Foi particularmente interessante ler os contributos dos vários
formandos nesta sessão, já que as tarefas propostas estão, cada vez mais, ligadas à realidade das BECREs e das Escolas/Agrupamentos representados por cada um de nós, tornando-se este espaço um espaço de partilha efectiva de experiências reais no terreno.
De entre os contributos dos vários formandos, destaco, pela segunda
vez, o do colega Fernando Rebelo. Em primeiro lugar, o Fernando tem um conhecimento bastante sólido do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares. Em segundo lugar, conhece a dinâmica da sua BECRE e tem uma percepção clara do lugar que esta ocupa na escola/agrupamento e de como é considerada pelas várias partes. O diagnóstico da situação no âmbito dos vários domínios contemplados pelo Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares é bem estruturado e profundamente revelador de conhecimento da realidade BECRE na sua escola. As estratégias de melhoria que apresenta são pertinentes e adequadas às necessidades e revelam objectivos concretos. O trabalho do Fernando fez-me reflectir sobre importância fulcral de o Professor Bibliotecário ter um conhecimento abrangente e aprofundado da sua BECRE e da escola/ agrupamento e comunidade educativa em que se insere. É evidente que nem todos os Professores Bibliotecários terão uma visão tão completa das suas BECREs, mas é essencial que procurem tê-la. Estando há pouco tempo na escola ou na equipa BECRE, o Professor Bibliotecário deverá considerar esta acção prioritária. Este trabalho alertou-me ainda para o facto de ser extremamente importante que o Professor Bibliotecário mantenha uma postura o mais objectiva possível, traçando linhas de orientação, procurando agir de acordo com as necessidades verificadas e com base nos recursos disponíveis, sem no entanto se acomodar ou resignar perante condições menos favoráveis, mas alertando para o que é necessário mudar ou melhorar.
Carla Carmelo Ferreira da Silva
Escola Básica 1,2,3 do Bom Sucesso – Alverca do Ribatejo