Você está na página 1de 2

Após a leitura do trabalho da colega, que escolhi aleatoriamente, verifiquei

que partilhamos algumas preocupações, nomeadamente: a não compreensão por


parte da comunidade educativa da importância e potencialidades do cargo de
Professor Bibliotecário; a falta de formação em gestão de BE; a resistência à
mudança por parte de alguns colegas; a insuficiente articulação com a comunidade
escolar em geral e com os docentes e o currículo. Temos, portanto, grandes
desafios a vencer e, os que propõe estão em consonância com as competências
desejadas para um PB deste novo modelo de Bibliotecas.
Relativamente ao segundo ponto, tal como refere, a avaliação de práticas e
procedimentos com vistas à melhoria, da organização e da gestão, tendo em vista
o perfil dos utilizadores, é um factor decisivo para um bom funcionamento das
bibliotecas escolares, tornando-as espaços abertos, atractivos, com mobiliário
adequado ao seu público, com zonas funcionais, com acervo e
equipamento/mobiliário actualizados e capazes de dar resposta às novas
exigências de informação.
No que diz respeito à gestão da colecção, é um ponto fraco, a falta de
afectação de verba para o desenvolvimento da colecção
da BE que vai condicionar a actualização e melhoria do acervo. No entanto,
a colega refere ainda, como ameaça, a “prisão” a velhas práticas e a falta de
vontade de mudar e este é, na verdade, um factor muito importante a superar,
quando se pretendem novas práticas, novas motivações, maneiras diferentes de
utilizar a informação e construir o saber.
No ponto seguinte é salientada a pouca articulação com a comunidade
escolar, com os docentes, sugerindo reuniões mais constantes de modo a que o
PB ganhe visibilidade, sendo lembrado como elemento transdisciplinar. Mais uma
vez a necessidade de a biblioteca ter um papel preponderante na formação para as
literacias e para o acompanhamento curricular e das competências dos alunos.
O ponto 5 refere a formação para a leitura e para as literacias. Como ponto
forte é referida a criação da BE/CRE e, mais uma vez, como ponto fraco a falta de
vontade de mudar. Sem o apoio de toda a comunidade educativa não é fácil
transformar a biblioteca na “sala de aula mais rica da escola”, como é referido por
Zmuda e Harad num trabalho sobre as bibliotecas. A biblioteca de hoje cumpre
objectivos semelhantes aos da restante escola ao promover no aluno a sua auto-
aprendizagem, desenvolvendo competências nas diferentes literacias e
disponibilizando recursos de informação. É preciso um trabalho colaborativo e de
integração para que esta prática seja implementada e a biblioteca possa ter um
papel activo nas aprendizagens dos alunos
Sobre os novos ambientes digitais salienta-se a necessidade de formação
nesta área para acompanhar a evolução e transformação que as novas tecnologias
provocaram
No último ponto é assinalada a avaliação e a auto-avaliação como um
procedimento constante e conducente a mudanças significativas e positivas.
Neste novo contexto a avaliação das acções levadas a cabo nas BE/CRE é
a melhor forma de ajuizar e decidir de forma fundamentada o rumo a dar aos
projectos das nossas bibliotecas.
Gostei particularmente da síntese final onde se sistematizam as
competências desejadas para o professor bibliotecário, bem como os outros itens
pedidos.

Você também pode gostar