denominou o “maior poeta brasi-
leiro de sua geração”, não somos
tão generalistas

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Compacto é um espaço
destinado a comentários individu-
ais, intransferíveis e aleatórios sobre os CD
indicados (ou não). As opiniões emiti-
das não são de responsabilida-
de do autor do texto.

Anderson
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da derrocada “A humanidade andou bas-
tante desde o tempo em que
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Estão dizendo que a repercussão do 4° Festival do Cine- a pedra lascada lhe servia para
ma de Cascavel se estendeu até o hall do Gilberto Mayer, fabricar a suas armas, para lutar
e ficou por ali. Pois é, já se passaram alguns dias e não desesperadamente pela existência.
parece ter alguém com algum espírito saudosista. O ALT Esse período durou milhares e milhares
não cobriu o evento devido ao choque com outras pro- de anos durante os quais o gênero humano
gramações, entretanto, manteve-se antenado e o que acumulou tesouros incomensuráveis. (...)”
ouvimos é que tanto as oficinas e as exibições nova- que possa manejar,
mente ficaram vazias.
(...)Sim, sem dúvida, somos ricos, infinita-
nem uma mina que pos- Uhull
De fato, acompanhamos a abertura do Festival, que,
mente mais ricos do que julgamos. Ricos pelo
sa explorar, sem ceder a um senhor
Tô ap
então, antecipou o ritmo da semana. Foram 40 minu-
que já possuímos; ainda mais ricos pelo que
uma boa parte do que produzir. Deve vender
Invejável roveita
tos de falação ao modo #inauguração_de_farmácia_
básica. “Declaro iniciada essa solenidade... chamamos
podemos produzir com o material conhecido.
sua atividade em troca de uma pitança magra e incer-
ta. Seu pai e seu avô trabalharam arroteando este cam- ndo
as devidas autoridades... agradecemos... louvamos...
Infinitamente mais ricos pelo que poderíamos po, edificando essa oficina, aperfeiçoando as maquinas, Broch
declaro por encerrada...”. Só faltou o corte da fita,
retirar do solo, das manufaturas, da nossa ciên-
cia e do nosso saber técnico, se fossem aplicados
trabalharam na medida das suas forças, mas ele ao vir Na medida ei
porque o filme já estava queimando. Foi burocrático
a procurar o bem estar de todos.(...)”
ao mundo, é mais pobre que o último selvagem. Se lhe
Canse
demais, político demais, careta demais. Senhores e
senhoras, é um festival de cinema!
consentem que se aplique a cultura dum campo, é com
a condição de ceder um quarto do produto ao dono e i
um quarto ao governo e aos intermediários. Se se entre-
O triste mesmo é saber que ainda nos apoia- “(...)Nas sociedades civilizadas somos ricos. Como se
mos no argumento de que Cascavel é a cidade explica então tanta miséria em redor de nós? Para que
ga à industria, permite-lhe que trabalhe, aliás nem sem-
pre mas com a condição de não receber mais que um ter-
OT
do interior do Brasil que mais produz cinema.
Já não somos há muito tempo, para não dizer
este trabalho pesado que embrutece as massas? Por
que a falta de segurança do dia de amanhã? Tem-
ço ou metade do produto, devendo o restante ficar com
N O
F T
que é conversa fiada. O ALT mesmo já fez ma- no dito e respeito a cada momento os socialistas
aquele que a lei reconhece como dono da máquina.(...)” Essa história de supergrupo com nomes de 17
cantos musicais é ideia já manjada, mas não há
C E
K NFOO Indicações do Anderson às vezes exi-
téria sobre isso. É preciso se soltar dessas ilusões
e articular financiamento para o setor, seja por
com argumentos colhidos em todas as ciências.
Porque tudo o que é necessário à produção: “(...)Entretanto o homem não é um ser que possa viver
fã de música que não goste. O problema é que,
dificilmente, o resultado é tão bom quanto o im-
I
CH HICKE a
s
ixa om.b
r)
gem muita fé para conseguir chegar até
aqui. Pronto falei. Tenho que aproveitar
leis de incentivo municipal ou por batalha no âm- terra, minas, maquinas, estradas, educação, f c os poucos espaços que me restam para
• 12 point.
exclusivamente para comer, beber e procurar um abri- pacto mercadológico. Quem lembra do Audioslave,
bito federal. Aliás, existem editais de até R$ 500 ciência foi açambarcado por alguns, duran- go. Desde que tenha satisfeito as exigências materiais, as do Chris Cornell com a cozinha do Rage Against The C edl
in e
(c d
difamar, distorcer, aclamar, fofocar, qual-
quer atividade suspeita e não suspeita que
mil para a realização de festivais de cinema, e vocês te a vasta história de pilhagem, êxodos, necessidades a que se possa atribuir um caráter artístico Machine, ou do The Firm, de Jimmy Page e Paul Rod- 9 • R 62,21
ainda estão nessa de premiar com troféu e tapinha guerras, ignorância e opressão, que a se apresentarão tanto mais artísticas e ardentes. Tantos gers? Mas não nos precipitemos. Ouçamos Chickenfoot. 200 • R$ r:
possa ser feita por meio desta coluna. Ao
nas costas. Festival é feito com grana e competên- humanidade viveu antes de aprender indivíduos, tantos desejos; quanto mais civilizada for ock o po sta tempo que me resta, dedicarei a desmora-
R d o
