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VETORES NO IR’ E NO IR*®* Decomposicao de um Vetor no Plano Dados dois vetores ¥, © V1, ndo colineares, qualquer vetor ¥ (coplanar com ¥, e¥2) pode ser decomposto segundo as direcdes de Vv, e@ V;. O problema consiste em determinar dois vetores cujas direg6es sejam as de V; @ Vz e cuja soma seja V Em outras palavras, iremos determinar dois mimeros reais ay € az tais que: 2.3.9 V=ayVy +aaV2 -------y = > vi av av, +a,¥y + Na figura seguinte os vetores vy “ ¢¥2 so mantidos ¢ consideramos um outro vetor V2 Para esta figura, temse: a, >0 e a; <0. Se, no e380 particular, 0 vetor ¥ tiver a mesma diregao de ¥, ou de Vz, digamos de ¥j, como na figura, V nao pode ser diagonal do paralelogramo e, portanto, a, deve ser igual a zero: vor ayy Ove ve avi Quando o vetor V estiver representado por: + >. 3 V= avy + a2V2 dizemos que V & combinagéo linear de ¥; @ Vz. O par de vetores ¥; © V2, néo coli- neares, é chamado base no plano. Alids, qualquer conjunto {¥1,¥2 } de vetores nao coli- neares constitui uma base no plano. Os mimeros a, e a da representagio Sac chamados componentes ou coordenadas de ¥ emrelagio a base {V¥y, V2}. Ebomlogo esclarecer que, embora estejamos simbolizando a base como um conjunto, nés a persamos como um conjunto ordenado. O vetor avi & chamado projecéo de 7 sobre V1 segundo a diregio de V2. Do mesmo modo, a,¥, éa projepao de ¥ sobre ¥ segundo a directo de ¥, (Fig. 2.1-a). Na pratica, as bases mais wtilizadas so as bases orronormais, Uma base {€,,21 } & dita ortonormal se os seus vetores forem ortogonais € unitérios, isto 6 ele, e leyl= ley|=1. Na Figura 2.1-b consideramos uma base ortonormal {€;,€2} no plano xOy e um vetor ¥ com componentes 3 ¢ 2, respectivamente, isto é, ¥=3e, +2e Figura 2.1-b No caso de uma base ortonormal como esta, 0s vetores 32; © 2€, sfo profeges orto. gonais de ¥ sobre &; € e9, respectivamente. Existem naturalmente infinitas bases ortonormais no plano xOy, porém uma delas ¢ parti- cularmente importante, Tratase da base formada pelos vetores representados por segmentos otientados com origem em O e extremidade nos pontos (1,0) ¢ (0,1). Estes vetores sio simboli zados com i ej} eabzse {i,j} ¢ chamada candnica (Fig. 2.1-c). Em nosso estudo, a menos que haja referéncia em contrério, trataremos somente da base candniea. Dado um vetor v= xi + yj (Fig. 2.1-4) no qual x ©, sdo as componentes de ¥ em relago a base (Tio vetor xi 6a Projecdo ortogonal de ¥ sobre T (ou sobre 0 eixo dos x) © Yj &a projecdo ortogonal de ¥ sobre 7 (ou sobre o eixo dos y). seri ortogonal, diremos somente projecao. ‘omo a projegao sempre Figura 2.1-4 Expresséo Analitica de um Vetor Ora, fixada a base {7,J}, fica estabelecida uma correspondéncia biunivoca entre os Yetores do plano ¢ os pares ordenados (x,y) de niimeros reais. Nestas condigées, a cada vetor ¥ do plano pode-se associar um par (x,y) de mimeros reais que so suas ‘componentes na base dada, razdo porque define-se: veror no plano é um par ordenado (x,y) de nuimeros reais ¢ se representa por: v=(y) que 6a expresso analitica de v. A primeira componente x ¢ chamada abscissa © a segunda, ordenada. Por exemplo, em ver de escrever V = 3i ~§}, pode-se escrever ¥ = (3,—5), Assim também, = (-1,1) = (0,3) -101 = (-10,0) ¢,particularmente, 1 = (1,0), } =(0, 1) e 0 = (0,0). Deve ter ficado claro que a escolha proposital da base {1,}} deve-se a simplificagao. Assim, para oxemplificar, quando nos seferimos a um ponto P(x, y), ele pode ser identificado “ com 0 vetor V= OF = xi + y}, sendo O a origem do sistema (Fig. 2 2). Figura 2.2 Desta forma, o plano pode ser encarado como um conjunto de pontos ou um conjunto de vetores. Igualdade e Operagées Igualdade Dois vetores = (x), yi) € V = (xz, Y2) Sd iguais se, ¢ somente se, x; =x) € Y; =Yo,e escrevese U=V. Operagies > = Sejam os vetores u =(x;.y;) € V =(X2,y2) € a€ IR. Define-se: a)u tv =(X1 +Xa.