As mudanas e o desenvolvimento sociais sempre acompanharam as transformaes no meio literrio tanto quando se fala a nvel mundial como tambm trazendo para a nossa literatura brasileira. Foi a partir de novas ideologias e desenvolvimento tecnolgico que muitos dos aparatos literrios ganharam forma para retratar ao seu modo as mudanas ocorridas em uma determinada sociedade. Aqui no Brasil um dos mais significativos eventos em torno da literatura nacional foi sem dvida o modernismo. Iniciado oficialmente em 1922 com a Semana de Arte Moderna na cidade de So Paulo. A inquietao por parte dos intelectuais brasileiros que j haviam conhecido a efervescncia dos movimentos de vanguardas europias era visvel. Os primeiros a divulgarem obras com esse teor foram Lasar Segale Annita Mafalti. O Modernismo foi, sobretudo, a tentativa de mostrar a realidade social e poltica brasileira omitida desde o fim do Realismo, no entanto o movimento foi alm dessa ruptura inserindo o novo tanto na temtica como na forma, enfim desde a Semana de 22 as artes em geral estavam mais atentas ao mundo sua volta e preocupadas com a identidade cultural brasileira. Inserido na literatura nacional desde o Romantismo, passando pelo Realismo foi somente aps o Modernismo que o gosto pelo regional encontrou foras e identidade, a partir da insero de caractersticas nacionais na literatura como a valorizao do ndio e a cultura nordestina, alm de mesclar elementos tpicos da sociedade brasileira. A tentativa de fazer uma literatura autntica faz surgir dentro do contexto moderno alguns grupos de vanguarda brasileiros que buscavam ainda mais a identidade nacional, procurando expressar-se atravs de elementos do folclore e cultura popular. Diante desse contexto percebe-se que as vanguardas brasileiras, fruto do grande movimento de 1922, buscavam uma aproximao mais ampla entre arte e sociedade a arte engajava-se nas lutas sociais. Na literatura propriamente dita regionalismo como no caso de Rachel de Queiroz e Euclides da Cunha retrataram bem o cotidiano e a sociedade, tendo como material para suas obras o dilema vivido pelo povo nordestino, denunciando as desigualdades e o sofrimento do nordestino.