cia, e pouco com voluntariado e solidariedade. a dominar as forças naturais. Porque, à Cada um dos integrantes tem uma longa ficha musical. rd ica A. C lizar a imagem de algumas bandas e artistas
a sociedade, mais a individualidade for desenvolvida, Ha In d
son
Joe Satriani é uma lenda viva, um dos mais interessantes
der
sombra de pretendidos direitos ganhos mais esses desejos serão variados.(...)” que, mesmo defendidos a unhas e dentes por
Outra coisa. Mais uma vez o festival foi dos n
no passado, usurpam hoje dois terços do guitarristas solos da atualidade ao lado de Steve Vai, para A uma legião, não merecem nem um pouco mi-
pioneiros: Antonio Marcos, César Pilatti, Acir
trabalho humano, que entregam à mais ficar entre os ‘pop’. O baixista Michael Anthony e o vocalista nha dignidade de parar para ouvi-los.
Kochmanski, Abacate... É inegável a contri-
insensata e escandalosa dissipação, porque Sammy Hagar são dissidentes do Van Halen, que chacoalhou
buição deles para o surgimento do cinema
não tendo as massas com que se manter um
Trechos selecionados de A Conquis- o rock e toda uma geração de rockeiros. E o baterista Chad Smith
Neste um ano e pouco de ALT foram muitas
por aqui, porém, com todo o respeito, pre-
mês, nem mesmo oito dias, só permitem que o ta do Pão, Piotr Kropotkin. vem de uma das mais influentes bandas de rock estranho dos nossos
torturas impostas por este regime déspota de
cisamos de mais e melhores filmes e, prin- nosso editor. Muitas tardes ouvindo certas coisas
homem trabalhe, com a condição de lhes deixar dias e um cara tão subestimado quanto desconhecido.
cipalmente, de novos diretores. Sem falar que não desejo que nenhuma outra pessoa passe por
tirar a parte do leão; porque não deixam produzir É um grande grupo, sem dúvida. E o álbum de estreia também é. Tem o ‘prazer isso. Indiretamente, algumas vezes, tentei avisar, mas nem
de roteiros, urgentemente!
quanto é necessário aos outros, mas só o que ofere- de bar’, tal onde o grupo se formou, de fato, sem Satriani, no Cabo Wabo Cantina, no sempre é possível escapar da censura interna. Rancor e brin-
O Festival de Cinema deveria ser a ce grandes lucros ao açambarcador. (...)“ México. Foi só depois de alguns empurrões dos amigos que decidiram entrar em estúdio cadeiras à parte, é óbvio que ele não é um monstro, mas tem o péssimo
coroação de um ano de produções e
somados a um guitarrista de pegada, aí então rolou o convite a Mr. Satch. Enfim... prazer de nos ver definhar escrevendo sobre bandas escrotas que animam ape-
realizações e não o suspiro anu-
nas os pezinhos dele por baixo na mesa.
al de uma arte. Afinal, cinema “(...)Em virtude desta monstruosa orga- O duo de abertura, Avenida Revolucion e Soap On A Rope, jogam a expectativa às alturas
mesmo, Cascavel tem pouco. nização, o filho do trabalhador, ao entrar com riffs nervosos, bateria swingada e muita técnica, além de um vocal ao melhor estilo Nesta semana digo novamente que não foi fácil. Sim, eu ouço rock, mas em ocasiões muito
na vida, não encontra nem um campo Van Halen. Sexy Little Thing, Oh Yeah e Runnin’ Out escorrem AC/DC, especialmente as especiais, nas quais não é possível ouvir mais nada e para não ser esfolado é melhor delirar com
Obs.: No blogue do ALT, no
que possa cultivar, nem uma maquina duas últimas, talvez com uma dose maior de drama, mas o resto está tudo lá. a galera. Desta banda em questão, Chickenfoot, apenas sei de onde são, de onde vieram, conheço
menu Gazeta ALT, há in-
a banda de origem do baterista – Red Hot Chili Peppers –, e que já ultrapassaram as 500 mil cópias
dignados escrevendo sobre My Kinda Girl é a faixa mais Mr. Big do álbum, funciona, tem um bom interlúdio, mas
vendidas em CD e mais de 300 mil em LP. É venerável, mas não audível. É sério, cansei de ser bonzi-
isso. Confira e comente. Na não empolga. O mesmo caso da balada Learning to Fall, com backing vocals do hard
nho com essas bandas de rock. Há o que gosto neste vasto universo musical do gênero, mas pé de
semana que vem publica- descartável dos anos 70. Cabe a Turnin’ Left recuperar com velocidade, guitarra e bateria
galinha nunca esteve no meu paladar e nem em forma musical estará.
remos o que for possível bem quebrada. Um rock direto e coeso que nos encaminha para Future In The Past, uma
aqui nesse espaço. falsa balada que fecha o álbum. É, de novo, um hard bem levado, com swing, e um final Reitero, aproveito que ainda tenho tempo. Logo a bonança e tempo de liberdade findará
com clima de encerramento de show. E foi. para mim. Enquanto isso, ficarei apenas na desmoralização alheia, seja ela qual for ou a
quem se referir. Em tempos que o diploma de jornalismo é tratado como artigo de ca-
Chickenfoot não é um supergrupo ruim, mas também não é um Journey. Os caras
melô, não é preciso muito da deontologia dessa profissão tão massacrada. Apesar das
são bons e têm um grande disco de rock na mão, mas que, ao con-
brincadeiras, quanto ao Anderson, ele é frustrado: perdeu de comprar os
trário deles, não deve fazer história... pelo me-
ingressos pro show do AC/DC.
nos por enquanto.

