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Workshop de Apresentação

Professora Bibliotecária
Contextualização

 Consolidação do projecto Rede de Bibliotecas Escolares.

 Investimento que tem vindo a suportar o crescimento da RBE.

Nível central Autarquias Escolas/Agrupamentos


“Research informing practice, and practice informing
research, is a fundamental cycle in any sustainable profession. ”
Ross, (2002)
 “…é importante que cada escola conheça o impacto que as
actividades realizadas pela e com a Biblioteca Escolar vão tendo no
processo de ensino e na aprendizagem, bem como o grau de eficiência
dos serviços prestados e de satisfação dos utilizadores da BE.”
Ministério da Educação, RBE (s/d)
Pertinência de um Modelo
de Avaliação para as BE’s
 Necessidade da objectivação da forma como se está a concretizar o trabalho das
BE’s, essencialmente:

para as CONTRIBUT Para o sucesso educativo


aprendizagens O

para a promoção da
aprendizagem ao longo da vida
O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de
melhoria de melhoria

 à afirmação e
reconhecimento do papel
da BE
 Princípio de boa gestão  à determinação do
(in)cumprimento da
CONDUZ missão e dos objectivos
determinados para a BE

 à identificação das boas


 Instrumento indispensável práticas (continuidade) e
num plano de desenvolvimento dos pontos fracos
(melhoramento)
Conceitos
implicados no Modelo

 Noção de valor: “… não é algo intrínseco às coisas mas tem sobretudo a ver com
a experiência e benefício que retiramos delas: se é importante a existência de uma BE
agradável e bem apetrechada a esse facto deve estar associada uma utilização
consequente nos vários domínios que caracterizam a missão da BE, capaz de produzir
resultados que contribuam de forma efectiva para os objectivos da escola em que se
insere.” Ministério da Educação, RBE (2008)
 Enfoque na avaliação da qualidade e eficácia da BE, não assumindo uma dimensão
fiscalizadora do desempenho individual do(a) professor(a) bibliotecário(a) – controlo
(acompanhamento), por oposição a controle (fiscalização) .

“Le contrôle sert à améliorer et à augmenter la motivation (...) en


vérifiant si les objectifs sont atteints et les tâches réalisées. Le contrôle fait
partie du contrat de départ et doit se faire au grand jour: contrôler n’est pas
épier!” Bonnet e Dupont (1992)
 Flexibilidade na sua utilização – “… com adaptação à realidade de cada escola e
de cada BE. (…) podem ser feitos ajustes, por exemplo, em função da tipologia de
escola e de outras circunstâncias que exerçam uma forte influência nos modos de
organização e/ou funcionamento da BE.” Ministério da Educação, RBE (2008)

 Exequibilidade e fácil integração nas práticas de gestão da BE - formalizando e


implementando alguns procedimentos, evitar-se-á a sobrecarga de trabalho motivada
por procedimentos excepcionais adoptados apenas aquando da avaliação (registo das
reuniões, dos contactos de trabalho da PB, da solicitação do espaço e dos
equipamentos, …)
 Perspectiva formativa – a auto-avaliação funciona como um processo
pedagógico e regulador – visa melhorar a qualidade, eficiência e eficácia da BE.
Recorrendo à “recolha de evidências, ajudará cada BE a identificar o caminho com
vista à melhoria do seu desempenho.” Ministério da Educação, RBE (2008).

 Prática avaliativa formadora – leva os diferentes agentes implicados a um


conhecimento mais completo, circunstanciado e documentado da BE, através da
efectivação de um processo de análise objectiva e reflexão crítica profunda.

 Melhoria da melhoria – processo que não se esgota numa acção isolada de


minoração de pontos fracos, mas que se assume como uma procura contínua da
melhoria.
 Recolha de evidências
*Integra aspectos positivos que devemos realçar, comunicando-os, e aspectos
negativos, indiciadores da necessidade de repensar práticas de gestão e de
funcionamento.

Carácter sistemático e abrangente da recolha


*Processada ao longo do ano lectivo;
*Abrange todas as ofertas formativas.
 Integração no processo de auto-avaliação da escola/do agrupamento e
articulação com os documentos de autonomia respectivos - Projecto Educativo,
Plano Curricular, Plano Anual/Plurianual de Actividades , Regulamento Interno.

