por Teresa Saborida - Terça, 17 Novembro 2009, 23:54
De avó para avó, atrevo-me a fazer um comentário ao texto da Mª Madalena. Começo por referir o quanto me agrada a sua citação visto que há ainda muita gente que continua a considerar a biblioteca escolar como um "anexo", um armazém de livros, sem "alma"! Esta "gente" são os tais professores que estagnaram no tempo e que não conseguem perspectivar o ensino de outra maneira. Contudo os orgãos de gestão estão cada vez mais cientes da importância da BE e, no caso da sua escola, pelos vistos tem neles bons aliados. Parece-me, pela análise feita, que tem muito que fazer tanto a nível de apetrechamento da BE como a nível de "marketing" junto dos professores. De facto as práticas lectivas não passam pela colaboração com a BE mas os recursos lá existentes também não ajudam. Por exemplo, quando refere que a maioria dos livros são de Literatura, ficamos com a sensação de que ler é ...ler romances, poesia. A leitura deve ser realizada em todas as disciplinas e mesmo nas ciências, hoje em dia, escrevem-se livros extremamente apelativos em disciplinas como a matemática, a biologia, etc, etc. Eu, que sou de letras, às vezes divirto-me a ler capítulos de livros de...física. Quando tiver um fundo documental mais vasto, convide os professores que sugeriram a sua compra (por exemplo de Ciências) e desafie-os a apresentarem os livros à comunidade. Abra uma actividade chamada "A ciência também se lê" ou "A matemática também se lê". Assim os professores envolvem-se na BE, se calhar até lhes agrada a tarefa - sim, porque é muito fácil dar uma lista ao professor bibliotecário e "compra lá" e depois o livro morre ali na prateleira! Desculpe, já estou a fugir à análise... Quando refere que "não há cultura de avaliação" esse problema vai ser ultrapassado porque se a vossa escola vai ser sujeita a avaliação externa, todos terão que se debruçar sobre as suas actividades e a todos os níveis- desde os funcionários aos professores e aos vários órgãos de gestão. E haverá reflexões, debates, análises. A auto-avaliação da BE será feita em simultâneo e com o apoio da Direcção. Quanto aos factores inibidores apresentados os de mais difícil resolução são os dos funcionários e do orçamento. Esteve na reunião de 2ª feira no Camões? Esse problema é de todos! Quanto à sua forma de agir para alterar a situação actual parece-me acertada, lógica e gradual. Temos que ser assertivos, enérgicos e proactivos no sentido de transformarmos a BE e de a colocarmos no centro do processo de ensino/ aprendizagem. Bom trabalho! Teresa Saborida Mostrar mensagem ascendente | Responder