A tarefa proposta – Análise crítica do Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares – proporcionou um óptimo momento de reflexão sobre um documento que constituirá a grande referência para o trabalho a desenvolver ao longo dos próximos anos. Neste sentido, foi bastante enriquecedor poder partilhar as visões dos vários colegas que, embora expressando opiniões, expectativas e preocupações semelhantes, colocaram o ênfase em pontos diferentes e que, certamente, decorrem da experiência pessoal de cada um.
De entre os contributos dos vários formandos, escolhi comentar o da
colega Maria Isabel Pinheiro. Considero muito pertinente a abordagem que a Maria Isabel faz ao carácter formativo e pedagógico de que esta avaliação se deve revestir. O significado que tradicionalmente se atribuiu à avaliação não constitui qualquer mais-valia ao trabalho que nos propomos desenvolver porque identificar erros, por si só, não estará necessariamente a promover a melhoria. É extremamente importante desmistificar o conceito de avaliação que está em causa, pois não se trata de verificar e apontar o que está errado “com conotações quase punitivas”, mas de observar, reflectir e alterar os aspectos menos positivos, continuando a investir nas boas experiências. Para além da apresentação e divulgação do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares à escola/agrupamento, cabe-nos, enquanto Professores Bibliotecários empenhados no sucesso da acção das nossas BEs, salientar que estamos perante um instrumento que requer uma postura crítica, mas positiva, em oposição à simples detecção de procedimentos errados e resultados negativos. A comunidade educativa deverá estar ciente de que o trabalho cooperativo é fundamental e que todos os intervenientes têm um papel a desempenhar.
Carla Carmelo Ferreira da Silva
Escola Básica 1,2,3 do Bom Sucesso – Alverca do Ribatejo