Foi por conhecer de perto a realidade referente às escolas do Ensino Básico de 2º
e 3º ciclo que pensei em seleccionar para esta análise crítica os relatórios de Avaliação Externa realizados a escolas Secundárias do Algarve no ano lectivo de 2008/2009: Escola Secundária de Tomás Cabreira, em Faro; Escola Secundária com 3º ciclo do E.B. Padre António Martins de Oliveira, em Lagoa; Escola Secundária com 3º ciclo do E.B. Drª Laura Ayres, em Quarteira
Considerei que tal análise me poderia dar informações complementares sobre
realidades que, pensei eu, seriam diferentes! Contudo, infelizmente, verifiquei que, pela análise atenta que fiz aos 3 relatórios, as referências neles existentes relativas à Biblioteca são escassas, referindo-se apenas ao seu espaço físico “falta de condições para os alunos usufruírem de todas as potencialidades” (Escola Secundária Padre Martins de Oliveira) ou devido “à reduzida oferta de acervo documental da BE” (Escola Secundária Drª Laura Ayres) e não ao trabalho e às actividades que aí se desenvolvem diariamente, certamente com articulação com os docentes dos diferentes departamentos. Com esta análise, conclui-se que, na generalidade dos casos, a biblioteca continua a ser encarada apenas como um espaço onde se “amontoam” os livros. Pretende-se, com o novo Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, colocar a Biblioteca no centro do processo de ensino-aprendizagem mas verifica-se que este será um objectivo a alcançar a longo prazo pois não é fácil mudar mentalidades. Torna- se essencial envolver em todo o processo os elementos do Órgão de Gestão/Direcção das Escolas para que se produza uma alteração mais rápida a este nível. Aqui, fica apenas uma sugestão: Acções de formação sobre a BE, também de carácter obrigatório, para Coordenadores de Departamento e elementos da Direcção!