Nome: ___________________________________________________ Nota: _________ ORIENTAO: 1. As normas da lngua culta e a estruturao do raciocnio lgico esto implicados como pressupostos primrios para a inteligibilidade das questes propostas e constituem critrios bsicos para a avaliao das respostas (fundamentadas) que elas forem dadas. Por isso, no deixe de reler as questes e as respostas dadas; 2. As respostas devero obedecer, num exerccio de sntese, o limite de 60 (sessenta) considerados o anverso e o verso; 3. A prova deve ser digitada e sem rasuras; 4. Excetuada A CPI A, a consulta ampla e irrestrita;
no Direito, na moral etc. os argumentos que se articulam partem muitas vezes de, e chegam a, normas; isto , empregam um tipo de enunciados em relao aos quais no parece que tenha sentido falar de verdade ou falsidade. Em consequncia, surge o problema de se a lgica se aplica ou no s normas. Por exemplo, Kelsen, sobretudo em sua obra pstuma, La teora general de las normas (1979), sustentou enfaticamente que a inferncia silogstica no funciona com relao s normas. As regras da lgica se aplicam ao silogismo terico que se baseia num ato de pensamento, mas no ao silogismo prtico ou normativo (o silogismo em que pelo menos uma das premissas e a concluso so normas). Na tradio da filosofia do Direito, a questo costuma remontar a Jorgensen (1937), que props um problema por ele denominado 'quebra- cabea', e que Ross (1941 e 1971) chamou de 'dilema de Jorgensen'. De acordo com Ross, uma inferncia prtica como: Voc deve manter as suas promessas. Essa uma das suas promessas. Logo, voc deve manter essa promessa. carece de validade lgica. No logicamente necessrio que um sujeito que estabelece uma regra geral deva tambm estabelecer a aplicao particular dessa regra. Que isso se verifique ou no depende de fatos psicolgicos. No raro acrescenta Ross que um sujeito formule uma regra geral, mas evite a sua aplicao quando se v afetado. Entretanto, se examinarmos bem, essa idia decididamente estranha. (2000. P. 35-36) (...) isso no parece ter relao com a lgica, que como a gramtica uma disciplina prescritiva: no diz como os homens pensam ou raciocinam de fato, apenas como deveriam faz-lo. (ATIENZA. 2000. P. 37)
QUESTO NICA: Discorra sobre a non distributivo medii e suas implicaes com o dilema de J orgen J orgensen, acima indicado, e com a determinao do raciocnio jurdico ilustrado na narrativa do caso hipottico abaixo indicado. (30 pontos)
Faculdade Mineira de Direito Lgica Aplicada ao Direito Segunda Avaliao Prof. Luiz A. L. de vila