www.coquetel.com.br
O home- A frente
nageado do barco
do dia 21 Impedir;
Unidade hereditária
(Biol.)
Antônimo de
© Revistas COQUETEL 2008
Relativa Desobs-
aos EUA, truir
México ou (encana-
Fora de
(?):
extraordi-
H róscopo Cin ma
N velas de abril

Homem de
inibir "autônomo" Canadá mento)

Sudeste
nário (fig.)

MALHAÇÃO
SEGUNDA - Presa na sala da diretoria por
causa das chamas, Marina grita por so-
corro. Domingas e Felipa percebem que
o colégio está pegando fogo. Rodrigo,
Paula, Alex, Caio, Diego e Osvaldo evacu-
am o colégio. Caio ouve os chamados de
Marina e avisa a Osvaldo.
TERÇA - Ubiracy explica a Juliana que
todos aqueles que não contarem com
um bom álibi serão suspeitos de terem
provocado o incêndio. Veridiana conta a
Norma Jean e Fernandinho que Alex dará
uma entrevista ao vivo na TV.
QUARTA - Renato perde a lucidez por
causa do tombo. Norma Jean pede sa-
tisfações para Veridiana pelo compor-
tamento da amiga na entrevista. Com
receio de que Juliana se torne suspeita de
ter causado o incêndio, Osvaldo chama
a atenção da irmã para o fato de ela não
contar com um álibi.
QUINTA - Cecília explica a Ubiracy que
incendiou o colégio para se vingar da re-
provação de Diego e é presa pelo policial.
Alex e Veridiana fazem um teste para
uma campanha publicitária de uma mar-
ca de jeans e agradam a fotógrafa.
SEXTA - Caju continua desmaiado e Palo-
ma chama Yasmin para substituí-lo no tra-
balho de barman. Felipa e Norma Jean se
surpreendem ao ver foto de Alex e Veridia-
na juntos em um outdoor da marca de je-
ans. Yasmin canta durante suas manobras
no balcão e atrasa os pedidos dos clientes.
SÁBADO - Não há exibição.
CAMA DE GATO
SEGUNDA - Gustavo tem um pesadelo,
acorda assustado e Verônica tenta acal-
má-lo. Verônica finge não gostar do co-
mentário de Severo quando afirma que ela
odeia Gustavo. Tião diz à Rose que precisa
de dinheiro para comprar remédios. Taís
comenta com Rose sobre sua desconfian-
ça em relação à doença de Tião.
TERÇA - Alcino fala com Verônica e
Davi que está tudo certo para o sumiço
de Gustavo. Verônica liga para Rober-
to e Severo fica desconfiado. Natasha
ameaça Gustavo ao vê-lo sair sozinho
da festa. Rose fica desesperada por ter
perdido o emprego.
QUARTA - Gustavo encontra uma mo-
chila e lembra-se de quando acampava
com Alcino. Rose dá mais dinheiro para
Tião, que segue para jogar assim que a
faxineira sai para levar os filhos na es-
cola. Sofia pede a Davi que conte para
polícia sobre o plano de Alcino.
QUINTA - Sem acreditar no amigo, Gus-
tavo deixa Alcino amarrado e vai em-
bora. Mari pede ajuda para encontrar
Alcino. Tião finge um desmaio e Heloísa
confirma sua história. Tarcísio, mesmo
desconfiado, ajuda o pai.
SEXTA - Alcino se sente culpado pela su-
posta morte do amigo. Rose briga com
Tião no restaurante e vai embora. Tarcísio
se entristece por não conseguir ouvir direi-
to o que toca no piano. Luli desconfia do
estranho interesse de Eurídice em Tarcísio.
Rose proíbe Tião de entrar em sua casa.
SÁBADO - João e sua esposa Maria cui-
CARAS E BOCAS
SEGUNDA - Piedade não aceita o pedido
de casamento de Jacques e surpreende
a todos. Judith comenta com Edgar que
não pode se separar de Pelópidas para
não dividir seu patrimônio, mas pensa
em mandá-lo para a cadeia com Gabriel.
TERÇA - Bianca usa Pelópidas e Judith
em suas brincadeiras. Dafne reconhece
a filha vestida de palhaço e Gabriel diz
que combinou tudo com Bianca. Fabia-
no procura por Ivonete enquanto ela o
aguarda em casa.
