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DAS
BIBLIOTECAS ESCOLARES
DREN – TURMA 1
Organização e Gestão da BE
Gestão da Colecção
Neste aspecto, não concordo inteiramente com a Fernanda, pois, como já disse, eu
considero a gestão da colecção um factor importante, senão um factor central no trabalho
do professor bibliotecário, a julgar pelas expressões de desapontamento dos alunos e/ou
professores, quando não podemos corresponder às suas necessidades e/ou gostos. E a nossa
frustração também!
A Fernanda apresenta como fraquezas, o facto de se verificar pouca valorização dos hábitos
de leitura, por parte dos encarregados de educação. Concordo com essa constatação e penso
que temos que contrariar essa situação. É nosso papel principal desenvolver acções que
levem os educadores/professores a compreender a importância da leitura na formação da
criança e do jovem. Aí a Biblioteca constitui-se um centro de recursos a optimizar no
desenvolvimento e promoção das literacias. Temos então que desenvolver estratégias de
incentivo e gosto por ler.
Ler, de forma lúdica, ler com prazer! É um apelo constante e motivador que deve pautar
toda a nossa acção.
Gostei da ideia de “dar visibilidade às acções de sensibilização para a leitura”, como
estímulo para os alunos. É compreensível essa visão estratégica, na medida em que, nos
dias de hoje, com a difusão da informação, tudo é publicitado, tudo se apoia no “marketing”
para melhor ser conhecido e valorizado. Porque não dar visibilidade às actividades
realizadas pelos alunos, como por exemplo, um simples acto de leitura individual ou em
grupo?
Corroboro a opinião de que devemos aderir a projectos e concursos propostos pelo Plano
Nacional de Leitura, tão estimulantes que são para o desenvolvimento da literacia, nos
jovens de hoje.
Apesar de não constituir um dos pontos fortes da nossa acção, por falta de aplicação, a
prática baseada na recolha de evidências é fundamental pois garante que o esforço diário é
colocado na avaliação da eficácia das acções desenvolvidas no sentido de melhorar/ apoiar
o processo de ensino aprendizagem.
Se nos detivermos a reflectir um pouco sobre a actividade de rotina do nosso dia-a-dia,
verificamos que realizamos acções de valor, atitudes informais dignas de serem registadas e
que se perdem no esquecimento. Só quando nos deparamos com alguma confrontação
similar, concluímos: “Ah, afinal, eu faço isto normalmente e não registo!”
Além de nos fazer reflectir sobre a nossa actuação passada, projecta-nos numa linha de
orientação futura de forma a darmos enfoque ao que realmente é essencial.
Mas também constato, tal como a Fernanda, que temos falta de tempo para a elaboração de
registos e recolha de evidências, pelo que só o fazemos em dias e acontecimentos mais
significativos. Tal facto dificulta o processo de avaliação, por défice de documentação
comprovativa.
A ideia que apresentou de criar instrumentos que facilitem a auto-regulação da BE,
apresenta-se-me muito positiva, desde que exequível. Acredito que o programa Bibliobase
nos proporcione tais instrumentos e nos facilite essa árdua, mas necessária tarefa!
Quadro síntese
Em termos de reflexão sintetizada, concordo com a colega na definição de
obstáculos a vencer e consequentes acções a desenvolver:
Na minha óptica, é preciso mudar mentalidades e valorizar a BE no contexto do
processo ensino/aprendizagem, da auto-formação e compreensão da vida.
É urgente apostar na formação das áreas deficitárias dos professores bibliotecário.
Não sei se concorda comigo, mas, fazendo uma análise do fundo documental
existente nas bibliotecas, constata-se que ele está a ficar desactualizado e não temos
recursos para o renovar com a rapidez desejada, como está a acontecer com os meios
informáticos. Temo que tal situação degenere em desmotivação pelo material livro e,
consequentemente pela leitura impressa, numa atracção desmesurada pelo mais fácil.
Há que criar mecanismos de motivação e verbas de renovação e actualização do
material impresso, pois é nele que reside a base e a construção de todo o saber.
Bom trabalho
Céu Ribeiro