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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MACEIRA

MODELO DE AUTO – AVALIAÇÃO


DA BIBLIOTECA ESCOLAR

Avaliar “para validar o que fazemos, como fazemos, onde estamos e até
onde queremos ir, mas sobretudo o papel e intervenção, as mais-valias que
acrescentamos.”
Helena Silva
BE no contexto escolar…
“A BIBLIOTECA constitui um instrumento essencial do desenvolvimento do currículo escolar e as
suas actividades devem estar integradas nas restantes actividades da escola e fazer parte do seu
projecto educativo. Ela não deve ser vista como um simples serviço de apoio à actividade lectiva ou
um espaço autónomo de aprendizagem e ocupação de tempos livres.” Veiga (2001)

“A ligação entre a biblioteca escolar, a escola e o sucesso educativo é hoje um facto assumido
por Organizações e Associações Internacionais que a definem como um núcleo de trabalho e
aprendizagem ao serviço da escola.”

“Os caminhos percorridos no âmbito tecnológico e digital introduziram mudanças


significativas (…) na forma de acesso, produção e comunicação da informação, novas estruturas
e novos espaços de aprendizagem (…) As bibliotecas enfrentam, neste novo contexto e na sua
relação com a escola, novos desafios que obrigam à redefinição de práticas e a uma
liderança e demonstração do seu valor que as integrem na estratégia ensino/aprendizagem da
escola e nas práticas de alunos e professores.”
“À biblioteca escolar cabe, neste contexto, um papel de liderança, assumindo-se como
um recurso indutor de inovação, um recurso que contribua e tenha um papel activo e de resposta às
mudanças que o sistema introduz, trazendo valor à escola no cumprimento da sua missão e no
cumprimento dos objectivos de ensino/aprendizagem”

“A invisibilidade do professor coordenador deve dar lugar a uma acção integradora de


objectivos e práticas que se adaptem à mudança e ao link considerado vital para a sobrevivência e
para a qualidade da biblioteca escolar: a ligação ao currículo e ao sucesso escolar dos alunos.”

É neste contexto que surge a necessidade de avaliar a acção e o contributo das bibliotecas
escolares. Daí a pertinência do Modelo de Auto-Avaliação das BEs, do Gabinete da Rede de
Bibliotecas escolares.

Um dos desafios actuais das bibliotecas escolares é ultrapassar o modelo centrado na oferta de um
espaço equipado a que é possível e onde é possível aceder a um conjunto de equipamentos e de recursos
de informação.
Avaliar a biblioteca? Para quê?
● Para aferir a eficácia dos serviços e identificar as áreas de sucesso e as áreas que
necessitam de intervenção;

● Para aferir o impacto da BE no funcionamento global da escola e nas aprendizagens


dos alunos e na literacia;

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● Para potenciar pontes fortes e oportunidades;

● Para detectar debilidades e sucessos com vista a adopção de novas práticas que
conduzam à melhoria;

● Para aferir o grau de satisfação dos utilizadores,

● Para ajustar continuamente as práticas com vista à melhoria dos resultados;

● Para planear para o desenvolvimento, transformando boas ideias em boas práticas e


para definir metas.

● Para promover o benchmarking;

● Contribuir para a afirmação e reconhecimento da BE.( interno e externo).

“Para validar o que fazemos, como fazemos, onde estamos e até onde queremos ir, mas
sobretudo o papel e intervenção, as mais-valias que acrescentamos.”
Avaliar o quê? Estrutura do Modelo

O Modelo construído para a avaliação das BEs é constituído por QUATRO DOMÍNIOS, divididos
em SUBDOMÍNIOS, procurando reflectir as áreas-chave de actividades da BEs, enquanto espaços
disponibilizadores de recursos ( materiais, humanos, financeiros e de informação9 e estruturas
formativas de aprendizagens relacionadas com o currículo e a promoção da leitura e das literacias
no contexto escola e comunidade educativa.

A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular.