QUARTA - Gabriel é preso e Vicente se
oferece para defendê-lo. Bianca se deses-
pera. Dafne defende o marido, enquanto
Judith reitera a acusação. Anita afirma
que quem está mentindo é Judith, e Ed-
gar defende a amante.
QUINTA - Bianca analisa as atitudes da avó
e conclui que Denis é o falsificador. Denis se
compromete a pagar as despesas jurídicas
de Gabriel e diz que vai convencer Amarilys
a retirar a acusação. Amarilys ameaça falir a
butique se Cléo não apoiar a saída de Daf-
ne, deixando-a sem opção. Isaac acompa-
nha Tatiana em seu tratamento.
SEXTA - Vicente alerta Gabriel de que
a única saída é descobrir o verdadeiro
falsificador. Denis, Espeto e Lili tentam
convencer Xico a pintar. Dafne se recusa
a ir com o avô e Bianca a apoia. Pelópidas
ataca Gabriel verbalmente e os presos fi-
cam furiosos com ele. Jacques fala mal de
Gabriel e Socorro reage.
SÁBADO - Sargento Lucas suspeita que
alguém muito próximo colocou o quadro
VIVER A VIDA
SEGUNDA - Dora diz a Flavinho que
precisa arrumar um emprego e comenta
que vai ao restaurante em que trabalhou.
Luciana diz a Jorge que não está anima-
da em viver no Canadá por ter que abrir
mão de seus sonhos. A lancha de Helena
bate fortemente contra um Jet Ski e a
modelo é lançada ao mar.
TERÇA - Malu expulsa Gustavo de seu
carro, mas o advogado é obrigado a se
esconder, assim que vê o carro de Betina.
Marcos pede que Gustavo adie a reunião
com a Receita Federal, porque precisa ir
a Búzios. Marcos se impressiona com a
multidão de curiosas na porta do hospi-
tal por causa de Helena.
QUARTA - Helena convida Dora e sua filha
para lancharem em sua casa. Tereza conta
a Luciana que Regina, mãe de Renata, é
cartomante e que ela e Betina marcaram
uma consulta. Glória diz a Sandra e Edite
que o carro misterioso está parado de novo
em frente à pousada. Betina comenta com
Tereza sobre a crise financeira de Marcos.
QUINTA - Os fiscais da Receita Federal
advertem Marcos sobre vários bens que
não foram declarados. Gustavo diz a
Marcos que ele deverá dispor de metade
de seus bens para pagar a Receita Fede-
ral, sem chances de recuperá-los.
SEXTA - Sandrinha sofre ao escutar a
família comentando que a polícia não
pode fazer nada contra Benê, pois não
existem provas. Rafaela conta a Helena
que Onofre queria ficar com o cheque
que ela deu para ela e a mãe.
ÁRIES LIBRA
CASCAVEL
Falando Grego
Comedia Romântica. 12anos/ Legenda-
do, 1h40. West Side 1: Sábado e Quarta
Força G
Animação, Livre/Dublado. Dur. 01h33.
Cine JL 4: Sab. Dom. Qua. 15h20 e
17h10.
(abrev.)
cabelos
escuros Título A elevação de sua inteligência, será evi- Será bem sucedido se adotar uma atitu- 16h15; Domingo 16h40 e 19h00. Se-
espanhol
dente nesta fase. Todavia, deverá evitar de otimista. Dia excelente para estudos, gunda/ Terça e Quinta às 20h50. Cine TOLEDO
Sofrer
derrota atritos e discussões e tudo que possa, férias, amor e contatos pessoais. Uma JL 4: Diariamente 19h00 e 21h00. Os Normais 2
BELA, A FEIA PODER PARALELO Crença de uma forma, prejudicá-lo, física, men- viagem fará com que você reencontre
Comédia - 14 anos- Nacional - Dura-
(?)-cega, (?) tal e moralmente. uma pessoa que há muito tempo não vê. Amantes
Proteção brinca- Garrido, ção: 01h15. Panambi 1: Diariamente:
SEGUNDA - Adriano delira diante da SEGUNDA - Tony e Téo examinam do- externa Drama/Romance, Legendado – 14
deira cantor
de livros infantil brasileiro 19h40 e 21h20. Sábado, Domingo e
convicção de que será o novo diretor- cumentos e computadores trazidos da anos, duração 100 minutos. West Side
