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Fernando Silva
Prevenção de Acidentes
Jundiaí
2009
Danielli Oliveira
Fernando Silva
José Willis
Natália Rodrigues
Prevenção de Acidentes
Jundiaí
2009
Danielli Oliveira
Fernando Silva
José Willis
Natália Rodrigues
Prevenção de Acidentes
Agradecemos a Deus por nos dar perseverança e força. Sem ele seria impossível
conquistar nossos ideais, as nossas famílias por nos apoiarem e nos entenderem e aos
nós. A todos que fizeram parte desta caminhada nosso muito obrigado.
RESUMO
marcenarias não fogem desta realidade. Sendo um dos ramos de atividade mais antigos de
produtividade, que inúmeras vezes vem acompanhada por um ambiente hostil e agressivo. O
acidentes através de proteções específicas nas principais máquinas empregadas neste setor
econômico.
1. Introdução................................................................................................... 07
1.1. Objetivo..................................................................................................08
2. Desenvolvimento......................................................................................... 09
2.3. Desempenadeira......................................................................................17
2.4. Lixadeira................................................................................................. 20
2.5. Tupia....................................................................................................... 24
3. Conclusão.....................................................................................................39
4. Bibliografia.................................................................................................. 40
5. Anexos.......................................................................................................... 19
6. Glossário...................................................................................................... 30
1. INTRODUÇÃO
proporção. Isto se deve ao fato das atividades e máquinas apresentarem risco elevado de
acidentes.
seguro.
2. DESENVOLVIMENTO
setor mobiliário do país, a cada dia, a indústria madeireira vem requisitando novos
tornaram este segmento da economia, o setor com o maior número de acidentes do trabalho
do país.
2.1. SITUAÇÃO ATUAL
alienadas as normas de segurança e é por esta razão que foi detectada a necessidade de
Serra de fita é uma máquina cuja fita de serra se movimenta continuamente pela
rotação de volantes e polias acionadas por um motor elétrico. Ela tem uma versatilidade de
trabalho muito grande, podendo realizar quaisquer tipos de cortes retos ou irregulares, tais
como círculos ou ondulações. Também pode ser utilizado para corte de materiais muito
espessos, difíceis de serem cortados na serra circular.
A serra de fita consiste em um bastidor curvo que suporta o volante superior e inferior
colocados em um mesmo plano vertical e sobre os quais circula uma “serra sem fim”. A
bancada ou mesa de trabalho é usada para apoiar a madeira a ser cortada, operação efetuada
pela porção descendente da serra. As guias da fita estão situadas na parte superior e inferior a
bancada e, parcialmente, na zona de corte.
O volante inferior recebe o impulso do motor e transmite através da fita o movimento
ao volante superior, conseguindo, assim, o movimento do conjunto.
Serra de fita Fonte: Organização Internacional do Trabalho (2001)
Para evitar a queda da fita deverá ser dada a mesma uma tensão adequada para que sua
aderência aos volantes seja justa, evitando assim, o deslocamento transversal da fita sobre os
volantes como consequência da pressão exercida pela parte posterior da peça que se está
serrando.
O paralelismo correto dos eixos dos volantes favorece a aderência da fita no volante
evitando torções. Deve-se verificar periodicamente o estado da superfície dos volantes para
favorecer a aderência. As superfícies dos volantes devem ser providas de material absorvente
que limite o afastamento da fita sobre o volante, diminua o ruído e absorva as variações
instantâneas do esforço de corte.
Apesar da implantação das medidas anteriormente citadas, com certa frequência, a fita
se rompe e a única solução eficaz para evitar sua projeção sobre as pessoas consiste em
proteger os volantes e as porções ascendentes e descendestes da fita com a instalação de
carcaça envolvente, de resistência adequada. Deve-se deixar descoberta apenas a porção da
fita necessária para o corte.
Protetor de regulagem manual - Fonte: Espanha – Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo
(1984)
Para proteger de possíveis acidentes causados pela quebra da lamina da serra de fita, é
necessário um protetor ao suporte do volante superior e inferior, de forma que, quando se
partir a lamina não salte do volante para os lados, evitando o risco do operador se cortar.
Dispositivo auxiliar para o corte de peças redondas acoplado a um suporte sob pressão - Fonte: Espanha –
Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo (1984)
Dispositivo com pivô para corte circular regular - Fonte: Reino Unido – Health and Safety Executive (1997)
As mãos devem ser mantidas em uma posição segura, devendo estar o mais longe
possível da serra e nunca em linha com ela. Pode-se utilizar moldes fixados a frente da serra
para trabalhos em série para facilitar e tornar mais seguro o trabalho.
