De uma maneira geral as tabelas caracterizam a realidade das nossas
bibliotecas escolares. Por isso, são comuns muitos aspectos referidos nos diversos pontos.
Na tabela matriz elaborada pela colega verifiquei alguns aspectos que
considero bastante pertinentes na área das Bibliotecas Escolares, tais como:
No que se refere às competências do professor bibliotecário, a colega refere
como ponto forte “Afectação do professor bibliotecário” e “Infra-estrutura tecnológica”. Considero que a institucionalização do professor bibliotecário neste ano lectivo representa uma enorme conquista nas escolas, ainda que não suficientemente reconhecida e aproveitada por parte da comunidade. A sua afirmação ainda não se fez da forma mais desejada no seio dos docentes das diferentes áreas.
Na organização e gestão da BE, a colega destaca o apoio dado pela RBE e
pelos coordenadores interconcelhios, que têm sido uma mais-valia para os coordenadores das BE e professores bibliotecários; enquanto nas fraquezas salienta a falta de recursos humanos e a formação insuficiente por parte de funcionários e dos elementos da equipa.
No que se refere à gestão da colecção aponta como fraquezas a falta de
verbas e a falta de uma política de gestão de colecção. Este é um ponto de fraqueza comum a muitas BE que deve ser ultrapassado através de um trabalho concertado e partilhado a nível do concelho.
No que diz respeito à BE como espaço de conhecimento e de aprendizagem
chamou-me a atenção o facto de a colega referir que a BE surja ainda como “local de castigo”! Esta é uma ideia institucionalizada que tem raízes e persistente em algumas BE. Torna-se urgente bani-la! A colega refere como ameaças “Falta de colaboração dos docentes” e “ visão incorrecta da função da BE”. De facto, muitos professores bibliotecários confrontam-se com a falta do trabalho colaborativo com os Departamentos e docentes. È quase sempre o professor bibliotecário que tem de manifestar o seu interesse em estar presente. Este esforço tem de ser feito, mesmo se, a princípio, conseguir envolver apenas alguns docentes. Por outro lado, é o professor bibliotecário que tem de procurar os docentes com o perfil mais adequado para este trabalho colaborativo. Acrescento ainda que nos últimos anos a situação tende a agravar devido à preocupação dos docentes em cumprir os seus programas, pensar que este trabalho colaborativo com a BE prejudica e atrasa o seu próprio trabalho!
Por fim, quero salientar a opinião da colega na gestão de evidências quando
destaca nas oportunidades que pretende demonstrar a importância da BE e nos desafios procura um maior desenvolvimento da direcção da escola. De facto, a envolvência das direcções das escolas na auto-avaliação da BE é, de facto, um factor fulcral para o sucesso de tal tarefa.
Um General Conservador: Manuel Felizardo de Souza e Mello e A Modernização Do Exército Nos Debates No Senado e No Conselho de Estado em 1850 - Carlos Eduardo de Medeiros Gama