presidente. Max convida Bela para tra- 1: Sábado e hQuarta 19h10 e 21h00; Quarta: 16h00, 19h40 e 21h20.
agência. Téo instala um GPS no cami-
balhar na festa temática, mas ela diz que nhão que vai transportar a droga. Tony
TOURO ESCORPIÃo Domingo às 21h00; Segunda/ Terça e Força G
não leva jeito. Max diz que é uma boa revela a Téo, Lucas e Sérgio que vai ins- Ainda um período de disposição favo- O Vigor físico, agressividade e impulsivida- Quinta às 19h00.
Que vai pro- Primeiro Forma de Dotar de rável e conciliatório nos assuntos amo- de no seu modo de agir são qualidades que Animação, Livre/Dublado. Dur. 01h33.
maneira para Bela conseguir um extra. talar uma bomba no caminhão. Ele afir- gredindo, item da
aumen- data, no decote órgãos Panambi 2: Diariamente: 19h30. Sába-
Bela diz que vai pensar. ma que ninguém pode saber da bomba. suave de vôo rosos, nas associações e no relaciona- estarão reforçadas em seu caráter. A vida High School Band
tando Brasil do, Domingo Quarta: 15h00 e 19h30.
mento humano. Algumas surpresas no amorosa fará com que tenha impulsos apai- Comédia, Dublado – Livre. Duração:
Órgão res-
TERÇA - Bela, nervosa, começa a falar TERÇA - Caló pergunta a Rodrigo em ponsável Desenho ambiente do trabalho e na saúde. xonados, que podem criar situações tensas. 111 minutos. West Side 1: Sexta-feira
do cheiro das flores. Rodrigo pergun- pelo do atlas Mulher Invisível
que suíte Bruno está. Caló para na por- Censo 14h15, 16h15, 19h15 e 21h15. Sábado
ta novamente sobre o cartão. Adriano ta atônito ao ver Rudi, que diz que está Comédia. Nacional. Classificação in-
Medalha Sufixo de e Quarta às 14h15 e 19h10. Domingo
manda Verônica arrumar alguma des- acompanhando Laila. Ele fica  descon- de (?), prê- "febril" dicativa: 12anos. Cine Panambi 2: Dia-
mio do 3º SAGITÁRIO 14h40. Segunda/ Terça e Quinta às
culpa para que Rodrigo não descubra fiado e fala para Bruno que vai ter um colocado
Forma
do anel
GÊMEOS 15h10.
riamente: 21h10. Sábado, Domingo e
que foi Bernardo quem mandou as flo- jantar de confraternização. Bruno pede Aquele De pouca Novos planos para a sua elevação de cargo Quarta:16h30 e 21h10.
Sua natividade astral estará sendo benefi-
que está freqüência
res para Bela. para ele acertar os detalhes com André. acima do (fem.) ciada neste dia. Presságios benéficos para de conhecimentos profissionais deverão Up - Altas Aventuras
peso ideal Acusada
QUARTA - Bela trabalha como garçone- as amizades, os contatos com o sexo opos- ser estudados. A influência será ótima para Animação – Dublado – Livre, duração FOZ DO IGUAÇU
QUARTA - Vânia diz a Maura que Fer- Animal Admi-
Glândula
te na festa. Elvira não reconhece a irmã que mama nistrar to e o auxílio de avós e sogros. Ótimo para o amor e família e para tratar com amigos e 96 minutos. West Side 2: Sexta/ Sábado
nanda contou que Bruno é um mafioso mamária Os Normais 2
Planta Naipe do feminina publicidade, filantropia e caridade. personalidades de nossa sociedade. e Quarta 14h00, 17h40 e 19h30. Do-
e leva um susto. Ela derruba bebida em para ela, porque está com dor de coto- trepadeira baralho Comédia - 14 anos- Nacional - Dura-
Ivo. Magdalena zomba de Elvira. Nelson velo. Maura revela a Vânia que  Bruno Orientam Substân- mingo 14h30, 16h20 e 19h15. Segunda/
o vôo do cia para ção: 1:15min Boulevard 2: Segunda a
também não reconhece Bela. Cíntia ten- é Guri, o delinquente que matou o pró- morcego pintar
Terça e Quinta 15h00 e 16h50. Cine JL
