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Em suma (21.5.

2013)

Nos cantos sem flores da tarde vazia,
gigantesca aranha vai tecendo teia.

Um silncio estranho qual nota no ar
um clima parado sem frio sem suar
um som l de dentro constante a chiar:
"eu no sei por certo se estou mesmo aqui".

Nos cantos sem cores da tarde sombria,
gigantesca aranha vai fazendo teia.

Os mveis me encaram mas nada acontece
Janelas se fecham, nem pressa nem prece
O vento, expulsando o que no lhe apetece
Ficou num passado que ainda farfalha.

Nos tantos alvores da tarde arredia,
gigantesca aranha vai cosendo teia.

Pupilas bem fixas na aranha gigante
palavra se molda na teia danante
a teia, a palavra, o gelo do instante
do sentido ao eco que estrondava mudo.

Nas frestas da tarde na cidade estranha,
lia-se "saudade" nas teias da aranha...

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