Corte com o uso de molde e suporte - Fonte: Reino Unido – Health and Safety Executive (1997)
Cortes especiais como chanfro, bisel, cavilha e cortes diagonais exigem proteções
adaptadas a cada caso, como: suportes especiais, topes, guias e mecanismos empurradores
adaptados ao tipo de trabalho a ser executado.
Corte com o uso de guia e suportes na serra de fita - Fonte: Reino Unido – Health and Safety Executive (1997)
Corte diagonal na serra de fita - Fonte: Reino Unido – Health and Safety Executive (1997)
Dispositivo auxiliar para o corte de peças instáveis -Fonte: Espanha – Instituto Nacional de Seguridad e Higiene
en el Trabajo (1984)
Outras medidas de segurança:
• Nas serras de fita é muito importante verificar se os volantes estão exatamente no mesmo
plano.
• Não executar na serra trabalhos, que pelas suas características, obriguem a introduzir torções
na fita que ponham em risco a sua integridade.
• Na serra de fita é importante existir uma proteção que envolva a maior parte do curso da
serra, de modo a que, em caso de ruptura, a fita não escape para o exterior.
• Introduzir na serra uma tensão tal que não permita o seu bambeamento, mas que também
não provoque a sua ruptura.
• Não permitir que o operador ou qualquer outra pessoa se coloque lateralmente à linha de
corte da serra.
2.3. DESEMPENADEIRA
Acidentes
Os acidentes que ocorrem nesta máquina geralmente são causados ou pelo contato das
mãos do operador com as lâminas da ferramenta ou pelo retrocesso da peça que está sendo
trabalhada.
Para cada uma dessas causas de acidentes existem proteções que diminuiriam os riscos
ao operador:
2.4 LIXADEIRA
As lixadeiras têm como objetivo remover toras; acertar madeiras maciças; tornar plana
e lisa uma superfície visando um futuro tratamento, como exemplo: a pintura, como
resultando um pré-acabamento.
Podendo este trabalho ser realizado a mão ou á máquinas, existe uma variedade de
lixas em função do perfil a superfície a tratar.
São equipamentos de fácil operação que substitui a serra mármore em cortes a seco.
Lixar manualmente é geralmente reservado aos acabamentos, após o grosso do
trabalho ter sido efetuado com a máquina.
Este trabalho pode ser tão perigoso como serrar ou cortar. A lixa deve estar em bom
estado e com uma pressão moderada.
Sistema de aspiração para lixadeira - Fonte: Estados Unidos da América: Occupational Safety and Health
Administration,1992
É compreendido por um corpo principal cujas laterais apresentam inferiormente,
sapatas de assentamento e são espaçadas por barras de sustentação superiores e inferiores
estas ladeadas por um eixo de ajuste vertical que é provido de volante e extremado por cames
que estabelece contato com réguas guias, sobre as quais se verifica roldanas pertencentes a
uma mesa deslizante que se desloca para frente e para trás, paralelamente com os canais de
percurso dispostos nas laterais da máquina, cujas faces externas incorporam rolo de arraste
envoltos por uma cinta de lixa, sendo um rolo movido e outro motor, estes coberto por
carenagem protetora e ligado em polias que por meio de correias estão ligadas a um motor
elétrico, sendo que o rolo movido dispõe de ajuste longitudinal que por meio de manípulos
permite sua aproximação e distanciamento do rolo motor.
Lixadeira de Fita
As Lixadeiras de Fita são normalmente utilizadas em uma posição fixa montada num
suporte.
A – Saco para poeiras;
B – Punho de Guia;
C – Pinças de fixação (lixa);
D – Folha de abrasivo;
E – Fendas de ventilação;
F – Travamento do interruptor;
G – Interruptor;
H – Base Oscilante;
Antes de iniciar a operação deve-se fixar firmemente a peça a lixar sobre uma base
estável, certificar-se de que a superfície não tem obstáculo, segurar firmemente a lixadeira e a
utilizar de óculos de proteção e uma máscara anti poeiras.
Lixadeira de Disco
Lixadeira manual com motor, com extremidade provida de dispositivo para adaptar os
discos de lixa.
Especialmente adequadas para lixar superfícies redondas interiores e exteriores.
Apresenta movimento giratório e orbital adicional da base de apoio, prato de apoio com
fixação auto-aderente e possibilidade de aspiração externa. Também adequada para polir
superfícies pequenas.
Constituem procedimentos básicos como colocar o disco de corte na máquina valendo-
se de chaves apropriadas e operar o maquinismo depois de instalada a capa de proteção.
Em trabalhos na vertical, o uso do protetor de disco é obrigatório, e ele deverá estar
em perfeito estado, sem que esteja amassado.
Ao colocar ou tirar o disco da Lixadeira, faça sempre uso da chave de pino.