Sexta: 20h15.
Gemido sepulturas 2: Sab. Dom. Qua. 14h30 e 16h30. Sex.
ta agarrar Rodrigo, mas ele se recusa. prio pai. Vânia diz que isso é um absur-
Desvio Vitamina
CÂNCER CAPRICÓRNIO Seg. Ter. Qui. 16h30. Sabado e Domingo: 18h00 e 20h15.
Nelson tem um desejo ainda maior por do. Dulce afirma à Maura que acredita moral presente Cromo
Tenha muito cuidado com a precipitação, Seu forte magnetismo pessoal hoje
Bela ao vê-la como ovo rosa. que Bruno é um mafioso. Sessão na (símbolo)
Falando Grego
solene de cenoura principalmente ao dirigir veículos. Cuide, deverá atrair a simpatia alheia, o que Tempos de Paz
tribunal
QUINTA - Dinho rouba um carro para se- também, da saúde e não intente nada de lhe trará muitos benefícios. Novas e Drama – 80 minutos – 12 anos. West Comédia Romantica- 12 anos- Legen-
QUINTA - O repórter fala ao gravador Amigo-(?):
questrar Rodrigo. Ataulfo apoia o filho e o que é novo. Algumas oportunidades no campo duradouras amizades também estão Side 2: Sexta/ Sábado e Quarta 15h50, dado- Duraçao: 1:40min. Boulevard 2:
que houve uma invasão à boate e que
falso Diariamente: 22h15.
ele avisa que o sequestro será hoje. Ricardo frequentadores foram feridos. Maura e profissional deverão ser aproveitadas. previstas. Êxito em trabalhos manuais. 21h20. Domingo 21h15.Segunda/ Terça
e Adriano trocam ameaças. Adriano fica Luz e Quinta 19h10 e 20h40.
Rafael finalmente transam. Tony revela dianteira Up - Altas Aventuras
transtornado com a pressão do tio. Ataul- às crianças que eles estão em guerra. de carros
Se Beber Não Case Desenho - Livre- Dublado - Duração:
fo diz que Dinho está se precipitando. Ele Tony tenta convencer Caló a ir para a
diz que tem tudo organizado, inclusive um Itália com a família.
BANCO
2/ré. 3/don. 4/cria — ecos — gene — ibge. 5/gerir. 6/moreno. 9/audiência. 10/ascendente.
LEÃO AQUÁRIO Comédia- 14 anos- Legendado- Dura- 1:44min. Boulevard 3: Segunda a Sex-
ta: 17h15, 19h45 e 22h00. Sabado e
çao: 01:40min). Cine JL 1: Sex. Seg. Ter.
novo cativeiro. Ataulfo fica radiante.
SEXTA - Tony olha para Lígia. Ela diz que
Solução Os fluxos indicam um bom dia. As pesso- Raciocínio rápido, excelente intuição e
Domingo: 15h15, 17h15, 19h45 e 22h00.
as a sua volta deverão colaborar bastante. mente voltada somente para o bem, é o Qui. 17h00, 19h00 e 21h00. Sab. Dom.
SEXTA - Bela tenta proteger Bernardo e não vai dar satisfação de quem entra na R O L O F A S U R A felicidade matrimonial, familiar e amo- que lhe pressagia o fluxo astral deste dia. Qua. 15h00, 17h00, 19h00 e 21h00. Se Beber Não Case
Dinho atira para o alto. Os dois se assus- casa dela. Baruel diz a Marta e Hélcio C I A D I E N U A
rosa será evidente e lucrará pelo esforço Contudo, evite excesso de velocidade ao di-
tam e Dinho acaba levando Bernardo, que Tony é um sujeito perigoso. Lígia
E C R A A A T
Os Normais 2 Comédia- 14 anos- Legendado- Dura-
O S O E C P C I no trabalho e nos negócios que fizer. rigir e seja mais constante em seus projetos.
que fica apavorado. Dinho se atrapalha decide que vai espionar os passos de Ba- R R G E R I L Comédia - 14 anos- Nacional - Du- çao: 1:40min. Boulevard 4: Segunda e
com a chave. Bela quase é atropelada ruel para o Tony. Ela recebe alta. Bruno A R A T R A CR I
ração: 01h15. Cine JL 2: Diariamente Quarta: 21h15h. Terça, Quinta e Sexta:
e cai dentro da caçamba da caminhone- manda Juraci chamar a imprensa e Ar-
I L O N Z E R B
18h30, 20h00 e 21h30. 19h30 e 21h50. Sabado e Do-
A P A G E M B I