A.1 Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes
A.2 Desenvolvimento da literacia da informação

B. Leitura e Literacias

C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade


C.1Apoio a actividades livres, extracurriculares e de enriquecimento curricular
C.2. Projectos e Parcerias

D. Gestão da Biblioteca Escolar


D.1Articulação da BE com a Escola/Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE
D.2 Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3Gestão da colecção
Cada domínio inclui:

Indicadores ou critérios – apontam para aspectos nucleares de intervenção


inerentes a cada subdomínio; permitem a aplicação de elementos de mediação..

Factores críticos de sucesso – exemplos de situações, ocorrências ou acções que


demonstram sucesso e são valorizadas na avaliação de cada indicador.

Recolha de evidências – exemplos de elementos, fontes e instrumentos de


recolha de dados, através dos quais será possível apurar a que nível de performance
corresponde a prática da biblioteca em relação com os indicadores.

Acções de melhoria – propostas de iniciativas variadas a realizar no caso de ser


necessário melhorar o desempenho da BE em relação com aquele indicador.;
Fazem ainda parte do Modelo, estabelecidos para os diferentes subdomínios, um
conjunto de PERFIS DE DESEMPENHO.

Fraco

Satisfatório
4 níveis de performance
Bom

Excelente

O seu objectivo é ajudar a escola a identificar qual o nível que melhor corresponde à
situação da biblioteca em cada subdomínio e perceber, de acordo com o nível atingido, o
que é necessário ser alterado para melhorar para o nível seguinte.
METODOLOGIA E APLICAÇÃO DO MODELO: CONCEITOS IMPLICADOS
A implementação do Modelo de Auto-Avaliação implica:

Motivação e compromisso institucional da Direcção da escola e dos órgãos de gestão


pedagógica com o processo de auto-avaliação da escola;

A participação da BE em reuniões de docentes para a recolha de informação;

Definição de formas de colaboração com os docentes na recolha de evidências sobre os


alunos;

A aceitação e reconhecimento dos resultados por todos e o envolvimento na subsequente


promoção de um plano de melhoria e desenvolvimento;

A aferição da qualidade e eficiência da biblioteca escolar e não do desempenho individual do


coordenador e elementos da equipa;
O envolvimento de toda a Comunidade Escolar e a procura de melhoria através da acção
colectiva.

A apresentação e discussão de resultados:

● Junto dos órgãos de decisão pedagógica sob a forma de relatório final;

● Junto de toda a comunidade escolar através dos Coordenadores de departamento e da


publicação on-line para todo o Agrupamento;

A integração de uma síntese dos resultados no relatório da avaliação da escola,


permitindo à Equipa de Avaliação Externa a avaliação do impacto da BE na escola.
As execução do Modelo de Auto-Avaliação

ETAPAS
Diagnóstico e delineação de um Plano de Acção com as prioridades a desenvolver;

Selecção do domínio a avaliar ( “A escolha do domínio a avaliar deve partir do professor


coordenador/ equipa, mas deve resultar de uma decisão fundamentada, por forma a ser
validamente justificada junto dos órgãos executivos e de decisão pedagógica.”);

Adequação do modelo à realidade da Escola / Agrupamento;

Divulgação da aplicação do modelo à Comunidade Educativa;

Calendarização do processo;

Selecção da amostra;

Definição dos instrumentos de recolha a utilizar para cada indicador temático;

Produção de instrumentos necessários ( Questionários, entrevistas, grelhas de observação;


ETAPAS ( Continuação)

Recolha de evidências ( questionários, materiais de apoio produzidos; Grelhas de observação;


estatísticas; planificações…;

Análise dos dados recolhidos;

Determinação dos perfis de desempenho;

Perspectivação de acções de melhoria;

Elaboração do Relatório de Auto-Avaliação;

Apresentação / análise do relatório em Conselho Pedagógico;

Delineação de um Plano de Acção, onde são estabelecidas as prioridades e objectivos de


melhoria;

Comunicação dos resultado da avaliação e medidas de melhoria a empreender através do


site da BE; Jornal Impacto on-line…), a integrar no Relatório de Avaliação Interna da escola /
Agrupamento.
“ O Relatório de Auto-Avaliação da BE é o instrumento de descrição dos resultados da auto-

avaliação, de identificação do conjunto de acções a ter em conta no planeamento futuro e de

difusão desses resultados e acções junto da escola / Agrupamento e dos seus órgãos de

gestão.”

