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Cara colega decidi fazer uma breve análise à sua tabela matriz pois

consegui identificar alguns pontos em comum com a minha situação de


professora bibliotecária, e outros que gostaria que fosse a situação da
minha Biblioteca. Pelo que li e entendi, a colega é Professora Bibliotecária e
tem uma equipa para trabalhar, contudo quando diz que um dos pontos
fortes de ser professor bibliotecário é a existência de um concurso e a
posterior constituição de uma equipa, não posso concordar totalmente com
esta afirmação, pois devido ao facto de existir um concurso para professor
bibliotecário, que é muito importante, não foram resolvidas todas as
necessidades da BE. Como sabe a portaria que regulamenta este concurso e
as funções do Professor Bibliotecário, refere-se à criação de uma equipa
mas não dá quaisquer tipo de orientações sobre quantidade de elementos, e
qual o número de horas que deveriam ser disponibilizadas para a criação
dessa mesma equipa. No meu caso, posso afirmar que fiquei pior do que
estava, uma vez que somos duas professoras bibliotecárias mas não temos
equipa. Nos anos anteriores existia um coordenador da BE que tinha uma
equipa com 3 elementos que eram uma mais valia para a BE.

Em relação à organização e gestão da biblioteca concordo em absoluto que


é muito importante aferir a eficácia dos serviços da biblioteca, pois só assim
conseguiremos melhorar o nosso acervo e fazer com que este dê resposta
às necessidades do utilizador. Contudo não nos podemos esquecer de
outros factores que estão directamente relacionados com a questão da
organização, pois se não temos o conhecimento profundo do nosso fundo
documental é muito difícil realizar planos para novas aquisições. Será muito
importante, no meu ponto de vista, a colega conhecer o mais rapidamente
possível o seu fundo documental pois só assim poderá criar a sua própria
politica e pedir mais apoios financeiros baseados nas lacunas que possam
eventualmente existir na sua BE.

A articulação entre a BE e os departamentos acho que é de facto a situação


mais difícil de gerir, pois não depende só de nós, digo que não depende só
de nós, porque também tenho esse mesmo problema. Para tentar minimiza-
lo tenho reunido informalmente com os colegas dos diversos departamentos
e tenho pedido que me dessem uma sugestão de um único tema a ser
trabalhado em articulação com a BE, penso que seja uma estratégia com
“pernas para andar”, pois alguns docentes mostraram-se muito receptivos,
e já estou a tentar planificar actividades com esses docentes.

Em relação à ausência de recolha de evidências, gostaria de sugerir que


criasse alguns documentos de apoio à recolha de evidências, pois parece-
me que a aplicação do modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares
poderá ser insuficiente. Na minha Biblioteca eu e a minha colega professora
Bibliotecária, criamos uma série de registos sobre alguns aspectos:

- Registo diário por parte dos utilizadores, sobre o que vão fazer à
biblioteca;

- Realização de uma estatística mensal sobre o número de utilizadores,


sobre a quantidade de obras requisitadas e sobre que alunos requisitam
mais (que ano de escolaridade utiliza mais a BE).

- Realizamos sempre a avaliação das actividades desenvolvidas;

- Pedimos aos alunos que deixem a sua opinião sobre a BE;

- Aos alunos que participam nas actividades e que foram directamente


envolvidos pedimos que façam a sua própria avaliação.

Penso que deixei algumas sugestões que poderão ter alguma utilidade,
estou ainda no princípio desta aventura mas cheia de vontade de aprender
e de partilhar as boas praticas que por vezes conseguimos desenvolver.

Bom trabalho e boas Leituras.

Márcia Veloso

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