dam de Gustavo em sua casa. Alcino
tenta explicar o que aconteceu para
falso no ateliê de Gabriel. Ivonete demons- SÁBADO - Jorge se integra ao grupo que te. Elvira e Ícaro ficam encantados com mando convocar empresários do ramo U D I A A S VIRGEM PEIXES mingo: 17h30, 19h30
as miniaturas de Montezuma. Haroldo do turismo para uma coletiva. Marta
N T E E N D E C A S
Uma Prova de Amor e 21h50.
tra um ciúme excessivo por Adenor e Fa- festeja o aniversário de Raquel e bebe um O N I F E T O Uma fase difícil, em que deverá agir Alegria e tranqüilidade com relação a si
biano fica ainda mais desconfiado. Bianca diz que agora só depende de Bela para confessa a Lígia que está preocupada D E R P E R A CA P
com muita cautela e vivacidade, para mesmo. Tendência a voltar-se para seus Drama, 14anos/ Legendado. Dur.

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pouco a mais. Paixão leva Jorge para casa,

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Rosa, mas ela lhe dá um prazo para se

04 ou
04

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diz a Felipe que vai fazer Denis confessar espalhar as miniaturas pela agência. com a relação dela com Tony.
S E R E N O O M
que tudo saia a seu modo. Tome cuida- próprios interesses e desejos, o que pode 01h49. Cine JL 3: Sex. Seg. Ter. Qui.
o coloca na cama e fica admirando o ra-

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entregar à polícia. Taís pede a Rose que T E S A D E N R T I
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do com os inimigos declarados e cuide 19h10, 21h20. Sáb. Dom. Qua. 14h50,
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esqueça Gustavo para não atrapalhar que é culpado. Decepcionado com as ati- paz. Tereza e as filhas se mudam para o SÁBADO - Não há exibição.
D G P
lhe fazer bem. No final do período, peque-
SÁBADO - Não há exibição.
t

tudes do pai, Espeto desabafa com Xico. da saúde. nos contratempos na lida com o cotidiano. 17h00, 19h10 e 21h20.
mais sua vida. novo apartamento.

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 Por mais que As artes plásticas e a literatura,
sobretudo, ainda terão de ser tro-
cadas em miúdos ao cascavelense

não precise de
comum, pelo menos se o que-
rem como público; pelo me-
nos para renegá-lo mais tarde.
Nossa imaturidade cultural

explicação e de
se deve em parte ao pouco
tempo que convivemos com
as expressões artísticas nes-
ses jovens 56 anos de vida
reptiliana e, em outra, por
A experiência da observação – A alguns metros da
obra a contemple como um todo. Observe o que se
apresenta: as bocas, os companheiros sem rosto, a ira
do rapaz... E então se aproxime aos poucos e obser-