¥1 t¥2) 5) au = (ay, ays) Portanto, para somar dois vetores, somam-se as suas coordenadas correspondentes e para muliplicar um vetor por um mimero, multiplica-se cada componente do vetor por este ntimero, Exemplo Dados os vetores u = (4,1) e ¥=(2,6), calcular b +¥ e 20. . o> 3 @) para quaisquer vetores u,v e w, tem-se + + 4 > utveveu oes (a tv)+w=u +(vtw) aes u+td=0 aT u+(-u)=0 b) para quaisquer vetores Ue ¥ e 0s ndmeros reais a e b, tem-se a(bv) = (abv (a+b)u=au + bu a(u +¥)=au + av Wev¥ Problemas 1) Determinar 0 vetor w na igualdade 3w+2u=1¥ +w, sendo dados =(3,-1) © v=€2,4) 2) Encontrar 0s ntimeros a, € a2 tais que W = a,i ta,¥, sendo U=(1,2), V=(4,-2) © w= 1,8). Vetor Definido por Dois Pontos Inimeras vezes um vetor é representado por um segmento orien tado que néo parte da origem do sistema. Consideremos o vetor AB de origem no ponto A(x,,y;)e extremidade em B(x2.Y2) os vetores OA e OB tém expressdes analiticas: - ey OA=(%1,Y1) € OB=(x2,¥2). Por outro lado, do tridngulo OAB da figura, ven: OA + AB = donde AB = OB — OA ou: oe AB = (X2,y2) — (X1s¥1) AB = (X2-%1, Y2-Yi) isto €, as componentes de AB sio obtidas subtraindo-se das coordenadas da extremidade Bas coordenadas da origem A, razo pela qual também se escreve AB =B- A. AB=B-A=(1,4) —(-2 CD = D-C= (4,3) — ( Problema 3) Dados os pontos A(-1,2), B(3.-I) ¢ CC-2,4), determinar D(x,y) de modo que at cD => AB Decomposicao no Espaco Cada dupla de eixos determina um plano coordenado. Portanto, temos trés planos coordenados: o plano xOy ou xy, o plano xOz ou xz eo plano yOz ou yz AEZ., We Estes trés planos se intereeptam segundo os trés eixos dividindo 0 espago em oito regibes, cada uma delas chamada octante. Se o ponto fasse P{2,4,3). , Com base nesta figura, temos: A(2,0,0) ~um ponto P(x, y, z) estd no eixo dos x quando C(O, 4,0) — um ponte esti no eixo dos y quando x=0 e 2=0; E@, 0,3) — um ponto esté no eixo dos z quando x=0 e y=0; B(2, 4,0) — um pontoestd no plano xy quando D(0, 4, 3) — um pontoesté no plano yz quando F(2, 0, 3) — um pontoesté no plano xz quando y = 0. 2 ye > Em vez de escrever V=2i-3) +k, podese escrever ¥=(2,-3,1). Assim, também, iT = (4,9 2J-K = (0, 2,-1) 4k = (0,0,4) ¢,em particular, 7 = (1, 0,0),j = (0,1,0)e k = (0,0, 1), ¥= (xy) que € a expresso analitica de V. Problemas Propostos 1) Determinar a extremidade do segmento que representa o vetor ¥ =(2,-5), sabendo que sua origem € 0 ponto A(-1, 3). 2) Dados os vetores W = (3,-1) ¢ ¥=(-1,2), determinaro vetor W tal que a) 4@-V) + dwell b) 3w - (2v - u) = 2(4w - 3u) 3) Dados os pontos A(-1, 3), B(2,5) © C(3,-1), calcular OA - AB, OC -BC@ 2 3Ba - 4CB. 4) Dados os vetores U=G,-4) eV =(4, 3), venificar se existem mimeros a e b tais que Uae e Y=bu. 5) Dados os vetores ¥=(2,-4), ¥=(5,1) e W = (12) 6), determinar k, @ k, tal que wok tky, 6) Dados os pontos A(-1,3), B(1,0), C(2,~1), determinar D tal que D@ = BA. 7) Dados os pontos A(2,-3,1) ¢ B(4,5,-2), determinar 0 ponto P tal que AP = PB. 8) Dados os pontos A(-1,2,3) e B(4,-2,0), determinaro ponto P tal que AP = 3AB. 9) Determinar o vetor v sabendo que (3,7, 1) + 2v = (6, 10,4) -v. tv; + aa¥2, sendo vy =(1,-2,1), 10) Encontrar os numeros a; © a2 tals que w= =(2,0,-4) € w= (-4,-4, 14). 11) Determinar a 2 b de modo que os vetores U = (4,1,-3) © ¥=(6, a,b) sejam paralelos. 12) Verificar se sao colineares 0s pontos: a) A(-1,-3,0), BQ2,1,3) e@ C(-2,-7,-1) 4) A(2,1,-1), B(3,-1,0) e C(1,0,4) 13) Calcular a2 ¢€ b de modo que sejam colincares os pontos A(3,1,-2), B(I,5,1) & C(a,b, 7). 14) Mostrar que os pontos A(4,0,1), B(S,1,3), C(3,2,5) ¢ D(2,1,3) so vértices de um paralelogramo. 15) Determinar o simétrico do ponto P(3, 1, -2) em relagdo ao ponto A(-1,0,-3). Respostas dos Problemas Propostos 1) (,-2) 3) (4,1), @,5), (-S,-30) 5) k=-1 e k,=2 D PG1-4) 9) ¥=(,1,1) 9 MW) a= be-5 13) a=-3 b=13 aaw=O Py ywa(B, 2b) --4 -_3 Marry, bong 6) D(4, 4) 8) (14, -10, -6) 10) a; = 2, a; =-3 12)a) sim) no 15) (-5, -1,-+)

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