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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHO UEMA

PROGRAMA DARCY RIBEIRO PDR


CURSO: LETRAS
MANOEL LOPES SOARES JUNIOR

Comentrio - Questo 1.


As mudanas e o desenvolvimento sociais sempre acompanharam as transformaes no
meio literrio tanto quando se fala a nvel mundial como tambm trazendo para a nossa literatura
brasileira. Foi a partir de novas ideologias e desenvolvimento tecnolgico que muitos dos aparatos
literrios ganharam forma para retratar ao seu modo as mudanas ocorridas em uma determinada
sociedade.
Aqui no Brasil um dos mais significativos eventos em torno da literatura nacional foi
sem dvida o modernismo. Iniciado oficialmente em 1922 com a Semana de Arte Moderna na
cidade de So Paulo. A inquietao por parte dos intelectuais brasileiros que j haviam conhecido a
efervescncia dos movimentos de vanguardas europias era visvel. Os primeiros a divulgarem
obras com esse teor foram Lasar Segale Annita Mafalti. O Modernismo foi, sobretudo, a tentativa
de mostrar a realidade social e poltica brasileira omitida desde o fim do Realismo, no entanto o
movimento foi alm dessa ruptura inserindo o novo tanto na temtica como na forma, enfim desde a
Semana de 22 as artes em geral estavam mais atentas ao mundo sua volta e preocupadas com a
identidade cultural brasileira.
Inserido na literatura nacional desde o Romantismo, passando pelo Realismo foi
somente aps o Modernismo que o gosto pelo regional encontrou foras e identidade, a partir da
insero de caractersticas nacionais na literatura como a valorizao do ndio e a cultura
nordestina, alm de mesclar elementos tpicos da sociedade brasileira. A tentativa de fazer uma
literatura autntica faz surgir dentro do contexto moderno alguns grupos de vanguarda brasileiros
que buscavam ainda mais a identidade nacional, procurando expressar-se atravs de elementos do
folclore e cultura popular.
Diante desse contexto percebe-se que as vanguardas brasileiras, fruto do grande
movimento de 1922, buscavam uma aproximao mais ampla entre arte e sociedade a arte
engajava-se nas lutas sociais. Na literatura propriamente dita regionalismo como no caso de Rachel
de Queiroz e Euclides da Cunha retrataram bem o cotidiano e a sociedade, tendo como material
para suas obras o dilema vivido pelo povo nordestino, denunciando as desigualdades e o sofrimento
do nordestino.

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