Nota: Apesar de em cada ano ser apenas avaliado um Domínio através do recurso ao modelo

de Auto - Avaliação da RBE, deve ser feita referência aos restantes domínios da BE no

Relatório Anual da BE.


IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO
Toda a Comunidade educativa
é envolvida no processo

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“O processo de auto-avaliação deve enquadrar-se no contexto escola e ter em conta as
diferentes estruturas com as quais é necessário interagir . O director (…) deve envolver-se
desde o primeiro momento, ser líder coadjuvante no processo e aglutinar vontades e acções, de
acordo com o poder que a sua posição lhe confere. Mas existem ainda os professores, alunos e
pais (…) “
Critérios a ter na implementação do Modelo

● Abranger a diversidade de alunos da escola: os vários níveis de escolaridade, as várias


origens/nacionalidades; rapazes e raparigas; alunos com necessidades educativas especiais e
outros;

● Abranger a diversidade de professores da escola, aplicando os questionários aos diferentes


Departamentos;

● Recolher dados em diferentes momentos do Ano Lectivo ( através de inquéritos e/ ou


grelhas de observação), para poder verificar se existe alguma evidência de progresso;)
Mais valias decorrentes da Auto-avaliação da BE …

● Reflexão sobre o papel da BE no processo de Ensino / Aprendizagem, no desenvolvimento


curricular e no sucesso educativo;

● Análise do impacto da implementação do Modelo de Avaliação da BE na escola, isto é, aferição


das modificações positivas ao nível das atitudes, dos valores e conhecimento dos seus
utilizadores;

● Reconhecimento de que o recurso ao modelo de auto-avaliação é o ponto de partida para a


gestão participada das mudanças que a sua aplicação impõe;

● Contribuição para a elaboração de um novo plano de desenvolvimento com vista a melhoria;

● Articulação, colaboração e comunicação em permanência na escola e com outros


stakeholders;

● Reconhecimento da BE como espaço de recurso, de formação, de aprendizagem


intrinsecamente relacionada com a escola, com o processo de Ensino / Aprendizagem,
com a leitura e literacia;
Auto - avaliação… que caminho?
“…a avaliação não constitui um fim, devendo ser entendida como um processo que deverá conduzir
à reflexão e deverá originar mudanças concretas na prática.”

“A auto-avaliação deve ser encarada como um processo pedagógico e regulador, inerente à


gestão e procura de uma melhoria contínua da BE”

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“… a recolha de evidência, ajudará cada BE a identificar o caminho que deve seguir com
vista à melhoria do seu desempenho. A auto-avaliação deverá contribuir para a elaboração do
novo plano de desenvolvimento, ao possibilitar a identificação mais clara dos pontos fracos e
fortes, o que orientará o estabelecimento de objectivos e prioridades, de acordo com uma
perspectiva realista face à BE e ao contexto em que se insere”

RBE, Modelo de Auto-Avaliação, 2008

“Attributes of a positive attitude include passion, enthusiasm, optimism and energy. Successful
school librarians are often characterized by their positive can do attitudes”
Ergenberg e Miller, 2002, “This Man Wants to Change your Job”
Bibliografia…

● Texto da sessão “O Modelo de Auto-Avaliação no contexto da escola / Agrupamento”


(disponibilizado na plataforma)

● Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas

Agrupamento de Escolas de Maceira


Escolares (2008). Disponível em: http://www.rbe.min-edu.pt/np4/np4/31.html

● Todd, Ross (2002) “Schooç librarian as teachers learning outcomes and evidence - based
partice” 68th IFLA Council and general Conference August

● Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas


Escolares – Instrumentos de recolha de dados (2008). Disponível em:
http://www.rbe.minedu.pt/np4/np4/31.html

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