Ao executar a tarefa, não fazer uso nem de força nem peso excessivos na Lixadeira.
Cuidados em geral
• Verificar se a Lixadeira a ser utilizada é a correta para o seu trabalho, pois existem
diversas máquinas com potência, rotação e peso diferente.
2.5 TUPIA
Sistemas de proteção
A proteção dos riscos da tupia apresenta soluções variáveis segundo o método de
trabalho utilizado, inexistindo uma proteção única adequada. É possível obter uma proteção
aceitável para a maioria dos trabalhos adotando-se um sistema ou combinação de sistemas
adequados de proteção.
As operações devem ser realizadas com a ferramenta de corte coberta pela peça a ser
trabalhada (ferramenta não vista);
A alimentação deve ser no sentido contrário ao giro da ferramenta de corte;
Sentido da alimentação da peça - Fonte: Espanha – Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo
(1983)
Adicionar uma contra-placa de madeira dura (cerca falsa) às réguas guias que diminua
o espaço entre as guias, deixando exposta apenas a parte da ferramenta a ser utilizada,
garantindo uma continuidade na alimentação da peça. Pode ser necessário adicionar
contra-placas diversas compatíveis com os variados trabalhos a serem realizados;
Sistema Protetor-Pressor com tela transparente - Fonte: Espanha – Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en
el Trabajo (1983)
Sistema Protetor-Pressor com pentes - Fonte: Espanha – Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo
(1983)
Sistema Protetor-Pressor com pentes - Fonte: Organização Internacional do Trabalho (2001)
Sistema protetor tipo túnel - Fonte: Nova Zelândia – Occupational Safety and Health Service of the Department
of Labour (1988)
Protetores tipo jaula: pode ser utilizada tanto para peças retas quanto curvas; pode-se
utilizar visor transparente com plástico duro na porção anterior;
Protetor tipo jaula adaptado para o trabalho com peças retilíneas - Fonte: Nova Zelândia – Occupational Safety
and Health Service of the Department of Labour (1988)
De um modo geral, sempre que possível, deve ser colocado acima da fresa. É usado
tanto para apoiar a peça como para apoiar o gabarito.
Sistema cobertor-pressor de lunetas metálicas - Fonte: Espanha – Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el
Trabajo (1983)
Protetor de tela louca: disco de material transparente de alta resistência, com diâmetro
exterior mínimo, em relação a extremidade mais saliente da fresa, de 2,5 cm.
Protetor de tela louca - Fonte: Espanha – Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo (1983)
Dispositivos empurradores
São medidas complementares às proteções existentes. Sua utilização básica é para
peças pequenas, assim como instrumento de ajuda para o fim de passadas para peças grandes.
São de formas variadas e utilizadas tanto para trabalho com guias ou sem eles.
Coifa Protetora
A finalidade da coifa é evitar o toque acidental do operador com a lâmina da serra.
Para que esta produção seja eficaz devem ser observados os seguintes critérios: ser constituída
de material resistente que garanta a retenção de eventuais partes da lâmina que podem vir a
ser projetados em direção ao operador; ser preferencialmente auto-ajustável, devido a
praticidade quando se trabalha com várias espessuras diferentes de material a serem cortados
e ter largura em torno de 35 mm, lisa e sem parafusos ou porcas que gerem saliências, para
não dificultar a passagem do dispositivo de fim de curso (empurrador).
Cutelo Divisor ou Lâmina Separadora
O cutelo divisor é usado para evitar o aprisionamento do disco, o que pode causar o
retrocesso da madeira ou ainda o lançamento da peça serrada em direção ao operador.
Disco de Corte
Os dentes do disco da serra circular devem ser mantidos em bom estado, afinados e
travados. Quando não puder ser afiado o disco deve ser substituído e inutilizado.
Empurrador
Em toda bancada deve estar disponibilizado ao operador um “empurrador” para o
corte de peças de pequenas dimensões, bem como para o corte em final de curso, evitando um
eventual contato das mãos do operador com o disco de serra.
Fixador
O fixador é um dispositivo utilizado para dar firmeza na peça de cantos brutos a ser
serrada, evitando que a mesma se movimente durante a operação.
Guia de Alinhamento
A guia de alinhamento é um dispositivo destinado a auxiliar no corte alinhado da
madeira, proporcionando maior firmeza à madeira que estiver sendo beneficiada. Atua ao
mesmo tempo, como um elemento de proteção, pois evita o esbambear da madeira, o que
poderia causar o retrocesso e causar acidentes.
Mesa / Bancada
Os tipos mais comuns de bancada são confeccionados em madeira ou metal. Devem ter
boa estabilidade e fixação no chão, que deverá ser plano e resistente; essencialmente deve
possuir extensão suficiente para corte de peças de comprimento médio.