 “… a biblioteca escolar constitui um contributo essencial para o sucesso


educativo, sendo um recurso fundamental para o ensino e para a
aprendizagem.” Ministério da Educação, RBE (2008)
Organização estrutural
e funcional

 Estruturação em domínios e subdomínios objecto de avaliação, que claramente


“apontam para as áreas nucleares em que se deverá processar o trabalho da/com a
Biblioteca Escolar e que têm sido identificados como elementos determinantes e com
um impacto positivo no ensino e na aprendizagem.” Ministério da Educação, RBE,
(2008)
 Quatro domínios e respectivos subdomínios :

A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular


A.1 Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes
A.2. Desenvolvimento da literacia da informação

B. Leitura e Literacias
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular
C.2. Projectos e parcerias

D. Gestão da Biblioteca Escolar


D.1. Articulação da BE com a Escola/ Agrupamento. Acesso e serviços prestados
pela BE
D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3. Gestão da colecção/da informação
 Para cada domínio/subdomínio, estão elencados indicadores temáticos que se
concretizam em factores críticos de sucesso (1.ª coluna). Identificam zonas nucleares
de intervenção em cada domínio “e permitem a aplicação de elementos de medição
que irão possibilitar uma apreciação sobre a qualidade da BE.” Ministério da
Educação, RBE (2008).

Factores críticos de sucesso – ilustrações/orientações, com vista à


operacionalização dos indicadores (carácter (in)formativo).
Possíveis instrumentos para a recolha de evidências que suportarão a avaliação.

Acções para melhoria/Exemplos – sugestões de interacções para melhorar a


performance da BE, contínua e progressivamente.
Integração/Aplicação
à realidade do agrupamento/BE

 O processo de auto-avaliação da BE será um processo amplamente participado,


pois serão implicados diversos membros da comunidade escolar (professores, alunos,
funcionários e, eventualmente, pais/encarregados de educação). Em articulação com a
Direcção e o Conselho Geral, serão definidos o número de questionários a aplicar e
de observações a efectuar.
 Integração no processo de auto-avaliação da escola/do agrupamento e articulação
com os documentos de autonomia referidos no diapositivo 12.

 O domínio seleccionado para avaliação, no presente ano lectivo, dadas as


fraquezas detectadas e o investimento em curso, é o domínio B - “Leitura e
Literacia”.
 O procedimento basilar será a recolha e organização sistemática de evidências de
natureza diversa (actas de reuniões, notas acerca de contactos informais, avaliação de
iniciativas concretizadas, registos da requisição do espaço da BE e de
recursos/materiais, fotográficos e filmados, …).

 Será cumprido o exposto no ponto 5. de “Bibliotecas Escolares: Modelo de Auto-


Avaliação”:
“Registar a auto-avaliação no relatório final: o resultado da auto-avaliação no
domínio seleccionado é registado nos quadros que se encontram no modelo de
relatório final. Note-se que o quadro-síntese de avaliação inclui uma coluna onde
devem ser igualmente assinaladas as acções consideradas necessárias para a melhoria.
De facto, é essencial que, face aos resultados da avaliação, sejam equacionadas as
estratégias e medidas a tomar com vista ao melhoramento do desempenho da BE.
Este é um dos objectivos fundamentais da auto-avaliação.”
 A divulgação dos resultados ocorrerá:

*em reunião com o Director;


•em reunião do Conselho Pedagógico;
•*em reunião do Conselho Geral;
*nas salas de aula, em horário a articular com os professores de diferentes
disciplinas/áreas disciplinares;
*aos pais/encarregados de educação será dado feed-back desta avaliação, no sentido
de coadjuvarem os docentes na tarefa da motivação dos alunos para frequentarem a
BE, de forma profícua.
Oportunidades

 Organização estrutural e funcional do modelo, segundo uma perspectiva


(in)formativa – orienta e fornece sugestões aplicáveis na escola/no agrupamento,
inclusivamente como caminhos a seguir, numa perspectivação de
minoração/superação das lacunas.

 Integração da BE nos documentos de autonomia do agrupamento, referidos


anteriormente.

