Análise/comentário de Relatórios de Avaliação

Externa

Li com atenção dois relatórios de Avaliação Externa de dois

Agrupamentos de Escolas, um o Agrupamento Professor Agostinho
da Silva e outro do Agrupamento de Vila Flor e verifiquei que tanto
num quanto noutro as referências à BE são muito escassas, dando
a ideia da pouca relevância deste serviço no conjunto de todo o
Agrupamento.

No Relatório referente ao Agrupamento de Escolas do Professor

Agostinho da Silva, há uma primeira referência no âmbito do ponto
II – Caracterização da Unidade de Gestão, que diz respeito à
existência de dois Centros de Recursos Educativos no
Agrupamento, em que existem carências de livros apropriados aos
alunos do 1ºciclo.

Uma outra referência é feita no ponto IV – Avaliação por domínio-

chave, nomeadamente na alínea 1.2. Participação e
desenvolvimento cívico para dizer que há alunos que são monitores
de TIC no Centro de Recursos e que ajudam professores e alunos.

Posteriormente, só no ponto 3.3. Gestão de recursos materiais e

financeiros, se acrescenta à primeira referência o facto de existir um
número insuficiente de retroprojectores no Centro de Recursos
existente numa das escolas do 1º ciclo.

A adesão ao PNL é aduzida no ponto 4.3. Abertura à inovação e no

ponto 4.4. é aludido o Projecto “Ler e Reler para Melhor Ver” que
tem por objectivo “estimular o gosto pela leitura”.
No relatório do Agrupamento de Vila Flor é referido em II –
Caracterização do Agrupamento que este dispõe de uma BE/CRE,
integrada na RBE.

No âmbito do ponto 2. Prestação do serviço educativo refere-se

que, entre outros, o PNL e a BE “estimulam as competências
socioculturais dos alunos, promovem a melhoria do ambiente
educativo e articulam os saberes da sala de aula com a realidade
envolvente”.
Em IV- Avaliação por factor, no ponto 1.1. Sucesso académico,
alude-se à melhoria do sucesso decorrente das estratégias
nomeadamente do PNL. Também no ponto 2.4. Abrangência do
currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem se refere
que a adesão ao PNL e as dinâmicas da BE “constituem
oportunidades que potenciam a educação e a formação integral do
aluno”.
Tendo em conta estas referências esporádicas e disseminadas por
todo o documento parece que o papel da BE não está devidamente
definidos e que não deve ser objecto de uma avaliação sistemática.

Formanda: Marisa Banza