Prisões de detidos, condenados, suspeitos e inocentes!
Tua intrepidez; é mormente cercear a liberdade humana? Não estarás a cometer maior ilícito penal a essa gente? Torna-te Escola, restabelece à liberdade sem barganha!
A tua luz, é obscuridade arrepiante mesmo ao meio-dia;
O teu ar, metamorfisa alienígenas execráveis e malditos; O teu ministre funesto, não serve ném à máxima felonia; As tuas celas de vinte, blindam duzentos duendes aflitos.
O teu aroma! é um mix de mofo, suor, sangue e sei lá o quê...
Dás ao visitante a fragrância da condenação ao abandono; Dás às tuas celas um fundo de negrume para quem as vê; Corpos e paredes juntos, são como o lusco-fusco do outono.
Somente os olhos contíguos às grades resistem na pretura;
Observam as visitas como um grande acontecimento do dia; Assustados, curiosos, invejosos e com pasmas olhaduras; Aglomeram-se a despeito de existir em seu meio um doentio.
Nos saguões de quatro presos há um pouco mais de luz;
É possível ver um, que bate a cabeça com leveza na parede; É possível ver outro, que lê a Bíblia... a pensar em Jesus; Ouve-se outro, que em tom de moribundo grita o seu enredo.
“Ai meu Deus! Eu quero a minha liberdade!”
" Eu, preciso da minha liberdade!”
Nessa disparidade de negros, pobres, magros e mórbidos;
Um combinado de sem escola, sem pais e sem trabalho; Jovens com dezoito a vinte e quatro anos em opróbrios; Só os vícios em drogas legais ou ilícitas são salários.
Sem residência fixa sem crença em crescimento social;
Menos ainda, sem o sufrágio afetivo e cordial de alguém; Mais prisões de desgraçados estão fadadas a majorar; E se o meio não atuar já, todos seremos vítimas também.