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Sessão 4, Tarefa 2 – 1ª parte

Análise da realidade da escola e plano de acção com vista à


alteração da situação

 Introdução

Numa primeira abordagem, a aplicação do Modelo de Auto-Avaliação das


Bibliotecas Escolares pode representar um acréscimo de trabalho ao
Professor Bibliotecário que tem já que fazer face a tantas solicitações
inerentes ao cargo. No entanto, aquilo que à partida parece ser só mais um
factor gerador de stress, começa a transformar-se num desafio e numa fonte
de aprendizagem e de tomada de consciência do que deve ser, e é, o guia de
orientação de todo o trabalho a ser desenvolvido pela BECRE. No meu ponto
de vista, devo dizer que esta formação me está a permitir momentos de
reflexão efectivamente importantes sobre o que a minha BECRE tem sido e
naquilo em que desejo que se transforme. O factor mudança é a questão
essencial.

 Análise da realidade da Escola Básica 1,2,3 do Bom Sucesso –


Alverca do Ribatejo

 No que respeita à auto-avaliação, a BECRE tem elaborado relatórios


regulares de desempenho baseados em dados estatísticos recolhidos ao
longo de cada ano lectivo e na reflexão crítica das acções desenvolvidas e do
funcionamento do espaço. Ao longo do ano lectivo, é mantido um diálogo
regular com o órgão de gestão que, dentro das suas possibilidades (não
duvido), procura satisfazer pedidos e resolver questões de carácter prático,
ouvindo e partilhando preocupações e expectativas relativamente à BECRE.
 A BECRE tem procurado afirmar-se dentro da escola apelando à
especificidade do serviço que deve prestar à comunidade educativa, o que,
gradualmente, tem vindo a alterar algumas práticas de utilização que
pareciam estar enraizadas (visão da BECRE como espaço alternativo à Sala
de Convívio ou como mero “depósito” de fundo documental e
equipamentos).
 A relação entre a BECRE e, principalmente, os Departamentos de
Línguas e de Ciências Sociais, tem sido de enorme partilha e assente em
trabalho cooperativo sistemático, o que representa uma grande mais-valia
para todos. Do mesmo modo, a implementação do Plano Nacional de Leitura
de uma forma dinâmica, partilhada e promotora da articulação entre ciclos
de ensino, vem a constituir um pólo dinamizador que tem ajudado a criar
uma visão diferente da BECRE.
 A generalidade dos docentes está receptiva à participação nas
actividades propostas pela BECRE e é de referir o entusiasmo que é colocado
em cada uma delas. No entanto, considero que o fazem de uma forma
pontual e não sistemática, havendo pouca iniciativa própria na utilização das
potencialidades alargadas deste espaço. Teme-se assim que a BECRE
funcione num plano à parte, quando deve estar integrada num plano
conjunto.
 A figura do Professor Bibliotecário corre o sério risco de ser entendida
como a solução para a falta de recursos humanos na BECRE, “perdendo-se”
assim em funções que, sendo totalmente meritórias, o afastarão do trabalho
de fundo que dele é esperado.
 É de considerar o facto de o conceito de avaliação tender a ser olhado
da forma mais tradicional, ou seja, uma forma de apontar erros. Será
necessário explicitar o carácter formativo que subjaz a este Modelo.
 A aplicação do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
implica que: seja reconhecido valor à BECRE enquanto parte integrante e
fundamental na consecução dos objectivos da escola/agrupamento; a
mudança seja aceite de forma positiva e numa perspectiva de melhorar ou
optimizar práticas; a comunidade educativa trabalhe de uma forma
concertada para atingir objectivos comuns.
 Plano de acção

As melhorias a alcançar terão como base as seguintes acções:


 Divulgação da figura Reconhecimento da liderança do Professor
Bibliotecário;
 Reconhecimento do papel de liderança do Professor Bibliotecário;
 Divulgação do actual papel da BECRE;
 Alteração da visão da BECRE;
 Análise colectiva e discussão do Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares junto das estruturas pedagógicas da
escola/agrupamento;
 Aplicação do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (1
domínio por ano lectivo);
 Aplicação de instrumentos de recolha de evidências;
 Mobilização/envolvimento de toda a comunidade educativa;
 Integração do processo de auto-avaliação da BECRE na avaliação da
escola/agrupamento;
 Representação da BECRE em reuniões de Conselho Pedagógico,
Departamentos, Equipa Coordenadora do Plano Tecnológico; Áreas
Curriculares Não Disciplinares, Clubes e Projectos (dentro das possibilidades
das Professoras Bibliotecárias);
 Promoção de trabalho cooperativo entre os vários intervenientes no
processo educativo.

 Nota final
Com esta tarefa procurei realmente retratar a situação particular da minha
BECRE e delinear um conjunto de acções que levarei a cabo juntamente com
a equipa de que faço parte. Na análise que apresento, decidi incluir também
alguns pontos que considero fortes na dinâmica da BECRE pois, apesar de
tudo, esses talvez façam a diferença quando da implementação de tantas e
tão ambiciosas mudanças.

Carla Carmelo Ferreira da Silva


Escola Básica 1,2,3 do Bom Sucesso – Alverca do Ribatejo

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