Abertura à colaboração e dinamismo patenteados por alguns docentes, alunos e


funcionários.
 Valorização do papel de intervenção da BE no percurso educativo/formativo
dos alunos/formandos, disponibilidade e espírito de cooperação demonstrados
pela Direcção, por alguns docentes, não docentes e alunos/formandos.

 Boa recepção às actividades/interacções realizadas pela BE, por parte dos


docentes da Educação Pré-escolar e do 1.º CEB, o que indicia a participação
construtiva no processo de auto-avaliação.
Constrangimentos

 Situações que fazem prever um fraco envolvimento na auto-avaliação da


BE:
*Cultura de desvalorização do papel da BE no contexto do percurso
educativo/formativo dos alunos/formandos;
*Dois pré-conceitos essenciais, relativamente às funções da Professora
Bibliotecária: sem componente lectiva, deixa de interagir no processo de
ensino/aprendizagem; reúne condições para assumir sozinha outras (inúmeras)
tarefas.
*Falta de tempo alegada por uma parte dos Coordenadores de
Departamento Curricular e outros actores educativos.
*Inexistência, desde Dezembro transacto, de um programa que permita
catalogar e registar a requisição e o empréstimo de materiais. As diligências
desenvolvidas ultimamente talvez venham a dar resultado, no sentido da
remediação desta lacuna. Tem-se recorrido ao registo numa base de dados em
Excel.
Gestão participada das mudanças que a sua aplicação impõe.
Níveis de participação da escola/do agrupamento

“Está comprovado que bibliotecários e professores, ao trabalharem em


conjunto, influenciam o desempenho dos estudantes para o alcance de maior nível de
literacia na leitura e escrita, aprendizagem, resolução de problemas, uso da
informação e das tecnologias de comunicação e informação.” IFLA/UNESCO (s/d)
“Strategic thinking is a way to approach problems and opportunities. Effective
strategic thinking centers on attitude, insight, and political savvy, as well as
flexibility. In many ways, attitude is everything. Success starts with attitude. A
positive attitude breeds positive results, a negative one breeds failure. If you think
you can't make something happen, chances are you won't. If you think you can, at
least you have a fighting chance. Attributes of a positive attitude include passion,
enthusiasm, optimism, and energy. Successful school librarians are often
characterized by their positive can-do attitudes..” Eisenberg (2002)
 Exploração das mais-valias proporcionadas pelas vertentes formadora,
formativa e de controlo assumidas pela auto-avaliação da BE :

*Reuniões com os representantes dos membros da comunidade educativa,


com o fim de discutir e definir os objectivos e a missão da BE;
*Intervenção junto da comunidade educativa, estimulando-a no sentido da
participação, do abandono dos pré-conceitos e da mudança de práticas face à
BE;

*Co-construção de propostas tendentes à melhoria da eficiência, da eficácia


e da qualidade dos serviços/das interacções da BE;
*Publicitação do valor da BE, das possibilidades e das mais-valias que
faculta;

*Sensibilização da comunidade educativa para o valor da leitura nas suas


diferentes modalidades, enquanto meio de acesso à informação, a novas
experiências e a uma visão do mundo multifacetada e, portanto, mais rica;
*Persistência nas práticas de promoção da BE e na criação de dinâmicas de
aprendizagem e acesso à informação em que o aluno/o formando é um “actor
activo, construtor do próprio conhecimento “ RBE (s/d)

*Publicitação do valor da BE, das possibilidades e das mais-valias que


faculta;
EM SUMA: A auto-avaliação constituirá uma oportunidade privilegiada de
constatarmos que todos devemos co-construir uma BE que, em interacções
progressivamente mais alargadas e participadas, garanta serviços de qualidade para
todos.
Bibliografia:

BONNET, F., DUPONT, P. (1992) “L’école et le management”. Barcelona: De


Boeck, Université .

EISENBERG, M., (2002) “This Man Wants To Change Your Job”

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. “Modelo de Auto-Avaliação das


Bibliotecas Escolares” (2008).
Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. “Texto da Sessão” (2009)

IFLA/UNESCO. “Manifesto IFLA/UNESCO Para Biblioteca Escolar.”

Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-
based practice”. 68th IFLA Council and General Conference August.

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