"Grcio tem em seu crdito o fato de ter, pela primeira ve, formulado, cautelosamente, a hiptese impiiima de priscindir do papel constituinte de Deus na forma!"o de um direito do genero humano, o #ual, portanto, teria vig$ncia, e o Direito e%istiria ainda #ue Deus n"o e%istisse&" " 'sse papel pioneiro atribu(do a Grcio na cria!"o de um direito internacional laiciado e%plica)se n"o apenas pelo carater mais claramente naturalista de seus pensamento *ur(dico, mas tambm pelo fato de Grcio ter escirto num meio mais cosmopolita +, via*ado, #ue considera o mundo como p-tria., evocando #uest/es *ur(dicas #ue surgiam num conte%to europeu conturbado, onde a guerra estava presente, e com ela, os problemas da legitimidade dos meios a resolver a #uest"o do livre acesso dos mares& 0ratava assim, n"o da convivencia com povos e%ticos, mas do sistema de conviv$ncia dentro da prpria 'uropa&" "Grcio tratava do Direito natural atravs da naturea, como se podia observar na vida #uotidiana, destilando)os em principios universais, conforme comportamentos e sentimentos #ue se mostram ser independentes da histria e geogra1a& 0em lugar ent"o, uma tarefa de dedu!"o #ue faia uma distin!"o rigorosa entre direito natural e direito divino positivo&" "2"o #ue grcio n"o reconhecesse um valor vinculativo aos mandamentos de Deus +ao direito divino positivo. aceites no seio de uma espec(1ca comunidade religiosa, estando at disposto a conceder #ue eles poderiam ser impostos aos membros de tal comunidade, como fator e conservador da pa pblica3 porm atribui)lhes um valor local +embora cogente e positivo.& 4o invs, o direito natural era positivo de outra forma5 n"o como produto de uma vontade, mas como imanente 6 ordem das coisas, aos e#uil(brios universalmente observados" "7uas obras in8uenciaram o imprio colonial portugu$s tanto no #ue se refere ao apressamento da carraca 7anta 9atarina #uanto na publica!"o do tratado sobre a liberdade dos mares, e 1nalmente, a publica!"o do 0ratado sobre a pa e a guerra& "