A doura das tardes continuar a envolver as coisas todas. Como as envolve agora neste instante. O vento fresco dobrar as rvores esguias E levantar as nuvens de poesia nas estradas...
Quando eu morrer as guas claras dos rios rolaro ainda, Rolaro sempre, alvas de espuma Quando eu morrer as estrelas no cessaro de acenderse no lindo c!u noturno, E nos verg!is onde os pssaros cantam as frutas continuaro a ser doces e boas.
Quando eu morrer os "omens continuaro sempre os mesmos. E "o de es#uecerse do meu camin"o silencioso entre eles, Quando eu morrer os prantos e as alegrias permanecero $odas as %nsias e in#uietudes do mundo no se modificaro. Quando eu morrer os prantos e as alegrias permanecero. $odas as %nsias e in#uietudes do mundo no se modificaro. Quando eu morrer a "umanidade continuar a mesma. &or#ue nada sou, nada conto e nada ten"o. &or#ue sou um gro de poeira perdido no infinito.
'into por!m, agora, #ue o mundo sou eu mesmo E #ue a sombra descer por sobre o universo va(io de mim Quando eu morrer...) Soneto a Cames
As tuas mgoas de amor, teus sentimentos Diante das leis que regem nossas vidas, Desses fados que do e logo tiram, E a que estamos escravos e sujeitos.
As tuas dores de amar sem ser amado, De procurar um bem que no se alcana, E no canto clamar desesperado Pelo que nunca vem quando se busca.
Poeta de enamoradas impossveis E que num negro amor desalteraste Essa sede de amar dura e terrvel,
As tuas mgoas de amor, tuas fundas queias, !omo uma fonte ficaro c"orando Dentro da lngua que tornaste eterna