Transmissão de força
O motor deverá estar bem instalado na bancada e devidamente protegido contra
poeiras e intempéries, como também devidamente aterrado. O sistema de transmissão
(correias e polias) deverá estar protegido por guardas adequadas.
A instalação da serra circular deverá ser feita em local que restrinja o acesso de
pessoas aos operadores especializados e pessoas autorizadas. Além, das recomendações
normais, será considerado o espaço em torno da máquina, que deverá ser adequado, em
função das características da madeira a ser trabalhada e do tipo de operação. As peças devem
ser trabalhadas com segurança e não deve existir interferência com outras operações
circunvizinhas.
Acidentes
Como a serra circular é um equipamento que oferece muitos riscos de acidentes, sua
operação requer sempre trabalhadores qualificados, instalação adequada, dispositivos de
proteção e regulagem e manutenções periódicas.
O diâmetro da menor serra que pode ser usada com segurança deve ser marcado na
máquina. Uma lâmina de diâmetro menor que o indicado (em geral até 60% do diâmetro da
maior lâmina que pode ser utilizada) terá uma velocidade de corte periférica baixa e cortará
insuficientemente.
Ao introduzir o material em uma serra de bancada, as mãos devem ser mantidas fora
da linha de corte. Nenhuma defesa pode evitar que uma pessoa deixe as mãos em contato com
a serra se as mãos acompanham o material até a serra. Ao cortar a madeira com a guia de
alinhamento próximo a serra, deverá ser utilizado uma ferramenta ou dispositivo para
empurrar a peça trabalhada até a serra.
A lâmina da serra deve situar-se de modo que sobressaia o mínimo possível acima do
material. Quanto mais baixo está a lâmina menor será a possibilidade que se produza um
retrocesso. É uma boa prática manter-se fora da linha do material que está sendo cortado. É
recomendável utilizar um avental de couro grosso ou outra proteção para o abdômen.
É sempre perigoso serrar sem apoio. O material deve ser apoiado em uma guia de
alinhamento.
A serra deve ser adequada ao trabalho. É uma prática pouco segura cortar
longitudinalmente a madeira com uma serra de bancada sem um sistema antiretrocesso.É
recomendável utilizar cutelo divisor (lâmina dianteira separadora).
É perigosa a prática de retirar a capa de proteção devido a pouca distância entre a serra
e a guia de alinhamento. Pode-se utilizar uma tábua suplementar sob a madeira a ser serrada,
utilizando ferramentas adequadas para prendê-las.
Deve-se evitar o corte transversal de peças longas em uma serra de mesa. O
trabalhador terá que exercer uma pressão considerável com a mão próxima a lâmina da serra.
As partes da madeira que ultrapassam o tamanho da mesa podem ser golpeadas por
transeuntes. O material longo deverá ser serrado por uma serra circular pendular
(destopadeira) com uma bancada de apoio adequada.
O trabalho que deva ser realizado em máquinas especiais de alimentação automática,
não deverá ser efetuado em máquinas genéricas de alimentação manual.
Para o ajuste da guia de uma serra de mesa, sem a retirada dos mecanismos de
proteção, deve-se fazer uma marca permanente sobre a mesa para indicar a linha de corte.
Deve-se parar totalmente a máquina antes de ajustar a lâmina ou a guia; e desconectá-
la da rede elétrica antes de trocar a lâmina.
A capa de proteção, bem como o cutelo divisor, deve inclinar-se com a serra,
impedindo que a proteção toque a serra.
Deve-se utilizar uma escova ou outro instrumento para limpar a serragem e os pedaços
que sobraram das madeiras serradas.
A serra deve dispor de vários tipos de mecanismos de proteção. Não há nenhum
mecanismo que possa servir para todas as funções que as serras podem desempenhar.
Peças longas devem estar adequadamente apoiadas através de mesas de extensão ou
suportes adequados. Se um segundo trabalhador é utilizado para remover as peças cortadas, a
mesa deve ser estendida de tal forma que a distância entre o bordo traseiro da mesa e a lâmina
da serra seja superior a 120 cm. O assistente deve se manter sempre no bordo traseiro da
mesa, longe da serra. Embora o cutelo divisor diminua o risco de acidentes, não o elimina.
3. CONCLUSÃO
grande diferença entre o acidente e o trabalhador saudável. Com base no estudo exposto
podemos concluir que, embora, um ambiente de marcenaria seja uma ambiente hostil as
proteções nos maquinário propiciam um local de trabalho mais seguro para os marceneiros.
máquinas de marcenaria a fim de evitar qualquer tipo de contato com as lâminas de corte e