um porquê
termos dificuldade em ve o que a distancia revela, quais traços se desta-
acompanhar culturalmen- cam, e se aproxime mais até que o rosto fique
te o pungente crescimento apenas a alguns centímetros da tela. Observe
econômico e financeiro.  de novo, note as pinceladas, o quão fortes e
firmes elas são, ou como se deixam escor-
Nesse sentido, é  importante apro- regar em curvas, observe o espaço que per-
veitarmos oportunidades de ‘iniciação’ correm e o quanto se sobrepõem, como os
espectatorial, de aprender a ler uma obra traços se influenciam, se a tinta escorre, se ela
de arte, não para compreendê-la, mas para vibra, se ela racha. Note as cores e então volte a
usufruí-la de melhor forma. A exposição Resistên- se afastar e notar de que maneira a forma influi
cia da Memória, que ocupa uma das salas do piso L1 nas primeiras impressões e de que forma isso se
do Shopping JL, é uma boa oportunidade não só àqueles
Anderson que buscam a ‘boa arte’, de alguém com domínio técnico
reflete nas outras obras: não tanto o que, mas de
Antikievicz Costa e pesquisa interessante, como também àqueles que procuram
que forma elas se reverberam.
CASCAVEL | PR
uma via um tanto desimpedida para ‘entender’ o que está à frente Curadoria – A curadoria da exposição é de Andrés
dos olhos. Mas, comecemos por onde se deve. Castillo Vildósola, outro chileno, mas este está há um
ano e três meses em Cascavel. Ele explica que as obras
As seis telas a óleo do chileno Elier Revillar, cinco delas inéditas, vieram e ficam em de Revillar foram selecionadas para vir a Cascavel a par-
Cascavel até 10 de outubro, por meio de uma parceria entre o shopping e o Sesc local. A palavra- tir de um processo de seleção que conteve propostas,
chave para entender a proposta das peças de 180 por 120 centímetros é ‘forma’. além do Chile, do México, do Uruguai, da Argentina e do
Revillar fala de uma “pintura pela pintura”, uma essência imanente da arte que não depende do “conteúdo’, e sim de Equador. “Busquei obras que fossem também discursivas,
seus elementos formais. Algo que se coloca como numa certa perspectiva apontada pelo pintor e escultor francês não só práticas; que, de alguma forma, fosse uma pintura
Georges Braque (1882-1963), fundador do cubismo ao lado de Picasso. Braque defendeu que a pintura nada mais é diferente da que estamos acostumados a ver em Cascavel”.
do que uma determinada composição de cores e forma sobre uma superfície plana. Seguir esse preceito não torna Andrés me acompanhou pela exposição, ia de um lado para
a obra de Revillar mais fácil de compreender. O que ocorre é a materialização, uma obra um tanto mais ‘palpável’ outro da sala, apontando os detalhes de cada obra, apresen-
porque o universo do autor se encerra na própria tela, no que há de imediato no traço, na cor, na mancha... tando a singularidade do traço. La Furia de Leopoldo, com um
O artista nasceu e foi criado na pequena cidade portuária de Punta Arenas, no Chile. Em um municí- jovem prestes a acertar algo ou alguém com um pedaço de ma-
pio de 160 anos de idade, ficou rodeado de pouco mais de 140 mil habitantes, local jovem e pequeno deira, é a obra que mais lhe chama a atenção. “Gosto dela pela ten-
demais para os seus anseios. Mudou-se para a capital Santiago, onde se licenciou em Artes pela Uni- são que ela transmite e pelo traço, observe essa região aqui... – e ele
versidade do Chile com menção em pintura. Ainda formando de uma das mais prestigiadas institui- aponta para o ombro do personagem – e também como ele deixa
ções do país no que diz respeito às artes, Revillar decide desviar-se do rumo uníssono dos colegas e de pintar essa outra parte, como o traço vai deixando essa parte da
volta-se para a pesquisa e o desenvolvimento pessoal nas artes plásticas. tela” – e aponta para o canto inferior esquerdo da pintura –.

O resultado são obras de referencial fo-
tográfico que refletem as inquietações
do artista e a maneira como ele vê o
mundo. É, entretanto, uma apresen-
tação de dada realidade, não uma
representação dela. A preocupação
de Revillar está no plano pictórico
e pouco no figurativo; logo, não
há uma busca pela significação
direta em relação a um objeto
transcendente, uma dimensão
metafísica para além da tela,
mas tudo se passa no ‘pre-
sente’ do processo de frui-
ção do espectador.
É notável a influência de grandes nomes, como Van Gogh, Cézan-
ne, Monet... pintores em que o traço ganha uma vitalidade essen-
cial. Também o gesto primordial da interferência de Man Ray com
seu pincel sobre a fotografia de uma modelo cujas costas nuas se
transformam num violino. A‘intervenção’ da pintura de Revillar sobre
a imagem fotográfica se deu com uma técnica apurada e uma concep-
ção bastante interessante. A pequena sala parece vibrar com a recorrên-
cia da expressão e da ausência dela nos diferentes recortes dos rostos. As
obras são bastante simples e um tanto despretensiosas, mas inegavelmen-
te honestas. É mais do que oportuna uma visita à exposição.

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