Um momento de toro uma ligao que tende a torcer uma pea, fazendo-a girar

sobre o seu prprio eixo. Na maioria dos casos, em toro simples seus princpios bsicos de
dimensionamento so combinados com momento fletor e fora cortante. Momentos de toro
so imprescindveis para o equilbrio do elemento estrutural principalmente no caso da toro
de equilbrio. Existem vrios casos de toro, o mais comum ocorre com lajes em balano,
engastadas em vigas de apoio. Outros casos so o de toro em vigas de concreto armado e o
de toro em vigas, que ocorre em vigas com mudana de direo. Pode-se dividir a toro
nas estruturas de concreto em duas categorias: toro de compatibilidade e toro de
equilbrio. Na toro de compatibilidade encontramos geralmente nos sistemas estruturais,
onde se tem uma laje engastada na viga de borda onde alm da toro entre as vigas, existe a
ligao monoltica entre as lajes e as vigas. Enquanto na toro de equilbrio, se considera o
momento de toro, pois ele necessrio para o equilbrio da estrutura. Pode-se dizer ento
que a toro nas vigas deve ser considerada quando for necessria para o equilbrio, e pode ser
desconsiderada quando for de compatibilidade.
Em uma toro simples de ST. VENANT, tem-se uma barra de seo circular,
submetida a um momento de toro, surgindo tenses inclinadas de 45 e 135 com o eixo
longitudinal da barra. Considerando um estado de tenso segundo a direo dos eixos
longitudinal e transversal da seo, o momento de toro provoca o surgimento de tenses de
cisalhamento em planos perpendiculares ao eixo da barra circular e em planos longitudinais,
simultaneamente. Encontra-se a tenso de cisalhamento mxima nas superfcies externas da
seo e nos vrtices e no eixo que passa pelo centro da gravidade zero.
Na toro tambm pode ocorrer rupturas do tipo:
Ruptura por compresso;
Ruptura por trao;
Ruptura dos cantos;
Ruptura de Ancoragem;
Na trelia generalizada, a NBR 6118/03 considera o modelo de trelia para o
dimensionamento de vigas de concreto armado toro, em concordncia com a trelia plana
generalizada concebida para a anlise da fora cortante. No dimensionamento, o engenheiro
tem a liberdade de escolher o ngulo da inclinao das bielas de compresso, que deve ser
igual ao ngulo adotado no dimensionamento da viga fora cortante. A NBR 6118/03
tambm diz que se a toro for em equilbrio dever existir armadura resistente aos esforos
de trao, deve ser constituda por estribos normais ao eixo da viga, combinados com barras
longitudinais paralelas ao mesmo eixo.